quarta-feira, 30 de setembro de 2009

IDEÁRIO DE "OPM" < 001-090 >

IDEÁRIO  DE  "OPM"  -  001/090 -

por

Otávio Peixoto de Melo


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INTRODUÇÃO
O número que aparece antes dos títulos é a ordem alfabética e a(s) data(s) que aparecem abaixo são de quando foram publicados, bem como as iniciais são dos órgãos que publicaram, sendo uma convenção particular do autor.


001 - A CRUZ - ANTES E DEPOIS DE CRISTO

Nos primeiros séculos da cristandade, a CRUZ era representada sem a figura de Jesus Cristo, dado o caráter ignominioso que então se dava à crucifixão. Só mais tarde, nos séculos V e VI é que a imagem de Cristo passou a ser venerada no instrumento do seu suplício; a princípio, foi o crucifixo representado como um trono de majestade e misericórdia; mais tarde, deu-se-lhe um cunho mais realista, realçando-se fortemente os sofrimentos que Cristo experimentou pela redenção da humanidade. (Enc. Globo)

CONHECER
Em diferentes lugares do mundo, grupos se manifestam e líderes políticos se pronunciam em favor da abolição da pena de morte, ao mesmo tempo em que teatrólogos encenam peças, cineastas rodam filmes, literatos publicam artigos e juristas escrevem sobre o assunto - um dos grandes temas de debate do mundo moderno.

Embora a discussão generalizada do problema seja recente, a pena de morte em si é bem antiga. E, apesar de sempre ter havido quem duvidasse de sua justiça, ela foi adotada por vários povos, em diversas épocas. Em 1415, os protestantes Johann Huss e Jerônimo de Praga foram queimados na praça de Praga. Durante a Revolução Francesa, os criminosos eram decapitados. Em 1431, Joana d’Arc foi queimada em praça pública. E através de toda a Idade Média, empalamentos (suplício que consiste em fazer penetrar no reto do condenado, um pau ou ferro agudo) e esquartejamentos (dividir em quatro partes um corpo biológico) eram fatos comuns.

Mas a idéia da justiça por meios violentos não surgiu na Idade Média; já na antiguidade eram divulgados diferentes métodos de aplicação da pena capital.

A crucifixão era um deles. Medos, persas e macedônios puniam crimes com o suplício da CRUZ, porém, foram os romanos que lhe deram uma importância especial.

A primeira menção da crucifixão que a História registra aparece no Antigo Testamento, no Livro de Esdras, onde se conta que o rei persa Dario I ameaçou aplicar essa pena a todos aqueles que ousassem violar seu decreto em favor dos judeus repatriados do exílio para Jerusalém.

A segunda vez menciona-se essa pena no Livro de Ester, cuja ação se passa na própria Pérsia.

Mas o famoso historiador Heródoto informa que já os medos, antecessores dos persas, puniam ofensas graves com o suplício da CRUZ. Bom grego que, Heródoto se revoltava contra a crucifixão por considera-la um atentado ao senso estético. Esse sentimento, aliás, era partilhado pelo povo grego em geral, de modo que no antigo mundo helênico tal prática nunca chegou a se divulgar.

A cultura grega de Alexandre Magno deveria leva-lo a pensar como Heródoto, mas isso não ocorreu. Ao contrário - quando tomou a antiga cidade fenícia de Tiro, na costa Síria, o conquistador mandou crucificar 2.000 prisioneiros. Assim vingava-se pelo assassínio de alguns embaixadores que havia enviado àquela cidade. Mas o senso estético helênico prevaleceu; os próprios comandados de Alexandre condenaram o procedimento do seu chefe e rei; e nunca mais houve crucifixão no mundo helenístico. Pelo menos até o sucessor de Alexandre, Ptolomeu IV, que num dia de ira mandou crucificar todas as suas concubinas, suspeitas de terem assassinado a Rainha Eurídice, sua esposa. A execução introduziu a pena de crucifixão no Egito daquele tempo.

O exemplo vingou também em Tiro; e quando, bem mais tarde, os fenícios formaram a cidade-estado de Cartago, no norte da África, integraram a CRUZ em seu sistema penal; passaram a crucificar os inimigos vencidos e os culpados de crimes graves.

Um suplício de servos

De Cartago pelo leste, do Egito pelo oeste, o método passou à Líbia; e foi nas costas meridionais do Mediterrâneo que os romanos vieram a conhece-lo. Era uma penalidade bárbara. Os romanos só a aplicavam à ralé da sociedade; desertores, traidores, sacrílegos. Principalmente escravos. Mas havia gente, como Cícero, que achava a crucifixão um castigo ignóbil demais para um cidadão romano, mesmo traidor ou sacrílego. Em sua opinião, a CRUZ constituía um servile suplicium (isto é > suplício para servos). Devia pois ser reservado apenas aos escravos e assim foi.

A expansão do mundo romano levou o costume da crucifixão à Judéia, onde - até o reinado de Alexandre Janeu (103-76 a. C.) - vigorava a lei mosaica que só admitia a pena de morte por apedrejamento ou decapitação. Os defensores da lei mosaica - que eram principalmente os fariseus (classe rica e instruída), hostilizaram Alexandre Janeu, pois este não se opunha à helenização do país, introduzindo, entre vários costumes do mundo greco-romano, o sistema de pena capital então já popular em Roma - a crucifixão.

Contudo, a despeito da sua atitude pró-romana e apesar de sua índole violenta e sanguinária, Alexandre Janeu não conseguiu implantar o suplício da CRUZ. Os judeus eram severos com ralação à pena capital. Somente os delitos de grande gravidade eram punidos com a morte; e a decisão sobre a pena capital ficava a cargo de um tribunal religioso de 71 membros < o Sinédrio - que devia nestes casos chegar a veredicto obrigatoriamente unânime e na presença de todos os seus membros. Um único testemunho favorável ao acusado bastava para impedir a sua condenação à morte. Jamais o tribunal podia deliberar à noite, para evitar o cansaço dos juízes, ou aos sábados e dias festivos dedicados a DEUS. E os testemunhos falsos eram praticamente impossíveis; a lei determinava que as testemunhas fossem as primeiras a começar o apedrejamento dos condenados (donde vem a expressão: Atirem a primeira pedra); dessa forma, se após a execução viesse a ser comprovada a inocência do condenado, as testemunhas cujo depoimento tinha levado à pena capital ficavam automaticamente condenadas à pena idêntica. Seu crime - assassínio deliberado. Sua arma - palavra falsa.

A redescoberta da CRUCIFIXÃO

Essa tradição judaica, muito arraigada entre os judeus, sobreveio a Alexandre Janeu. E os raros casos de crucifixão que ocorreram durante o reinado deste monarca não se repetiram sob o domínio dos seus sucessores. Mesmo Herodes (o Grande), em cujo reinado nasceu JESUS , permaneceu fiel à tradição judaica, embora de origem iduméia e não muito escrupuloso em relação às leis mosaicas. Mas na prática contentava-se em mandar aplicar os castigos tradicionais, apesar da profunda influência romana sobre a Judéia.

Morto Herodes, entretanto, a Judéia se rebelou contra o jugo de sus dinastia. E Públio Quintílio Varo, legado de Roma na província da Síria nos anos 6-4 a. C., foi encarregado de pacificar o país. Para faze-lo, desceu com quatro legiões à Judéia dominando os focos de revolta e punindo os insurgentes com crucifixões em larga escala; pelo menos 2.000 judeus foram sacrificados na CRUZ antes da pacificação.

A paz assim conseguida, porém, foi provisória. A partir de então, ocorreram vários movimentos de rebeldia contra os romanos. Mas, fossem de caráter político ou religioso, conduziam sempre a um mesmo resultado; uma vez dominados, os revoltosos eram infalivelmente condenados à CRUZ.

Depois que Arquelau, filho e sucessor de Herodes, foi deposto e banido da Judéia por determinação do imperador romano Augusto, o poder imperial passou a se exercer sobre os judeus através de procuradores dependentes diretamente dos legados imperiais na Síria, embora nominalmente ainda houvesse rei na Judéia. Mas era um rei imposto pelos romanos e cada vez mais os judeus aspiravam à volta à sua independência nacional, ao aparecimento de um rei da estirpe davídica (de David), que os conduziria à antiga grandeza e à salvação. Mas isso para os romanos era lesa-pátria e crime.

O papel de Pôncio Pilatos

Pôncio Pilatos foi o 5º Procurador romano, na Judéia. Governava a revoltada e descontente nação judaica, no decênio entre 26-36 a. C., de forma tão arbitrária e sanguinária que o próprio legado na Síria, Lúcio Vitélio o mandou a Roma, para que ali prestasse contas dos seus atos ao Imperador Tibério. Naquele período a jurisdição e sua execução passam totalmente à autoridade romana.

Por um privilégio todo especial, confirmado por Octavio Augusto, os judeus só podiam condenar aqueles que, sem serem sacerdotes, penetrassem no Templo de Jerusalém, mesmo que fossem cidadãos romanos.

Daí, aliás, a tentativa de submeter São Paulo (embora judeu), a essa pena, por ele ter introduzido no Templo pessoas não autorizadas e nem sequer da fé mosaica.

E foi naquele decênio que coube a Pôncio Pilatos, embora lavasse as mãos, mandar crucificar a Jesus > com a irônica inscrição INRI < Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum > pregada no alto da CRUZ.

Jesus de Nazaré foi submetido à execução pública e pregado à CRUZ, não pelo teor espiritual e religioso das suas idéias que escapavam a Pilatos, mas por tentativa de subversão do poder imperial, que não admitia nenhuma idéia de salvação. Para o Império, só a Pax Romana das legiões vitoriosas podia salvar o mundo.

Nos tempos que se seguiram, o costume da crucifixão estabeleceu-se firmemente na Judéia, cada vez mais insatisfeita com a dominação romana e freqüentemente agitada por levantes políticos. Para sufoca-los, os sucessores de Pilatos > Caio Cúspio Fado (44-46), Tibério Júlio Alexandre (46-48), Ventídio Cumano (48-52) e Antônio Félix (52-60), puniam com a CRUZ milhares de bandidos, como eram chamados os judeus rebeldes. A aplicação maciça dessa pena por Géssio Floro - o último procurador romano da Judéia (64-66), esgotou, segundo o historiador Tácito, a paciência dos judeus, provocando a sua insurreição, que culminaria com a destruição de Jerusalém, no ano 70.

Durante o assédio final de Jerusalém, quando a guerra contra os judeus já era liderada por Tito, os judeus eram crucificados ao redor dos muros da cidade; mais de 500 pessoas morriam assim por dia. Os soldados romanos divertiam-se pregando as vítimas nas posições mais variadas, e tal era o número delas, que não havia mais espaço para as CRUZES, nem CRUZES suficientes para os condenados, conforme afirma o historiador da época, Flávio Josefo. E não havia mais madeira para as CRUZES, pois as torres de assalto exigiram dos romanos o desmatamento do país, o que contribuiu para a atual falta de reservas florestais na Palestina, sua desolação agrícola e erosão do solo.

Depois, o suplício da CRUZ foi aplicado ainda durante muito tempo, no Império Romano, quer contra os escravos, quer contra os cristãos - que ainda representavam a imagem não só da nova religião que subvertia os valores de Roma, pregando a igualdade dos homens, mas também do insubmisso e revoltoso judaísmo.

E só o Imperador Constantino, no ano 311, aboliu a aplicação dessa pena em todo o Império, que, paradoxalmente, acabou sendo dominado pelo símbolo que pretendeu destruir; a CRUZ, transformada em imagem da humanidade, do sofrimento e da fraternidade entre os homens.

Constantino na época de sua conversão teve um sonho que via uma CRUZ no céu onde havia a inscrição IN SIGNO VINCES (Sob esse sinal vencerás).



002 - A FÉ NÃO ANULA A OBEDIÊNCIA

(Folheto da coleção - VERDADES BÍBLICAS - CPB)

Se já houve uma época em que fosse necessário acentuar a importância da absoluta obediência à vontade de DEUS, essa época é a atual.

Durante os últimos anos os valores e as normas espirituais tem sido pisados sob o profano pé de uma filosofia materialista, que tem aberto caminho a nossas escolas, igrejas e lares. DEUS tem sido humanizado, deificado o homem, e o pecado tornado insignificante. Em lugar de nos dirigirmos à Palavra de Deus em busca de uma definição do pecado, temo-la substituídos pela opinião pública e a sabedoria mundana. Estamos hoje colhendo os frutos dessa espécie de ensino, no dilúvio de crime que tem abismado o mundo.

No mundo religioso tem sido ensinada uma doutrina de graça, que não é nada menos que uma doutrina de DESGRAÇA. O Salvador tem sido mais apresentado como Alguém que nos livra de guardas os mandamentos de DEUS, do que como Aquele que nos salva de os transgredir. Uma chamada fé dessa espécie tem sido apresentada como substituto da obediência à santa Lei de DEUS.

Precisamos, na verdade, acentuar que a obediência é a mais alta expressão de aliança com DEUS, que ela é a verdadeira prova do discípulo. Disse o próprio JESUS - Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos (S. João 14:15).

Porque esta é a caridade de DEUS; que guardemos os Seus mandamentos (I S. João 5:3). - Não esqueçamos nunca o fato de que CRISTO é a causa de eterna salvação para todos os que Lhe obedecem (Hebreus 5:9).

A graça anima a obediência, mas não tolera a presunção. E a fé verdadeira não é um substituto da obediência. Ela nos leva a obedecer; pois a fé sem as obras é morta. E uma fé morta é absolutamente sem valor. - Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras (S. Tiago 2:18). - Lembremo-nos sempre de que existe realmente o que se chama obediência da fé (Romanos 16:26).

Obedecer é Melhor

No sermão do monte, o Salvador salientou vigorosamente a importância da obediência, quando disse > Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade do Meu Pai que está nos Céus (S. Mateus 7:21). - Convém-nos, portanto, primeiro saber qual seja à vontade de DEUS; depois, fazer essa vontade, custe o que custar.

Aprendemos que o salmista se deleitava em fazer a vontade de DEUS, porque a Lei do Altíssimo estava no seu coração (Salmos 40:8).

S. Paulo disse aos romanos - Conheces a Sua vontade, ( . . . ) sendo instruído na Lei (Romanos 2:18). A Lei de DEUS, portanto, deve ser a preceptiva vontade de DEUS, da mesma maneira que a lei de um governo é a preceptiva vontade do povo daquele governo. A violação da lei humana chama-se CRIME; chama-se PECADO a violação da Lei de DEUS.

Ora, o Filho de Deus veio a este mundo para nos salvar do pecado e de pecar. Ele não somente veio pagar a pena do pecado, mas comunicar-nos um poder que nos habilitará a guardar-nos de pecar. Ele não somente nos diz > Os teus pecados te são perdoados - mas > vai-te, e não peques mais.

Como pecado é a transgressão da lei (I S. João 3:4), quando CRISTO nos diz - vai-te e não peque mais, Ele virtualmente diz - Vai, e observa a lei - ou, por outras palavras > Faze a vontade de Meu Pai. Mas em lugar de nos apressarmos e guardar os mandamentos de DEUS (Salmo 119:60), permitimos que o inimigo das almas entre e sugira desculpas. A mais comum que ele induz o povo a dar, é que DEUS não é exigente, que Ele não pretende exatamente aquilo que diz. Foi mesmo nessa pedra que Eva tropeçou. Decerto que apenas o provar dum bonito fruto não havia de fazer muito mal, pois isso não se comprovara com matar ou outros pecados, tão repugnantes mesmo aos pecadores. Mas os diques da desgraça abriram-se para nosso mundo por causa daquela primeira transgressão.

Saul, o primeiro rei de Israel, permitiu-se desobedecer a DEUS numa coisa e o reino foi-lhe tirado. A ordem que lhe fora dada por DEUS era bem clara > Vai, pois, agora e fere a Amalec, e destrói totalmente a tudo o que viver (I Samuel 15:3). Quando Samuel se encontrou com Saul e o reprovou por sua desobediência, este respondeu dizendo - O povo perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente (I Samuel 15:15). - Existe uma enorme diferença entre totalmente e resto. Não obstante a palavra de Samuel, Saul ousadamente negou a acusação, dizendo -  Dei ouvidos à voz do Senhor ( . . . ); mas o povo tomou ( . . . ) ovelhas e vacas ( . . . ), para oferecer [em sacrifício] ao Senhor. Como é instintivo jogar nossa responsabilidade sobre outros.

Quanta significação encerra a resposta de Samuel. Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar! A maior aprovação de DEUS repousa sobre o exato cumprimento do que Ele diz. Em questões de obediência, as substituições são sempre perniciosas. O chinês, Dr. Sun Yat-Sem, bem disse - Deus não quer vossa proteção, mas vossa obediência.

DEUS não aceitará coisa alguma em substituição da obediência, em virtude do princípio que aí se acha envolvido. Esse princípio é vigorosamente demonstrado ma singela historiazinha que segue. Certa manhã, em lugar de ir à escola como seu pai esperava e desejava, Roberto foi para o sótão sobre o celeiro e, com muita habilidade e engenho, esculpiu e construiu um bonito naviozinho. De fato, ele veio e ofereceu-o como presente ao pai. Esse presente, porém, que em outras circunstâncias teria agradado ao pai, como prova de sua indústria e testemunho de seu amor, foi rejeitado. O rapaz havia desobedecido, e a oferta que fazia era um testemunho de sua desobediência. Era aquilo que ele tinha feito em oposição à vontade do pai. Não era aceitável, pois.

A desobediência nunca pode servir de substituto à obediência. Ela não é testemunho de amor. A existência daquele naviozinho, produto da desobediência do rapaz, condenou-o como culpado de infração aos desejos do pai relativamente ao emprego de seu tempo.

Igualmente Bom?

Quantas vezes, quando a atenção de um homem é chamada ao claro ensino do quarto mandamento, e é evidente que, se ele fizesse à risca o que DEUS ordena, havia de observar o sétimo dia como repouso, ouvimo-lo responder, Penso que, se consagro ao Senhor um dia dos sete, Ele ficará satisfeito. Mas depois que nos é enviada luz, e sabemos que DEUS ordena observarmos o sétimo dia, já não importas quanta devoção ponhamos no guardar o domingo ou sexta-feira; isso não pode satisfazer a DEUS. - Como o naviozinho do rapaz, a observância do domingo torna-se então apenas a expressão da desobediência. Não é mais aceitável do que a substituição de Saul.

Uma das maiores lições que nos é, possivelmente, dado aprender, é que tudo depende de fazer exatamente o que o Senhor diz; DEUS mandou a Israel que rodeasse Jericó treze vezes, e a bênção havia de vir. Josué poderia ter rodeado todas as cidades do mundo, deixando fora Jericó, e não teria recebido o cumprimento da promessa. Poderia ter andado em torno de Jericó doze vezes, e teria ficado sem a bênção. Foi quando ele fez exatamente o que DEUS disse, que essa bênção se realizou. Maria, a mãe de JESUS, tinha indubitavelmente esse princípio em mente, quando disse. Fazei tudo quanto Ele vos disser (S. João 2:5)

Creio que uma das idéias mais enganadoras em circulação hoje em dia, é a de que as diversas Igrejas que professam o nome de CRISTO, são outros tantos diferentes caminhos que conduzem ao mesmo lugar.

Mas uma pessoa pode pertencer a uma igreja que reconheça o verdadeiro CRISTO, a Bíblia, e o verdadeiro DEUS, e ser muito religioso, e todavia ser deixada fora do reino. Temos esse ponto claramente revelado na experiência de Caim e Abel. Ambos esses homens reconheciam o verdadeiro DEUS, ambos O adoravam, e ambos trouxeram suas ofertas, mas não foram ambos aceitos. E por que não? Porque Caim substituiu por suas próprias idéias a definida Palavra de DEUS. Se o caso de Caim e Abel ensina melhor uma lição que outra, essa é que DEUS é exato. E Ele não aceita substituições.

Quando o Messias veio ao nosso mundo há mais de 1.900 anos, encontrou um povo muito religioso, laborando nesse mesmo erro. Ele lhes disse que estavam adorando DEUS em vão (S. Mateus 15:9). Não disse aos membros daquela igreja que eles estavam adorando ignorantemente, mas em vão. E por que? Porque estavam substituindo mandamentos divinos por mandamentos humanos, e citou-lhes seu ensino do quinto mandamento como exemplo (S. Mateus 15:3-6). Estavam muito convictos de que seu culto a DEUS era em vão? Não. Ora, se era vão para o professo povo de DEUS mudar os ensinos do quinto mandamento e andar em contrário de seu ensino claro naquele tempo, não se aplicaria com justiça essa declaração hoje ao caso do quarto mandamento? Estejamos atentos, não seja que participemos do número daqueles que, tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não ouvem.

Um pequeno foi interrogado pelo professor quanto ao sentido de tendo ouvidos, não ouvir. Eu sei, eu sei - disse Tomazinho com segurança. É assim: quando mamãe vem à porta e me chama, e eu não quero entrar, eu ponho as mãos nos ouvidos, e digo: Eu não te posso ouvir, mamãe! Quantas vezes nós, que somos mais velhos, tapamos os ouvidos a fim de não ouvir a DEUS!

Um homem lê claro mandamento na Bíblia, mas, se nenhum de seus amigos crê nisso, teme aceita-lo. Se o seu pastor ou qualquer comentário procura desfazer essa declaração, fica ela desfeita. O povo judeu temia reconhecer a CRISTO, porque seus dirigentes não davam o exemplo. A questão não era. Que dizem as Escrituras? - ou -  Tem Ele os característicos de origem divina? - mas sim > Creu nEle porventura alguns dos principais ou dos fariseus? (S. João 7:48) - O Senhor diz - Ovelhas perdidas foram o Meu povo; os seus pastores as fizeram errar . . . (Jeremias 50:6) - E outra vez diz - Os guias deste povo são enganadores, e os que por eles são guiados são devorados (Isaías 9:16). Os inferiores gostam de seguir o caminho que os superiores costumam seguir. As ações de seus chefes lhes servem muito de norma de conduta.

