segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MEU PAGO

MEU  PAGO

( Geografia - Folclore Gaúcho - 

Conhecimentos Gerais )




G E O G R A F I A

do

RGS




Mangueada


À seguir, estudaremos o nosso RIO GRANDE DE SÃO PEDRO, buscando de todas as maneiras mostrar o nosso querido torrão sulino sob todos os ângulos e naquilo que temos de mais belo, principalmente onde se desenrolaram importantes acontecimentos da nossa história de pioneirismo selvagem e cultural.

Valemo-nos das seguintes obras e autores:
      Geografia do Rio Grande do Sul - Igor Moreira
      Geografia Ilustrada - Abril Cultural
      Geografia LISA - H. Maia d’Oliveira

Esperamos que esta reculuta possa satisfazer todas as curiosidades do estimado leitor.


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GEOGRAFIA do RGS


01 - MEDIDAS E LIMITES
O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, com uma área superficial de 282.184 Km2. É o único estado brasileiro que foi colonizado do interior para o litoral.

a)- PONTOS EXTREMOS:
     Estão situados no mundo, com as seguintes coordenadas:

     NORTE (Setentrional) - Long. 27o 04’49” - Lat. 53o 01’51”
     Volta Grande do rio Uruguai - divisa com o estado de Santa Catarina

     SUL (Meridional) - Long. 33o 45’00” - Lat. 53o 23’37”
     Do arroio Chuí junto ao Oceano Atlântico - divisa com o Uruguai

     LESTE (Oriental) - Long. 29o 19’33” - Lat. 49o 42’22”
     Foz do arroio M’Ampituba (Imampituba) junto ao Oceano Atlântico - divisa com o estado de Santa
     Catarina

     OESTE (Ocidental) - Long.30o 11’29” - Lat. 57o 38’34”
     Foz do rio Quaraí junto ao rio Uruguai que divide com Uruguai e Argentina.            
     Atualmente, existe uma Demanda Internacional na Corte de Haia (Holanda) sobre a posse da Ilha das   
     Três Pátrias situada junto à esta foz.
      Brasil, Uruguai e Argentina disputam a referida posse, entretanto, o curso dos canais (maior  
      profundidade nos locais) nos favorece.


b)- LIMITES:

NORTE - Estado de Santa Catarina
SUL - República Oriental do Uruguai
LESTE - Oceano Atlântico
OESTE - República Argentina


02 - DIVISÃO POLÍTICA
Nosso PAGO é dividido em 11 (onze) Regiões Fisiográficas, conforme segue:

01 – LITORAL
02 – DEPRESSÃO CENTRAL
03 – MISSÕES
04 – CAMPANHA
05 – SERRA DO SUDESTE
06 – ENCOSTA DO SUDESTE
07 – ALTO URUGUAI
08 – CAMPOS DE CIMA DA SERRA
09 – PLANALTO MÉDIO
10 – ENCOSTA INFERIOR DO NORDESTE
11 – ENCOSTA SUPERIOR DO NORDESTE


03 - PRINCIPAIS CIDADES
Hoje (15-08-2009), pelo censo 2009, o nosso torrão sulino conta com 10,9 milhões de habitantes, em 496 municípios, com 7.543.188 eleitores (em 2004).
01 - Porto Alegre ........ 1.436.123 habitantes.
02 - Caxias do Sul ...... 410.166
03 - Pelotas ................ 345.181
04 - Canoas ................ 332.056
05 – Gravataí ............. 269.446
06 - Santa Maria ......... 268.969
07 - Viamão ................ 260.740
08 - Novo Hamburgo .. 257.746
09 - Alvorada .............. 213.894
10 - São Leopoldo ...... 211.663
11 - Rio Grande ........... 196.337
12 - Passo Fundo ......... 187.507
13 - Uruguaiana ............ 127.045
14 - Sapucaia do Sul .... 126.316
15 - Stª Cruz do Sul ...... 122.451
16 - Cachoeirinha ......... 118.089
17 - Bagé ...................... 115.745
18 - Bento Gonçalves ... 106.999
19 - Erechim ................ 97.916
20 - Guaíba .................. 96.603
21 - Cachoeira do Sul ... 86.557


04 - OS 14 MUNICÍPIOS FARROUPILHAS
No período FARROUPILHA (1835 / 1845) haviam os seguintes municípios: Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, São José do Norte, Jaguarão, Santo Antônio da Patrulha, Triunfo, Rio Pardo, Cachoeira, Cruz Alta, São Borja, Piratiní, Caçapava e Alegrete.


05 - AS CAPITAIS

LEGALISTAS REBELDES
1ª - Rio Grande (1737/1763) 1a - Piratiní (1836/1839)
2ª - Viamão (1763/1773) 2a - Caçapava (1839/1840)
3ª - Rio Pardo (1764) Itinerante (1840/1842)
4ª - Porto Alegre (1773/ hoje) 3a - Alegrete (1842/1845)


06 – CLIMA
Nosso clima é SUBTROPICAL e temos 4 (quatro) ventos predominantes:

MINUANO - Frio e seco
PAMPEANO - Frio e úmido
LESTADA (ou Carpinteiro) - Ameno
NORDESTÃO (ou Norte) - Quente

Em nossas querências ocorrem as 4 (quatro) estações do ano de forma bem distinta, como segue:
Outono - Temperatura amena, passando à fria e um tanto chuvoso.
Inverno - Baixas temperaturas, com ocorrências de geadas; por vezes soprando o Minuano e até com precipitação de nevadas.
Primavera - Temperaturas amenas com ventos moderados (Lestada) e com rebrota da vida botânica.
Verão - Altas temperaturas com ventos quentes (Nordestão); algumas tempestades, chuvas e até precipitação de granizo.


07 – VEGETAÇÃO
O Rio Grande de São Pedro tem uma vegetação bem variada, entre nativas e reflorestadas, como segue:

Flora arbórea nativa:
Açoita-cavalo, Angazeiro, Angico, Araçazeiro, Araucária (Pinheiro), Aroeira, Branquilho, Butiazeiro, Cabriúva, Cambará, Camboatá, Canela, Canjerana, Capororoca, Carvalhinha, Cedro, Corticeira, Corunilha, Erva-mate (Ilex-paraguariensis) que é a nossa árvore-símbolo, Guabejuzeiro, Guajuvira, Jerivazeiro, Louro, Pitangueira, Tarumã e Timbaúva, dentre outras.

Flora arbustiva nativa:
Carqueja, Maria-mole e Cola-de-sorro (as mais comuns).

Flora rasteira nativa:
Gramíneas: trevo, flexilha (forquilha) e capim-taquara.

Flora arbórea exótica:
Eucaliptus, Acácia-negra e Pinus-ilhotes (dentre outras).

Flora rasteira exótica:
Azevém e Braquiária Humidícula (dentre outras).


08 – RELEVO
De um modo geral, o nosso amado torrão apresenta uma topografia relativamente bem distinta por região, acidentado no nordeste e formado por ramificações do planalto meridional brasileiro, com altitudes que ultrapassam mil metros, onde estão situados os pontos mais altos do RGS.

SERRA DO MAR:
Monte Negro - 1.398 m - ponto mais alto do RGS
Morro Grande - 1.220 m
Monte do Silveira - 1.210 m
Monte de São José dos Ausentes - 1.178 m

Itaimbezinho
Maior cânion da América do Sul.
É um profundo desfiladeiro existente no NE do nosso estado, divisa com Santa Catarina.
A palavra vem do guarani Itaimbé e quer dizer: Monte escarpado formado por verdadeiros precipícios ou desfiladeiros de pedras e rochas ao prumo (a pique).

SERRA GERAL:
Cerro do Botucaraí com 569,63 m de altitude. também conhecido como Cerro do Monge.
Quando o Bandeirante Antônio Raposo Tavares arrasou o aldeamento Jesus Maria (em 31-12-1636), um Monge fugiu com um grande tesouro, escondendo-o ali.
É o último contraforte da cadeia de montanhas que forma a Serra do Botucaraí.

SERRA DO SUDESTE:
Serra de Caçapava - onde situa-se a Pedra do Segredo e o Cerro do Vigia .
Serra das Encantadas - onde situam-se as Guaritas.
Serra de Encruzilhada - onde situa-se o Cerro Partido e localiza-se o famoso Macaco Branco.
Serra de Tapes.
Serra de Canguçú.
Serra do Erval.

SERRA DO SUDOESTE:
Serra do Caverá - onde arrinconava-se o General Honório Lemes (o famoso Leão do Caverá).
Serra do Ibirapuitã.
Serra do Jarau - um dos maiores monolíticos do RGS e sob o qual existe uma enorme gruta, onde habita a Salamanca do Jarau.


09 - LITORAL
O litoral gaúcho é baixo e constituído de restingas arenosas, intercalado por mais de 33 (trinta e três) lagoas, dentre as quais citamos:
Lagoa dos Patos (a maior do Brasil)
Lagoa Mirim (ligada pelo Canal de São Gonçalo com a Lagoa dos Patos)
Lagoa Mangueira
Lagoa das Flores
Lagoa da Caiúva
Lagoa do Estêvão
Lagoa do Bojuru
Lagoa Bela Vista
Lagoa do Sumidouro
Lagoa do Peixe
Lagoa Pai João
Lagoa Reserva
Lagoa S. Simão
Lagoa Sarú
Lagoa Rincão dos Veados
Lagoa do Ponche
Lagoa do Retovado
Lagoa dos Gateados
Lagoa dos Barrinhos
Lagoa da Charqueada
Lagoa da Porteira
Lagoa do Rincão das Éguas
Lagoa da Cerquinha
Lagoa do Casamento
Lagoa do Capivari
Lagoa dos Barros
Lagoa da Cidreira
Lagoa da Fortaleza
Lagoa da Dª Antônia
Lagoa do Tramandaí
Lagoa da Pinguela
Lagoa dos Quadros
Lagoa Itapeva


10 – SUBSOLO
No subsolo gaúcho há vários tipos de JAZIDAS, dentre as quais podemos enumerar as seguintes riquezas:
Carvão Fóssil (Carvão de Pedra ou Hulha Negra) - nos vales dos rios Jacuí e Jaguarão.
Calcerita - nas serras de Caçapava, Encruzilhada do Sul, serrilhada de Cachoeira do Sul e São Gabriel.
Caulim - na serra de Encruzilhada do Sul e serrilhada de Cachoeira do Sul.
Granito (preto, gris, bordô e conhaque) no Cerro dos Peixoto (Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul), sendo que a variedade gris há em todo o estado.
Cobre e Estanho - na serra de Caçapava.
Ouro - em Lavras do Sul (a Pepita do Rio Grande) e Boçoroca ou Cerrito do Ouro (São Sepé).


11 – BACIAS HIDROGRÁFICAS
O nosso Rio Grande de Deus recebe as chuvas em duas bacias, conforme veremos:

Bacia do Leste:
É a que capta as águas que correm para o Oceano Atlântico, dentro de nosso estado.

Bacia Platina:
É a captadora das águas que correm para o Mar del Plata (entre Buenos Aires e Montevidéu).

Vivente, tu sabias que podemos cruzar o nosso Pago, da Coxílha de Aceguá, passando por Bagé, Santa Maria, Júlio de Castilhos, Cruz Alta, Carazinho, Passo Fundo, Vacaria, Bom Jesus e chegar aos aparados da Serra do Mar (NE gaúcho) sem molhar a sola dos pés? ...


12 – RIOS
O rio JACUÍ (nascendo a 730m de altitude, com 623Km de extensão e 352Km navegáveis) é o mais importante curso d’água de nosso estado. Seus principais afluentes são:

BACIA do LESTE:

Pela margem DIREITA do rio Jacuí:
Em sua formação recebe os rios Jacuizinho e depois Ibirubá e Ivaí; arroio Vacacaí-Mirim; rio Vacacaí; arroios Irapuá, Piquirí, Iruí, Capivarí e o dos Ratos.

Pela margem ESQUERDA do rio Jacuí:
Arroio Botucaraí; rios Pardo, Taquarí e Caí.

No extremo norte da Lagoa dos Patos forma-se o Estuário do GUAÍBA, que além de receber as águas do rio Jacuí, recebe também as águas dos rios dos Sinos e Gravataí.
O principal tributário da Lagoa dos Patos (pela costa doce) é o rio Camaquã.

O rio Piratiní é tributário do Canal de São Gonçalo (que liga a Lagoa dos Patos com a Lagoa Mirim).

O rio Jaguarão (que não é contiguamente gaúcho) é tributário da Lagoa Mirim.

BACIA do rio URUGUAI (Platina):
O rio URUGUAI (embora não sendo contiguamente gaúcho) é um importante curso d’ água da BACIA PLATINA. É formado pelos rios Pelotas (condômino com o estado de Santa Catarina) e o rio Canoas.

Pela margem Esquerda recebe os seguintes rios:
Quaraí (que não é contiguamente gaúcho), Ibicuí (que recebe o rio Santa Maria), Icamaquã, Piratinim, Ijuí, Comandaí, Santa Rosa, Buricá, Turvo, Guarita, Várzea, Passo Fundo (que recebe o rio Erexim) e o Inhandová


13 – ILHAS
As principais Ilhas gaúchas são:

No rio JACUÍ:
Fanfa, Curral Alto, Paciência, Lombo Seco e Caroço.

No estuário do GUAÍBA:
Age, Quilombo, Pavão, Maria Conga, Casa da Pólvora, Pintada, Chico Inglês e Pedras Altas.

No CANAL DE RIO GRANDE:
Marinheiros.

No rio URUGUAI (lado brasileiro):
Garruchos, São Xavier, Grande, Roncador e a dos Bugres.


14 – PORTOS
No Rio Grande do Sul temos muitos PORTOS, conforme segue:

a) MARÍTIMO:
Super-porto de RIO GRANDE  (situado no Canal de Rio Grande, onde a água é doce).
É Super-porto porque serve para embarque e desembarque de passageiros; carregamentos e descarregamentos de cargas sólidas, líquidas, à granel e aereiformes.

b) LACUSTRES:
Pelotas e Camaquã (na lagoa dos Patos).
Porto Alegre (no estuário do Guaíba).

c) FLUVIAIS:
Estrela e Lajeado (no rio Taquarí).
Rio Pardo e Cachoeira do Sul (no rio Jacuí).
Uruguaiana e Vera Cruz (no rio Uruguai).


15 – PONTES
As primeiras PONTES (iguais na arquitetura), construídas no sul do Brazil, foram:

• A 1ª Ponte foi a do rio Capivari (Viamão);

• A 2ª Ponte foi a de Mostardas (no rincão do inferno);

• A 3ª Ponte foi para ligar a região leste dos campos de Viamão, com o Porto dos Casais, através da Capela Grande de Viamão, nos baixios alagadiços do arroio Passo do Vigário, próximo à Vila; foi feita em três segmentos, sendo que a mais longa foi a que transpõe o arroio propriamente dito;

• A 4ª Ponte está conservada e faz parte da paisagem de Porto Alegre no “conjunto açoriano” - junto à Av. Borges de Medeiros, na época transpunha o Arroio Dilúvio, hoje um lago. (Págs. 53 e 54, do livro Assim Nasceu Viamão, Ary Caldeira da Silva – 1996);

• A 5ª Ponte foi construída em 1847, sobre o Arroio Botucaraí (Rio Pardo x Cachoeira).

De 20 a 23 de agosto de 1752, o General Gomes Freire de Andrade (então, Governador do Sul do Brazil-Colônia), mandou fazer a 1ª PONTE FLUTUANTE da América do Sul > no rio Pardo, a qual foi montada sobre 18 canoas (segundo consta no livro “Dragões de Rio Pardo” págs. 44, 45 e 69).

De 16 a 20 de agosto de 1754, foi feita uma 2ª PONTE FLUTUANTE sobre 30 canoas no rio Pardo (segundo está escrito na pág. 64, do vol. 7, da “Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul”.

EM RODOVIÁRIAS NACIONAIS:

Travessia Getúlio Vargas
Sem dúvida, é a mais importante. Situada em Porto Alegre, sobre o estuário do Guaíba, é constituída de uma ponte levadiça com vários trevos, dois pares de pontes planas e um par de pontes arqueadas, localizadas no rio Jacuí.

Ponte-Barragem do Fandango
Localiza-se no rio Jacuí, em Cachoeira do Sul.
É constituída de uma parte metálica por sobre onde rolam os guindastes de manobra que acionam as comportas para favorecer as eclusas. Possui as duas extremidades em concreto.

Outras importantes Pontes:
Sobre o rio das Antas - BR-116
Sobre o rio Camaquã - BR-116, BR-153 e BR-392
Sobre o rio Vacacaí - BR-158 e BR-290
Sobre o rio Caí - BR-287 e BR-386
Sobre o rio Jacuí - BR-153, BR-287 e BR-471
Sobre o rio Santa Maria - BR-290
Sobre o rio Ibirapuitã - BR-290
Sobre o rio Taquarí - BR-287 e BR-386
Sobre o rio Ibicuí - BR-472

EM RODOVIÁRIAS INTER-ESTADUAIS:
Sobre o rio Uruguai - nas BR-116, BR-153 e BR-158

EM RODOVIÁRIAS INTERNACIONAIS:
Ponte Mauá - Jaguarão - BR / Rio Branco - UR
Ponte da Concórdia - Quaraí (Brasil) / Artigas (Uruguai)
Ponte da União - Barra do Quaraí - BR / Bella Unión - UR
Ponte dos Presidentes - Uruguaiana - BR / Passo de los Libres - AR
Ponte do Mercosul - São Borja - BR / Santo Tome - AR

EM FERROVIÁRIAS INTERESTADUAIS:
Sobre o rio Uruguai (Vacaria e Marcelino Ramos)

EM FERROVIÁRIAS INTERNACIONAIS:
Sobre o rio Jaguarão (Jaguarão)
Sobre o rio Quaraí (Barra do Quaraí)
Sobre o rio Uruguai (Uruguaiana)

EM FERROVIÁRIAS NACIONAIS:
Sobre os rios: Sinos, Caí, Taquarí (três), Pardo, Jacuí (onde jogaram a cabeça do guapo Gumercindo Saraiva), Santa Maria (com 1.694m construída em 1907, é a maior ponte metálica da América do Sul), Ijuí (duas) e outras de menor relevância.


16 – BARRAGENS HIDRELÉTRICAS
Temos no Rio Grande do Sul diversas BARRAGENS que servem para a geração de Energia Elétrica, como segue:
Barragem do Blang - no rio Caí (São Francisco de Paula)
Barragem do Capigüí - no rio Guaporé (Marau)
Barragem Passo Fundo - no rio Passo Fundo (Anta Gorda)
Barragem Ernestina - no rio Jacuí (Passo Fundo)
Barragem Passo Real - no rio Jacuí (Salto do Jacuí)
Barragem Maia Filho - no rio Jacuí (Salto do Jacuí)
Barragem de Itaúba - no rio Jacuí (Nova Palma)
Barragem de Dª Francisca - no rio Jacuí (Dª Francisca)
Barragem de Machadinho - no rio Pelotas, divisa com Stª Catarina
Barragem de Itá - no rio Uruguai, divisa com Stª Catarina


17 – BARRAGENS ECLUSAS
Temos em nosso Pago diversas BARRAGENS eclusas que servem para favorecer o sistema hidroviário, como segue:

No canal de SÃO GONÇALO:
Barragem de São Gonçalo - serve principalmente para evitar a salinização proveniente da lagoa dos Patos para a lagoa Mirim

No rio TAQUARÍ:
Barragem de Bom Retiro do Sul - Bom Retiro do Sul

No rio JACUÍ:
Barragem de Amarópolis - Santo Amaro
Barragem do Anel de Dom Marco - Rio Pardo
Barragem-Ponte do Fandango - Cachoeira do Sul


18 – BARRAGENS PARA IRRIGAÇÃO
Temos em nosso estado algumas BARRAGENS para o aproveitamento da irrigação orizícola, como segue:

Barragem no Arroio Capané - Cachoeira do Sul
Barragem no Arroio Duro - Camaquã
Barragem no Arroio São Marcos - Uruguaiana
Barragem no Rio Vacacaí - São Gabriel
Barragens (2) no Arroio Canas - São Gabriel


19 – CANAIS
Subentenda-se CANAIS DE ACESSO e não de dragagens (canais em leitos de rio), sendo os seguintes:
Canal de Rio Grande - (entre o oceano e a Lagoa dos Patos - Rio Grande)
Canal de São Gonçalo - (entre as Lagoas dos Patos e Mirim)
Canal de Santa Clara - (no Pólo Petroquímico - Triunfo)


20 – ECOSSISTEMA
O vocábulo ecossistema traduz a perfeita harmonia entre as duas vidas (biológica / botânica), num mesmo ambiente.
Em outras palavras:
A ecologia (ciência que estuda essa harmonia) procura saber sobre a convivência pacífica num mesmo ambiente entre a fauna e a flora.