Lembramo-nos de que somos individualmente responsáveis diante de DEUS. Conquanto sejamos ensinados a orar no plural, dizendo - Pai nosso - nosso dever, segundo nos mostram os Dez Mandamentos, é-nos indicado no singular - Não furtarás - e não - Não furtareis, Não matareis. É uma questão pessoal. Quantas vezes, ao enfrentarmos um mandamento de DEUS, fazemos a pergunta - Posso deixar de fazer isso? - ou - Não custará isso muito sacrifício? Para João Huss, o preço da obediência foi uma fogueira; para Livingstone, a morte numa cabana da África; para os primeiros metodistas, o deserto, a fome, o apedrejamento e a morte.

Lecky, em sua “História da Moral Européia”, cap. 3, diz - Lemos relativamente a cristãos ligados a cadeias de ferro em brasa, enquanto o cheiro de sua carne meio consumida se erguia numa nuvem ao céu; de outros que foram dilacerados até aos ossos com ganchos de ferro; de santas virgens atiradas à concupiscência dos gladiadores; de duzentos e vinte conversos enviados de uma vez às minas, com os nervos de uma perna cortados com uma vara de ferro candente, e um olho arrancado da órbita; de corpos dilacerados, membro após membro, ou espargidos com chumbo quente; de sal e vinagre misturados, vertidos sobre a carne sangrenta dos instrumentos de tortura; de torturas prolongadas e várias, durante dias inteiros. - Pelo amor de Seu divino Mestre, pela causa que eles acreditavam ser verdadeira, homens, mulheres e mesmo fracas meninas suportaram essas coisas sem recuar, quando uma palavra os teria libertado de seus sofrimentos.

Convém sempre lembrar que, por muitas tribulações nos importa entrar no reino de DEUS (Atos 14:22). Quando cantamos - Para o Céu, Pela Cruz irei - sentimos sempre o valor dessas palavras? Tua Cruz, Senhor, Eu Tomo - não foi escrito numa cômoda cadeira. Foi feito por uma jovem que, por amor de CRISTO, fora expulsa da casa paterna.

Estejamos prontos a pôr-nos ao lado da verdade da Palavra de DEUS, custe o que custar.

Ao fim da Guerra Civil [nos EUA], foi organizado o que se conhecia por Associação de Loteria do Estado de Luisiana. Para emprestar influência e prestigio a essa empresa, os promotores da mesma desejaram o nome de algum homem de influência de real valor, que lhes chefiasse a organização como presidente. Nesse intuito aproximaram-se do General Roberto E. Lee, oferecendo-lhe a quantia de US$ 10.000 (dólares) pelo uso de seu nome. Sabendo que o negócio de loterias não é honroso, ele não consentiu, embora necessitasse muito de dinheiro. Assim tirando seu velho e desbotado chapéu militar, disse - Senhores, este velho chapéu, desbotado, e este gasto e manchado terno, juntamente com meu caráter, eis tudo que possuo desde a guerra; mas não se acham à venda.

Haverá qualquer consideração que nos faça vender nossa esperança de vida eterna? Se DEUS nos fala através de Sua Palavra e nos dá uma mensagem que requer grande sacrifício, não obedeceremos nós à visão celestial?

Asseguremo-nos de que, ao terminar nosso tempo de prova, não sejamos classificados entre os filhos da desobediência (Efésios 2:2), mas encontrados entre aqueles de quem DEUS diz - Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus. (Apocalipse 14:12)

Se quiserdes, e ouvirdes, comerei o bem desta terra, (Isaías 1:19)



003 -A SÊCA

(estiagem)

JC - 05 / 06-02-2005

O vocábulo SECA tem várias designações; mas, sem dúvida uma das que mais nos diz é a que significa - Falta de chuva, estiagem, aridez, sequidão, terra sem umidade, estio, parada de chuva, tempo sem chuva.

Certa feita, o povo de DEUS obrava maldosamente em desarmonia com os Seus mandamentos, sendo então advertido por meio do profeta Jeremias sobre aquele mau procedimento, como se lê: Até quando lamentará a terra e secará a erva de todo o campo? Pela maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves . . . (Jeremias 12:4)

A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, a respeito da grande seca. (Jeremias 14:1) - Porque a terra está cheia de adúlteros; a terra chora por causa da maldição; os pastos se secam, pois o procedimento dos seus habitantes é mau e o seu comportamento não é correto. (Jeremias 23:10)

Certamente está acontecendo conosco, como aconteceu com aquele povo que apegou-se à idolatria, como lemos: Cairá a seca sobre as suas águas e secarão; porque é uma terra de imagens de escultura e eles, pelos seus ídolos vivem. (Jeremias 50:38)

Por isso foram assim admoestados, como disse o Senhor: E fiz vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz (soja, milho e arroz - por exemplo); como também sobre os homens, e sobre os animais, e sobre todo o trabalho das suas mãos. (Ageu 1:11)

No geral, o nosso povo está mal ensinado, como aquele povo de outrora, ao que JESUS assim advertiu: Em vão me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens; deixando o mandamento de Deus, retém a tradição dos homens . . . (Marcos 7:7 e 8)

Para que a seca se acabe e para que sejamos abençoados - devemos nos arrepender, confessar nossas culpas, deixar os nossos pecados e guardar os Mandamentos de DEUS (conforme consta em: Êxodo 20:3-17; Mateus 22:36-40; I João 5:2) - afim de alcançar misericórdia, como se constata: O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13)



004 - A SEGA DA SEARA DA TERRA



JC - 04 / 05-08-2001

Em Apocalipse 14: 14 a 16, lemos: E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: “Lança a tua foice e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura”. E aquele que estava assentado sobre a nuvem branca, meteu a sua foice à terra e a terra foi segada.

01 – O que presenciou nesta visão, o profeta João?
João, vê um semelhante ao Filho do homem, assentado sobre uma nuvem branca, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro e na sua mão, uma foice aguda.

02 – Quem é esse Filho do homem?
É Jesus Cristo, vindo à terra pela segunda vez, porém, não como um humilde ser humano, mas sim, como o Rei da glória; por isso, ele é visto com uma coroa de ouro sobre a sua cabeça e com uma foice aguda, na sua mão.

03 – O que mais podemos saber, sobre a segunda vinda de Jesus à terra?
Que todos os profetas, desde Enoque (o 7º depois de Adão), falaram da segunda vinda de Jesus, como ele próprio prometeu (S. João 14:1-3); o discípulo Paulo também, escreveu (Hebreus 9:28).

04 – Que sega será essa?
Essa sega será O Fim do Mundo e os ceifeiros serão os anjos não rebelados contra Deus.

05 – O que os anjos não rebelados virão ceifar?
O trigo - o santo povo de Deus, que viveu em harmonia com os Dez Mandamentos e aceitaram a salvação de Jesus; para um melhor entendimento, leia-se a parábola do “trigo e do joio”.

06 – Em síntese, o que ensina a parábola do “trigo e do joio”?
Justamente, como será procedida a referida sega, quando chegar O Fim do Mundo e não agora, como ensinam por aí.

07 – Como proceder com o joio?
Segundo a parábola, é para deixar o joio crescer junto com o trigo, para que não aconteça, que ao arrancar o joio, o trigo seja arrancado também; quando o homem “santarrão” exclui a pessoa ímpia do meio dos justos, isso causa um impacto negativo no seio daquela comunidade e esta abala-se com possíveis inferências. O ímpio deve ser considerado um gentio, simplesmente.

08 – Como considerar GENTIO, um irmão?
Não distinguindo-o com cargos dentro da comunidade (dentro da igreja).

09 – Qual é a verdadeira religião?
Dentro do aspecto religião, existem dois caminhos, como segue:

POLITEISMO - é a adoração de vários deuses, que vem do paganismo e leva para o tormento eterno.

MONOTEISMO - é a adoração de um só Deus, que vem do Jeovismo (Theofania), passou pelo Judaismo (Theocracia) chegando ao Cristianismo - que, se observarmos a Lei dos Dez Mandamentos e aceitarmos a salvação oferecida por Jesus Cristo, pode nos levar à vida eterna que é o retorno junto à glória do Criador de tudo.



005 -A SEMANA

JC - 20 / 21-10-2001

O culto idólatra ao deus sol, sem alterar os dias da SEMANA - (trabalhar 6 dias, no 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º) santificando o 7º dia, como o Criador instituíra em Gênesis 2:2 e 3, lembrado mais tarde a Moisés, quando deu a “Lei dos Dez Mandamentos” (Êxodo 20:8-11), confirmado no “Translado da Lei” (Deuteronômio 5:12-15) - foi sendo alterada aos poucos, pela adoração dos deuses pagãos, adotando-se a ordem crescente de grandeza visual dos astros invocados, como segue:


       Dia   - Astros     - Português      - Espanhol    - Inglês

1º - Dia do Sol             Domingo            Die Solis        Sunday

2º - Dia da Lua            Segunda-feira     Die Lunes       Monday

3º - Dia de Marte        Terça-feira          Die Martes      Tuesday

4º - Dia de Mercúrio   Quarta-feira        Die Miércules   Wednesday

5º - Dia de Júpiter       Quinta-feira         Die Jueves        Thursday

6º - Dia de Vênus        Sexta-feira          Die Viernes       Friday

7º - Dia de Saturno      Sábado               Sábado             Saturday

Como vemos, a ordem adotada é decrescente em relação à grandeza visual dos astros, pela qual era observada a primazia do culto reverenciado, diante da semana pagã, destinando o primeiro dia ao principal deus (o Sol) como reservado ao repouso (ou, descanso).


DO 7º DIA, PARA O 1º DIA

Além dessas afirmações da semana pagã, temos a lei do Imperador CONSTANTINO (O Grande), que no ano 321 a. C. (nossa Era), estabeleceu a obrigatoriedade do repouso semanal (descanso) no Dia do Sol, em todo o “Império Romano” tanto para pagãos como para os cristãos; sua lei foi expressa nos seguintes termos: No venerável dia do Sol, os magistrados e o povo residente nas cidades, descansem e fechem-se todas as oficinas. Entretanto, no campo as pessoas que se ocupam da agricultura, podem livre e legalmente continuar em suas ocupações; pois, muitas vezes acontece que um outro dia não seria tão apropriado para semear ou plantar vinhas; para que não aconteça, que negligenciando o momento oportuno, para tais operações, se perca a munificência celeste. Esta lei foi baixada em 07-03-0321 da nossa Era, sendo Crispo e Constantino, cônsules pela segunda vez.

(Código de Justiniano, Lit.3, tit.12,3; citado na “História da Igreja Cristã - edição de sete volumes, de Felipe Schaff - D.D. vol.3, pág.380).

A lei de Constantino, obrigando o repouso semanal no Venerável dia do Sol, foi verdadeiramente fundada no desejo dos apóstatas, para estabelecerem o dia do repouso do paganismo, em represália ao repouso do SÁBADO do Criador.

A desculpa dos falsos cristãos da época, em rejeitar o sábado (diziam), por quererem romper com tudo quanto julgavam ser de origem judaica (aos quais os romanos dominavam); ignorando eles, bem como os falsos cristãos de hoje, que a origem do sábado veio desde o “Jardim do Éden” - (2100 anos antes de existir o primeiro judeu, sobre a face da terra).

Notemos o que escrevera Eusébio (bispo de Cesaréia e contemporâneo de Constantino): Tudo o que era de obrigação do dia de sábado, nós o transferimos para o dia do Senhor, que é propriamente mais nosso, como o mais elevado que é, em categoria e mais digno de honra do que o sábado judaico. (O Sábado, de G. Stein Filho - pág. 108).

Depois que o Imperador Constantino se haver inspirado para decretar a sua lei dominical-solar, a igreja de Roma procurou, por uma série de Decretos férreos, estabelecer firmemente o descanso no dia do sol (o domingo); foi a igreja romana, que deu ao primeiro dia da semana, o nome de DOMINGO (o dia do sol).



006 -ABOMINAÇÃO

JC - 19 / 20-02-2005

A palavra ABOMINAÇÃO significa - Detestação, horror a alguma ação ou ato detestável.

Quando o grande líder Moisés pleiteou com Faraó do Egito, ele falou ao seu povo, estas palavras: “ Não convém que façamos assim, porque sacrificaríamos ao Senhor nosso Deus a abominação dos egípcios; eis que, se sacrificássemos à abominação dos egípcios perante os seus olhos, não nos apedrejariam eles?” (Êx. 8:26)

Durante a peregrinação pelo deserto, JEOVAH instruía Moisés a educar o seu povo a não seguir as abominações religiosas dos egípcios, assim: “Porém, vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós.” (Lv. 18:26)

JEOVAH assim instruiu ao seu povo, por meio de Moisés: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora do arraial de diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus; porque estas nações que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permite tais práticas.” (Dt. 18:9-14)

“Para que vós não ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses e pequeis contra o Senhor vosso Deus.” (Dt. 2:18)

“Porque abominação é ao Senhor teu Deus, todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça.” (Dt. 25:16)

Hoje, em nossos dias, tem muita gente que não sai de casa sem consultar o horóscopo, tem muita gente que invoca santas pessoas que viveram outrora e que estão mortas, tem muita gente que preconiza adivinhações das mais diversas formas, tem muita gente que crê em numerologia cabalística, enfim, buscam as mais diversas formas de vislumbrarem o futuro, tais práticas são abominações.

“Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, porque com justiça se estabelece o trono.” (Pv. 16:12)

O vocábulo ABOMINAÇÃO é também, o nome de um monte ao oriente de Jerusalém (I Rs. 11:7; II Rs. 23:13), sobre o qual o sábio rei Salomão edificou altares e templos em honra aos deuses pagãos de suas muitas mulheres que lhe perverteram o coração. É crença geral que esse tal monte situa-se ao sul do monte das Oliveiras; é mais conhecido na tradição, pelo nome de Monte da Ofensa (ou Monte do Tropeço).

Deus nos adverte que - “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a Lei (os “Dez Mandamentos” que estão na Bíblia), até a sua oração será abominável.” (Pv. 28:9)

Amigos! Todas as religiões asiáticas, todas as religiões africanas, todas as religiões européias e as derivadas de todas estas religiões (via de regra) ignoram os preceitos divinos do Deus JEOVAH, porque seguem dogmas criados, inventados e adotados por homens. A maioria pratica a idolatria - que produz um efeito mortal no homem, degrada os ideais divinos, impressiona com as suas formas e disfarça insidiosamente a sua oposição ao reino de Deus; daí, a justa aplicação do termo ABOMINAÇÃO.

Tais religiões, de uma maneira ou de outra, confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com seus métodos e seus dogmas abomináveis; são desobedientes aos “Dez Mandamentos que constam na BÍBLIA, em Êxodo 20:3-17 e Deuteronômio 5:7-21)” - portanto, reprovadas para toda a boa obra. (Tito 1:16)

De nada adianta dizer que ama a Deus, se não guarda os seus mandamentos - está escrito: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (Jo. 14:15)

“Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos; porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos e os seus mandamentos não são penosos.” (I Jo. 5:2 e 3)



007 -ADÁGIOS GAUCHESCOS

JC - 09 / 10-02-2002

A palavra ADÁGIO é italiana e é empregada em música, indicando que o trecho deve ser executado à vontade, lentamente; foi adotada pelo vocabulário gauchês, com o significado de PROVÉRBIO, designando - filosofia que encerra uma certa sabedoria já tradicional, do viver pampeano.

Os ADÁGIOS ou ditos gauchescos autênticos ainda não foram estudados e classificados com a devida exação. Reduzem-se quase sempre a uma simples constatação da experiência avisada e prudente, que desconfia dos grandes rasgos e se limita a aconselhar, como alguns que se seguem:

01 – Não te apotres, porque domadores não faltam.

02 – Se correres eguada xucra, grita; mas, com os homens, apresilha a língua.

03 – Quem não compra bulha, não ata porongo nos tentos.

04 – Devagarito nas pedras.

05 – Quando dois brincam de mão, o diabo cospe vermelho.

06 – Animal bagual põe os mansos a perder.

07 – Não guasqueies sem precisão nem grites sem ocasião.

08 – Mulher, arma e cavalo do teu andar, nada de emprestar; (podemos acrescentar: discos, fitas cassete, livros e carro).

09 – Cavalo de olho de porco, cachorro calado e homem de fala fina, sempre de relancina.

10 – Amor de china é como fogo em faxina - nem sempre dura.

11 – Mulher sardenta e cavalo passarinheiro, alerta companheiro.

12 – Cavalo de comissário ganha sempre.

13 – Quem ordenha, bebe o apojo.

14 – Filho de arisco, nasce matreiro.

15 – Cachorro ovelheiro, só matando.

16 – Não há rosa sem espinhos.

17 – Entre os espinhos, nascem as rosas.

18 – Entre as rosas, nascem os espinhos.

19 – Em todo o rebanho, há uma ovelha negra.

20 – Não há tropa, sem boi corneta.

21 – O sol é o poncho do pobre.

22 – O bom domador seu bagual adora.

23 – Moço monarca não se assina, mas risca a marca.

24 – Entre bois, não há cornada.

25 – Sinal de relho o tempo apaga.

26 – Do couro é que sai a guasca.

27 – No entrevero todos se rebuscam.

28 – Inverno sem minuano, caracu sem tutano.

29 – Boi lerdo, bebe água suja.

30 – Escreveu e não leu, o pau comeu.

31 – Nem tudo o que brilha é ouro.

32 – Uma andorinha só, não faz verão.

33 – Mato a cobra e mostro o porrete.

34 – Não gasto pólvora em chimango.

35 – Não choro em catatumba errada.

36 – Depois de cuspir, não lambo.

37 – Não entro em mangueira de rama.

38 – Não me afogo em pouca água.

39 – Não cubro o sol com peneira.

40 – Não vendo gato, por lebre.

41 – O bitcho home, depois que nasce barba e penteio, não adianta dá conceio.



008 - AGRADANDO SATANÁS

24 / 25-12-2005

Quando não agradamos ao nosso DEUS - é certo que agradamos ao diabo. Para agradarmos ao nosso DEUS - é necessário que façamos a Sua vontade; entretanto, para agradarmos ao diabo - basta não fazermos a vontade do Altíssimo.

Por que iniciamos esse escrito com tal elucidação? Simplesmente, porque a sentença acima é tão clara como é a luz do sol; porque tal afirmação é tão verídica como é a chuva que só pinga pra baixo; porque não há comunhão entre a luz e as trevas. (II Coríntios 6:14)

Quando nosso modus vivendi (modo, maneira de viver) não está em harmonia com a vontade de DEUS - desagradamos ao Todo-Poderoso e agradamos a Satanás a quem “muitos” servem e seguem.

Por extensão, quando o que falamos ou ESCREVEMOS agrada ao nosso DEUS - o Pai das luzes (Tiago 1:17), automaticamente desagrada ao diabo - o pai da mentira (S. João 8:44).

Os leitores devem ter notado que a minha coluna não está mais sendo publicada como de costume, em nosso O CORREIO - sistematicamente, nos fins de semana desde a edição de 27 / 28 de janeiro de 2001, quando escrevi sobre “O princípio e o fim”; certamente, podem crer, é porque a verdade alí explanada - DESAGRADOU “alguém” que é instrumento e seguidor do pai da mentira.

Esse(s) “alguém” usou da astúcia satânica com forças estranhas que se ocultam no anonimato covarde, para influenciar tal conseqüência; ignorando que fui convidado a ser colunista pelo proprietário deste órgão, quando esse jornal tinha uma tiragem bem menor que atualmente e também menos assinantes que agora; portanto, colaborei para o desenvolvimento, engrandecimento e prosperidade literária verdadeira do nosso O CORREIO.

Como se vê, sou um dos mais antigos colunistas deste já conceituado jornal da inestimável família Germanos; entretanto, nada disso foi levado em consideração pelo pai da mentira - que insuflou pela sua inveja e arrogância, o fato de a verdade divina continuar a brilhar aos leitores que nos prestigiam.

O Pai das luzes, a quem eu sirvo e sigo, não se deixa escarnecer (Gálatas 6:7); DEUS não precisa de favores, ELE distribui “graças” e fará com que o curso desse episódio do meu cerceamento, tenha um bom desfecho; temporariamente encerro a minha participação nesse jornal - pelo que lamento e agradeço a atenção recebida.



009 - ALMA E ESPÍRITO

JC - 03-12-2002

1 - Segundo a “Enciclopédia Globo”:

ALMA - é o aspecto da pessoa pelo qual se realiza a união com o mundo sobrenatural e que, depois da morte, possibilita uma vida no outro mundo.

ESPÍRITO - é um ser real, mas imaterial e incorpóreo dotado de inteligência.


2 - Segundo o “Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa”:

ALMA - é um substantivo feminino que designa - princípio espiritual do ser humano.

ESPÍRITO - é um substantivo masculino que designa - alma, princípio imortal do ser humano.


3 – Segundo o “Velho Testamento” (da Bíblia):

ALMA - é traduzida da palavra hebraica NEPHESH; mas, este termo hebraico nem sempre é traduzido por ALMA.
Muitas vezes aparece traduzido por vida (Gênesis 9:4 + I Reis 19:14 + Jó 6:11 + Salmos 38:12 e muitas outras passagens).
Outras vezes é traduzido por pessoa (Números 31:19 + Deuteronômio 27:25 + Josué 20:3 e 9 e etc.).
Outras vezes é traduzido por coração (Êxodo 23:9 + Provérbios 23:7 e etc.).
Também é traduzido por criatura ou criatura vivente (Gênesis 9:10 + Levítico 11:46 e etc.).
Ainda é traduzido por corpo (Números 6:6 + 9:6 e etc.), por animal (Levítico 24:18 e etc.) e ainda, por homem, peixe, me (e outras variações pronominais), etc.

ESPÍRITO - é traduzida da palavra hebraica RUACH; as únicas exceções ocorrem em Jó 26:4 e Provérbios 20:27, onde o original também em hebraico é NESHAMAH.
Muitas vezes é traduzida por vento e outras vezes é traduzida por respiração (Salmos 104:29 versão protestante).
Ainda outras vezes a tradução é fôlego (Eclesiastes 3:19 e etc.) e sopro (Êxodo 15:8 e etc.).


4 – Segundo o “Novo Testamento” (da Bíblia):

ALMA - é traduzida da palavra grega PSUKHÊ; mas, esta palavra também se acha traduzida às vezes por vida (Marcos 3:4 + Lucas 6:9 e etc.).
Outras vezes é traduzida por ânimo (Atos 14:2 + Hebreus 12:3 e etc.) e por coração (Efésios 6:6), etc.


5 – Segundo o “Léxico de Gesênio”:

ESPÍRITO - é traduzido do hebraico RUACH e definida como espírito, fôlego, ar em movimento, brisa, vida, sede dos sentidos, afeições e emoções de várias espécies”, etc.


6 – Segundo o “Condensado de Bible Readings for the Home Circle” págs. 497-499:

Às vezes a tradução é ira, ar, tempestade, etc.


7 – Segundo as “Escrituras Sagradas” (Bíblia):

O homem foi criado um pouco menor que os anjos ... (Salmos 8:5 versão protestante - Salmos 8:6 versão católica), ... mortal ... (Salmos 8:4), formado ... do pó da terra ... (Gênesis 2:7 – primeira parte), ... e Deus soprou em seus narizes o fôlego da vida ... (Gênesis 2:7 – segunda parte); então, o homem foi feito alma vivente. (Gênesis 2:7 – última parte).



010 - AMOR

01 / 02-06-2002

O vocábulo AMOR designa - dedicação afetiva, grande afeto, apreço moral, simpatia.

Filosoficamente, a palavra AMOR significa: “energia espiritual que, ligada pela raiz às faculdades do espírito de conhecer e querer, integra a personalidade no plano existencial pela percepção e animação das relações humanas e seus valores, das forças psicológicas que irmanam o eu ao outro, e das razões profundas e algo misteriosas que nos incorporam ao mundo como um elemento criador de vida e de bem.” (Enc. Globo - verbete amor).

Essencialmente, AMOR é uma força de integração e neste sentido se diz que - Deus é amor. (I João 4:8 - versão “Almeida”, revisada).

A rigor, o AMOR não se confunde com a mera atração física ou simpática dos viventes, nem com o impulso afetivo, nem com os instintos vitais que relacionam a criatura humana com o ambiente em que vive.

Embora necessitando duma base biológica e nela se apoiando, o AMOR é substancialmente um ato (uma atitude) da vontade do querer, consciente e ordenadamente o bem do outro (daí o, querer bem), o dar sua vida ao outro, incorporando-o na própria vida (integração), o criar tudo que é preciso para sua valorização (fazer o bem, sem olhar a quem - agindo bem).

Não se confunde emoções sentimentais com o agir contínuo e perseverante, mesmo contrariando uma inclinação afetiva.

Sendo energia, depende de certas induções, como algumas bíblicas que seguem:

01 – ... saciemo-nos de amor ... e alegremo-nos de amor. (Provérbios 7:18).

02 – O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. (Provérbios 10:12).

03 – ... porque desfaleço de amor. (Cantares de Salomão 2:5).

04 – Conjuro-te que ... se achares a minha amada, lhe digais que estou enfermo de amor. (Cantares de Salomão 5:8).

05 – ... o amor é forte como a morte ... (Cantares de Salomão 8:6).

06 – ... tu és como que, uma canção de amor ... (Ezequiel 33:32).

07 – Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15:13).

08 – ... o amor de Deus está derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Romanos 5:5).

09 – O amor seja não fingido. (Romanos 12:9).

10 – O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da “Lei de Deus” é o amor. (Romanos 13:10).

11 – A ciência incha, mas o amor edifica. (I Coríntios 8:1).

12 – O amor jamais acaba; (I Coríntios 13:8 - versão “Almeida”, revisada).

13 – ... vivei em paz e o Deus de amor e de paz será convosco. (II Coríntios 13:11).

14 – A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos. (II Coríntios 13:13).

15 – ... o amor de Cristo, que excede todo o entendimento ... (Efésios 3:19).

16 – O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. (I Timóteo 6:10 - versão “Almeida”, revisada).

Amigos, o que mais podemos escrever sobre o AMOR, senão, que nos amemos como Deus nos ama; seu amor é de tal maneira, que Ele deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16).



011 - AMOR E ÓDIO

JC - 01 / 02-12-2001

A palavra AMOR designa - dedicação afetiva, grande afeto, apreço moral, simpatia; - enquanto que o vocábulo ÓDIO designa - sentimento de profunda inimizade contra alguém ou alguma cousa, detestação profunda e violenta.

Já passaram-se vários milênios desde que ocorreu uma grande peleja no céu, na qual Lúcifer - o anjo guardião da luz e da música celestial, querubim cobridor do trono de DEUS, batalhou com suas potestades, contra as hostes angelicais do Supremo Criador (Apocalípse 12:7-9 + Isaías 14:12-15 + Ezequiel 28:12 e 15 + Lucas 10:18); pois foi exatamente nessa ocasião que começou a grande luta entre o BEM e o MAL - ou seja, entre o AMOR e o ÓDIO.

No decurso da história humana, acentuou-se essa luta no episódio de Adão e Eva (no Jardim do Éden); no 1º homicídio ocorrido na terra, quando Caim matou Abel; e daí em diante até hoje, essa batalha entre o AMOR e o ÓDIO, continua entre os humanos. A Bíblia diz que - o AMOR cobre multidão de pecados (Tiago 5:20 + I Pedro 4:8); diz, também, que - o ÓDIO excita contendas (Provérbios 10:12).

A data de 11 de setembro de 2001 ficará marcada para sempre, com um dos maiores atos de terrorismo ocorridos até então no mundo, quando dois aviões foram jogados contra as duas torres do “World Trade Center” em New York, um outro avião foi jogado contra o “Pentagono” em Washington, mais um outro avião foi derrubado na Pensilvânia; também cai ainda um outro avião sobre o bairro “Queen” de New York, em 12-11-2001. Todas essas aeronaves transportavam passageiros inocentes e também morreram em terra pessoas inocentes.

Os norte-americanos (atingidos) suspeitam que se trata de atos terroristas oriundos dos Talibans do Afeganistão, liderados por Osama Bin Laden (o terrorista mais procurado no mundo, atualmente), partindo numa retalhação de guerra contra esse país.

Uns dizem que os EE. UU. estão agindo corretamente, desforrando-se dos agressores; outros dizem que os Talibans estão sendo agredidos covardemente, porque não há provas concretas contra estes. Uns dizem que os Talibans são culpados e que essa guerra é conseqüência dos ataques em que foram usados aqueles aviões; outros dizem que, aqueles ataques aéreos são conseqüência da condenável política internacional dos EE. UU., com a qual os norte-americanos oprimem os povos pobres do mundo inteiro.

O líder muçulmano Osama Bin Laden diz que está agindo em nome do deus “Alá”, taxando os EE. UU. de grande satã e inimigos do mundo - enquanto que os pseudo-apóstolos norte-americanos dizem que estão desforrando-se sob o pavés do cristianismo - ambos afirmam que a guerra é santa e que estão procedendo em nome de Deus; como vemos, é a continuação da conhecida batalha entre o bem e o mal > entre o AMOR e o ÓDIO.

Consultemos a Bíblia, a ver o que ela nos ensina na primeira epístola de S. João 4:20, onde se lê > Se alguém diz: Eu amo a Deus e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem odeia a seu irmão, ao qual vê, como pode amar a Deus, ao qual não vê? - e ainda, numa outra passagem nessa mesma epístola, está escrito > Aquele que odeia não conhece a Deus, porque Deus é amor. (I João 4:8).

Arrematando, amigos leitores - essa luta entre o AMOR e o ÓDIO - entre o bem e o mal, continuará até o último dia da derradeira batalha chamada de Armagedom, que ocorrerá no final dos tempos, quando este mundo será transformado pelo Grande Arquiteto do Universo - o CRIADOR de todas as coisas (visíveis e invisíveis).

Vos conclamo a postarmo-nos com o bem - para pelear ao lado do AMOR.



012 - ANGÚSTIA - TRIBULAÇÃO - SOCORRO

JC - 01 / 02-10-2005

Vamos estudar estes três vocábulos e ver o que significam, o que designam e o que eles tem em comum:

ANGÚSTIA: há 111 referências na Bíblia e designa - Tristeza, sofrimento moral.

Lê-se na Palavra de Deus, um angustiante episódio na vida de Jacob assim descrito: Depois disse Deus a Jacob: Levanta-te, sobe a Betel e habita alí; fazei alí um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste diante da face de Esaú teu irmão.

Então disse Jacob à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, purificai-os e mudai os vossos vestidos; levantemo-nos e subamos a Betel e alí farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, que foi comigo no caminho que tenho andado. (Gn. 35:1-3)

Percebe-se que, enquanto Jacob fugia de diante da face de seu irritado irmão Esaú, ele passou por um terrível sofrimento moral; foi exatamente naquela oportunidade que Deus lhe apareceu, lhe orientou que seguisse um caminho e em tal lugar edificasse um altar ao Deus que lhe aparecera.

No percurso, provavelmente Jacob fez um exame de consciência, detectou suas falhas, sem dúvida se arrependeu e concitou os seus, para abandonarem os deuses estranhos que lhes induziam à idolatria. Se purificaram e mudaram os seus vestidos numa viva demonstração de vida nova; após, seguiram para o lugar determinado por Deus e lá edificaram um altar ao Deus que lhe respondera na sua angústia.


TRIBULAÇÃO: há 23 referências na Bíblia e designa - Provação moral, amargura, adversidade, aflição.

Aprende-se nos ensinamentos de JESUS, que no mundo existem muitos frouxos, que se acovardam quando lhes advém a tribulação, conforme se lê na Palavra de Deus: Mas não tem raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. (Mc. 4:17)

José, quando foi vendido e levado ao Egito, ficou atribulado e lá Deus o usou, fazendo-o brilhar com sua graça e sabedoria diante do Faraó, que o constituiu governador sobre os egípcios. (At. 7:10)

Na Santa Palavra, lemos este confortante versículo: E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência. (Rm. 5:3)


SOCORRO: há 29 referências na Bíblia e designa - Ajuda, auxílio no momento adequado e certo.

Nos Sagrados Oráculos do Senhor JEOVAH, lemos sobre o Divino socorro:

1 - Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. (Sl. 46:1 - versão Almeida)

2 - Dá-nos auxílio para sairmos da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem. (Sl. 108:12 - versão Almeida)

3 - Assim era a fé de David: Elevo os meus olhos para os altos montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. (Sl. 121:1 e 2 - versão Almeida)

4 - David sabia que Deus socorre aos que lhe amam: O nosso socorro está em o nome do Senhor, que fez o céu e a terra. (Sl. 124:8 - versão Almeida)

5 - Deus nos conforta com o seguinte Provérbio: Eu amo aos que me amam e os que de madrugada me buscam, me acharão. (Pv. 8:17)

6 - O discípulo Paulo, assim narrava: Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que, o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer. (At. 26:22)

7 - A fé que Paulo tinha era fantástica e contribuiu para o proveito do evangelho, senão vejamos a sua conclusão: Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de JESUS CRISTO. (Fp. 1:19)

Ele sabia, tinha certeza com plena convicção que, daquela ANGÚSTIA, daquela TRIBULAÇÃO que passava, lhe adviria o SOCORRO de Jesus Cristo e a salvação à vida eterna.

Que coisa maravilhosa, amigos leitores! Oxalá possamos alcançar tamanha fé!



013 - ANIVERSÁRIO - I

JC - 06 / 07-09-2003

A palavra ANIVERSÁRIO significa - Dia e mês em que se comemora mais um ano na evolução de um período histórico ou social.

Se for de uma pessoa o vocábulo correto é NATALÍCIO (que diz respeito ao dia natalino ... do nascimento de uma pessoa); se for de uma boda, o vocábulo correto é ESPONSALÍCI0 (que diz respeito aos esponsais, dos esposos).

Em toda a Bíblia, conheço só três passagens que falam - no dia do aniversário - E aconteceu ao terceiro dia, o dia do aniversário de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiro-mor, e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos . . . (Gn. 40:20); no dia do natalício > Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele e agradou a Herodes . . . (Mt. 14:6); no dia dos seus anos - E, chegando uma ocasião favorável em que Herodes, no dia dos seus anos, dava uma ceia aos grandes, e tribunos, e príncipes da Galiléia . . . (Mc. 6:21) - versões Almeida.

Como se vê, nas três passagens bíblicas acima citadas > trata-se de comemorações pagãs, não havendo nenhuma razão para se santificar tal acontecimento. Na primeira, foi o aniversário de Faraó (rei pagão, do Egito) . . . na segunda e na terceira, foi o natalício ou o dias dos anos de Herodes (sacerdote judeu, indicado pelo governador romano na Galiléia) - nada havendo de teofânico, portanto, sem o amém da divindade celestial.

Diante do acima exposto, conclui-se que o costume em festejar tal fato é pagão . . . nada havendo de teológico ou de cristão.

Pois bem! - Conheço como ninguém, um vivente que em 05 de setembro de 2009 completou 70 anos de existência - não esteve de aniversário, porque não houve banquete ... não esteve comemorando seu natalício, porque não houve festa ... e não houve uma ceia para os grandes amigos, e tribunos e principais desta terra, porque ele não dispôs de recurso financeiro para tal empreitada. Aliás, o tal sujeito nem é meritório, apenas é digno de misericórdia e de perdão, sempre ora constantemente por si, seus parentes e pelos seus amigos; o seu prestígio não vale mais do que umas vinte e nove moedas de prata - sim, porque Jesus Cristo sendo a única pessoa que pode salvar alguém, da destruição final deste mundo, foi vendido por trinta moedas ... (Mt. 27:3 e 5; Lc. 22:3-6) - imaginem, o nosso pessoal valor monetário.

Me vem à lembrança, que em 2009, nos dias:

01 de setembro, completou-se 171 anos que circulou o número um, do jornal “O Povo” órgão oficial da República Rio-Grandense;

07 de setembro, completam-se 187 anos da independência do Brasil;

08 de setembro transcorre o 149º aniversário do atentado a punhal, ao cachoeirense Antônio Vicente da Fontoura (farroupilha exaltado);

- também nesse dia, ocorreu a 117 anos a nomeação do Dr. Olímpio Coelho Leal - (1º Intendente de Cachoeira);

- nesse dia também, ocorreu a 94 anos o assassinato de José Gomes Pinheiro Machado, gaúcho de Cruz Alta, pai da República Federativa do Brasil;

09 de setembro transcorrem 181 anos que o Brasil reconheceu a Independência do Uruguai;

10 de setembro completam-se 170 do nascimento de José Peixoto da Silveira Mello, bisavô do Maragato - o guapo que não se tinha por brasileiro porque nascera enquanto o Rio Grande de S. Pedro estava independente do Brasil;

- nesse dia também completam-se 160 anos do nascimento de João Cezimbra Jacques, gaúcho de Santa Maria da Boca do Monte, “Patrono do Tradicionalismo”;

11 de setembro, completam-se 173 da independência da República Rio-Grandense;

15 de setembro ocorre o 106º aniversário do Grêmio Porto Alegrense;

16 de setembro ocorre 110º aniversário do Centro Gaúcho, de Bagé;

18 de setembro ocorre o 59º aniversário que a primeira imagem da TV Tupy foi ao ar;

19 de setembro transcorre o 35º aniversário do IGTF (Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore);

20 de setembro, completam-se 174 anos da tomada de Porto Alegre (início da Revolução Farroupilha);

- também, transcorrem 88 anos da inauguração da 1ª Hidráulica de Cachoeira, na praça Itororó;

24 de setembro transcorre 175 anos da morte de D. Pedro I, em Lisboa;

27 de setembro transcorre 63 anos da Rádio Cachoeira;

28 de setembro transcorre 138 anos em que a Princesa Isabel assinou a Lei nº 2040 (considerada a Lei do Ventre Livre);

30 de setembro ocorre 122 anos da implantação em Cachoeira, da “Charqueada do Paredão”;

- também nesse dia passam-se 84 anos que o cachoeirense Honório Lemes (o Leão do Caverá) invadiu o Rio Grande de S. Pedro, pela fronteira de Livramento e o maragato Octaviano Fernandes, pela fronteira de D. Pedrito.



014 - ANIVERSÁRIO - II

JC - 06/ 07 e 27 / 28-11-2004

A palavra ANIVERSÁRIO significa - Dia e mês, em que se comemora mais um ano no transcurso de uma vida; natalício (dia do nascimento de alguém).

Sobre a palavra aniversário na BÍBLIA (a palavra de Deus), encontramos apenas “três referências” (Gn. 4:20; Mt. 14:6 e Mc. 6:21)

Geralmente nessas comemorações, costuma-se desrespeitar a saúde, burlando-se a temperança, dando-se vazão à “glutonaria” - comendo-se carne de animais vetados e mesmo proibidos pela Bíblia, tais como: porco, eqüídeos, murídeos, leporídeos, peixe de couro, anfíbios, anuros, ranídeos, aves palmípedes, aves de bico curvo, répteis, moluscos, crustáceos e outros tipos de animais imundos. (veja-se: Levítico 11:1-47).

Em hospitais e casas de saúde, tais carnes não integram a dieta recomendada pelos nutricionistas responsáveis pela alimentação dos doentes e convalescentes alí internados; justamente, é porque tais espécimes prejudicam os humanos.

Se Deus nos diz, que tais animais são imundos e não servem para alimentação - por que teimar em ingerir tais carnes? A função do porco, é comer imundícies e porcarias; a função do corvo (ave de bico curvo) é comer carniças (limpar os campos); a função dos peixes de couro é limpar os leitos e fundos aquáticos, etc.

De igual modo, em muitas bebemorações ingere-se bebidas que não integram as dietas hospitalares. Por que, ingerir bebidas prejudiciais à saúde? bebidas que turvam e embotam a mente?

As pessoas adeptas ao comer alimentos condenados por Deus, explicitados no livro de Levítico (cap. 11), apegam-se aos escritos do evangelho de S. Mateus 15:11, onde se lê: “o que contamina o homem não é o que entra pela boca” - ignorando o que também está escrito em S. Mateus 15:18, onde se lê: “mas o que sai da boca, procedendo do coração, isso é o que contamina o homem” (confirmado em S. Marcos 7:15).

Com respeito às passagens bíblicas (I Tm. 4:4 e 5) que mencionam a santificação de alimentos, frise-se que - Deus não santifica imundícias; aquilo que não está destinado à alimentação, para alimentação não serve. Existem pessoas que vivem para comer e não comem para viver; qualquer dia desses, comerão esterco e beberão urina.

Conta-nos a História que, antigamente na Assíria, na Caldéia, no Egito, na Babilônia, na Pérsia, na Grécia, no Império Romano, entre os povos Bárbaros (donde originou-se a Europa) e mesmo entre os “jafetitas” (amarelos) e os “cananitas” (pretos) - haviam e há bebemorações e comemorações, nas quais homenageia-se . . . honra-se . . . cultua-se certos “deuses” - cujas práticas são abomináveis ao Criador Jeovah (GADU, Ahlah).

Um desses “deuses” cultuados no passado, era BACO (o deus do vinho); cultuava-se com a bebemoração excessiva de vinho até a perda do domínio da consciência, quando então, entregavam-se à promiscuidade, à lascívia e à libertinagem - tais festas, eram e são os bacanais (denominação de festas licenciosas de origem pagã).

Passando-se aqueles atos abomináveis que Deus detesta e aborrece, entregavam-se à glutonaria de maneira esganada, numa comemoração com carnes dos mais variados animais e até de seus próprios filhos que eram alí sacrificados e imolados à ASTAROT (deusa da carne) - tais festas, passaram a chamar-se de carnavais - denominação de festas licenciosas de origem mundana, onde engoda-se a mente com a beleza visual da luxúria, da nudez, da imoralidade, de ritmos com danças que enlevam a imaginação a uma apoteose, cujo resultado quase sempre aparece após o decurso de nove meses.



015 - ANJOS - I

JC - 15 / 16-06-2002

O vocábulo ANJOS vem do substantivo ANJO e designa - criatura celestial, mensageiro de Deus.

Os ANJOS são criaturas celestiais, mais elevados em dignidade do que o homem (Salmos 8:5 + Hebreus 2:7); não se casam nem se dão em casamento (Mateus 22:30); pela sua natureza, são chamados filhos de Deus (pelo menos em poesia) (Jó 1:6); pelo seu caráter são, também, chamados de santos (Jó 5:1 + Salmos 89:5 e 7).

Na Bíblia, podemos ler que há duas classes de ANJOS - os “bons” (ou fiéis a Deus) classificados em três categorias, como segue: os Arcanjos, os Querubins e os Serafins. - Existem os “maus” (caídos ou infiéis) chefiados por Satanás (também chamado de Diabo), que comanda seus seguidores, os Demônios e os Nefilins > também chamados de Gigantes - filhos de “anjos rebelados” com mulheres filhas de homens. (Gênesis 3:1-7)

ARCANJOS são os anjos mais próximos do “Criador”. (I Tessalonicenses 4:16 + Judas 9) - ainda que mal comparando, para um entendimento gaúcho, são os capatazes.

QUERUBINS são os anjos que recebem incumbência de guardiões ... são os encarregados de determinados locais ... (Gênesis 3:24) - ainda que mal comparando, para um entendimento gaúcho, são os posteiros.

Na Bíblia, há diversas referências à habitação do ALTÍSSIMO entre os ‘querubins’. (II Samuel 6:2 + II Reis 19:15 + Salmos 80:1 + 99:1 + Isaías 37:38).

SERAFINS são os anjos assessores de JEOVÁ - ainda que mal comparando, para um entendimento gaúcho, são a peonada do céu.

Na Bíblia, consta a referência de ‘serafins’ de cujo grupo, um recebeu missão específica, de tocar com uma brasa, os lábios do profeta Isaías (Isaías 6:1-7).

Nos diz a Bíblia, que os ANJOS bons escapam à vista humana ... acampam-se ao redor dos que amam a Deus e os livra do mal (Salmos 34:7 + Gênesis 28:12 + 48:16 + II Reis 6:17).