Temos em nosso estado diversas RESERVAS ECOLÓGICAS, como segue:

Banhado do Taim - entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mangueira
Parque das Guaritas - em Torres
Reserva dos Caingangues - em Nonoai
Parque do Itaimbezinho - em Cambará do Sul
Reserva do Iucumã - em Tenente Portela / Derrubadas


21 – PONTOS TURÍSTICOS
Sem dúvida, o TURISMO é a “Indústria sem chaminés” e nós, gaúchos, temos alguma coisa a oferecer, como segue:

BALNEÁREOS:

a) MARÍTIMOS:
Torres - a mais bela praia gaúcha
Capão da Canoa - a mais charmosa
Atlântida - a mais elitizada
Tramandaí - a mais popular
Cassino - a mais sofisticada

b) LACUSTRES:
Laranjal - em Pelotas
Tapes - no Pontal de Tapes
Arambaré - em Arambaré
Ipanema - em Porto Alegre

c) FLUVIAIS:
Areias Brancas - em Rosário do Sul
Tunas - em Restinga Seca

SERRA:
Cascata do Caracol - em Canela
Nevadas - em Gramado
Hotéis Fazenda - em Bom Jesus, Vacaria e São Francisco de Paula
Itaimbezinho - em Cambará do Sul

ISOLADOS:
Guaritas - são formações semelhantes à guaritas, em Caçapava do Sul (na Serra das Encantadas).

Pedra do Segredo - o “segredo” consiste em passar no labirinto com mais de 50m por debaixo da pedra, em Caçapava do Sul.

Forte D. Pedro II - fortaleza histórica, em Caçapava do Sul.

Toca da Tigra - ninho de um felino que atacou Jacinto Inácio, o fundador da cidade, em Santana da Boa Vista.

Macaco Branco - precipício onde empurravam escravos e prisioneiros, em Encruzilhada do Sul (no Cerro Partido).

Toca do Índio - habitação primitiva de índios da região, em Santa Cruz do Sul.

Cerro do Botucaraí ou Cerro do Monge - onde presume-se que um Monge tenha enterrado um magnífico Tesouro quando foi arrasado o Aldeamento Jesus Maria, pelo Bandeirante Antônio Raposo Tavares (1636), em Candelária.

Caverá - fortaleza natural onde refugiava-se o caudilho Honório Lemes, O Leão do Caverá, em Rosário do Sul. (Revolução Maragatos / Chimangos – 1923).

Gruta do Jarau - no Cerro do Jarau, é o maior monolítico gaúcho. Local onde originou-se a lenda da Salamanca do Jarau.

Cavernas em Garimpos de Pedras Semipreciosas - Ametista do Sul, Rodeio Bonito, Planalto, Alpestre e região.


22 – MISSÕES
Hoje o vocábulo MISSÕES refere-se aos SETE POVOS DAS MISSÕES – 1682 / 1706 (sucessor dos Dezoito Aldeamentos) e são os seguintes:

1 – São Borja ........................ 1682
2 - São Nicolau ..................... 1687
3 - São Luís Gonzaga ............ 1687
4 - São Miguel ...................... 1687
5 - São Lourenço Mártir ....... 1690
6 - São João Batista ............. 1697 - (onde fundiu-se o 1o ferro)
7 - Santo Ângelo ................... 1706


23 – OS DOIS MATOS
A questão dos DOIS MATOS não é muito difundida entre os historiadores; mas houve essa espécie de divisão do Rio Grande antigo, logo após a refundação (ou fundação) dos Sete Povos.

A linha básica de separação dos DOIS MATOS era o rio Pardo:

Ao LESTE deste rio situava-se o MATO PORTUGUÊS, que estendia-se até aos Aparados da Serra do Mar, onde localizava-se a Vacaria dos Pinhais; por isso, fundou-se ali a cidade de VACARIA.

Ao OESTE do rio Pardo situava-se o MATO CASTELLANO, seguindo até o rio Uruguai, onde fundaram-se os Sete Povos das Missões.


24 – AS DUAS VACARIAS
No item anterior situamos as Vacarias dos Pinhais (entre o Mato Português e os Aparados da Serra do Mar); de onde o Pe. Cristóbal de Mendoza Orellano fazia suas tropeadas para as Missões (Sete Povos).

Agora vamos às Vacarias do Mar, que situavam-se do rio Negro ao Oceano Atlântico, em plena Pampa (hoje URUGUAI); donde Cristóvão Pereira de Abreu fazia suas tropeadas para o Brasil central, pelo litoral acima.


25 – CAMPOS NEUTRAIS
Uma das inovações do Tratado de Santo Ildefonso foi a criação dos Campos Neutrais, assim explicados:

“ A língua de terra compreendida entre a Lagoa Mangueira com a Lagoa Mirim e a costa marítima, não podia ser ocupada por nenhuma das nações contratantes; de sorte que, nem os Portugueses passem o Arroio do Taim, linha reta ao mar até à parte meridional, nem os Espanhóis passem o Arroio Chuí e de São Miguel, até à parte setentrional.

O artigo VI estatuiu também que ficaria reservado no restante da linha divisória [... ]

. . . um espaço suficiente entre os limites de ambas as Nações, ainda que não seja de igual largura à das referidas Lagoas, no qual não possam edificar-se povoações, por nenhuma das duas partes, nem construir-se Fortalezas, Guardas ou Postos de tropas, de modo que os tais espaços sejam NEUTROS, pondo-se marcos e sinais seguros, que façam constar aos vassalos de cada Nação o sítio de que não deverão passar; a cujo fim se buscarão os lagos e rios, que possam servir de limite fixo e inalterável, e em sua falta os cumes dos montes mais assinalados, ficando estes e as suas fraldas por termo neutral e divisório, em que se não possa entrar, povoar, edificar nem fortificar por alguma das duas Nações. ”

A DEMARCAÇÃO:
“ Partindo-se, então, do Banhado do Taim / adentrava-se na Lagoa Mangueira e desta (sempre em linha reta) adentrava-se à Lagoa Mirim / e desta, seguia-se pelo principal curso d’água (rio Jaguarão) até sua nascente principal / chegava-se à Coxílha do Aceguá / daí, seguia-se pela Coxílha de Santa Tecla (divisor das águas dos rios Camaquã – Santa Maria) / chega-se ao lugar onde foi edificada a cidade de Santa Maria da Boca do Monte (onde acamparam por 14 anos, por isso rua do Acampamento) para escolher-se o cume mais alto ali da serra / e então prosseguir pela Coxílha Geral (Júlio de Castilhos / Cruz Alta / Santa Bárbara do Sul / Chapada) e descendo pelo divisor das águas entre os rios Turvo e Guarita, até à foz do Peperi-Guaçu (junto ao rio Uruguai). ”

Nesse tempo da demarcação, o lado português procedia a distribuição de SESMARIAS e do lado espanhol foi fundada a cidade de São Gabriel (1801). Os luso-brasileiros requeriam terras em nome de pessoas “nonatas” e até mesmo já mortas - ao que a história denomina de Patriciado Gaúcho.


26 – MALHA RODOVIÁRIA
O sistema RODOVIÁRIO do Rio Grande do Sul engloba rodovias federais ( BR):

BR-101 (Torres / Osório)
BR-116 (Passo do Socorro / Jaguarão)
BR-153 (Erexim / Aceguá)
BR-158 (Iraí / Livramento)

BR-285 (Vacaria / São Borja)
BR-287 (Novo Hamburgo / São Vicente do Sul)
BR-290 (Osório / Uruguaiana)
BR-293 (Pelotas / Uruguaiana)

BR-386 (Canoas / Sarandi)
BR-392 (Santo Ângelo / Rio Grande)

BR-453 (Santiago / Itaquí)
BR-466 (Santiago / Santo Ângelo)
BR-471 (Soledade / Chuí)
BR-472 (São Borja / Barra do Quaraí)

Engloba, sobretudo, as rodovias ESTADUAIS que cruzam-se por todas as Querências deste Pago.

Temos ainda as rodovias MUNICIPAIS, sem padrão algum e as VICINAIS, que servem à vizinhança.


27 – MALHA FERROVIÁRIA
Antigamente o sistema FERROVIÁRIO gaúcho pertencia à "Viação Férrea Rio Grande do Sul" - VFRGS.

DOIS RAMAIS:

Ramal do Norte (Marcelino Ramos / Santa Maria / entroncando com Porto Alegre / Uruguaiana, no qual se encontra a maior ponte-metálica da América do Sul).

Ramal do Sul (Rio Grande / Pelotas / Bagé / D. Pedrito / Livramento).

Em 1958, foi criada a RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A), que encampou a VFRGS.

Construíram-se novos ramais e novos entroncamentos.
Em 1999 tudo foi privatizado e nosso sistema FERROVIÁRIO deixou de ser prioridade nacional.

Temos ainda o TRENSURB que é o Metrô de Superfície dos gaúchos. É um ramal único que une Porto Alegre / São Leopoldo (futuramente até Novo Hamburgo).


28 – CAPITAIS EXPONENCIAIS
01 - Arroz - CACHOEIRA DO SUL
02 - Banha - EREXIM
03 - Bem-me-quer - BOM JESUS
04 - Cachaça - SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA
05 - Calcário - CAÇAPAVA DO SUL
06 - Calçado - NOVO HAMBURGO
07 - Carvão - SÃO JERÔNIMO
08 - Champanha - GARIBALDI
09 - Charolês - JÚLIO DE CASTILHOS
10 - Charque - JAGUARÃO
11 - Devon - BAGÉ
12 - Doce - PELOTAS
13 - Erva-mate - VENÂNCIO AIRES
14 - Feijão - SOBRADINHO
15 - Fumo - SANTA CRUZ DO SUL
16 - Hospitalidade - LIVRAMENTO
17 - Integração - URUGUAIANA
18 - Literatura - CRUZ ALTA
19 - Mel - CANDELÁRIA
20 - Milho - ENCRUZILHADA DO SUL
21 - Missões - SANTO ÂNGELO
22 - Ouro - LAVRAS DO SUL
23 - Pampas - PORTO ALEGRE da Madre de Deus
24 - Paz - DOM PEDRITO
25 - Pedras Preciosas - SOLEDADE
26 - Peixe - RIO GRANDE
27 - Pioneirismo - SÃO NICOLAU
28 - Planalto - PASSO FUNDO
29 - Praias - TRAMANDAÍ
30 - Presidentes - SÃO BORJA
31 - Religiosidade - RIO PARDO
32 - Sete Povos - SÃO MIGUEL
33 - Soja - SANTA ROSA
34 - Sol-nascente - TORRES
35 - Tanino - MONTENEGRO
36 - Tenacidade - PORTO ALEGRE dos Açorianos
37 - Trabalho - IJUÍ
38 - Trigo - PASSO FUNDO
39 - Turismo - GRAMADO
40 - Uva - CAXIAS DO SUL
41 - Vinho - BENTO GONÇALVES


29 – OUTROS TÍTULOS DE CIDADES
01 - Rainha do Mar - RIO GRANDE
02 - Rainha da Fronteira - BAGÉ
03 - Imperatriz dos Vales - VERANÓPOLIS
04 - Princesa do Jacuí - CACHOEIRA DO SUL
05 - Princesa do Mar - TORRES
06 - Princesa do Sul - PELOTAS
07 - Princesa do Uruguai - URUGUAIANA
08 - Leal e Valorosa - PORTO ALEGRE
09 - Mui Heróica - SÃO JOSÉ DO NORTE
10 - Noiva do Mar - RIO GRANDE
11 - Cidade Sorriso – PORTO ALEGRE
12 - Cidade Coração do Rio Grande - SANTA MARIA
13 - Colmeia do Trabalho - IJUÍ
14 - Pepita do Rio Grande - LAVRAS DO SUL
15 - Terra dos Marechais - SÃO GABRIEL
16 - Tranqueira Invicta – RIO PARDO



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FOLCLORE GAÚCHO



Mangueada

À seguir, estudaremos o FOLCLORE GAÚCHO, estrivados nas idéias de:

Saul Martins
Apolinário Pôrto Alegre
João Simões Lopes Neto
Curt Sachs
Augusto Meyer
Hélio Moro Mariante
João Carlos D’Avila Paixão Côrtes
Luís Carlos Barbosa Lessa
Glênio Fagundes
Antônio Augusto Fagundes
Cléo Guilherme Steffen

Esperamos ser exitosos neste trabalho, para o bem do nosso amado Pago, o Rio Grande do Sul.



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FOLCLORE GAÚCHO


01 – ORIGEM
A palavra FOLCLORE foi composta de dois vocábulos da língua inglesa - FOLK (que significa Povo) e LORE (que significa Saber); aos poucos foi sendo aceito no mundo inteiro.

Até 1846, o recolhimento de cantos e contos, de lendas e parlendas, de crendices e superstições, de provérbios e adágios, de usos e costumes de um povo - era classificado com ANTIGUIDADE POPULAR.

Neste ano, o arqueólogo inglês William John Thoms escreveu uma carta ao jornal londrino The Atheneum, lembrando que os fatos arrolados com ANTIGUIDADES POPULARES, constituem na verdade, um Saber Popular e propôs que fossem chamados de FOLCLORE.

Essa carta foi publicada em 22-08-1846; por essa razão, o dia 22 de agosto é considerado o DIA INTERNACIONAL DO FOLCLORE.

O FOLCLORE hoje, é uma ciência que estuda a maneira de ser, sentir e agir das camadas populares das sociedades civilizadas.


02 – DINÂMICA
Há estudiosos que limitam o FOLCLORE ao antigo, ao arcaico e ao tradicional, porém, está provado que ele é dinâmico, porque:

1 - O objetivo do FOLCLORE nada tem de morto, parado ou imutável.

2 - Devemos encarar o Fato Folclórico em constante transformação.

3 - O FOLCLORE é também uma reivindicação social, pois ele se projeta no futuro como expressão das aspirações e expectativas populares e de sede de justiça do povo.


03 – CLASSIFICAÇÃO
O FOLCLORE abarca toda a vida popular e se estende a todas as atividades, em todos os grupos de idade - é todo um sistema de vida.

A despeito dessa amplitude, podemos classificar sumariamente os Fatos Folclóricos, nas seguintes origens:

1 – Literatura oral.

2 – Crenças e superstições.

3 – Lúdica.


04 – FATO
É uma parcela do conhecimento humano que se transmite no Tempo e no Espaço, por contigüidade, de geração em geração, de camada cultural a camada cultural, sem que seja ensinada nas escolas ou livros, porque:

1 – Tudo o que o homem sabe, constitui a cultura humana e o Fato Folclórico por mais simples que seja, faz parte dessa cultura.

2 – O Fato Folclórico passa de pessoa a pessoa, de boca a ouvido, de pai para filho - isto, é a transmissão no Tempo.

3 – É transmitido de uma pessoa de um lugar, para outra pessoa de um outro lugar - isto, é a transmissão no Espaço.


05 – CARACTERÍSTICAS DO FATO
São de aceitação coletiva, intemporalidade, espontaneidade, tradicionalidade, funcionalidade, oralidade e do anonimato, porque:

1 – É temporal - se obedece à moda.

2 – É erudito - se criado e regido por ciência e artes eruditas.

3 – É dinâmico - porque é funcional (de grande mobilidade e elasticidade); pode cumprir estágios culturais, transformando-se por adição ou subtração de elementos, adaptando-se e adquirindo novas funções.

4 – Culturalmente, o homem só conserva o que é útil e até quando é útil; quando o Fato de ter sentido é jogado fora ou substituído por outro.


06 – CRONOLOGIA DO FATO

NASCENTE - quando tem aceitação popular, com menos de 25 anos.

VIGENTE - quando tem aceitação popular, com mais de 25 anos.

HISTÓRICO - quando é desaparecido, morto ou perdeu a função.


07 – NOSSA CULTURA FOLCLÓRICA
A cultura folclórica brasileira, no sentido antropológico sofre a influência dos Três Elementos Étnicos - por conseguinte, fornecendo 3 Heranças, como segue:

1 – Herança INDÍGENA:
Alimentos - mandioca, milho, guaraná, palmito, etc.
Objetos - rede-de-dormir, jangada, canoa, arapucas, aratacas, boleadeiras, sovéu, etc.
Vocabulário - jacaré, sabiá, tatú, jacuí, taquarí, piquirí, etc.
Técnicas - trabalhos em cerâmica, cestaria, preparo de farinha-de-mandioca, etc.
Hábitos - chimarrão, churrasco, etc.

2 – Herança PORTUGUESA:
Festas - do Divino, dos Navegantes, do Terno de Reis, danças, teatro de bonecos, etc.

3 – Herança AFRICANA:
Alimentos - feijoada, cocada, vatapá, acarajé, pé-de-moleque, moqueca, beijú, cuscuz, etc.
Seitas religiosas - umbanda, quimbanda, batuque, candomblé, etc.
Música - lundus, congadas, samba, maxixe, etc.
Instrumentos musicais - reco-reco, ganzá, cuíca, agogô, etc.
Vocabulário - xuxú, cachaça, cachimbo, macumba, batuque, fubá, kinzomba, quitanda, etc.

NOTA:
Sendo o FOLCLORE a manifestação da cultura espontânea de um povo, é imaginável a riqueza do Folclore Brasileiro, dada a miscigenação (amarela, branca e preta), que temos em nosso querido Pago e no nosso amado Brasil.


08 – CULTURA MATERIAL
Essa cultura, são as coisas palpáveis (artefatos ou objetos), tais como:
Utensílios caseiros - panelas-de-barro, de pedra, pratos de barro, de madeira, de lata, cuias, colheres de pau, cestaria, cerâmica, pilões, etc.
Indumentária - pilchas e vestuário em geral, calçados, etc.
Comidas e bebidas - guloseimas, salgados, doces, licores, etc.
Artesanato - algo feito ou confeccionado com sobras de material, que possui características domésticas e no geral, com elaboração de cunho pessoal (fora de série).
Arte - é a perfeita habilidade com técnicas tradicionais, empregadas pelo povo.


09 – CULTURA IMATERIAL
São as coisas não palpáveis (intelectuais ou espirituais):
Música, dança, folguedos, jogos, linguagem, lendas, parlendas, crendices, superstições, medicina (caseira e campeira).


10 – DANÇAS
Curt Sachs (alemão nascido em Berlim), viveu em Paris e nos EE.UU., foi certamente o maior estudioso de danças no mundo inteiro; editou um livro em 1933 e que também, foi publicado em espanhol (Buenos Aires – 1944), assim classifica as danças.

COLETIVAS:
Formação - quadrado, roda e fila.
Multidão ¬- rua, salão e palco.
Cortejo - desfile e autofolclóricas.
Religião-passagem - nascimento, iniciação, casamento, morte e pós-morte.
Religião-reza - batuque e umbanda.
Colheita - geralmente improvisadas.

INDIVIDUAIS:
Solo - com ou sem implementos.
Desafio - com ou sem implementos.