O “Anjo do Senhor” apareceu em forma humana a Abraão, a Hagar, a Ló, a Moisés, a Josué, aos israelitas em Boquim, a Gideão, a Manoé, a Elias, a Daniel.

Os ANJOS ocupam lugar saliente na história de JESUS, anunciando seu nascimento e o de seu precursor (João Batista), proclamando o seu advento aos pastores de Belém, servindo-o depois de seu “retiro” no deserto e de sua angústia no ‘jardim das oliveiras’; foram os ANJOS que deram aos apóstolos, as boas novas da ressurreição e ascensão de JESUS.

Um ANJO assistiu a Pedro, libertando-o da prisão; outro ANJO assistiu a Paulo, em seu ministério.

Alguns desses ANJOS mensageiros de Deus, são conhecidos pelos seus nomes, como Gabriel (Daniel 8:16 + 9:21 + Lucas 1:19 e 20); Miguel (Daniel 10:13 e 21 + Judas 9 + Apocalípse 12:7).

Nos livros “apócrifos” (não inspirados por Deus), aparecem ANJOS com os nomes de Rafael e de Uriel.

Os antigos e os modernos persas, reconhecem a existência de “anjos.” Pelo lado pagão, procedem nomes de “anjos,” tais como: Fanuel e Oziel (dentre outros); pelo lado místico, procedem nomes de “anjos,” tais como: Metatron, Ratziel, Tzaphkiel, Zedekiel, Kamael, Haniel, Cassiel, Machidiel, Asmodel, Ambriel, Muriel, Verchiel, Hamaliel, Barbiel, Adnachiel, Hanael e Barachiel (dentre outros).

Há algumas menções bíblicas, que contam sobre o envio de ANJOS com missões a executar ordens divinas, que são chamados Anjo do Senhor (Gênesis 16:10 + 22:11 + II Samuel 24:16 + I Reis 19:5-7).

Arrematando, a Bíblia informa que existem os - “falsos apóstolos que são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de CRISTO. E não é maravilha, porque o próprio Satanaz, se transfigura em anjo de luz. Não é muito pois que os seus ministros se transfiguram em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras”. (II Coríntios 11:13-15).

Os “anjos” caídos que executam as ordens de Satanás, aparecem como mensageiros do mundo dos espíritos, dizendo pôr os vivos em comunicação com os mortos, exercendo uma influência fascinante; Satanás, em seus esforços para enganar até os próprios escolhidos de Deus, opera por intermédio de seus demônios, para imitir aos nossos seres queridos já falecidos, na forma de espíritos de parentes e pessoas conhecidas (esposos e esposas, pais e mães, avôs e avós, tios e tias, irmãos e irmãs, filhos e filhas). E sendo capaz de fazer tudo isso, duvidaremos que seja capaz de realizar uma magistral obra do engano - que um demônio se faça passar pela mãe de JESUS CRISTO ou pela santa Fulana, santo Sicrano ou são Beltrano?



016 - APOCALIPSE  1

23 / 24-06-2001

A palavra APOCALIPSE vem do grego; é composta de dois vocábulos - APO (que significa: revelação) e CALIPSE (que significa: encoberto) o que, em resumo, quer dizer: REVELAÇÃO DO ENCOBERTO, emprestando o nome ao último livro da Bíblia, escrito pelo apóstolo João, enquanto estava preso e degredado na ilha de Pátmos (hoje Ikaria, no mar Egeu) no final do reinado de Domiciano, no ano de 94 da nossa Era - segundo o testemunho de Irineu (175-200 d.C.).

Se nos evangelhos encontramos o relato da previsão de nascimento do Salvador do mundo, vida, humilhação, condescendência, trabalhos, paciência, escárneos, insultos, sofrimentos vindo daqueles que Lhe deveriam ter prestado reverência e finalmente, da Sua morte na afrontosa e triste cruz (morte considerada naqueles tempos, como a mais ignominiosa que se podia infligir), nesse extraordinário livro chamado de APOCALIPSE, descortina-se ou, revela-se um panorama da glória de Jesus Cristo.

É a obra prima das revelações proféticas das Sagradas Escrituras; para ser entendido, é necessário que o perscrutador tenha algumas qualidades, porque esse livro é uma revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.


CONDIÇÕES PARA ENTENDER O APOCALIPSE
1 – Tem de ser servo de DEUS - conforme está explícito no início do livro de Apocalipse - capítulo 1 e versículo 1 (Versão protestante).

2 – Servo de DEUS é aquele que o serve, que o ama, que guarda a sua palavra, os seus ensinamentos explicitados nos seus dez mandamentos (Êxodo 20:1-17), até que venha o fim do mundo (S. Mateus 5:16-19 - Versão católica).

3 – Este servo de DEUS, para entrar em contato com o céu, tem que se valer do Espírito Santo - o nosso Consolador que está em nosso meio aqui na terra (João 14:26); é como se fosse um telefone sempre livre e para invocá-lo, basta que se suplique com fé, numa oração silenciosa.

4 – O Espírito Santo nos liga com JESUS CRISTO, que é o nosso Advogado no céu (I João 2:l) e nosso Único Mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2:5);  em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12 - Versão católica Beneditinos).

5 – JESUS CRISTO é Justo (I João 1:9) e se nós recorrermos a Ele, seremos justificados (I João 3:9) e viveremos pela fé (Romanos 1:17).


COMO DEVE SER NOSSA ORAÇÃO
Sete condições, para que nossa oração seja atendida: pensada, expontânea, agraciada, sincera, perseverante, submissa à vontade de DEUS e confiante.

1 - Pensada – Meditar naquilo que vamos orar (Salmos 104:34 + 119:97 - versão protestante).

2 - Expontânea - Não usar de vãs repetições, imaginando que pelo muito falar seremos ouvidos (S. Mateus 6:7).

3 - Agraciada - Dar graças a Deus, como fez o Advogado Paulo de Tarso (Atos 28:15).

4 - Sincera - Andar em sinceridade nos caminhos de Deus (Provérbios 14:2).

5 - Perseverante - Devemos perseverar em oração (Romanos 12:12).

6 - Submissa a Deus - Muito importante é fazer a vontade de Deus, para que sejamos atendidos (S. João 9:3 - Versão “Testemunhas de Jeová”).

7 - Confiante que seremos atendidos - Para Deus, não há limites (S. João 15:7) - este, é o versículo mais rico da Bíblia.

Por derradeiro, informo que esse João por quem Deus notificou-nos o Apocalipse (capítulo 1 e versículo l) é o mesmo a quem JESUS entregou sua mãe Maria por ocasião de sua crucificação (S. João 19:25-27) e foi ela mesma quem recomendou aos cristãos - fazei tudo o que ELE vos disser (S. João 2:5 - Versão católica “Vulgata Latina”).

Ora, João também nos ensina pela Bíblia, o seguinte: Todo o que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus. E todo o que ama ao que o gerou, ama também ao que nasceu dele. Nisso conhecemos que amamos os filhos de Deus, se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque esse é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos e os seus mandamentos não são custosos. (I João 5:1-3 - Versão católica “Vulgata Latina”).



017 - APOCALÍPSE  2

Mistério ou Revelação?
(Segundo Alejandro Bullón)

Conta-nos o ilustre e professor de teologia apresentador oficial do programa Está Escrito, da rede Bandeirantes, que - viajava de São Paulo para Brasília e a sua companheira acidental de viagem era uma senhora de aproximadamente sessenta anos. Ela olhava pela janela do avião e enxugava dissimuladamente as lágrimas que lhe rolavam pelo rosto.

Diz ele que, quando pessoas choram é porque não estão conseguindo administrar o vulcão de sentimentos que perturbam o coração e, às vezes, o melhor que se pode fazer é respeitar a dor íntima do ser humano.

Continua o referido professor: Minutos depois, quando o avião já estabilizara o vôo, ela parecia mais calma; de repente, ela olhou para mim e sorriu levemente . . .

- Está tudo bem? Perguntei.

Quase automaticamente, a senhora mexeu a cabeça e disse-me:

- Não, nada está bem, está tudo errado.

Depois, me contou o motivo da viagem - Há pouco mais de um mês que perdera o marido e, algum tempo depois, recebera a trágica notícia da morte do filho.

- Nunca fiz mal a ninguém – (disse chorando baixinho); vou à missa todos os domingos; cumpro meus deveres de cristã; ajudo gente necessitada. Por que, então, Deus permite tanta dor na minha vida?

Tentei confortá-la, falando do amor de JESUS e, li para ela > um versículo do Apocalípse. Seus olhos se iluminaram de repente. Isso está no Apocalípse? Perguntou ansiosa. Quando respondi que sim, ela acrescentou: Eu sempre tive medo de ler o Apocalípse, porque pensei que ele só anunciava tragédias.

Se você perguntar para as pessoas, verá que a maioria delas, como esta senhora, relaciona o Apocalípse com tragédia, destruição, pragas, fim do mundo e mistérios incompreensíveis.

Mas o que diz o próprio livro? Qual é a frase inicial? Veja Apocalípse, capítulo 1, versículo 1: Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer.

O livro de Apocalípse é uma revelação. Não tem nada a ver com coisas ocultas e misteriosas. Através dele, Deus está querendo revelar algo muito importante para os seres humanos. É algo que brevemente deve acontecer. Algo de conseqüências eternas para os indivíduos, as famílias e as nações.

Ninguém pode aproximar-se do milênio especial - sem saber o que trás os últimos tempos. O que existe por trás do panorama sombrio? Deus criou o ser humano e o abandonou ao seu triste destino? Continuará a morte trazendo dor e tirando-nos os seres mais queridos?

A livro do Apocalípse é a resposta divina para o homem confuso e desorientado destes últimos tempos. Mas, como entendê-lo sem sermos vítimas do fanatismo simplório de complicações teológicas? Se o livro contém uma mensagem tão importante, teria Deus limitado sua interpretação a um pequeno grupo de privilegiados?

Qual é a mensagem do Apocalípse para você hoje? O que Deus está querendo comunicar?

Para entender este livro é preciso conhecer o contexto histórico. Quem o escreveu? Por que, como e para quem foi escrito primeiramente? Qual era o quadro político, social e cultural do mundo na época em que o livro foi escrito? - Não se pode realizar um estudo sério do Apocalípse, sem conhecer esses detalhes.

Todos os estudiosos da Bíblia aceitam João, o apóstolo de Jesus como o autor do livro. Na época em que o livro foi escrito, João era o único dos apóstolos ainda vivo. Ele era tão conhecido nas igrejas da época que não precisava assinar mais do que João, servo de Jesus. Entre João e Jesus existia uma bonita história de amor, fé e companheirismo que nos ajudará a entender melhor o livro da revelação.

Quando João foi chamado por Jesus, era apenas um humilde pescador. Impetuoso e egoísta, João possuía uma personalidade rude e violenta. As pessoas o conheciam como o filho do trovão. Aquele caráter tinha-lhe criado muitos problemas na vida, por isso, João não era feliz. Lutava para mudar, mas não conseguia, até que conheceu Jesus e achou o segredo da vitória.

Ninguém pode viver ao lado de Jesus e continuar sendo a mesma pessoa. No convívio diário com Jesus, o caráter do Mestre vai se reproduzindo na vida do ser humano. Foi isso o que aconteceu com João. Buscou a Jesus em cada momento de sua vida, Saiu da rotina de um relacionamento circunstancial, quebrou a monotonia de ser apenas apóstolo do Mestre e foi o único que reclinou a cabeça no peito de Jesus.

Mas, a presença física de Jesus entre seus apóstolos, não seria para sempre. Um dia, a multidão O prendeu. Levaram-No ao topo da montanha Gólgota e O pregaram numa cruz. Todos O abandonaram. Os apóstolos mais intrépidos, como Pedro, fugiram para salvar suas vidas. Sabe quem foi o único que ficou perto de Jesus até o último momento? João, o apóstolo que tinha aprendido por experiência própria que sem Jesus seria impossível viver.

A Bíblia relata que, mais tarde, Jesus ressuscitou e se apresentou aos seus apóstolos. Imagine só a alegria de João, ao ver de novo seu grande Mestre, mas imagine também a tristeza, quando Jesus anunciou o momento de sua partida. Ele os deixaria. Tinha dito isso muitas vezes ao longo dos três anos de convivência com eles.

Veja Suas palavras, relatadas por João em seu evangelho: Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar, e virei outra vez e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também. (S. João 14:1-3)

Finalmente chegara a hora de partir e a Bíblia narra esse acontecimento, assim: Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. (Atos 1:9)

E agora? O que fazer? Aonde ir sem o Mestre? Os apóstolos lembraram ainda as últimas palavras de Jesus: Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia, Samaria e até aos confins da terra. (Atos: 1:8)

E foi exatamente isso o que fizeram. Depois do pentecostes, os primeiros cristãos se espalharam pelos quatro cantos do mundo conhecido naquela época, pregando o evangelho de Jesus. O que os animava era a promessa: . . . virei outra vez.

Mas o tempo foi passando e Jesus não voltava. Vinte, cinqüenta, sessenta anos e Jesus não cumpria a promessa; pelo contrário, o povo de Deus estava sendo perseguido terrivelmente. Mas, perseguido por que?

Vejamos: O Império Romano dominava o mundo político daquele tempo e de repente o culto ao imperador tornou-se a religião oficial, todo o mundo devia adorá-lo.

A razão deste culto era simples: O Império Romano era formado por culturas locais, raças e línguas diversas. O que fazer, para conservar a unidade dentro de tanta diversidade?

A história da humanidade prova que, não existe melhor fator de homogeneidade do que uma religião comum a todos. Mas nenhuma religião ou deus local, poderia ser aceito pelos outros, facilmente. Havia uma figura conhecida e respeitada naquele mundo político - o Imperador Romano. Sua autoridade transcendia fronteiras, culturas e religiões locais. Por que não tornar o imperador uma forma de divindade?

Portanto, negar-se a adorar ao imperador, não era apenas um ato de irreligiosidade, mas um ato de rebeldia política. Se alguém se negasse a queimar incenso diante do busto do imperador, não era considerado apenas ateu; era tido como rebelde, desleal e subversivo.

Os cristãos conservavam um princípio bíblico, que diz assim: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás. (Deuteronômio 10:20)

Como poderiam adorar um homem que se atribuía as prerrogativas de Deus? Foi por causa desta atitude que os cristãos começaram a ser perseguidos e assassinados aos milhares.

Dentre todos os imperadores, Domiciano (81-96), por ser considerado um dos mais cruéis e perversos, procurou estabelecer um governo absoluto. Promoveu sua divindade através de holocaustos públicos. Os cristãos eram queimados como tochas vivas para iluminar as noites dos espetáculos em que eram destroçados por feras famintas, no famoso Coliseu de Roma.

O próprio João foi levado a Roma, para ser julgado por causa de sua fé. Ali, o antigo filho do trovão - transformado pela graça de Cristo no discípulo do amor, defendeu sua fé e deu testemunho de seu amor por Cristo. Seus argumentos foram contundentes e convincentes.

O imperador Domiciano, cheio de ira, mandou que jogassem o apóstolo num caldeirão de óleo fervente, mas uma poderosa força do céu o preservou.

Mais tarde, por decreto do próprio imperador - João foi enviado à ilha de Patmos, no mar Egeu (um território rochoso, no arquipélago grego, perto do litoral da atual Turquia). Para ali os criminosos eram banidos a fim de morrerem trabalhando como bestas, cortando e carregando pedras.

Foi lá, naquela ilha solitária, por volta do ano 95-96 de nossa era, que tudo aconteceu. João foi tomado de visões e levado às cortes celestiais, de lá pode ver o desenrolar da história.

As coisas que são e as que hão de acontecer.

Deus deu a João a mensagem do Apocalípse, porque seu povo precisava entender o que estava se passando. Por que, dava a impressão de que Jesus tinha esquecido de Seus servos? Onde estava a promessa de que viria outra vez? Por que, a injustiça prevalecia sobre a justiça? Por que, os maus prosperavam, enquanto aqueles que tentavam ser fiéis a Deus eram perseguidos e mortos? O que os cristãos podiam fazer? Que esperança podiam ter? Já se haviam passado quase 50 anos e Cristo ainda não tinha voltado. Não havia entre eles sábios ou poderosos. Como conseguiriam enfrentar o poderio de Roma, a que ninguém ousara enfrentar?

Por isso, viviam numa encruzilhada: César ou Cristo. O Apocalípse foi escrito justamente para alimentar a fé dos filhos de Deus, para explicar-lhes o “porque” da aparente tardança e para mostrar-lhes o desenrolar da história desde aqueles dias até o fim.

Nada do que acontece hoje, deixou de ser revelado. As guerras, a exploração social e econômica, os problemas ecológicos, a explosão demográfica, o desequilíbrio climatológico, as tragédias no mar, na terra, no ar, tudo foi revelado, tudo tem uma razão de ser, tudo tem uma explicação. Tudo é conseqüência de um conflito cósmico que teve início, muito tempo atrás, num longínquo e distante universo celeste.

Mas, se Deus queria explicar tudo isso a Seus filhos, por que tantas figuras e simbolismos? Ao ler o Apocalípse, você vai se deparar com cordeiros, monstros, chifres, bestas, selos, trombetas, pragas, cavalos de várias pelagens (cores), seres estranhos com rosto de boi, de leão, enfim, são três mil símbolos e figuras. Mas, se Apocalípse é uma revelação importante para os seres humanos, se tem que ver com verdades eternas e também com a morte ou a vida do homem, por que tanto mistério aparente? Não podia Deus ter dado Sua mensagem de uma amaneira mais clara?

Podia sim. Mas, lembre-se de que, quando João escreveu o Apocalípse, a Igreja cristã estava sendo perseguida pelo poder político de Roma. A mensagem do livro apresentava a queda do Império Romano. Você já pensou no que aconteceria com a Igreja se os líderes romanos pudessem entender o conteúdo daquela revelação?

Você verá também que, o Apocalípse fala do anticristo e de como as forças ocultas do mal tentarão ao longo da história, destruir a Palavra de Deus. Já imaginou o que aconteceria se todas as pessoas comprometidas com o anticristo pudessem entender?

Apesar de tudo, porém, os símbolos não constituem uma linguagem para sábios e filósofos. Diferentemente das idéias abstratas, que só conseguem ser compreendidas por uma elite intelectual, os símbolos apocalípticos constituem uma linguagem acessível a todos - cultos ou iletrados, adultos ou crianças, ricos ou pobres.

O livro do Apocalípse é a revelação urgente de algo extraordinário que você precisa saber. É algo que envolve vida ou morte, salvação ou perdição. E esse algo é o fato de que existe um conflito cósmico pairando entre os seres humanos e, você não pode ficar alheio a ele. É uma luta de conseqüências eternas. É a batalha para conquistar a mente e o coração do ser humano.

Esse conflito envolve não somente os homens, mas também as forças da natureza. Só que, como todo conflito, ele está chegando à sua etapa final e é urgente que o ser humano conheça a verdade revelada para essa hora.



018 - ARGUMENTOS DOMINICAIS

JC - 03 / 04-11-2001

O Reverendo T. H. Morer - da igreja Episcopal, em seu livro SEIS DIÁLOGOS SOBRE O DIA DO SENHOR, diz: Não se pode negar que tomamos o nome deste dia, emprestado aos antigos gregos e romanos e concordamos em que, os antigos egípcios adoravam o sol, e como uma perdurável lembrança de sua veneração, consagraram-lhe esse dia. E vemos que, pela influência de seu exemplo, outras nações, e entre elas os próprios judeus, prestavam-lhe homenagem. De maneira que, sendo o dia do sol, o dia em que os gentios adoravam solenemente aquele astro, e o chamavam Die Solis, em parte devido a sua influência particularmente naquele dia, e em parte em respeito ao seu divino corpo (como eles o concebiam), os cristãos entenderam convenientemente guardar o mesmo dia e o mesmo nome, a fim de não parecerem injustamente obstinados e impedirem assim a conversão dos gentios, dando motivo a maiores preconceitos que de outra maneira poderiam ser nutridos, contra o evangelho. (Obra citada, págs. 22 e 23).


O Reverendo Edward F. Wiscox - autor do MANUAL DA IGREJA BATISTA, Disse numa reunião para Ministros, em Nova York: É para mim incompreensível que, Jesus vivendo durante três anos com os seus discípulos, conversando com eles muitas vezes sobre a questão do sábado, tratando-a nos seus vários aspectos, ressalvando-a das várias interpretações, nunca se referisse a uma transferência deste dia; mesmo durante os quarenta dias após sua ressurreição, tal coisa não foi indicada. Nem tão pouco, quanto ao que saibamos, o Espírito Santo que fôra enviado para lhes fazer lembrar tudo quanto haviam predito, tratou desta questão. Nem ainda os apóstolos inspirados, pregando o Evangelho, fundando igrejas, aconselhando e instruindo, discutiram ou abordaram este assunto. Além disso, estou certo de que o domingo foi posto em uso, como dia religioso, bem no princípio da história cristã, pois assim aprendemos dos pais da igreja e de outras fontes. Mas, que pena, ter vindo ele (o domingo) estigmatizado com a marca do paganismo e crismado com o nome do deus sol, quando adotado e sancionado pela apostasia papal, e dado ao protestantismo como um legado sagrado. (Da obra “O Examinador” - citado no folheto “Contra fatos não há argumentos”).

Se fossemos prosseguir com argumentos de que o domingo veio do culto pagão ao deus sol, através da apostasia, não nos faltariam mais subsídios católicos e protestantes; todavia, esse falso cristianismo, não diz que guarda o domingo em honra ao antigo culto do deus sol; simplesmente dizem, que o guardam em memória da ressurreição de Cristo; entretanto, não se encontra na Bíblia toda (católica ou protestante), nenhum texto que justifique essa transgressão ao 4 º Mandamento da “Lei de Deus” (Êxodo 20:3-17 e Deuteronômio 5:7-21 - Veja-se também: São Mateus 5:17-19 e São Lucas 16:17).

Arrematando, informo que, na Bíblia há oito textos referentes ao primeiro dia da semana, encontrados nos evangelhos e escritos apostólicos, que se estudados com interesse, dir-nos-ão que os apóstolos jamais consideraram esse dia, como um dia especial de guarda, ou de santificação, e nunca o referiram como o dia do Senhor, ou dia de repouso; portanto, o domingo não é o SINAL do Criador - mesmo porque, o SINAL do Criador é o S Á B A D O.

(Veja-se: Êxodo 31:13; Ezequiel 20:12 e 20; Apocalipse 16:2).

Por derradeiro, amigo leitor, destaco algumas advertências do Criador, constantes nos seguintes textos bíblicos, para que fiquem na memória, como segue:

1 – Não acrescenteis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando. (Deuteronômio 4:2).

2 – Nada acrescenteis às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso. (Provérbios 30:6).

3 – . . . nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar . . . (Eclesiastes 3:14).

4 – . . . do Pai das luzes, em quem não há mudança nem variação. (S. Tiago 1:17).

5 – . . . se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da cidade santa, que estão escritas neste livro. (Apocalipse 22:18 e 19).



019 - ARMAGEDOM

JC - 28 / 29-07-2001

Entre a 6ª e a 7ª pragas - três poderes (do Dragão, da Besta e do Falso Profeta que é a Imagem da Besta, três espíritos semelhantes a rãs que coaxam predizendo a aproximação de um temporal, inspiradas pelos demônios), estarão se preparando para guerrear ... no encontro final, contra o Todo-Poderoso, num lugar chamado de ARMAGEDOM (Apocalipse 16:12 – 16).


01 – Quais são esses três espíritos?
São os espíritos doutrinários, que norteiam o Paganismo, o Catolicismo e o Protestantismo; é chocante afirmar uma coisa dessas que parece impossível, entretanto, já está ocorrendo esse choque de doutrinas na cidade de “Belfast” capital da “Irlanda do Norte” (Ilhas Britânicas).

02 – Onde se congregarão os exércitos do mundo, para batalharem com o Todo-Poderoso?
A profecia é bem clara e diz, que se congregarão num lugar que em hebraico se chama AR-MAGEDOM .

A – Há anos atrás, o vocábulo ARMAGEDOM era empregado apenas por cléricos e raramente era ouvido entre o povo; hoje, os jornalistas do mundo inteiro, impressionados com os acontecimentos mundiais, fazem uso constante desta palavra.

B – Estadistas e líderes militares internacionais, estão aterrorizados com a possibilidade da vinda imediata do tal de ARMAGEDOM.

C – Entretanto, a palavra ARMAGEDOM é um vocábulo que alude a um determinado lugar (tão real, como qualquer outro lugar geograficamente localizado).

03 – Onde localiza-se esse tal “lugar”, chamado de ARMAGEDOM?
Esse nome dá-se à grande planície da “Terra Santa” (velha Canaã), que se estende desde o mar Mediterrâneo (oeste), até ao rio Jordão (leste), separando as serras do Carmelo e da Samaria (sul) - das, da Galiléia (norte).

A – Já na época dos reis de Israel, esse local era chamado de MEGIDO (II Rs. 9:27; 23:29; Zc. 12:11).

B – É um lugar fertilíssimo, disputado desde tempos antanhos, objeto de muitas guerras, adquirindo uma triste reputação e predestinado à lutas e derramamento de sangue.

C – Nesse lugar, o Apocalipse diz que acontecerá a maior batalha, a batalha final do BEM contra o MAL.

D – Esse lugar, é uma planície desde o Monte Carmelo (noroeste), ao Monte Tabor (leste) e ao Monte Gilboa (sul), tendo saída, tanto para o ocidente pelo mar Mediterrâneo, como para o oriente por ambos os lado do Monte Tabor, tornando-se conhecido como o VALE DA MATANÇA ou “Vale da Decisão” (Jeremias 7:32; 19:6 e Joel 3:14).

E – Exatamente aí, encontra-se o LAGAR DA IRA DE DEUS (Apocalipse 14:19 e 20).

04 – Em relação ao idioma “hebraico”, donde vem o vocábulo ARMAGEDOM?
A palavra ARMAGEDOM vem de Topos (lugar) e AR-MAGEDOM, que quer dizer AR (montanha); MAGEDOM (lugar que pode congregar multidão de pessoas - exércitos) - em sentido militar, dizem as autoridades hebraicas, que AR-MAGEDOM significa MONTE DE REUNIÃO DE TROPAS o que significa plenamente os textos de Joel e de Sofonias.

Assim, a Terra Santa (no Oriente Médio) é em todo o sentido (geográfico, político, econômico, religioso e militar), o CENTRO NERVRÁLGICO do mundo e cobiçado pelo Dragão, pela Besta e pelo Falso Profeta - é lá, que Deus vai decidir a controvérsia destes três pretendentes.

Na planície do ARMAGEDOM, o ofendido Todo-Poderoso dará a resposta ao mundo bélico deletério, de seu desagrado, por um mundo de indivíduos irresponsáveis da política mundial e ambiciosa da humanidade.



020 - ARQUEOLOGIA BÍBLICA

(Por Jalmar Bowden)

JC - 13 / 14-08-2005

ARQUEOLOGIA é o estudo científico de coisas que esclarecem a vida humana do passado, especialmente de tempos pré-históricos. Diz-nos a Bíblia de como Deus se revelou aos homens no passado remoto e de como a religião verdadeira se desenvolveu entre os homens. A arqueologia, portanto, pode tornar mais compreensível o livro dos livros.

Felizmente as terras onde se processou o desenvolvimento do cristianismo, onde Deus se manifestou de maneira especial, conservam assinalados vestígios da vida do passado. Na Palestina, em Babilônia, no Egito, na Grécia, na Ásia Menor se encontram ruínas de habitações, objetos feitos por homens, inscrições em rocha, até documentos e fragmentos de documentos dos tempos bíblicos que servem como janelas pelas quais se pode olhar para os tempos de Abraão, Moisés, David, Isaías e de JESUS e ver como se vivia, trabalhava e pensava naquela época.

No Egito a areia movediça do deserto árido conservou documentos do tempo de Moisés, os quais encontrados em tempos modernos esclarecem muitas coisas. No vale dos rios Tigre e Eufrates as enchentes cobriram de terra objetos feitos por homens do tempo de Abraão, objetos que os arqueólogos encontram. Encontraram-se também muitos escritos dos povos mencionados na Bíblia.

Fonte importantíssima para pesquisas arqueológicas são as colinas compostas de ruínas de povoações antigas. Às vezes parecem colinas naturais. Na Palestina e zonas ao redor, fizeram-se na antigüidade casas de pedras ou de tijolos. Para as povoações, escolheram-se lugares acessíveis, defendíveis e com água em abundância. Abandonados por causa de guerra, peste, fome ou outro motivo, os mesmo lugares seriam depois escolhidos para servirem de novo. Não limpavam o chão, mas construíam suas casas sobre as ruínas. Assim surgiram colinas compostas de uma série de camadas de ruínas, às vezes com dez, vinte ou mais camadas.

O arqueólogo chega e faz as suas escavações mediante trabalho penoso, em que todo o cuidado é pouco, para poder desenhar, fotografar e conservar tudo de maneira que se aproveitem as descobertas para esclarecimento do passado. A arqueologia bíblica é ramo de arqueologia geral. É o estudo científico das coisas do passado que podem, direta ou indiretamente, facilitar o estudo e compreensão da Bíblia. Por exemplo: há muitas referências na Bíblia à cidade de Jericó, referências que vem desde o tempo de Josué até o de CRISTO.

Os arqueólogos interessam-se cada vez mais nas ruínas que precederam a cidade moderna. Tem feito escavações através de sucessivas camadas de ruínas. Em 1957 declararam ter encontrado nas escavações, vestígios de uma civilização adiantada de há quatro mil anos nas ruínas de tal cidade, a mais velha conhecida. Tinham muros fortes com torre de pedra e escadaria elegante. Tinha quartos espaçosos e soalhos bem encerados. Seu povo seguiu vida agrícola com animais domésticos e organização social. As camadas que os arqueólogos acham ser do tempo de Josué, entre 1400 e 1260 a. C., indicam a existência de muros segundo a história de Josué; todavia, como foram derrubados, não pode dizer a arqueologia.

Não se pode provar a veracidade das histórias bíblicas pelas descobertas arqueológicas, nem precisamos de tais provas; mas muitas destas descobertas esclarecem, iluminam, tornam mais vivas as narrativas da Bíblia. Inscrições e documentos, especialmente os manuscritos encontrados ultimamente nas cavernas perto do Mar Morto, tem valor incalculável, para o aperfeiçoamento do conhecimento da gramática e do vocabulário da língua hebraica. Já se pode, agora, saber com muito mais exatidão, do desenvolvimento da cultura, da religiosidade dos israelitas, da sua relação com a cultura e religião de outros povos. Muito progresso ainda se pode esperar neste sentido com a avaliação de descobertas já feitas e com descobertas futuras.

O Novo Testamento, sendo mais recente, pode ser estudado sem tanto auxílio da arqueologia; mas aqui também a arqueologia tem feito contribuição de valor incalculável. A arqueologia cada vez lança mais luz sobre a Bíblia e assim a Bíblia lança também, cada vez mais luz no caminho do homem.

A religião expressa-se na Bíblia não somente na declaração de grandes verdades como: Criou Deus o homem à sua imagem e Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. Expressa-se também com clareza e força na vida do povo, na mão de Deus manifesta na sua história. A arqueologia bíblica suscita auxílio inestimável para se entender melhor, pela leitura da Bíblia, como Deus se manifestou outrora na vida humana, para assim tornar possível uma compreensão melhor de Deus e da sua vontade hoje.



021 - ARREPENDIMENTO

JC - 05 / 06-04-2003

O vocábulo ARREPENDIMENTO designa - ação de arrepender-se, contrição; ter pesar de uma ou mais faltas (pecados) cometidos.

Certa feita, o profeta Jeremias após fazer um exame de consciência, ARREPENDEU-SE e escreveu o seguinte: “Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que me conheci, bati na minha coxa, fiquei confuso, sim, envergonhei-me, porque suportei o opróbrio da minha mocidade.” (Jeremias 31:19).

O profeta João Batista, quando preparava o povo para receber a JESUS CRISTO, dizia: “Arrependei-vos, porque é chegado a vós o reino dos céus.” (Mateus 3:2 + Marcos 1:15).

Nosso Senhor Jesus Cristo pregou o ARREPENDIMENTO, dizendo: “. . . se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” (Lucas 13:3-5). Numa feita, Cristo ensinava assim: “Olhai por vós mesmos, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e se ele se arrepender, perdoa-lhe.” (Lucas 17:3 e 4).

O Apóstolo Pedro em seu maior discurso, assim falou: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (Atos 2:38).

O Discípulo Paulo, quando pregou em Atenas (capital da Grécia), assim dizia: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens e em todo o lugar, que se arrependam.” (Atos 17:30).

Também escreveu aos Coríntios, o seguinte: “Porque a tristeza segundo Deus, opera arrependimento para a salvação.” (II Coríntios 7:10).

O Apóstolo João, quando recebeu as visões do Apocalípse - na sua primeira carta dirigida à igreja de Éfeso, assim escreveu em nome de JESUS: “Tenho, porém, contra ti, que deixaste o teu primeiro amor religioso. Lembra-te, pois, donde caíste e arrepende-te; pratica as primeiras obras . . . (Apocalípse 2:4 e 5).

Também escreveu à igreja de Tiatira, em nome de JESUS: “E dei-lhe tempo, para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.” (Apocalípse 2:21).

Escreveu ainda à igreja de Laodicéia, em nome de JESUS: “Eu repreendo e disciplino a todos quanto amo; sê pois zeloso e arrepende-te.” (Apocalípse 3:19).

Depois de constatar as passagens bíblicas acima, podemos concluir - quem é chamado ao ARREPENDIMENTO? Jesus responde: “Eu não vim chamar os justos, mas sim, os pecadores, ao arrependimento.” (Lucas 5:32).

O que acompanha o ARREPENDIMENTO? Jesus responde: “E em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados . . . (Lucas 24:47).


Perdão, SENHOR! - (Renato Travassos)

Perdão, Senhor, se Te neguei um dia;
Agora, arrependido, não Te nego;
Fui, é verdade, como o pobre cego
Que, ingrato, desconhece o próprio guia.

Mas hoje, humilde, todo a Ti me entrego;
Somente a Ti minh’alma se confia:
Haja tropeço e noite erma e sombra,
Não me deixo, afinal, tomar no pego.

Se creio em Ti, no Teu poder celeste,
É que melhor destino Tu me deste:
No Criador se ampara a criatura . . .

E, agora, diferente do passado,
Já posso andar em plena selva escura;
- Vejo, na treva, tudo iluminado!



022 - ARROGÂNCIA

JC - 01 / 02-11-2003

A palavra ARROGÂNCIA significa - orgulho, enfatuamento, soberba, altivez descabida; é a qualidade do ARROGANTE - aquele que toma para si a responsabilidade de algum ato; que atribui para si algum direito.

Sem dúvida nenhuma, a criatura mais arrogante que se tem notícias é LÚCIFER (querubim cobridor, mestre da música celestial e anjo da luz - no céu), se arrogou o direito de ser igual a DEUS, rebelou-se contra o seu criador sendo seguido por uma terça parte dos anjos.

A Bíblia registra diversas pessoas que foram arrogantes (Caim que matou seu irmão Abel, Can que após baixarem as águas do dilúvio zombou de seu pai Noé, dentre outros); a história nos fala da arrogância de diversos reis (Ramsés, Assurbanipal, Sargão II, Nabucodonosor II, Belshazar, Mitrídates, Átila, Alexandre Magno, César, Constantino), mais recentemente conhecemos a arrogância de Napoleão Bonaparte, Karl Heinrich Marx, Joseph Stalin, Adolf Hitler, Benito Mussoline, dentre muitos outros.

Hoje em nossos dias, temos arrogantes na Ásia, na África, na Europa, na América do Norte, na América do Sul e na Oceania, os quais desconhecem que a ARROGÂNCIA é uma arma eficaz contra o seu próprio portador.

Para o final do mundo, penso que já estamos chegando aos últimos tempos, há uma sentença profética de Deus, que diz: E visitarei sobre o mundo a maldade e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos tiranos. (Isaías 13:11 - versão Setuaginta).

A arrogância é condenável - conheça essa lenda:

“Conta-se que três viajantes (um indiano, um judeu e um nosso vizinho . . . arrogante), andavam por aí e no crepúsculo de um certo dia chegaram num humilde povoado pedindo pousada, ao que o hospedeiro lhes informou só haver disponível um quarto com duas camas; os andejos se lamentaram mas aceitaram e o arrogante sentenciou ao indiano - Usted dormirá nel estábulo.

Passaram-se uns dez minutos e batem à porta ... era o indiano de volta, queixando-se de que no estábulo havia uma vaca o que, para os indianos a vaca é um animal sagrado não podendo eles dormirem com uma divindade. O arrogante sentencia novamente agora ao judeu - Entonses, usted dormirá nel estábulo.

Passaram-se uns cinco minutos e batem à porta ... era o judeu de volta, queixando-se de que no estábulo havia um porco o que, para os judeus o porco é um animal imundo não podendo eles dormirem com tal besta. O arrogante resolve então ir dormir no estábulo, afinal, colocando um lençol sobre o feno até que seria legal.

Passaram-se mais alguns minutos e batem à porta novamente ... eram a vaca e o porco que vinham pedir para tirarem o arrogante de lá, pois o mesmo os estava perturbando em demasia, tirando-lhes o sossego, fazendo exigências, etc. e tal.”

Amigos! não tenhamos arrogância, porque o arrogante se auto destrui.



023 - AVAREZA

JC - 26 / 27-02-2005

O vocábulo AVAREZA designa - apego exagerado ao dinheiro, é a qualidade do “avarento” (pessoa avara, miserável, sovina, pão-duro); tais qualidades, não são predicados, porém, são defeitos; é uma deformação de caráter.

Existem pessoas que esquecem certas verdades; como por exemplo - esquecem que o homem nasce sem nada (pelado) e que ao morrer não levarão nada mais além do que seu cadáver vestido. Seu dinheiro e seus cartões de crédito, seus bens, suas casas e apartamentos, sua fazenda - nada disso conta perante os céus. Só as boas obras acompanharão o defunto (e ainda assim, depois da ressurreição).

Não é em vão, que está escrito na Bíblia: “O príncipe falto de inteligência, também multiplica as opressões; mas o que aborrece a avareza, prolongará os seus dias.” (Pv. 28:16) Isso vale dizer que, quem aborrece a avareza - merecerá mais dias de vida.

Existem pessoas que vivem para si, atentam somente para o seu “modus vivendi” ignoram aos que lhe cercam, especialmente os necessitado; assim está escrito na Bíblia: “Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão pra a tua avareza . . . ” (Jr. 22:17)

O profeta Ezequiel assim escreveu: “E eles vêem a ti, como o povo costuma vir e se assentam diante de ti como meu povo e ouvem as tuas palavras, mas não as põe por obra; pois lisonjeiam com a boca, mas o seu coração segue a sua avareza.” (Ez. 33:31)

JESUS enquanto peregrinou pela terra santa, milhares de pessoas se ajuntavam para ouvirem os seus ensinamentos, entre os quais ELE fez a seguinte advertência: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer um, não consiste na abundância do que possui.” (Lc. 12:15)

O apóstolo Pedro assim advertiu: “Tendo os olhos cheios de adultério, não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição.” (II Pe. 2:14)

O discípulo Paulo assim advertiu: “Estando cheio de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.” (Rm. 1:29)

“Mas a prostituição e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos.” (Ef. 5:3)

“Mortificai pois, os vossos membros, que estão sobre a terra; a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza que é idolatria.” (Cl. 3:5)

“Sejam vossos costumes sem avareza . . . ” (Hb. 13:5)



024 - BAILE DOS CACHORROS

JC - 12 / 13-07-2003

Quem passar pela BR-290, no município de Rio Pardo-RS (A Tranqueira Invicta), avistará a uns 280m ao norte do Km 238, um bonito capão-de-mato nativo, arredondado e com um campestre ao centro, no topo de um pequeno morrete crivado de pedra-ferro em afloramento, com as seguintes coordenadas: 30º13’03.07” S e 52º36’04.86” W. Pois bem, ocorre que esse capão-de-mato é denominado de Cantagalo - porque alí foi habitação de um cuiudo galo cantor, onde certa feita, os cachorros promoveram um baita BAILE - sem obstaculização racial.

Aconteceu que, não era permitido dançar de rabo. Na entrada havia a despilcha, para os bailarinos entregarem o seu rabo ao guarda-rabo, um “bordogão” que ali estava de soslaio recebendo rabos e pendurando-os em pregos, entregando uma ficha identificatória. Naqueles tempos, era feio dançar de rabo.

O gaiteiro mui vaqueano era um macanudo Bugio cargoso, que até dormindo tocava cordeona uma barbaridade; o guitarreiro era o compadre Macaco, mulato atrevido que tocava pra sete fandangos encordoados; o pandeirista era um Mico, baixinho embodocado que fazia murisqueta sem perder o tino e o compasso; e o cantor era o tal Galo madrugador, que ficava entonado e de olhos fechados ao cantar (porque sabia as músicas de cór), quando escancarava a goela, numa redobrada que dava gosto de se ouvir.

Bueno! Vai daí que, lá pelas tantas horas da madrugada, os dançarinos já estavam meio engazopados, quando adentra ao salão - MARIQUITA “a mais linda cadela de madame” de pêlo todo branquinho ... bem escovadinha ... cheirosinha e com uma fitinha vermelha de maragata ao pescoço, na qual ostentava uma medalha-galardão conquistada num recente concurso de pedigree, sei lá donde. A turma se olhou ... bombearam uns pros outros e ... coisa e tal ... e ninguém se animava a convidá-la para uma contradança. Deixa está que, por ali havia um guaipeca (o “juca”) sarnoso e nojento, bem asqueroso que não pestanejou; mais que de pressa perguntou: “Alguém dos senhores é parente da moça? Pergunto, porque não gosto de encrencas!” - Todos acenaram negativamente, com a cabeça; então o garraio deu uma coçada nas paletas ... convidou aquela dama ... e já saíram bailando pros dois lados, entreverados entre a poeira e a fumaça do candeeiro.

Mas pra que foi! Os bailarinos acharam que aquilo era um desaforo e já se formou um bochincho dos diachos. - Era grito do céu a terra ... dentada pra todo lado ... guincho ... grunhido ... latido de ai, ai, ai ... quaiaim-quaiaim-quaiaim ... uivos e mais uivos! Nossa mãe, que barbaridade tchê! Era cadela redemoinhando na porta ... era cachorro que ia direto à janela ... e com aquele gritedo alucinante, o sem-vergonha do Macaco apagou o lampião, ficando todo o mundo no escuro.

Os bailarinos iam saindo de relancina ... meio apalpando no escuro e pedindo pro guarda-rabo que alí poitava c’os dentes arreganhados: “Me alcança o meu rabo” - “Me dá o meu rabo” - “Me entrega o meu rabo” - nossa, houve uma munaia confusão naquela escuridão danada, saindo todo o mundo de rabo trocado!

É por isso e por essa razão, que até a data de hoje tem cachorro branco com rabo preto ... cachorro preto com rabo branco ... etc. - e, quando os cachorros se encontram ... depois deles darem uma escarvada ... um fareja no rabo do outro ... buscando, talvez, uma oportunidade para a respectiva destroca de rabos, se for o caso.



NOTAS:

1 - Este inusitado “causo” gaúcho foi narrado pelo Castorino (velho tropeiro encruzilhadense), e recolhido por Otávio Peixoto de Melo - O Maragato.

2 - O toponímico Cantagalo serve para identificar certos lugares brasileiros, tais como:

a - Município e cidade - do Estado do Rio de Janeiro; a cidade está situada sobre o rio Negro, a 376m de altitude, distante 130 Km de Niterói, no rumo NNE - terra natal do poeta Euclides da Cunha.

b - Serra - do Estado do Rio de Janeiro, que assinala o extremo oeste do sistema orográfico daquela Unidade Federativa do Brasil.

c - Querência - objeto deste causo, no município do Rio Pardo (RS).

d - Querência - no município do Alegrete (RS).