PAR:
Solto - independente, semi-independente e interdependente.
Tomado - enlaçado ou abraçado.

TRIO:
Variado - podem ser de Homens, Mulheres ou Crianças (1 macho e 2 fêmeas ou 2 machos e 1 fêmea).


11 – FANDANGO
A palavra FANDANGO designa um barulho (rebuliço) de muitas águas; é daí que vem o termo de Fandango, empregado para designar o barulho do sapateio dos bailarinos.

O período dos Fandangos é compreendido entre 1839 e 1849 divide-se em 2 ciclos, como segue:

Primeiro CICLO - representava a resultante de uma canção, entremeada de sapateios.

Segundo CICLO - eram danças de várias pairagens e em vários estilos.

Atualmente - com pares enlaçados ou abraçados, representa o BAILE GAÚCHO - chamado de FANDANGO.

Danças folclóricas que fazem parte do CICLO dos FANDANGOS:

AÇORIANA:
Chimarrita

PORTUGUESAS:
Cana-verde
Maçanico
Pezinho

ESPANHOLAS:
Pericón
Tirana-do-lenço

POPULARES:
Anú
Balaio
Caranguejo
Quero-mana
Sarrabalho
Tatú-de-volta-no-meio
Tatú-novo

ALEMÃ:
Xote (variante alemã)

ESCOCESA:
Rilo

ARGENTINAS:
Chacarera
Escondido
Feliz-amor
J. Cordovez
Meia-cana

TRADICIONAIS:
Danças (ritmos), que fazem parte dos FANDANGOS de hoje:
Bugio (popular gaúcha)
Havaneira (cubana)
Marcha (do “dobrado” - do “passo-doble” espanhol)
Mazurka (polonesa)
Milonga (platense)
Polka (polonesa)
Quadrilha (francesa)
Rancheira (açoriana)
Valsa (austríaca)
Xote (inglesa - nossa variante é alemã)


12 – COZINHA
Indiscutivelmente, o churrasco é a comida preferida do gaúcho, cujo melhor assado é a costela, depois a picanha e o matambre, mas - seguem-se:

1 – Pratos:
Arroz-de-carreteiro, arroz-de-china, arroz-de-esquilador, cabeçada, cabo-de-relho, cardaje, carijó, engasga-gato, ensopados, espinhaço-com-mandioca, feijoada, fervido, fritadas, galinhada, mexido, mocotó, mondongo, peixada, puchero, quibebe, rabada, recheados e revirado,

2 – Sobremesas:
Abóbora, ambrosia, arroz-de-leite, batata-doce, canjica, doce-de-leite, figada, figo-açucarado, figo-em-calda, goiabada, mogando-com-leite, pessegada, pêssego-em-calda, tachadas, trigo-com-leite.

3 – Guloseimas:
Arigônas, bolinhos, bolo-frito, bolos, café-engrossado, carrapinhada, milho-verde, passas-de-uvas, pé-de-moleque, pipoca, rapadura e rapadurinhas.


13 – APELIDOS
Segundo o dicionarista Afonso Telles Álves, a palavra APELIDO, quer dizer - cognome, alcunha, é um designativo especial de alguém ou de alguma coisa, podendo ser:

1 – Íntimo - (afetivo, geralmente trazido de infância):
Chico, Dadá, Didi, Dudú, Joca, Juca, Tatá, Tonico, Tônho, Zé, Zeca, etc.

2 – Humorístico - (geralmente pejorativos):
Cara-larga, Dez-pras-duas, João-grandão, Juca-pé-grande, Zé-Garrão, Zé-munheca, etc.


14 – LENDAS (causos)
São estórias, causos, que encerram uma certa filosofia dentro de uma narrativa popular; erradamente são chamadas de mentiras - seguem-se:
01 - Arroz
02 - Bugio e o jacaré
03 - Cerro do Monge
04 - Cervo dourado
05 - Compadre foiarada
06 - Corvo e a raposa
07 - Fandango dos cachorros
08 - Formiga e a aranha
09 - Guaraxaim
10 - Lagoa da música
11 - Lobisomem
12 - Macaco branco
13 - Mãe mulita
14 - M’boi tatá
15 - M’bororé
16 - Mula sem cabeça
17 - Negrinho do pastoreio
18 - Obiricí
19 - Pedra do segredo
20 - Prenda
21 - Salamanca do Jarau
22 - Santa Josefa
23 - Teiniaguá
24 - Toca da tigra
25 - Três espíritos do álcool


15 – PARLENDAS (paralendas)
São cantos de infância, cantigas de ninar, quase sempre rimadas, formando verdadeiras lenga-lengas que, conforme a tonalidade da voz (ou melodia), a criança acaba adormecendo sugestionada - seguem-se:
Bicho papão
Boi da cara preta
Caixinha do Tubico
De cá e de lá


16 – SUPERSTIÇÕES (não presta)
É o sentido de veneração religiosa que se fundamenta no temor ou na ignorância , levando ao cumprimento de falsos deveres ou obrigações, à quimeras com a confiança em coisas fantásticas e ineficazes.
Também, pode-se dizer que são presságios infundados - seguem-se alguns:
1 – Não presta passar por baixo de escada - dá azar.
2 – Não presta abrir guarda-chuva dentro de casa - quem faz assim, não casa.
3 – Não presta comer canto de pão - casa com primo-irmão.
4 - Não presta varrer a casa dos fundos para frente - o ladrão vem à noite.
5 – Não presta apontar com o dedo para uma estrela cadente - nasce verruga na ponta do dedo.
6 – Não presta sentar em tição - encurta a vida dos pais.
7 – Não presta varrer os pés de alguém - ele não casará.


17 – CRENDICES
São fanatismos em credulidades infundadas - seguem-se algumas:
1 – Crê-se que, para se ter sorte, basta pendurar uma ferradura na porta da frente da casa.
2 – Crê-se que, para afastar o azar, basta pendurar uma caveira na porteira da frente da Fazenda (Estância).
3 – Crê-se que, para tirar um quebranto, usa-se um “galhinho” de arruda atrás da orelha esquerda por sete horas.
4 – Crê-se que, para evitar mau olhado, ao cruzar-se com uma aroeira - se for pela manhã, diga-se: boa tarde - se for pela tarde, diga-se: bom dia.
5 – Crê-se que, quando um cachorro está uivando, virando-se o chinelo do pé esquerdo, ele cala-se.
6 – Crê-se que, quando uma tempestade se aproxima, cravando-se um machado no chão, a tempestade muda de direção.
7 – Crê-se que, para uma visita indesejada ir embora, vira-se a vassoura atrás da porta.


18 – COMPARAÇÕES
São filosofias que estabelecem confronto comparativo de se ter uma igualdade ou semelhança, para se estabelecer as diferenças de rivalidade - seguem-se algumas:
1 – China, é que nem índio - quando se pinta, quer guerra.
2 – Profundo, como suspiro em velório.
3 – Tranqüilo, como cozinheiro de hospício - quando não se está tranqüilo.
4 – Tranqüilo, como água de poço - quando se está tranqüilo.
5 – Faceiro, que nem égua com dois potrilhos.
6 – Ansiado, que nem anão em comício.
7 – Curto, que nem coice de porco.


19 – ADÁGIOS (provérbios)
São filosofias que encerram uma certa sabedoria já tradicional, do viver gaúcho - seguem-se algumas:

1 – Boi lerdo, bebe água suja
(Não devemos ser vagarosos demais)

2 – Mato a cobra e mostro o porrete
(Faço e assumo)

3 – Escreveu e não leu - o pau comeu
(Diz e faz)

4 – Não mato, mas tiro pena
(Não acerto, mas quase)

5 – O peixe morre pela boca - o homem, pela palavra
(És escravo da tua palavra)

6 – Nem tudo o que brilha é ouro
(Nem sempre o bonito é bom)

7 – Não gasto sabonete em testa de burro
(Não perco tempo em coisas inúteis)


20 – ADIVINHAÇÕES
O quadro de ADIVINHAÇÕES gaúchas é imenso, por isso, vamos apresentar algumas:

1 – O que é, o que é: Que cai de pé e corre deitado?
R/ A chuva.

2 – O que é, o que é: Que caminha no sujo e no limpa, pára?
R/ O fogo.

3 – O que é, o que é: Quanto maior, menos se vê?
R/ A escuridão.

4 – O que é, o que é: Quanto mais se tira, maior fica?
R/ O buraco.

5 – O que é, o que é: Quanto mais se tira, mais se tem?
R/ Fotografia.

6 – Por que o boi baba?
R/ Porque ele não sabe cuspir.

7 – Até onde o cachorro entra no mato?
R/ Até ao meio - depois da metade, ele já estará saindo.


21 – MEDICINA GAÚCHA
Antigamente, quando não havia FARMÁCIAS, as receitas médicas eram aviadas em Boticas (que eram as Pharmáceas).

Existia a Medicina CASEIRA (para humanos) e a Medicina CAMPEIRA (para animais) - a diferença estava na posologia (menores ou maiores doses).

a – CHÁ:
É a infusão da raiz, casca ou folhas de uma só planta.

b – CHAPOEIRADA:
É a infusão da raiz, casca ou folhas de mais de uma planta.

c – XAROPE:
É a infusão da raiz, casca ou folhas de um casal de plantas (como por exemplo: laranjeira com limoeiro), adoçado com mel.

d – XAROPADA:
É a infusão da raiz, casca ou folhas de mais de um casal de plantas (como por exemplo: laranjeira com limoeiro + poejo com marcela).

e – BESUNTOS:
São pomadas para besuntar (untar) machucaduras, ferimentos, batidas ou hematomas.


22 – MANDINGAS
São práticas místicas, herdadas de nossos ancestrais e adotadas pelo uso de:

1 – Patuás - são objetos (ferrão de quero-quero, olho de coruja, sebo de grilo, etc.) usados, para buscar uma certa proteção.

2 – Mandracos - são objetos que se deixam em locais específicos, juntamente com rezas, para afastar um mal.

3 – Amuletos - são objetos que simbolizam deuses protetores.