025 - BAR PONTO QUINZE

JC - 20 / 21-11-2004

Um dos costumes de muitos brasileiros é ter o seu PONTO - e eu, também tenho o meu. Pois, sou que nem matungo tafoneiro; dou as minhas volteadas e de repente, rumbeio direto ao Ponto Quinze (do César - sujeito macanudo e louco de especial, que sabe agradar a sua clientela), é situado ali, defronte ao jornal O Correio (Cachoeira do Sul-RS).

O ponto em referência, é mais do que buteco (pois tal denominação é reservada para estabelecimentos simples, que só vendem cachaça, rapadura, fumo-em-corda e palha pra cigarro-crioulo); é mais do que bolicho (pois tal denominação é reservada para estabelecimentos com sortimento de pequena monta); é mais do que bodega (pois tal denominação é reservada para estabelecimentos que comercializam também, tecidos, roupas feitas e artigos de armarinho em geral); portanto, é um modesto bar asseado, tem sua “tabela de preços” (um três costelas de dois palmos) e não pratica negócios escorchantes, pois alí o porre sai barato, se encontrando também artigos de alimentação para socorro de última hora, tais como azeite, sal, açúcar, leite, bolachas, guloseimas, etc., bebidas variadas tais como uísque (alazão), cachaça (tordilha), cerveja (tostada), vinhos (zaino e baio), refrigerantes (petiços pra gurizada), etc.

O César é um comerciante bonachão; não é daqueles que andam coçando o fiofó ou os bagos e ao mesmo tempo com os mesmos dedos, lavando os copos usados pela freguesia, pois a sua esposa, a Dª Ivonete é quem capricha na higiene daquela casa, ajudada pelo filho, o Cirinho.

Logo na entrada, à direita, localiza-se o “caixa eletrônico” (não é fedorento, é sem porta para socorrer alguém que lá se sinta mal, seu acesso é em zig-zag, para evitar a visão direta dos desprevenidos); além das prateleiras, balcão e geladores, há uma mesa de sinuca onde os parceiros contumazes porfiam amistosamente, potoqueando.

Dentre os seus freqüentadores, destaco - o Presidente Figueiredo, que é sósia do falecido Presidente João Figueiredo; o Pinote, filho do finado meu amigo Virgílio Carvalho Pinós; o Cavalo, homem honestíssimo que lida com a sorte e faz a escrita dos animais; o Jaguar, xirú que imaginava ser este apelido identificador de algo importante e até estufava o peito quando assim lhe chamavam, porém agora encabulou, porque identifica cachorro ordinário e ruim; o Fritz, que anda quase sempre enredado nas cordas com as percantas; o Carioca, sujeito que veio lá da terra do Pão Doce, é engenheiro não sendo daqueles que trabalham com a cabeça coqueando saco em engenho, mas segundo ele, é muito trouxa e sem sorte, porque quase todo o mundo lhe “passa a perna” (isso já aconteceu por parte de sua mãe, seus irmãos e um mundaréu de viventes), entretanto, aqui pela nossa terra está empandilhando, já tendo até comprado diversos imóveis de alguns embuçalados; o Magrão, que gosta da tordilha pura, uma coisa de louco, emborca de sopetão dois copitos um atrás do outro (um dia desses, fez essa sua costumeira proeza e depois abancou-se, dando uma tremedeira no homem, parecendo um carro de motor diesel, com a lenta desregulada); o Tocaio, já aposentado em todo sentido, é pai doutro tocaio meu; o Tiririca, com ares sacerdotais e alarife ao mesmo tempo; o Pintor, mulato velho mais sério do que miúdo bosteado atrás duma porta; o Pedreiro, balaqueiro de quatro costados que dá uma cuspida que nem cagada de pato; o Capador, que agora antes das eleições andou por Bagé e na estrada lá perto da Rainha da Fronteira, lhe chamou a tenência a popularidade de um certo candidato chamado Tomé Sadol (tome Sadol), escrito na culatra de tudo quanto é placa da rodovia, diz que veio das bandas de Floriano Lopes (Florianópolis – SC); o Nonô, que anda de rédeas encurtadas, se acolherou com uma parenta minha gente do finado Zeca-tigre; afora outros tantos, que eu conheço só de vista.

Num dia deste, lá estava eu oitavado no balcão saboreando uma tostada, quando chegou uma topetuda Dama fazendo um escarcéu dos diachos, atazanando, ofendendo e emparelhando todo o mundo “freqüentador de buteco” (segundo ela), mas pra que foi! - O César rangeu os colmilhos, apertou o rabicho, corcoveou dando esquinaço puando ela nas paletas, pizando nos calos de estimação dela, quase chegando a dar manotaços; rapidamente aquela aporreada baixou a crista, ganiçando e chorando como cadela no cio, sendo então bem arrocinada pelo pavena dono da casa. Sabe como é, vivente! “Buteco” que se preza tem que haver alguma encrenca de vez em quando.

Arrematando esta prosa, digo a quem duvidar destas minhas patacuadas: Xirú velho! Bata com os costados por lá, confira e de lambuja leia no balcão o nosso jornal O Correio, enquanto poderá descer pela tua goela algum líquido dos aqui alardeados.



026 - BELEZA E SANTIDADE

JC - 23 / 24-04-2005

A palavra BELEZA significa - Qualidade do ser belo; uma vez que o belo ontológico (caracteres dos seres organizados) reflete as propriedades do ser, a beleza identifica-se com a ordem (uno), a harmonia (verdadeiro) e as proporções agradáveis (bom).

Por isso os gregos relacionavam a beleza, particularmente à música, com o número, recebendo aquela (entre os romanos), a designação de arte dos números.

A produção da beleza sensível é o objeto da arte e a sua contemplação produz prazer, porque no homem os sentidos e a psicologia estão estreitamente ligados à natureza ôntica (relativo ao real em si): aquilo que aperfeiçoa a natureza agrada aos sentidos.

Distingue-se ainda a beleza física > que reside nas formas (formosura), nas cores e nos sons; a beleza moral, que se identifica com o bem, a virtude e as qualidades da ação.

A beleza pode ser também estática ou dinâmica, sendo esta resultante dos movimentos harmônicos.

Para Kant - a beleza é a forma da finalidade dum objeto, enquanto percebida sem a representação de um objetivo; depois de Kant, os idealistas desenvolveram a idéia da transcendência da beleza, considerando-a de um modo platônico.

A forma da beleza, diz Hegel, é intuição concreta do “Espírito do Absoluto” em si e representação do ideal.

Schelling afirma que a beleza é uma luz sagrada que ilumina as almas puras e que a sua forma, tal como a pura verdade, é invisível para os sentidos.

A partir dos idealistas acima, a filosofia da arte conduziu ao esteticismo; Whitehead, como grande parte dos filósofos contemporâneos, afirma que a beleza é a expressão dos valores.

A Bíblia nos fala de diversas mulheres possuidoras de uma extrema beleza e de uma admirável formosura; uma delas é VASTI, a bela persa: E ao sétimo dia (sábado), estando já o coração do rei (Assuero) alegre pelo vinho, ordenou aos seus sete eunucos (Mauma, Bazata, Harbona, Bagata, Abgata, Zeta e Carca) que o serviam, que introduzissem na sua presença, a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos príncipes, aos demais grandes do seu reino e ao povo em geral - a sua beleza, porque era detentora de uma esplêndida formosura. (Et. 1:10 e 11)

A recusa de VASTI irritou o então rei da Pérsia, que determinou o destrono da bela persa, sendo entronada em seu lugar - ESTHER, a bela de parecer e formosa à vista, que o rei amou mais do que a todas as outras mulheres. (Et. 2:1-23)

A palavra SANTIDADE designa - Absoluta perfeição moral, estado de quem é santo.

Dentre as muitas instruções que a Bíblia nos dá, destacamos algumas, como segue: Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante Ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade. (I Cr. 16:29)

Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade. (Sl. 29:2 - Almeida)

Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dEle, todos os moradores da terra. (Sl. 96:9 - Almeida)


CONCLUSÃO:
Existem pessoas que são extremamente belas na aparência externa, porém, feias no interior de seu arrogante coração; igualmente, existem viventes que são extremamente feios na aparência física, entretanto, detentores de uma invejável beleza moral, intelectual e espiritual.

JEOVAH (o nosso Deus Criador, o GADU), é detentor de uma incomparável beleza de santidade. ELE possui o Belo dos belos com uma absoluta perfeição moral, extremada em todos os sentidos; por isso, só ELE merece toda a nossa adoração e mais ninguém. Depois dEle . . . bueno, depois dEle só devemos adorar ao seu unigênito Filho e nosso Salvador - JESUS CRISTO (o nosso Deus Redentor).



027 - BÊNÇÃO FINAL

JC - 10 / 11-05-2003

A palavra BÊNÇÃO designa - ato de desejar boas cousas à alguém, de abençoar, de tornar bendito.

Religiosamente definindo, BÊNÇÃO significa - favor que Deus concede, comunicando-nos prazer ou felicidade (Gênesis 39:5 + Deuteronômio 28:8 + Provérbios 10:22); é invocar o favor de Deus em benefício de uma pessoa (Gênesis 27:12); é um donativo como expressão de boa amizade e simpatia (Gênesis 33:11 + Josué 15:19 + II Reis 5:15).

Certa feita, Barnabé e Paulo foram enviados pela igreja de Antioquia, a pregarem as boas novas da salvação, no Chipre, quando assim falaram: E que o ressuscitaria dos mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: “As santas e fiéis BÊNÇÃOS de David, vos darei.” (Atos 13:34).

Noutra feita, Paulo dirigindo-se aos Romanos, disse: E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da BÊNÇÃO do evangelho de Cristo. (Romanos 15:29).

Aos Coríntios, Paulo indagou: Porventura o cálice de BÊNÇÃO, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? (I Coríntios 10:16).

Paulo ensinou aos Gálatas, uma certa corrente hereditária: Para que a BÊNÇÃO de Abraão chegasse aos gentios, por Jesus Cristo e para que pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito (Santo). (Gálatas 3:14).

O desejo de Paulo aos Efésios, era: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos ABENÇOOU com todas as BÊNÇÃOS espirituais nos lugares celestiais, em Cristo. (Efésios 1:3).

Ainda, Paulo várias vezes ensinou aos Hebreus - Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a BÊNÇÃO de Deus (Hebreus 6:7); > Porque bem sabeis que, querendo ele (Cristo) ainda depois herdar a BÊNÇÃO, foi rejeitado . . . (Hebreus 12:17).

Também o Apóstolo Tiago admoestou aos cristãos, sobre o uso da palavra - Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grande coisas . . . a língua está posta entre os dentes, contamina todo o corpo e inflama . . . que não sabemos domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela BENDIZEMOS a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede BÊNÇÃO e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. (Tiago 3:5-10).

Dito o acima exposto sobre a BÊNÇÃO, vejamos a maneira como Deus ordenou a Moisés, para ensinar seu irmão e sacerdote Arão a ABENÇOAR os filhos de Israel:

“O Senhor te ABENÇOE e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.” (Números 6:24-26).

E o costume tradicional de ABENÇOAR entre o povo de Israel, foi salmodiado pelo rei David, como segue:

“Deus tenha misericórdia de nós e nos ABENÇOE e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho e em todas as nações a tua salvação. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos. Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com equidade e governarás as nações sobre a terra. Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos. Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos ABENÇOARÁ. Deus nos ABENÇOARÁ e todas as extremidades da terra o temerão.” (Salmos 67, versão protestante - Salmos 66, versão católica).



028 - BROCHA

JC - 13 / 14-11-2004

Novamente o meu amigo Jaguar solicita-me que escreva, agora sobre o tema BROCHA; penso que ele esteja preocupado com o seu futuro.

Xirú-velho! Integram este vocábulo, os termos: abrochar (prender, abotoar); desabrochar (desprender, abrir); brochar (costurar folhas); brochura (livro apenas costurado); brochadeira (mulher que costura folhas de livros); brochador (homem que costura folhas de livros); brochadura ou brochagem (ato de costurar folhas de livros); brochura (livro não encadernado).

Tchê! A palavra BROCHA tem diversos significados, como segue:

1 - Designa pincel grosseiro com cerdas (crinas) longas, moles e macias, para caiação de paredes; procede do latino bruscia - derivado de matagal, porque antigamente era feito de ramas de plantas e só depois passou a ser feito de fibras ou pelos.
Esse pincel grosseiro também é conhecido pelo nome de trincha - que também designa: ferro cortante, chamado de enxó usado por carpinteiros, ou ainda ferramenta própria para arrancar pregos (pé-de-cabra).

2 - Designa alfinete preso numa jóia - procede do galicismo (francês).

3 - Designa corda - composta por duas peças macias (sovadas), feitas de couro torcido interpostas, tendo um fiel para facilitar o seu manuseio afim de prender (brochar) ou soltar (desabrochar), passando por baixo do pescoço dos bois mansos, unindo os canzis, nas cangas.

4 - Designa (na gíria), pessoas sem energia; se diz dos homens desprovidos de ereção - por comparação com o pincel grosseiro (que é sem consistência, mole e macio) - incapaz, que não se presta para o ato sexual.

Essa impotência causa transtorno psicológico e depressivo no homem, que não admite tal falta de virilidade e passa a se automedicar, com chás (infusão de folhas, cascas ou raízes de uma só planta), chapoeiradas (infusão de folhas, cascas ou raízes de mais de uma planta) e muitos brochas até descambando para o lado místico, adotando patuás (objetos fetichistas), tais como - sebo de grilo, ferrão de quero-quero, pé-de-coelho, dente de jacaré, etc.

Além da medicina caseira (acima ilustrada), há casos de automedicação com drogas químicas, administradas por via oral, via intramuscular, ou via intravenosa - coisas perigosíssimas; sei de diversos casos que levaram tais usuários à morte.

Hoje, a medicina moderna é capaz de implantar próteses, para simular uma falsa ereção; entretanto, tais procedimentos estão sujeitas às rejeições e muitas vezes com conseqüências desastrosas.

O homem deve saber que não é perene, aceitando os seus limites; não se deve forçar a natureza humana. Para uns, a brochura chega mais cedo, noutros ela chega mais tarde; para uns, ela aparece lentamente, noutros ela aparece de sopetão.

O ato sexual não é pecado, quando praticado lícitamente; foi instituído pelo CRIADOR, quando disse: Crescei e multiplicai-vos (Gn. 1:28). - Porém, esse mandamento tem um tempo útil e, quando ultrapassado, cessa; não é eterno como a “Lei dos Dez Mandamentos” (Êx. 20:3-17; Dt. 5:7-21; Mt. 5:17 e 18).

Similarmente podemos comparar o apetite sexual, com o apetite gastronômico; servimo-nos deles, enquanto houver disposição, que não se deve confundir com pretensão, pois tudo o que é demais, prejudica.



029 - BUSCAR A DEUS

JC - 12 / 13-03-2005

Quando o grande líder Moisés conduzia o povo de Deus pelo deserto do Sinai, ele exortou aquela gente, com as seguintes admoestações:

Agora, pois ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais e entreis e possuais a terra que o SENHOR Deus de vossos pais vos dá.

Não acrescentareis nada mais à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os Mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando. (Dt. 4:1 e 2)

Guardai-vos e não vos esqueçais do concerto do SENHOR vosso Deus que tem feito convosco e não façais nenhuma escultura, imagem de alguma coisa que o SENHOR vosso Deus vos proibiu. (Dt. 4:23)

Quando pois, gerardes filhos e filhos dos filhos e vos envelhecerdes na terra e vos corromperdes e fizerdes alguma escultura, semelhança de alguma coisa e fizerdes mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. (Dt. 4:25)

Então, dalí buscarás ao SENHOR teu Deus e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. (Dt. 4:29)

Pela leitura dos textos acima transcritos, vemos a preocupação de Deus para com o seu povo, especialmente no que tange à idolatria; mesmo assim o Senhor JEOVAH se colocou à disposição do seu povo, caso o buscassem de todo o coração (arrependidos e contritos) de toda alma.

O buscar de todo o coração e de toda alma, significa - lembrar-se do CONSERTO de Deus > portanto, o atendimento das preces está no condicional; é preciso estar em harmonia com os Mandamentos de Deus (e não, os mandamentos da igreja, que foram modificados, alterados, diminuídos e acrescentados). Confira em Êxodo 20:3-17 e Deuteronômio 5:7-21.

Podemos estar atolados no pecado, mesmo praticando a idolatria (coisa que Deus abomina e detesta), porém, se nos arrependermos e - buscarmos ao SENHOR, o acharemos se o buscarmos de todo o coração. (Jeremias 29:13)

Deus promete nos atender, se o buscarmos de todo o nosso coração (sem reservas), com inteireza de alma; assim está escrito:

Pedí e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, se abre. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? (S. Mateus 7:7-9) - Esta, é a porção mais rica da Bíblia e nela não há nenhuma referência que devemos buscar a alguma senhora, algum santo ou a algum outro mediador; não há passagem alguma recomendando-nos a buscar o auxílio de anjos e arcanjos (mensageiros celestes), nem mesmo de querubins ou serafins (categorias superiores de criaturas celestes).


Amigos!

Seja conhecido de vós todos e de todo o povo, que em nome de JESUS CRISTO o nazareno, aquele que foi crucificado e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse . . . Ele é a pedra que foi rejeitada . . . a qual foi posta por cabeça . . . e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual importa que devamos ser salvos. (At. 4:10-12)

Porque, há um só Deus e um só MEDIADOR entre Deus e os homens, JESUS CRISTO. (I Tm. 2:5)

Ninguém achega-se a Deus, senão por JESUS (Jo. 14:6); só JESUS pode interceder por nós (Rm. 8:34); só JESUS salva perfeitamente aos que por Ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por nós (Hb. 7:25).

S. João nos dá uma recomendação final, conforme segue: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. (I Jo. 2:1)



030 - CAIAMBORA E MAMBIRA

JC - 20 / 21-09-2003

Se indagarmos a um “tradicionalista” - o que é CAIAMBORA? com certeza não saberá responder; a mesma coisa acontecerá se a pergunta for - o que é MAMBIRA? - Mesmo porque, o “tradicionalista” não é dado à leitura (salvo raras exceções) e também, são poucos aqueles que procuram se instruir, para não cometer gafes (fiascos); mas, vamos aprender um pouco mais?

CAIAMBORA  ou CANHAMBORA, ou ainda CAIAMBOLA
Esta palavra é um substantivo masculino e designa - Sujeito mal vestido, duende que habita as florestas. Vem do tupi canhembara = que também deu influência à palavra caipora. (Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa - Francisco da Silveira Bueno).

MAMBIRA
Esta palavra pode ser um substantivo ou um adjetivo e designa - Matuto, homem rural, caipira, rústico, desajeitado, não acostumado à cidade. Pessoa que não sabe caminhar nem vestir-se adequadamente. Vem do tupi-guarani mambir = atado, embaraçado. (Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul - Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes).

“E tudo ficou por isso!
Até parece mentira
Que semelhante mambira
Assim passasse o buçal
E atasse tanto bagual
C’um cabrestinhio d’imbira.”
                (Antônio Chimango - Amaro Juvenal, poeta cachoeirense)

MAMBIRADA
Substantivo que designa - Reunião de mambiras;  grupo de pessoas desajeitadas que estão mal vestidas.

MAMBIRICE
Substantivo que designa - Vivente que não está vestido a preceito.

Isso tudo é o que anda acontecendo por aí, no seio do tradicionalismo; sim, porque, entre os tradicionários de pura cepa, não acontecem vexames de tamanhas proporções.

Como, por exemplo:
Não se vê um tradicionário com a bombacha desabotoada e solta por sobre o cano da bota.
Não se vê um tradicionário usando camiseta de dormir com o lenço ao pescoço.
Não se vê um tradicionário de chapéu ou outra cobertura qualquer na cabeça conversando com uma senhora ou uma jovem.
Não se vê um tradicionário comendo à uma mesa social, como o mango no pulso.
Não se vê um tradicionário cavalgando sobre passeio público.
Não se vê um tradicionário escaramuçando o pingo no meio de gente.
Etc. etc.

Entretanto, tudo isso acontece e se vê entre “pseudo tradicionalistas”.

E agora, faço um apelo aos verdadeiros gaúchos: Procurem zelar pelas nossas mais puras tradições; não cometam deslizes voluntários, porque é feio e te recomenda mal, xirú velho. Se não sabes alguma coisa ... se queres aprender um pouco mais sobre os nossos usos e costumes tradicionais, estou ao teu inteiro dispor e a consulta não te custará mais do que aquela amizade hospitaleira, da gente do sul do Brasil.



031 - CAIU A GRANDE BABILÔNIA

JC - 06 / 07-7-2002

No escrito anterior estudamos a diferenciação da BABILÔNIA (temporal e da espiritual); neste escrito, estudaremos uma importante profecia apocalíptica sobre a religiosidade babilônica, conforme segue:

“E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia , e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram de suas delícias.” (Apocalípse 18:2 e 3).

01 – Que forte “clamor” em grande voz, proferiu o anjo?
Foi o seguinte “clamor”: Caiu, caiu a grande Babilônia.

02 – Quando, será proclamado este forte clamor?
Quando toda a terra for iluminada pelo “Espírito Santo” - nessa época ocorrerá a Chuva Serôdia (quando grande número dos habitantes da terra se aperceberão das abominações da grande Babilônia religiosa e espiritual).

03 – O que diz a profecia, sobre o futuro dessa Babilônia religiosa e espiritual?
Essa Babilônia religiosa e espiritual, se tornará morada de demônios, coito de todo espírito imundo (os não da parte de Deus), coito de toda a ave imunda e aborrecível.
Essa Babilônia religiosa e espiritual, ficará desolada, como está hoje a antiga cidade de Babilônia, capital da antiga “Caldéia” (hoje, situada no Iraque).
A moderna Babilônia religiosa espiritual, está se prostituindo cada vez mais, com doutrinas falsas, ensinamentos que nada tem a ver com o cristianismo verdadeiro exarados pelo CRIADOR, dogmas não fundamentados nas “Sagradas Escrituras”, etc. - sendo o mesmo que se prostituir com demônios e com criaturas imundas, deixando de ser a ESPOSA (Igreja pura) do verdadeiro ESPOSO, que é JESUS CRISTO.

04 – Por que o ALTÍSSIMO autorizou ao seu anjo > proclamar fortemente esta sentença contra a grande Babilônia religiosa e espiritual?
Porque todas as nações da terra beberam do “vinho da ira da sua prostituição” e os reis da terra se prostituíram com ela; essas nações e esses governantes estão “embebedados” com o vinho da ira da sua prostituição (que são as suas doutrinas errôneas, seus falsos ensinamentos, seus falsos dogmas), não estão sóbrios, não distinguem entre o certo e o errado, entre o que Deus aprova ou reprova.

05 – Como entender, que os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias?
Muito simples. No decorrer destes últimos séculos, inúmeros comerciantes da terra inteira - construtores, pedreiros, eletricistas, encanadores, pintores, indústrias têxteis, artífices de todas as artes (ourives, joalheiros, etc.) vinicultores e transportadores, prestaram serviços (desta ou daquela maneira), para a grande Babilônia religiosa e espiritual, colaborando (de forma direta ou indireta), para a sua propagação no mundo inteiro - tendo como conseqüência, o seu enriquecimento, porque foram solicitados e assim, entenda-se que os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias (de seus prazeres, de suas festas, quermesses e kerbs, etc.).



032 - CALENDÁRIO - I

JC - 10 / 11-11-2001

A palavra CALENDÁRIO vem de Calendas - eram importantes festas gregas (consistiam em jogos e carreiras de cavalos) herdadas pelos romanos, anualmente ocorriam e sempre no início da primavera, passando a designar um certo período de tempo que transcorria.

Hoje no mundo, existem vários CALENDÁRIOS: entre os quais, podemos citar: o Hebraico, o Chinês, o Romano, o Pompiliano, o Juliano e o Gregoriano (seguido no mundo ocidental).

O Calendário é o sistema de computar o tempo decorrido; duas espécies de calendários são conhecidos:

O SOLAR diz respeito ao tempo que a terra gasta, para dar uma volta sobre si mesma (rotação) e uma volta ao redor do sol (translação).

O LUNAR diz respeito ao tempo gasto pela Lua em suas revoluções em torno da terra, observando-se as suas fases, que são importantes, para se saber sobre a fecundidade humana e dos animais, sobre a maré, sobre a melhor época para semear, plantar, podar, cortar e colher, sobre os melhores dias para cortar unhas e cabelo, sobre a melhor época para tosquiar, tosar e esquilar.

Nosso atual CALENDÁRIO veio por intermédio de Babilônia - Roma, quando da Fundação de Roma (753 a. C.).


CALENDÁRIO ROMANO
Diz a tradição, que Rômulo (o primeiro rei de Roma), dividiu o ano em dez meses, sendo seis de 30 dias e quatro de 31 dias, num total de 304 dias, aliás, 61 dias menos do ano solar que é de 365 dias, 6 horas e 9 minutos; ou, 50 dias menos do ano lunar que é de 354 dias, como segue:

Ord. Latim       Português   Dias   Dedicação

1º Marcius         Março      30      Marte

2º Aprilis           Abril         30      Colheita

3º Maius           Maio         30      Apolo

4º Junius           Junho        30      Juno

5º Quintilis        Julho         30      Júpiter

6º Augustus     Agosto      30      Octávio Augusto

7º September  Setembro  31       Derivado de sete

8º October     Outubro     31       Derivado de oito

9º November Novembro 31       Derivado de nove

10º Dicember Dezembro 31       Derivado de dez


CALENDÁRIO POMPILIANO
Numa Pompílio (segundo rei de Roma) por volta de 700 a. C., acrescentou dois meses de 25 dias (cada) ao ano de Rômulo , chamando-os de Januarius e Februarius (Janeiro e Fevereiro) perfazendo um total de 354 dias (ou, um ano lunar), como segue:

Ord. Latim     Português Dias - Ord. Latim        Português Dias

1º Januarius   Janeiro      25 -      7º Julius          Julho         30

2º Februarius Fevereiro  25 -      8º Augustus    Agosto      30

3º Marcius     Março      30 -      9º September Setembro  31

4º Aprilis       Abril         30 -    10º October     Outubro    31

5º Maius        Maio        30 -    11º November Novembro 31

6º Junius       Junho        30 -    12º Dicember   Dezembro  31


CALENDÁRIO JULIANO
Júlio César (1º Imperador romano), reconhecendo as deficiências do Calendário de Numa Pompílio e aconselhado pelo astrônomo Sosígenes (de Alexandria – Egito), realizou uma reforma naquele Calendário, porque chegara à conclusão de que havia um atraso de 80 dias, no cômputo do tempo; diante disso, Júlio César por meio de um Decreto, estabeleceu que aquele ano (46 a. C.) teria 445 dias, adotando desde então, que todo o ano civil fosse de 365 dias e ¼ - entretanto, ocorria uma falta de 11 minutos com 14 e meio segundo por ano.



33 - CALENDÁRIO - II

JC - 17 / 18-11-2001

Em 1582 (a. D.) foi constatado que o Calendário Juliano apresentava uma diferença de 10 dias, pois o primeiro dia da primavera no hemisfério norte que é o primeiro dia do outono no hemisfério sul (ou seja, 21 de março) evidenciou-se, quando ainda era 11 de março daquele ano.

Nesse ano, o papa Gregório XIII publicou uma Bula subtraindo 10 (dez) dias do mês de outubro, quando a sexta-feira dia 05, foi seguida do sábado dia 16, criando também um ano de 366 dias de quatro em quatro anos (chamado de bissexto - fevereiro tendo 29 dias), e que no fim de cada século se suprimisse o ano bissexto, a não ser se divisível por 400 (como foi o caso de 1600 e como seria 2000). Tal reforma, reduziu o erro anual apenas a 26 segundos, o que ficará corrigido mediante a adição de um dia por volta de 4900, da nossa era - se a humanidade chegar até lá.

Veja-se como ficou o mês OUTUBRO de 1582, da nossa Era:

Dom. Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb.

             1      2      3      4      5   16

17      18     19    20    21    22   23

24      25     26    27    28    29   30

31

Esta, foi a última reforma efetuada em nosso Calendário, que passou a ser chamado de CALENDÁRIO GREGORIANO em homenagem ao papa Gregório XIII, com a seguinte modificação no cômputo mensal dos dias, conforme segue:


1º Januarius    Janeiro    31 dias  -   7º Julius         Julho         31 dias

2º Februarius Fevereiro 28         -   8º Augustus   Agosto      31

3º Marcius    Março      31        -    9º September Setembro  30

4º Aprilis      Abril         30         - 10º October     Outubro    31

5º Maius      Maio         31         - 11º November Novembro 30

6º Junius      Junho        30         - 12º Dicember   Dezembro  31

Assim, um ano normal conta hoje, 365 dias.


CALENDÁRIO HEBREU
Para adequar o calendário solar com o calendário lunar, os hebreus criaram o ANO EMBULÍSTICO, que consiste em acrescentar três vezes um 13º mês (chamado de VIE-ADAR) de 30 dias, num período de 8 (oito) anos, conforme a tabela à seguir:

Ord. Ano-lunar Embulístico Ano-solar Faltas Bissextos Acréscimos

 1º        354    -               365                 11         -                -

 2º        354    -               365                 11         -                -

 3º                  -   384      365                 11         -               30

 4º        354   -                366                 11         1               -

 5º        354   -                365                 11          -               -

 6º                 -    384      365                 11          -              30

 7º        354   -                365                 11          -               -

 8º                 -    384      366                 11          1              30

________________________________________________

8 :     1.770 +   1.152 = 2.922 :             88 +       2 =           90

Como se vê, é um sistema difícil de computar o tempo, mas é um Calendário eficiente, que os Hebreus usam até hoje, pois, corrige perfeitamente as diferenças.

Segundo a Bíblia, os meses deste calendário são assim denominados:

Ord. Denominação Referência                             Dias Correspondente

  1º  Nisã ou Abibe Êx. 12:2-3; 34:18 e Dt.16:1  31    Março

  2º  Íiar ou Zive      I Rs. 6:1                               29    Abril

  3º  Sivã                 Et. 8:9                                  30    Maio

  4º  Tamuz             Calendário semita                 29    Junho

  5º  Ab (Av)          Calendário semita                 31    Julho

  6º  Elul                 Ne. 6:15; I Mc. 14:27          29    Agosto

  7º  Tisri ou Etnaim I Rs. 8:2                              29    Setembro

  8º  Chesvã ou Bul I Rs. 6:38                            31    Outubro

  9º  Quisleu (Casleu) Zc. 7:1                             29    Novembro

10º Tebete               Et. 2:16                             29    Dezembro

11º Sebate (Sevate) Zc. 1:7                              29    Janeiro

12º Adar                 Et. 9:1                               28    Fevereiro

13º Veadar (Era um mês corretivo para completar o ano - do lunar ao solar)

A propósito, no dia 18 de Setembro de 2009 - ocorreu o início do ano 5.7770 para os ISRAELITAS.



034 - CÂNON SAGRADO

(Antigo Testamento)

JC - 01 / 02-09-2001

A palavra CÂNON significa Lei (Regra); os livros que compõe as “Sagradas Escrituras” de um modo geral, são chamados de “O Sagrado Cânon” ou regra comum da moral e dos deveres religiosos, dada pela inspiração. (Dicionário de “Webster”).

As “Sagradas Escrituras” que formam o Cânon Sagrado, vem desde os tempos da criação, chegando de Adão até Moisés, passando de pai para filho, ao tempo do patriarcado hebraico.

A Moisés, atribui-se a autoria dos cinco primeiros livros das “Sagradas Escrituras” chamados de A Lei de Moisés (Pentateuco), que são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Moisés foi instruído por Deus, a escrever (Êx. 17:14; 34:27); de Moisés até João Batista surgiram vários profetas e escritores que, inspirados por Deus, divulgaram as “Sagradas Escrituras”. (Mt. 11:3; II Pe. 1:21).

O Cânon do “Antigo Testamento” como comprovado por JESUS, divide-se em três partes, a saber: A Lei de Moisés (Pentateuco), Os Profetas (Profecias) e os Salmos (Sabedoria).

A Lei de Moisés, compreende os cinco primeiros livros do “Velho Testamento”; Os Profetas, são todos os livros escritos advindos através de mensagens guiadas e inspiradas por Deus, cujos escritos trazem os seus nomes; e Os Salmos, são os agioágrafos (Ketubim).

O Cânon dessas três divisões do ANTIGO TESTAMENTO, contendo 39 livros (uma verdadeira Biblioteca - daí, Bíblia), foi agrupado pelos israelitas, até aos dias de Jesus Cristo, como segue:

Pentateuco (5 livros):
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio ... 187 cap. 5.852 vers.

Profetas (30 livros):
Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Job, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jônas, Miquéias, Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias
........................................................ 541 cap., 13.580 vers.

Salmos (4 livros):
Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares
........................................................ 201 cap.,   3.715 vers.

TOTAL:                            39 livros, 929 cap.,  23.147 vers.

O “Antigo Testamento” originalmente foi escrito em Hebraico, exceto no livro de Daniel (de 2:4 até o fim do capítulo 7) e poucos versículos do livro de Esdras, que foram escritos em Aramaico (língua falada no império dos Caldeus, na Babilônia).




035 - CÂNON SAGRADO - (Novo Testamento)

JC - 08 / 09-09-2001

O CÂNON SAGRADO (Novo Testamento), originalmente foi escrito em grego, exceto o livro de São Mateus, que foi originalmente escrito em hebraico, sendo depois, vertido para o grego.

Quanto ao CÂNON SAGRADO (Velho Testamento), ainda podemos informar que, posteriormente foi traduzido para o grego, por um grupo de 70 sábios judeus, convocados por Ptolomeu Filadelfo (rei do Egito - 285 / 247 a. C.); daí, o nome de SETUAGINTA à essa versão das “Sagradas Escrituras”.

O rei Ptolomeu Filadelfo deu essa incumbência aos 70 judeus, porque sabia do que está escrito no livro de Romanos 3:1-2, onde se lê: Qual, é logo, a vantagem do judeu? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, AS PALAVRAS DE DEUS LHE FORAM CONFIADAS.

Então, pelos judeus e não por outro povo qualquer, foram assim enfeixados Os ORÁCULOS DE DEUS, formando esse Sagrado Cânon, que é o Velho Testamento - onde aparece a diferença (livros e porções apócrifas) entre as versões católicas (45 livros) e entre as versões protestantes que seguem a SEPTUAGINTA (39 livros), reconhecida por Jesus, como verdadeiro guia da verdade.

O CÂNON do Novo Testamento, compreende os seguintes livros:

Evangelhos (4 livros):
Mateus, Marcos, Lucas e João
............................................................... 89 cap. 3.779 vers.

Históricos (22 livros):
Atos, Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses,
II Tessalonissenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João e Judas
............................................................. 149 cap. 3.774 vers.

Profético (um livros):
Apocalípse ............................................. 22 cap.    405 vers.

TOTAL :                                 27 livros, 260 cap. 7.958 vers.


Bíblia:
V.T.         39 livros,    929 cap. 23.147 vers.

N.T.        27 livros,    260 cap.    7.958 vers.

TOTAL: 66 livros, 1.189 cap.   31.105 vers.

Como foram muitas as pessoas que fizeram essa divulgação, aconteceu, como é natural entre os humanos, uma certa diversificação entre os escritores, justificando-se para tal, o longo período que ocorreu, desde a peregrinação no deserto (1567 a. C.) até a descoberta (dentro de umas vasilhas de barro de oleiro, numa caverna no lugar chamado “Qumram”, próximo ao mar Morto - Oriente Médio) dos escritos originais do livro de Isaías (1949 a. D.). Tais originais, sanaram todas as dúvidas até então existentes, entre versões bíblicas - na passagem de Isaías. 65:20 e o acréscimo do Apocalipse 12:18 além da equivocada tradução de Apocalipse 22:14.

Por derradeiro, informamos que a denominação BÍBLIA é uma forma reduzida do vocábulo Biblioteca (coleção de livros); a palavra LIVRO deriva de Biblius (que vem de rolos escritos ) que eram feitos na cidade de “Biblos” (Egito), onde havia muito papiro - planta aquática têxtil (semelhante ao junco), da qual se extrai o papel.



036 - CARTA AOS TRADICIONALISTAS

JC - 10 / 11-01-2004

Dentre o pessoal da bombacha existe uma grande maioria de “pseudo tradicionalistas” integrados por pessoas negativistas, colocam defeito em tudo, gostam de criticar aqueles abnegados desprovidos de interesse particular, porém, que buscam o bem comum da entidade a qual dirigem.

Criticam sem conhecimento de causa as patronagens das entidades, a 5ª Região Tradicionalista e ao MTG - questionando sobre: Qual é a vantagem em ser filhado ao MTG?

Pois, eu respondo:

O Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG é uma corporação devidamente inscrita no Cartório de Títulos e Documentos de Porto Alegre (RS - Brasil), em 27 de novembro de l967, às folhas 12 verso, sob número de ordem 4436, Livro A nº 8, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com jurisdição em todo o território nacional e com duração indeterminada, constituindo-se na Federação dos CTGs e entidades afins. Membro Permanente do IGTF amparado na Lei Nº 6736/74, sendo Entidade de Utilidade Pública Estadual Decreto Lei Nº 20863/71 e registrado no Cartório Especial de Pessoas Jurídicas sob nº 617, na Secretaria Estadual de Trabalho e Ação Social sob nº 764, no Conselho Estadual de Cultura sob nº 4 e inscrito no CGC/MF sob nº 87.923.587/0001 – 99, sendo isento do “Imposto de Renda” conforme “Ato Declaratório” nº 261/79.

1 - Com amparo Federal, as entidades tradicionalistas em dia com suas obrigações junto ao MTG, estão isentas do “Imposto de Renda”.

2 - Com amparo Estadual, o MTG pleiteia pelos seus filhados em dia com suas obrigações, a isenção do “Imposto de Circulação de Mercadorias” - ICM.

3 - Com amparo Estadual, as entidades filhadas ao MTG e em dia com suas obrigações são isentas de tributos municipais “IPTU” e “ISSQN”.

4 - O MTG tem um acordo com o ECADE e com a Ordem dos Músicos, para que as entidades tradicionalistas em dia com suas obrigações, usufruam de um generoso desconto no pagamento dos “Direitos Autorais” das músicas executadas em suas promoções.

Façam os cálculos de toda essa “tributação acima mencionada”, adicionem ainda a contratação de um contador com sua prestação de serviço especializado, para manter em dia a contabilidade em referência, mais os incômodos burocráticos e julguem se vale a pena ou não - ser filiado ao MTG.

Querem mais? - Se isso não basta, macacos me mordam!



37 - CAVALO COMO INSTRUMENTO DE AGRIMENSURA

JC - 27 / 28-09-2003

Antigamente, não haviam agrimensores suficientes para procederem as medições e demarcações das Sesmarias que eram distribuídas pela Coroa, aos Sesmeiros; foi quando usou-se o CAVALO como instrumento de agrimensura, para as respectivas medições, conforme segue:

O Sesmeiro (recebedor) aguardava o Demarcador (encarregado da Coroa), já de CAVALO bom que troteasse mais de légua por hora.

Convencionava-se um ponto de partida “A” (foz de um arroio junto a um rio - ou topo de um cerro, etc.) e, digamos, troteava-se uma hora na sombra do cavalo, o que perfazia uma légua (A>B) demarcava-se o ponto “B” e dava-se um fôlego.

Dobrava-se à direita num ângulo de 90º e troteava-se três horas (um tiro de trote) perfazendo mais três léguas (B-C) demarcava-se “C”, fiambreava-se e dava-se uma sesteada.

Dobrava-se novamente à direita num ângulo de 90º e troteava-se uma hora perfazendo mais uma légua (C-D) demarcava-se “D” e dava-se um fôlego.

Finalmente, dobrava-se novamente à direita num ângulo de 90º e troteava-se três horas perfazendo mais três léguas (D-A) o que hipoteticamente, deveria-se chegar exatamente ao ponto de partida “A” - e estava demarcada a Sesmaria, pelo trote do CAVALO.

Raciocine melhor, seguindo o retângulo abaixo, considerando os seguintes percursos: 1 hora = uma légua (6.600 metros); 3 horas = três léguas (19.800 metros), hipoteticamente perfazendo uma área superficial de três léguas (13.068 hectares) ou 150 quadras de campo, mato não contava.

D-A
C- B

Vale dizer que, CAVALOS lerdos não troteiam uma légua por hora e por isso, o requerente (Sesmeiro) solicitava ao Demarcador, uma “lambuja” de mais alguns minutos em cada costado, que poderia ser concedido ou não. Entretanto, CAVALOS bons troteiam mais de légua por hora.

É por essa razão, que geralmente as Sesmarias - Estâncias - Fazendas, possuem área de fato, maior do que de direito (titulada).



038 - CAVERNAS

JC - 23 / 24-07-2005

Em geologia - CAVERNA é uma cavidade subterrânea, geralmente operada pela erosão da água; por ser o calcário, química e mecanicamente a rocha mais atacável, é precisamente em terrenos dessa natureza que ocorrem as cavernas mais espaçosas.

No Brasil, as caverna mais célebres se encontram nas formações calcárias do vale do rio São Francisco: Lagoa Santa, Maquiné, Lapa Vermelha, Bom Jesus da Lapa (Minas Gerais), Caverna do Diabo (São Paulo), etc.

No RGS, há renomadas cavernas, como a da Pedra do Segredo (Caçapava do Sul), Gruta do Índio (Santa Cruz do Sul), Toca da Tigra (Santa Ana da Boa Vista), etc.

As cavernas são de grande interesse para os estudos paleontológicos, pelo fato de conterem freqüentemente restos de animais já extintos e mesmo vestígios humanos, como na de Lagoa Santa e nas cavernas do sul da França.


A CAVERNA DE MACPELA
“Macpela” é o nome de um lugar diante de Manre (Mambre), em Israel (Oriente Médio), onde havia um campo arborizado e uma caverna pertencente a Éfrom, o heteu (Gn. 23:9, 17 e 19), que Abraão (“O Pai da Fé” dos israelitas, cristãos e muçulmanos) comprou por 400 siclos de prata, a fim de alí sepultar Sara (sua amada esposa).

Nesta mesma caverna, Isaac e Ismael (filhos de Abraão), sepultaram seu velho pai; alí também foram sepultados Lia e Jacob, bem como Isaac e Rebeca e talvez mais alguns importantes hebreus, de que não se tem notícias.

No tempo de JESUS CRISTO ainda existiam reverentes peregrinações a esta importante caverna, em Hebrom. (Guerras 4, 9, 7).

A caverna é bem identificada, pois sobre ela está edificada uma importante mesquita; os cristãos são privados de penetrar nela - porém, o Príncipe de Gales e seus dois filhos (em 07-04-1862) e o Príncipe herdeiro da Prússia (em novembro de 1869), conseguiram examiná-la imperfeitamente.

Ela se encontra na encosta do outeiro que olha para o ocidente, está o monte Harã (recinto sagrado e fechado, que mede 65 metros de comprimento por 37 de largura, aproximadamente).

A antiga igreja cristã, que enchia completamente a extremidade meridional deste recinto, foi convertida em mesquita, quando os árabes conquistaram aquele local; junto ao muro do noroeste, a cerca de 33 metros ao sudoeste da entrada principal, existe uma abertura circular com aproximadamente 40 centímetros de diâmetro, por onde se penetra no pavimento desta mesquita. Por esta abertura pode-se ver uma pequena área de quatro metros quadrados, por 4,95 metros de profundidade, com uma porta do lado sudeste.

Parece que esta área é uma espécie de vestíbulo (onde funcionava a sacristia), ou ante-sala, que dá acesso à caverna de MACPELA, situada imediatamente a sudeste, por baixo do pavimento da mesquita; encontram-se lá duas entradas bem assinaladas, mas, que não podem ser abertas sem levantar o pavimento. A sua posição parece indicar que dão acesso à caverna.