4 – Talismã - são objetos que afastam o mal, por excelência.

5 – Despachos - são trabalhos feitos, executados, para mandar males embora e serem levados por quem tocar naquilo que ali for deixado, juntamente com rezas especiais; portanto, não tem objetivo definido.

6 – Empachos - são trabalhos feitos, executados, para obstruir, render pelos pés quem tocar nos objetos ali deixados, com rezas especiais; portanto, tem objetivo definido.


23 – BENZEDURAS
A benzedura é o ato de benzer alguém, um animal ou alguma coisa.

A figura central da benzedura é o benzedor (ou, benzedeira) - pessoa com ares sacerdotais, séria e que suscita respeito e veneração na redondeza, e às vezes até fora dali.

Tal pessoa, faz esta ou aquela oração, para curar este ou aquele mal, com este ou aquele acessório (rama verde ou seca, água fria ou quente, areia, cinza ou terra, etc.), de maneira silenciosa e respeitosa, invocando a bênção deste ou daquele divino, por mais de uma vez se for o caso.

Tal serviço jamais pode ser cobrado, entretanto, ao benzedor(a) é facultado aceitar ou não, uma oferta (que não pode ser tida como pagamento).

Geralmente, é invocada a proteção dos Santos (Antônio ou João ou Pedro ou Paulo), ou ainda das Santas (Luzia ou Eduvirgem ou Theresinha ou Fátima), etc.


24 – FESTAS JUNINAS GAÚCHAS
A história da origem das FOGUEIRAS nas Festas Juninas é muito discutida e nem mesmo a Igreja Católica tem uma posição definida , a esse respeito; tudo o que se sabe, é Folclórico.

Dia 13 de Junho:
Dia de SANTO ANTÔNIO (Padroeiro dos namorados)
Fogueira de base quadrada (chiqueiro) de altura baixa, pode ser pulada e é acesa na noite de 12 para 13.

Dia 24 de Junho:
Dia de SÃO JOÃO (Padroeiro das criações e plantações)
Fogueira de base redonda com um mastro alto no centro, não pode ser pulada e é acesa na noite de 23 para 24

Dia 29 de Junho:
Dia de SÃO PEDRO (Padroeiro do estado do RGS)  e  de SÃO PAULO (Padroeiro do estado de SP).
Fogueira de base triangular de altura média, não deve ser pulada e é acesa na noite de 28 para 29.

Os procedimentos são de respeito total (para com o Santo que será invocado), inicialmente com orações, depois com invocações e finalmente com recreações.

NOTA:
Não devemos confundir o tradicionalismo religioso gaúcho com o caipirismo mineiro ou paulista; no geral, ocorrem exageros pejorativos ao homem rural do Brasil leste e até mesmo do sul, no uso de vestimentas deterioradas, esfarrapadas, rasgadas e decepadas, imitando uma pessoa de pouca cultura, num verdadeiro deboche, coisa de mestre sem conhecimento real, o que deve ser lamentado e evitado, tais como: falar comendo pipoca . . . noiva barriguda . . . bebedeiras . . . comilanças, etc. o que expõe ao ridículo.

ARREMATE:
Era norma, quando haviam namorados naquele cerimonial de Festa Junina, o recitar quadrinhas ou sextilhas, como segue :

1
Vivo corrido da sorte
Rebenqueado da saudade,
Somente para te ver
Qüe puxa! barbaridade.

2
No potreiro dos teus olhos
O cupido me boleou.
Qu’esperança fugir-lhe,
Logo o buçal me passou.

3
A fita do teu cabelo
É buçal, maneia e laço.
escogotado e lunanco,
Inda por ti movo o passo.

4
Não sejas arisca, minha bela
Já basta pra meu castigo.
Que seguro já me tenhas
Com maneia e pé-de-amigo.

5
Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bicho.
Tem às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão 
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho.

6
O retovo, são conselhos
E normas de proceder,
Que todos devem saber
E conhecer bem a fundo;
Todos vivem neste mundo,
Mas poucos sabem viver.

7
Como quem vai pra’s pitangas
Num passo de légua-e-meia,
Se a carcaça cambaleia
O comentário é pra já:
Uns me chamam de gambá
Outros me mandam dormir.
Tropeçar não é cair,
É um jogo que o corpo dá !

AUTORES das quadrinhas, sextilhas e octavilha - acima:

1, 2, 3 e 4: Alhures (domínio popular do folclore gaúcho);

5 e 6: Ramiro Fortes de Barcellos - (Amaro Juvenal) da obra “Antônio Chimango”;

7: Lauro Corrêa Simões da obra “Golpe da Goela”.




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CONHECIMENTOS GERAIS



01 - A FORMAÇÃO DO GAÚCHO

Analisando os três aspectos:

ÉTNICO
São os Caracteres próprios de uma raça - vem de ETNIA, que antropológicamente falando significa uma expressão proposta pelo congresso de antropologia de Amsterdã (1927), para designar os grupos de indivíduos com caracteres noológicos ou culturais semelhantes; esta palavra emprega-se somente quando em um mesmo grupo humano coincidem os caracteres somáticos e os culturais.



ÉTICO
Vem do grego ETNOS - que aportuguesando forma ETNO > que significa RAÇA; entra na composição de etnologia, etnografia, etnogenia.
E fez-se a Pampa ... e Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, colocou sobre esse sonho-verde ... um ser forte que, de peito aberto, fé e coragem ... desbravou a terra e a transformou no País de sua gente; a esse ser imponente ... Deus deu o nome de Gaúcho.
O povo GAÚCHO foi formado das raízes nativas guarany’s . com a energia castellana ... a alma luso-brasileira ... o sacrifício africano ... e o sentimento açoriano; depois, recebeu um banho com o espírito laborioso alemão ... e mais tarde do italiano. Como se não bastasse, engrossou o caldo étnico e eclético-cultural com poloneses ... hebreus ... japoneses ... sírios ... libaneses ... afora, em menor quantidade de algum outro sangue.
É Relativo à ciência moral, ética e religiosa de um povo.
Os guarany’s são da raça amarela, ou jafetitas - que procedem de JAFETH (um dos três filhos de Noé), que recebeu como herança a Ásia e as Ilhas das Nações (Japão, Oceania e Américas); dos amarelos procedem as religiões - Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo, etc. - crenças politeístas como as dos nativos americanos, entre os quais - os guarany’s, que sentem um imenso orgulho em afirmar:

1 - CO IVI OGUERECO YARA (em guarany) ...
2 - TIENE DUEÑO ESTA TIERRA (em espanhol) ...
3 - ESTA TERRA TEM DONO (em português) ...

ÉTIMICO
Os guarany’s não conheciam o som da letra “L” - por isso, dizem: muié (mulher), taié (talher), cuié (colher), canar (canal), oveia (ovelha), oreia (orelha), etc.; aprenderam a gostar de rinha de galo (que não deveria ser novo e nem velho - mas sim - um galo médio - um GALUCHO - que desta palavra, retirando-se a letra “L” fica formada GA_ÚCHO - ou GAÚCHO) e fica entendido o étimo da palavra GAÚCHO.

Somente para lembrar que dos demais filhos de Noé, procedem o seguinte:

De SEM, herdeiro da Europa e pai da raça branca, procedem as religiões - Judaismo, Cristianismo e Islamismo.

De CAM, herdeiro da África e pai da raça preta, procedem as religiões - Primais, Tribais e Tradicionais.

De JAFÉ, herdeiro da Ásia e “Ilhas das Nações” (Américas, Austrália e Oceania) e pai da raça amarela, procedem as religiões > Budismo, Hinduísmo e Xintoísmo (dentre outras)

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O pioneirismo da civilização branca, começou no chão gaúcho com os “Dezoito Aldeamentos” criados pelos jesuítas inacianos (castellanos) entre 1626/34, que foi a Missão do Tape.

A colonização portuguesa no extremo meridional do Brasil, começou no século XVII, com a fundação da COLÔNIA DO SACRAMENTO, hoje cidade de Colônia (Uruguai), na margem esquerda do rio da Prata, defronte à ilha de São Gabriel, por Dom Manuel Lobo, em 22-01-1680.

Portugal procurou consolidar suas posições na barra do Rio Grande, trazendo os Açorianos entre 1747/54, para povoar o interior gaúcho, com 9 arranchamentos de 60 casais cada.

A cidadela do Sacramento foi foco de constante disputa com os espanhóis, passando definitivamente para a Espanha pelo Tratado de St º Ildefonso, em 1777.

Da Missão do Tape formaram-se os SETE POVOS, que o cachoeirense José BORGES do CANTO conquistou definitivamente para nós, em 1801.

Em:
1824, chegaram os primeiros Alemães;
1870, os primeiros Italianos;
1886, os primeiros Poloneses;
1904, os primeiros Israelitas;
1908, os primeiros Japoneses;
1940, os primeiros Sírios e Libaneses.

É bem verdade que seguido tínhamos que pelear por estas plagas, conquistando palmo a palmo e defendendo este chão com unhas e dentes, a ponta de lança, ao fio da espada e a casco de cavalo.

Quanto sangue foi derramado entre 1634/41, pela Bandeira de Antônio Raposo Tavares; em 1754/56 (Guerra Guaranítica); em 1763/76 (Domínio Espanhol); em 1825/28 (Guerra Cisplatina); em 1835/45 (Movimento Farroupilha); em 1848/52 (Guerra contra Rosas); em 1865/70 (Guerra do Paraguai); em 1893/95 (Guerra da Degola); em 1923/25 (Revolução anti-Borges); em 1930/37 (Governo revolucionário); em 1961 (Legalidade) quase que fedeu a tripa de ganso !

Por isso e muito mais, orgulhamo-nos em afirmar que somos brasileiros por opção e que este chão foi colonizado do interior para o litoral.

É verdade que fomos batizados não só com sangue, pólvora e suor, mas também com várias denominações.

Pertencemos ao Rio de Janeiro, São Paulo e até à Buenos Aires - é por isso que, vez por outra o nosso nome é grafado em espanhol, como segue:
01- São Pedro.
02- Capitania del Rei.
03- Rio Grande.
04- Província do Tape.
05- Porto de São Pedro.
06- Província del Ré.
07- Província del Rey.
08- Rio Grande de São Pedro.
09- Rio de São Pedro.
10- Colônia do Rio de São Pedro.
11- Rio de São Pedro do Sul.
12- Terra dos Tapes.
13- Governo do Rio de Janeiro.
14- Governo do Rio Grande.
15- Continente de Viamão.
16- Continente del Rey.
17- Governo do Rio Grande de São Pedro do Sul.
18- Continente do Rio Grande.
19- Continente do Rio Grande de São Pedro.
20- Continente do Rio Grande de São Pedro do Sul.
21- Continente do Rio Grande do Sul.
22- Província de Buenos Aires.
23- Capitania do Rio Grande.
24- Capitania do Rio Grande de São Pedro.
25- Capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul.
26- Capitania de São Pedro.
27- Capitania do Rio Grande do Sul.
28- Capitania de São Pedro do Sul.
29- Capitania de São Pedro do Rio Grande.
30- Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul.
31- Província de São Pedro do Rio Grande.
32- Província del Rei.
33- Província do Rio Grande de São Pedro do Sul.
34- Província de São Pedro do Sul.
35- Província do Rio Grande de São Pedro.
36- Província do Rio Grande.
37- Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
38- Província do Rio Grande do Sul.
39- Estado Rio-Grandense.
40- Rio Grande de São Pedro do Sul.

Hoje, de peito estufado e com muito orgulho, somos o Estado do RIO GRANDE DO SUL

É governado pelo Regime Presidencialista com 3 Poderes distintos e harmônicos entre si, estabelecidos em Porto Alegre (RGS), como segue:


LEGISLATIVO GAÚCHO - Sede: Palácio Farroupilha
Encarregado de elaborar as Leis; é exercido pelos 55 Excelentíssimos Senhores Deputados Estaduais.

Presidente

..............................................................................................


EXECUTIVO GAÚCHO - Sede: Palácio Piratiní
Encarregado de governar o RGS e executar as Leis; é exercido pelo Excelentíssimo Senhor

Governador(a)

..............................................................................................


Seus auxiliares diretos são os SECRETÁRIOS:

Segurança

.............................................................................................

Educação

..............................................................................................

Saúde

.............................................................................................

Habitação e Assistência

.............................................................................................

Interior e Transportes

.............................................................................................

Obras e Saneamento

.............................................................................................

Minas e Energia

.............................................................................................

Agricultura

.............................................................................................

Indústria e Comércio

.............................................................................................

Turismo e Ecologia

.............................................................................................

Administração

.............................................................................................

Fazenda

.............................................................................................



JUDICIÁRIO GAÚCHO - Sede: Palácio da Justiça

Encarregados de interpretar e fiscalizar as Leis, bem como julgar em 2ª Instância; é exercido pelos Excelentíssimos Senhores Doutores Juizes de Alçada e Desembargadores.


TRIBUNAL DE ALÇADA - TA

Presidente
.............................................................................................



TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - TRT

Presidente

..............................................................................................



TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL - TRE

Presidente

..............................................................................................



a)- DADOS IMPORTANTES
O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros que tem a melhor qualidade de vida (julgado pela ONU).

População 11.000.000 (+/-) de viventes.

Eleitores 7.750.583 (2006).


PRINCIPAIS ECONOMIAS

Indústria
Alimentícia
Vitivinícula
Doçaria
Frigorífica
Laticínio
Cerealista
Vestuário
Calçadista
Moveleira
Química
Metalmecânica
Automobilística
Estaleira
Aeronáutica
Hotelaria
Turística
Extrativista
Calcerita
Hulheira
Caulina
Granítica
Estanho
Cobre
Ouro

Agricultura
Milho
Feijão
Arroz
Trigo
Soja
Sorgo

Pecuária
Eqüina
Bovina
Ovina
Suína
Aves


PRODUÇÃO de ENERGIA ELÉTRICA
10.000 GWh.


MALHA RODOVIÁRIA
Federal 5.500 Km.
Estadual 7.000 Km.
Municipais 90.000 Km.


ENSINO
1º Grau 15.000 Escolas.
2º Grau 700 Escolas.
3º Grau 61 Escolas.


EMISSORAS
Rádios (AM / FM) 220
TVs Geradoras 16
Repetidoras 410


JORNAIS
Diários 11
Periódicos ?


b)- AUTARQUIAS e INSTITUIÇÕES GAÚCHAS
A palavra AUTARQUIA vem de AUTARCIA e significa: Suficiente a si mesmo, Auto-suficiência, Independência econômica.

Depois da 1ª Guerra Mundial, passou-se a dizer Autarquia designando economias Estatais.

A palavra INSTITUIÇÃO significa:
Fundação ou Estabelecimento (escola, entidade ou corporação).


BRIGADA MILITAR - (Instituição)
É a denominação da força policial do RGS (reserva do EB).
Teve sua origem no Corpo Policial da Província, criado pela Lei N º 7 (18-11-1837), do Presidente da Província (RGS), Marechal-de-campo Antônio Elzeário de Miranda e Brito, com 19 oficiais e 344 praças, para pelear contra os Farroupilhas.
Só foi organizado em 18-05-1841, tendo como primeiro Comandante o Tenente-coronel Quintiliano José de Moura, que passou a pelear a favor dos Farroupilhas.
Transformado em 9º Batalhão de Voluntários da Pátria, marchou para a GUERRA DO PARAGUAI, sob o comando do Major José de Oliveira Bueno.
Aquela força (9 º BVP) foi extinta por ato de 26-01-1889, criando-se em sua substituição, a GUARDA CÍVICA, transformada a 28-03-1892 em Corpo Policial e finalmente a
15-10-1892, por ato do Governador do RGS, Dr. Fernando Abbot, foi extinto aquele corpo e com seus elementos, organizada a BRIGADA MILITAR do RGS sendo seu comando confiado ao Coronel-do-Exército Joaquim Pantaleão Telles de Queiroz.
Desde 1917 (apenas com uma interrupção de 5 anos), vem sendo comandada por oficiais da força.
Foram elementos da BRIGADA, que ataram seus pingos no Obelisco da Av. Rio Branco (RJ), quando da Revolução de 1930 - colocando VARGAS no cargo de Presidente do Brasil.
Naqueles tempos, sim ! ... Naqueles tempos a BRIGADA era mais forte que o nosso Exército !
Hoje, sua missão é o policiamento ostensivo e tem gente querendo acabar com ela.


CORPO DE BOMBEIROS - (Instituição)
O Corpo de Bombeiros foi criado no RGS, em 1895.
Sua incorporação à BRIGADA, ocorreu em 27-06-1935, durante as comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha.
Sua missão: Prevenir contra incêndios.
Combate a incêndios.
Busca e salvamento.
Socorro público.
Dia do Bombeiro - 02-07-1954 - Criado pelo Pres. Vargas

DAER - (Instituição)
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, do RGS, foi criado em 11-08-1937, com a finalidade de construir e conservar, estradas e pontes estaduais.

DEPREC - (Instituição)
O Departamento Estadual de Porto Rios e Canais, tem a incumbência de controlar as vias navegáveis do RGS, bem como seus portos.

DAE - (Instituição)
O Departamento Aeroviário do Estado, tem a incumbência de zelar e voar as aeronaves do Estado do RGS.

BANRISUL - (Autarquia)
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul, foi criado em 12 de setembro de 1928, para auxiliar a economia gaúcha e por ele serem gerados os recursos estatais do RGS.

IRGA - (Autarquia)
O Instituto Rio Grandense do Arroz, foi criado com a finalidade de proteger o setor orizícola gaúcho.

CORSAN - (Autarquia)
A Companhia Rio-Grandense de Saneamento
Tem a incumbência de fornecer água potável e proceder o esgoto de dejetos em 343 comunidades gaúchas, onde está instalada.


c)- ENTIDADES PRIVADAS
São empresas ou sociedades particulares genuinamente gaúchas, que se destacam no cenário brasileiro e mundial, como segue:

BOELTER (Porto Alegre).
GERDAU (Porto Alegre).
RBS (Porto Alegre).
RENNER (Porto Alegre).
IPIRANGA (Rio Grande).
AÇOS FINOS PIRATINÍ (Triunfo).
AGRALE (Caxias do Sul).
LAVRALE (Caxias do Sul).
MARCO POLO (Caxias do Sul).
MADAL (Caxias do Sul).
TODESCHINI (Bento Gonçalves).
CARRARO (Bento Gonçalves).
ORTOPÉ (Gramado).
AZALÉIA (Novo Hamburgo).
GRANDENE (Novo Hamburgo).
SEMEATO (Passo Fundo).
UNESUL (Erexim).
KEPPLER WEBER (Panambí).
IMASA (Ijuí).
MERCÚRIO (Stª Maria).
PLANALTO (Stª Maria).
EXCELSIOR (Stª Cruz do Sul).
XALINGO (Stª Cruz do Sul).
SÃO JOÃO (Cachoeira do Sul).
KERBER e MERNAK (Cachoeira do Sul).

VARIG (Porto Alegre) - Viação Aérea Rio Grandense
Esta empresa aérea foi fundada em 07-05-1927, por Otto Ernest Meyer (alemão) tendo inicialmente mais nove sócios de origem estrangeira e um de pêlo-duro, como segue:
Major Alberto Bins (Prefeito)
José Bertaso
Charles Fred
Arthur Bromberg
Waldemar Bromberg
Rodolfo Ahrons
Emílio Gertum
Jorge Pfeiffer
Ernesto Rotermund
Adroaldo Mesquita da Costa
Foi a primeira empresa de transporte aéreo criada no Brasil e uma das primeiras no mundo.
Sua história é fascinante, construída por homens idealistas, empreendedores e dinâmicos, apaixonados por máquinas voadoras.
Otto Ernest Meyer foi oficial da FORÇA AÉREA ALEMÃ, imigrando para o Brasil, em 1921, onde realizou-se; inicialmente morou em Recife (PE) e depois no Rio de Janeiro (RJ), mais tarde vindo para Porto Alegre (RGS).
Curiosidades sobre a VARIG:
1º Secretário: Rubem Martim Berta
1º Avião: ATLÂNTICO – (9 passageiros)
1º Vôo: Rio de Janeiro / Porto Alegre
1º Cmt.: Rudolf Cramer
1ª Aeromoça: Srtª Maria Echenique
Alguns paisanos (gaúchos), não sabiam qual o exato significado da palavra (sigla) VARIG e concluíram, ser:
"Vários Alemães Reunidos Iludindo Gaúchos"
A VARIG era conhecida no mundo inteiro - onde localizavam-se suas agências, como se fossem EMBAIXADAS do Brasil e sua frota somava 91 aeronaves.
. . .  a nossa VARIG foi . . .
RIO-SUL (Porto Alegre)
Esta empresa aérea pertencia ao Grupo VARIG e seu nome era uma síncope de sua origem, o RIO GRANDE DO SUL.
Foi criada em 1976, para voar somente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, entretanto, houve alteração e esta regionalização foi ampliada.
Nas edições de 9 de setembro de 1976, a imprensa gaúcha registrava o primeiro vôo da RIO-SUL.
Ao todo foram feitas seis viagens de ida e volta para a cidade de Stº Ângelo, com escalas em Cruz Alta, Uruguaiana, Alegrete, Bagé, Stª Maria e Pelotas, quando viajaram 44 passageiros.
Na época, sua frota compunha-se de sete aviões Navajo e sete Bandeirantes, entre 21 cidades de seis estados brasileiros.
Em 1995, comemorou sua maioridade já com 20 aeronaves e adquirindo a "Nordeste Linhas Aéreas" - NLA.
Em 1997, a RIO-SUL torna-se a primeira empresa brasileira a utilizar o novo jato ERJ-145 (batizado de “Jet Class”), da Embraer.
Em 1998, uma nova imagem corporativa foi criada com a rosa-dos-ventos pintada na sua fuselagem, identificando-a como integrante do Grupo VARIG.
Em 1999, a RIO-SUL é reconhecida como uma das maiores empresas aéreas brasileiras, tendo em sua frota 4 Fokker-50, 8 Brasília, 14 Jet Class e 15 Boeing 737-500 - totalizando 41 aeronaves e ao completar 25 anos, já transportou mais de 3,5 milhões de passageiros, entre 40 aeroportos.



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ESCUDO ARMILAR - consta o Brasão Republicano Rio-Grandense.


No Escudo há uma faixa amarela onde está escrito:  República Rio-Grandense - 20 de Setembro de 1835
- (data do início da Revolução Farroupilha) - deveria ser 11 de Setembro de 1836 - data da nossa Independência.

Embaixo encontram-se escrita a legenda:  LIBERDADE – IGUALDADE – HUMANIDADE que traduz o ideal do povo rio-grandense.

O Escudo é usado no alto dos edifícios das escolas, das repartições públicas estaduais, dos quartéis, além de ser impresso nos papéis oficiais do RGS.


BRASÃO
É semelhante ao escudo, porém, não tem a elipse em volta, o chão entre as duas colunas (Norte e Sul) de Salomão) é separado e ao invés de dois bocas-de-fogo cruzados por traz, são duas espadas cruzadas acima da legenda num pergaminho - embaixo, entre as lanças.


HINO RIO-GRANDENSE - (Oficial, como é cantado hoje)

Letra do poeta Chiquinho da vovó
Música do maestro José Joaquim de Medanha

I
Como aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade.

Estribilho
Mostremos valor, constância
nesta ímpia e injusta guerra;
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

III
Mas não basta pra ser livre,
ser forte, aguerrido e bravo;
povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.


ÁRVORE
Foi instituída como Árvore símbolo do RGS, a Ilex Paraguariensis - ou ERVA-MATE.
Lei Nº 7.439 - (08-12-1980).


FLOR
Foi instituída como Flor símbolo do RGS, a Fuchisia Regia - ou BRINCO-DE-PRINCESA.
Lei Nº 38.400 - (16-04-1998).


AVE
Foi instituída como Ave símbolo do RGS, a Belonopterus Cayennensis - ou QUERO-QUERO.
Lei Nº 7.418 - (01-12-1980).


PILCHA
Foi instituída como Indumentária do Gaúcho, (para ambos os sexos) - a PILCHA GAÚCHA.
Lei Nº 8.813 - (10-01-1989).


REPENTISTA
Foi instituído como Dia do Poeta Repentista Gaúcho e do Artista Regional Gaúcho, dia 04 de Dezembro (dia 04-12-1982 da morte de Gildo de Freitas (famoso repentista gaúcho).
Lei Nº 8.814 - (10-01-1889).


PAYADOR
Foi instituído como Dia do Payador - o dia 30 de Janeiro - de 1924, quando nasceu na querência de Timbaúva, São Luiz Gonzaga (RS-Brasil), o payador Jayme Caetano Braun, tendo falecido em 08-07-1999, em Porto Alegre (RS-Brasil).
Lei Nº - ( - - 2002).


ANIMAL
Foi instituído como Animal símbolo do RGS, o Equus Caballus - ou CAVALO CRIOULO.
Lei Nº _________ - (__ - 08-2002).


SEMANA FARROUPILHA
Foi oficializada a SEMANA FARROUPILHA, no RGS, a ser comemorada de 14 a 20 de setembro de cada ano. Estatuto do MTG - Artigos: 237 a 241.
Lei Nº 4.850 - (11-12-1964).
Foi regulamentada a Lei nº 8.715 (11-10-1988), que dá nova redação à Lei nº 4.850 (11-12-1964).
Lei Nº 33.224 - (22-06-1989).


SEMANA DA PAZ
Foi instituída como SEMANA DA PAZ, o espaço de tempo entre os dias 22 de fevereiro a 1º de março de cada ano.
Lei Nº 11.077 - (06-01-1998).


e)- FESTAS NO RGS
No decorrer do ano inteiro, ocorrem muitas FESTAS no RGS, entre as quais podemos enumerar algumas:

TRADICIONAIS
Rodeio Internacional da Vacaria
Semana Crioula de Bagé
Rodeio dos Rodeios de Esteio

FOLCLÓRICAS
Divino Espírito Santo (todas as querências).
Navegantes (nas querências de água).
Terno de Reis (Osório).
Cavalhada (Stº Antônio da Patrulha).
Califórnia da Canção (Uruguaiana).
Tertúlia (Stª Maria).
Vigília (Cachoeira do Sul).
Coxílha (Cruz Alta).
Seara (Carazinho).
Musicanto (Stª Rosa).
Ronco do Bugio (S. Francisco de Paula).
Carreteada (S. Gabriel).
Grito (Jaguary).
ENART (Stª Cruz do Sul).
(. . . dentre outras . . .)

COMERCIAIS
EXPOINTER (Esteio).
FENARROZ (Cachoeira do Sul).
FENASOJA (Stª Rosa).
FENAVINHO (Bento Gonçalves).
FENATRIGO (Passo Fundo).
FESTA DA UVA (Caxias do Sul).
FENAC (Novo Hamburgo).
FENAF (Stª Cruz do Sul).
FENACHAMP (Garibaldi).
FENACHIM (Venâncio Aires).
FEJÃO (Sobradinho).
FEMEL (Candelária).
FENIC (Novo Hamburgo).
OCTOBER FEST (em todas as querências de origem alemã).


f)- INSTRUMENTOS MUSICAIS
Na prática, o cancioneiro gaúcho está usando e aproveitando, quase todos os instrumentos que ficam ao seu alcance, como segue:

PRIMITIVOS (à partir de 1626/82)
Flautas de taquara
Flautas de porongo
Flautas de osso
Tambores
Rebeca (Rabeca) de crina de eguariços

CORDAS (à partir de 1732/50)
Viola (10 cordas)
Meia-viola (5 cordas)
Guitarra (12 cordas)
Violão (6 cordas)

FOLE (e Harmônica de boca) à partir de 1824.
Cordeona (de colher) com 2 conversas e de 2, 4 ou
8 baixos - à partir de 1838.
Botonera (de botão) com voz trocada e de 02, 04, 8,
12, 24 ou 48 baixos - à partir de 1763/76.
Gaita-piano (de teclas) de 80, 120 ou 180 baixos -
à partir de 1920/25.
Bandonión (Bandônio) - ¼, ½, ¾ ou inteiro completo.


g)- ALGUNS MESTRES

ESCRITORES
João Simões Lopes Neto
Augusto Meyer
Ângelo Dourado
Dante de Laytano
Luís Carlos Barbosa Lessa
João Carlos D’Avila Paixão Côrtes
Glaucus Saraiva
Glênio Fagundes
Carlos Reverbel
Guilhermino César
Alcy Cheuiche
Moacir Ornelas
Aurélio Porto
Capistrano de Abreu
Antônio Augusto Fagundes

POETAS
Ramiro Fortes de Barcellos
Aureliano de Figueiredo Pinto
Jayme Caetano Braun
Apparício Silva Rillo
Dimas Costa
Luís Menezes

FOLCLORISTAS
Helio Moro Mariano
João Carlos D’Avila Paixão Côrtes
Amélia Mayer
Cléo Guilherme Steffen

COMPOSITORES
Telmo de Lima Freitas
Bagre Fagundes
Kenelmo Amado Álves
Nilo Barrios de Brum
Luís Carlos Borges
Marco Aurélio Vasconcellos
Ninito Sarturi

CANTORES
João de Almeida Neto
Neto Fagundes
João Chagas Leite
César Passarinho
Gaúcho da Fronteira
José Melo
Didi Melo
Antônio Gringo
Xirú Missioneiro
Xiruzinho
Luís Marenco
Eloadir Quevedo

CANTORAS
Fátima Gimenes
Maria Luiza Benitez
Oristela Álves
Helenita Melo
Maria Helena Anversa



F I M




NOTA:  Se você tem conta no "gmail" - eu gostaria de ter o seu comentário no espaço apropriado logo abaixo.  
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