O pavimento da mesquita e o vestíbulo que lhe fica em frente, estão a cinco metros acima da rua que cerca o monte Harã, pelo lado do sudoeste. No lado do noroeste existe uma catacumba onde, dizem, repousam os ossos de José do Egito; entretanto, a história diz que esse líder foi sepultado em Siquém, no campo que Jacob comprara aos filhos de Hamor (Pai de Siquém), por cem peças de prata. (Js. 24:32).



039 - CAVERNAS DO MAR MORTO

JC - 30 / 31-07-2005

Uma das descobertas mais importantes na esfera dos estudos bíblicos, ocorreu em 1947, quando um pastor árabe, chamado Mohamed ad-Dib, por acaso entrou na caverna CUNRÃ, nas margens do Mar Morto e alí encontrou diversos rolos de pergaminhos, envoltos em panos de linho, escondidos em vasos cilíndricos de barro cosido, colocados numa altura de pouco mais de setenta centímetros do solo.

Contudo, só em 1948 é que o mundo ficou sabendo dessa descoberta; alguns rolos chegaram às mãos do professor Sukenik, da Universidade Israelita de Jerusalém, que constatou tratar-se de um manuscrito fragmentado do livro do profeta Isaías, um rolo de Hinos de Gratidão e o Rolo da Guerra, assim chamado.

Os restantes rolos, adquiridos pelo Convento Sírio Ortodoxo de São Marcos, de Jerusalém, foram levados para a Escola Americana de Pesquisas Orientais, de Jerusalém.

Era um manuscrito quase completo de Isaías, chamado “Manual de Disciplina” um comentário de Habacuc e um Gênesis apócrifo (não verdadeiro), escrito em aramaico.

Todo esse material já foi publicado e mais outro volume de uns seiscentos fragmentos encontrados nessa tal caverna. No livro de Isaías constatou-se que não existe o versículo 20, do capítulo 65.

Só em 1949 é que se deu licença a arqueólogos, para entrar nessa região ocidental que margeia o Mar Morto e assim investigar a caverna em que foram achados os ditos manuscritos. Tal região situa-se nos paredões rochosos que se elevam de duzentos e duzentos e sessenta metros acima do nível desse mar e que guarnecem suas margens ocidentais.

A busca de cavernas vizinhas a Cunrã, levou os exploradores a achar mais dez delas, onde foram igualmente encontrados outros manuscritos; já dissemos o que se achou na caverna nº 1 - nas proximidades desta, foram encontradas mais 39 caverninhas, que guardavam peças de cerâmica e objetos domésticos.

Nas cavernas nº 2 e 3, encontrou-se rolos de cobre, os quais foram recentemente separados e decifrados, tornando-se um testemunho de fabulosos tesouros escondidos pelos hebreus.

Em 1952, os beduínos descobriram a caverna nº 4, ao lado de Cunrã Uádi, justamente a um tiro de pedra; nesta, encontrou-se 300 manuscritos completos e 20.000 fragmentos sagrados que estima-se formarem mais 90 manuscritos de todos os livros do Antigo Testamento, menos o livro de Ester.

Nas cavernas nº 5 e 6, também descobertas em 1952, encontrou-se poucos fragmentos de manuscritos.

Nas cavernas nº 7, 8, 9 e 10, descobertas em 1955, também se mostraram pobres em manuscritos.

Em 1956 descobriu-se a caverna nº 11, precisamente a uma milha ao norte da primeira; continha rolos e também fragmentos sagrados.

Os escritores desses manuscritos, foram os essênios (seita judaica), cujos ensinos e costumes são descritos pormenorizadamente pelos historiadores Josefo e Filo.

Antes da invasão dos babilônios em 587 a. C., o profeta Jeremias retirou a “arca do concerto” do interior do TEMPLO, a transportou ao monte Nebo (situado ao nordeste do Mar Morto) e alí escondeu-a numa caverna. (II Mb. 2:1-8) Este monte, é o mesmo donde Moisés avistou a terra de Canaan e lá morreu. (Dt. 34:1-7)

Na arca do concerto estão as tábuas da lei, a vara de Arão e um gomer (vaso) com o maná que caiu do céu, para alimentar o povo de Israel no deserto do Sinai. (Hb. 9:4)

No último livro da Bíblia, JESUS faz a seguinte promessa: . . . Ao vencedor darei eu a comer do maná escondido . . . (Ap. 2:17)



040 - CERROS DOS PEIXOTO

09 / 10-06-2001

Seguidamente tenho visto nos jornais a ocorrência de um erro de grafia, referente a um local toponímico divisório entre os municípios de “Cachoeira do Sul” com “Encruzilhada do Sul” - que é exatamente os CERROS DOS PEIXOTO separados pelas vertentes do arroio Caramujo (afluente pela margem direita do arroio Piquirí).

TOPOS
1 – O Cerro do arroio Palmas - com altitude de 284m, está situado nas seguintes coordenadas: 30º 20’ S - 52º 44’ W.

2 – O Cerro do arroio Papagaio - com altitude de 291m, está situado nas seguintes coordenadas: 30º 20’ S - 52º 45’ W.

GEOLOGIA
É exatamente nesses cerros que se localizam as maiores e melhores jazidas de GRANITO da região central do RGS, possuindo as quatro variedades (gris, roxo, preto e amarelo) de grande valor industrial e comercial, exportado para a Europa, Ásia e mundo em geral.

HISTÓRIA
Foi exatamente dali para o norte, que por volta de 1750/5 meu pentavô, o guapo José Coelho estabeleceu “posse naquele Pago” - e seu filho Vicente Álves Coelho “requereu aquela SESMARIA” após 1780, com as seguintes confrontações:

NORTE ou Setentrional - Lomba Grande (por onde passa a BR-290);

SUL ou Meridional - Cerro do arroio Palmas e Cerro do arroio Papagaio (Cerros dos Peixoto) entre o arroio Palmas (afluente pela margem esquerda do arroio Iruí) e o arroio Papagaio (afluente pela margem direita do arroio Piquirí);

LESTE ou Oriental - Arroio Palmas (Butiazeiros);

OESTE ou Ocidental - Arroio Piquirí (que em guarany designa “arroio de grandes grãos de areia”), afluente pela margem esquerda do arroio Iruí, que é tributário pela margem direita do rio Jacuí.

A primeira sede da SESMARIA foi construída em taipava (paredes de pedra e barro, com telhado de santa-fé) pelo “Dragão posseiro”, nas seguintes coordenadas: Lat. 30º 18’ 51” S – Long. 52º 43’ 25”W – Alt. 120m - que também foi habitação do “Dragão requerente”.

A segunda sede foi edificada em alvenaria (paredes de pedra e argamassa, com telhado de barro) pelo aventureiro paulista Capitão de Mar-e-guerra José Peixoto da Silveira (genro do “requerente”), nas seguintes coordenadas: Lat. 30º 18’ 40” S – Long. 52º 44’ 29”W – Alt. 100m (mais ou menos quinhentos metros ao oeste da primeira sede), sendo essa, também habitação do seu único filho José Peixoto da Silveira Mello - de cujo padrinho, o Cel. Agostinho José de Mello (farroupilha convicto) solicitou a inclusão do nome MELLO ao afilhado que desconsiderava-se brasileiro, porque nascera enquanto a nossa Província estava independente do Brazil Império.

O Dragão José Coelho casou-se com Joanna Francisca Pereira e geraram Vicente Álves Coelho, que casou-se com Perpétua Joaquina da Paixão e geraram Ana Álves Coelho, que casou-se com José Peixoto da Silveira (Capitão-de-mar-e-guerra - paulista aventureiro, vindo de Laguna - SC) e geraram José Peixoto da Silveira Mello, que casou-se com Adelina Vasques dos Santos e geraram filhos e filhas, sendo mais moço o Octavio Peixoto de Mello, que casou-se com Idália Álves Belén (filha de uruguaio) e geraram filhas e o filho Alvise Álves de Mello (Coronel Honorário, Juiz de Paz, Agrimensor e bandoneonista naquela querência), que casou-se com Almira Beskow e geraram filhos e filhas, sendo primogênito Otávio Peixoto de Melo Neto (o Maragato), autor deste trabalho - acreditem se quiser.


CONCLUSÃO
“Entonces, naqueles tempos” os lugares recebiam denominação toponímica por esta ou aquela razão, por este ou aquele motivo; e foi, simplesmente porque naquele rincão localizava-se a “Estância dos Dragões” heróis peleadores no decorrer da expulsão dos espanhóis (1763/76), local herdado pelos Peixoto (genro e descendentes) - motivou a homenagem com tal denominação e aquelas elevações passaram a chamar-se CERROS DOS PEIXOTO;  penso que se poderia escrever Cerros dos Peixoto’s.

Este erro (o nome PEIXOTO grafado no plural), ocorre, inclusive na “Carta Geral” > talvez, porque os militares buscando o apoio no local, por ocasião da constatação in loco assim foram informados por pessoas sem um profundo conhecimento da língua - não se dá plural aos nomes.



041 - CERTA CARTA PROPOSTA

JC - 02 / 03-03-2002

Logo que me casei, procurei dar um jeito na vida; afinal, agora eu tinha uma mulher para sustentar e logo mais adiante chegariam as crias.

Indaga daqui ... indaga de lá ... procurava saber e me informar de alguma boa oportunidade, para crescer na vida; a notícia espalhou-se e de uma feita, recebo a seguinte CARTA PROPOSTA de um tio meu, estancieiro lá das bandas do “Cerros dos Peixoto” - à propósito, a denominação deste cerro é por causa dos nomes do meu bisavô José Peixoto de Silveira Mello e de seu pai, meu trisavô que também, chamava-se José Peixoto da Silveira - por essa razão, o povo chama aquele cerro, de Cerros dos Peixoto (é errado dar o plural a nomes, por isso não é “Peixotos”.

Querência “Cerros dos Peixoto”, 05 de Setembro de 1963.

Macanudo
Otávio Peixoto de Mello

Mui Guapo Sobrinho

Meus relinchos !

Empeço, te desejando um bom enforcamento e que, quando receberes este chasque, esteja gordo, lindo e são-de-lombo. Eu, vivo aqui solito e arrinconado nesta querência da nossa gente. Ando um tanto abichornado como tartaruga de poço, esperando o golpe do balde; não alarma os gansos, mas, se não dou uma caldeada e calço o pé na macega, inté acabo batendo com a cola na cerca, ou bombeando a vaca ir pro brejo.

Não vê que, o meu Capataz é um sorro-manso; s’tou trocando orelhas, porque o desgranido é engazopador. Tenho medo que o alarife me faça alguma cascárria e por carência de um ponteiro que agüente o repuxo, eu dê c’os burros n’água.

Ansim, não te pára arpista ô paisano; minha PROPOSTA é que tu venha com a tua garivana te agregar aqui comigo, para ser o meu Sota de quatro-costados. Não te haragana, porque eu, de jeito vou amanoseando enquanto tu vai temblando as lida, pois a lo largo podemo carpi outro tipo de arreglo; não te achica e nem tenteia botá o buçal no larápio do meu Capataz ... deixa isso pra mim, porque isso é briga de cachorro grande e tu vai bombiá só de soslaio ou de relancina.

Sei que és maturrango e estrabulega, porém, não podes pagá depósito e não vá arriscá al pedo, nem esquentá a água pros’outro chimarreá; calma, vivente!

Aunqu’eu tenha lado-de-montá, não vou deixá tu botá culo e nem a carreira fora; ao despacito irá aprendendo a tirá camoatim sem o poncho, conhecê a guaiaca que tem xelpa e jujo que faz mal.

Bamo tê um bom sinuelo e andá uns tempo acureiado ... por vezes ajojado e até encostelado, sem desenlotá, seguindo ao tranquito no más, pra não enredá nas quartas; dispois, quando tu tirá o pé do barro e tivé o recavém bem assentado nos’arreio, num bom caálo, dará pra ir matutando em entreverá os pelegos; te boleia pra cá, tchê, o quanto antes!

O mondongo é duro de pelá, entretanto, quando tu tivé bem arrocinado, tá pelada a coruja, porque sei, que não tô gastando porva em chimango e nem sabonete em testa de burro. Te aprecata, porque tu vai andá pachola que nem égua com dois potrilhos e não fica aí, como cusco redemunhando em bóia quente. Bota tenência nisso, meu macanudo sobrinho.

Não carece respondê de relancina; vá assuntando bem essa olada e quando tu quizé, bate c’os costados por aqui.

Arrematando, te saludo pela passagem do teu 24º cumpleaños, com um baita quebra-costelas e de lambuja um manotaço de volta-e-meia, pra ti e pra tua garivana; te boleia logo !

Teu tio

Agostinho José de Mello Neto



Conhecer o nosso vocabulário guasca, não é demais; como é lindo! Não acham?



042 - CEVANDO O CHIMARRÃO

JC - 31-03 / 01-04-2001

O vocábulo CEVANDO é do verbo cevar e vem de cevadura - porção de erva-mate suficiente para preparar (cevar) um chimarrão.

Coloca-se uma cevadura de erva-mate equivalente a 2/3 da capacidade da cuia e acomoda-se para um dos lados. No espaço vazio da cuia coloca-se água tíbia (nem morna e nem quente, 62ºC - quando a chaleira começa a chiar) e deixa-se encharcar; quando a chaleira mudar do chio inicial para o segundo chiado, a água estará com 74ºC e na temperatura ideal para chimarronear, então, completa-se a cuia, agarra-se a bomba e com o dedão tapando o bico, introduz-se o bojo até o fundo da cuia ... aguarda-se a água parar de baixar ... e sorve-se o primeiro gole.


CUSPIR O PRIMEIRO CHIMARRÃO
Eu não cuspo, mas o cevador que quase sempre cospe o primeiro chimarrão, ou os primeiros sorvos (não é um anti-social) e só procede assim, por duas razões:

1ª - Pelo simples fato da água ainda não estar na temperatura ideal;

2ª - Por pura superstição.

Os jesuítas catellanos julgaram que o caá-te (o chá da infusão da erva-mate cimarrona – o chimarrão), fosse o responsável exacerbador dos guaranys adotarem a poligamia e proibiram aquele hábito dizendo que o anhangá (o diabo) tinha colocado veneno afrodisíaco naquilo; ora, os nativos foram ter com o pajé e este, depois de fazer uma pajelança desfez a “descoberta” de Zumé (São Tomé) segundo os jesuítas, liberando para sempre o hábito salutar de chimarrear, que chegou até nós.


REGRAS DE CHIMARREAR
01 – A volteada (roda) de chimarrão, deve sempre seguir pela direita.

02 – Só o cevador pode mexer no chimarrão (a menos que se obtenha a devida licença).

03 – O primeiro sorvo é do cevador para ele demostrar que o chimarrão está em perfeitas condições.

04 – O chimarrão deve ser escorripichado (puxado) até o último sorvo (gole), que se constata pelos ressongos (roncos).

05 – Só se agradece, quando não se deseja mais chimarrear.

06 – Quando se chega numa roda de chimarrão, senta-se à esquerda da cuia - quem senta à direita é o pealador e a este não se deve obsequiar a oportunidade.


TIPOS DE CHIMARRÃO
01- Curto - É aquele com muita erva e pouco espaço para água.

02 - Empacado - É aquele que está com a bomba semi-entupida.

03 - De conversador - É aquele que o obsequiado conversa e não sorve.

04 - Tamanqueado - É aquele que o recipiente da água está em outro local.

05 - Haragano - É aquele enchido pela bomba, que fica super quente.

06 - Do João Cardoso - É aquele que nunca vem ao local.

07 - Virado - É aquele já semi-lavado e que se reforma de uma beira a outra.

08 - Encilhado - É aquele super lavado que se substitui a metade da cevadura.

09 - Solito - É aquele que se sorve sem parceiros.

10 - De parceria - É aquele que se sorve com um parceiro.

11 - De roda - É aquele que se sorve com mais de um parceiro.


COMPARAÇÕES COM O CHIMARRÃO
01 – Andar como chimarrão empacado (andar em dificuldade).

02 – Esquentar a água para os outros chimarronear (rufiar).

03 – A vida é como o chimarrão, cura cevando (é vivendo que se aprende).

04 – Fulano anda tomando chimarrão com rapadura (anda feliz).

05 – Beltrano anda tomando chimarrão no sol (anda sem dinheiro).

06 – Sicrano não tem nem para a erva (anda descapitalizado).

07 – Fulano anda com cara de chimarrão fervido (anda triste).

08 – Não fico verde chimarreando porque sou maduro (sou ajuizado).

09 – Primeiro os encargos, depois os amargos (primeiro os deveres, depois os direitos).

10 – Beltrano é cheio da erva (é rico).


SUPERSTIÇÕES NO CHIMARRONEAR
Brasa que se gruda na pava (chaleira, cambona ou chicolateira):

01 – Se grudar no fundo e for grande, indica a visita de uma pessoa importante.

02 – Se grudar no fundo e for pequena, indica a visita de uma pessoa simples.

03 – Se grudar numa beirada, indica a visita de uma pessoa faladeira.



043 - CHIMARRÃO

JC - 24 / 25-03-2001 e C - Dez. 2003

O hábito salutar de chimarrear é herança guarany e, como poderemos esperar das coisas que dependem do nosso cuidado, resultados positivos que só enobreçam uma gente livre, se esquecermos de dar-lhe uma razão para existir? ...

No século XIX, o naturalista francês Auguste de Saint Hilaire - em viagem pela América do Sul, quando passou por nossa querência de Cachoeira em 22-09-1820, escreveu: O uso dessa bebida é geral aqui; toma-se ao levantar da cama e depois, várias vezes ao dia; a chaleira com água quente, está sempre ao fogo e logo que um estranho chega, se lhe oferecem o CHIMARRÃO.

Uma revista de Buenos Aires, publicou um comentário sobre a ração alimentar dos argentinos, do século XVII: Nas longas jornadas de Buenos Aires à Córdoba e Tucuman, os viajantes apenas alimentavam-se de carne e chimarrão; mesmo assim, esta simples alimentação faz nossos hermanos altos, delgados, rijos, vivos, inteligentes, batalhadores, valentes e laboriosos.

Durante a Guerra do Paraguay, o general Francisco da Rocha Callado escreveu ao industrial David Antônio da Silva Carneiro: Fui então, testemunha durante um período de 22 dias, de que nosso Exército alimentava-se quase que exclusivamente do CHIMARRÃO, cevado com a erva que colhíamos e que elaborávamos como podíamos, pois a falta de víveres não nos permitia longos repousos.

No Rio Grande do Sul, a hospitalidade é uma constante na vida do gaúcho e, o CHIMARRÃO, quer no núcleo familiar ou entre amigos, desempenha a função de agregador, harmonizando através do calor humano esta simbiose afetiva, pelo clima de respeito que florece numa roda de chimarristas - Chimarrão e cara alegre . . . o resto a gente faz.


AVIOS DE CHIMARRÃO
Este vocábulo é sempre empregado no plural, determinando um conjunto de objetos, utensílios que são usados para um determinado fim, como avios de laboratório farmacêutico, para aviar receitas, avios de pescar, avios de pitar.

AVIOS DE CHIMARÃO fundamentalmente, são: Cuia e Bomba. É claro que outros objetos poderão incorporar os nossos avios de chimarrão, desde que passem a fazer parte deles (o recipiente para servir a água, o porta-cuia, etc.); o fato é que cuia e bomba preenchem uma única função específica e os utensílio que incorporam os AVIOS preenchem várias funções (a chaleira pode servir para esquentar água, para o café, para o chá, etc.).

TAQUAPY
É a bomba primitiva guarany, feita artesanalmente de taquara fina.

BOMBA
É a bomba atual que pode ser requintada, cinzelada ou ornamentada e se divide em três partes, como segue:
Bico (bocal, chupeta, boquilha ou ponteira);
Haste - é o corpo da bomba ou canudo, que por sua vez pode ser lisa ou com resfriador (geralmente composto por anéis, pitangas, botões e passadores), serve para proteger os lábios do excesso de calor da água;
Coador (ralo, patilha, colher, bojo, coco ou apartador).


CUIA
O nome primitivo em guarany é caiguá, podendo ser feita dum porongo de parede fina (purús) ou dum porongo de parede grossa (purungús) - que traduzido para o português denomina-se cuia (ou cabaça).

Existem diversos formatos de cuia: com ou sem pescoço, com boca estreita ou larga, bojuda ou chata, simples ou trabalhada e requintada, etc.

O nome mate é do vocábulo quíchua e significa recipiente - em espanhol é baso - em português é copo.



044 - CHIMARREANDO

JC - 07 / 08-04-2001

Não é preciso dizer que o vocábulo CHIMARREANDO procede do verbo chimarrear, tendo sua origem no Chimarrão. Quando um ou mais chimarristas se encontram, o anfitrião convida ao(s) visitante(s), com uma das seguintes perguntas:

01 – Vamos chimarrear?

02 – Vamos matear?

03 – Vamos gervear?

04 – Vamos verdear?

05 – Vamos amarguear?

06 – Vamos apertar um chimarrão?

07 – Vamos apertar um mate?

08 – Vamos tomar um chimarrão?

09 – Vamos tomar um mate?

10 – Que tal um chimarrão?

11 – Que tal um mate?


DIÁLOGOS ENTRE CHIMARRISTAS
Por vezes se estabelece numa roda de chimarrão, os seguintes diálogos que confirmam a estreita ligação entre as múltiplas atividades do gaúcho, com o cavalo.

01 – Ao oferecer o chimarrão, o cevador diz: Dê o primeiro galope, xirú velho! ao que responde o obsequiado: Pois não, o galope será dado em sua honra, amigo.

02 – Quando o chimarrão está muito quente, o cevador avisa: Cuidado, é redomão! ao que responde o obsequiado: Então, vamos enfrenar.

03 – Se a erva já estiver lavada, havendo intimidade, o convidado sugere nova encilha, dizendo: Dê de rédeas, porque este já amansou! ao que concorda o anfitrião, dizendo: Intão bamo largá este e pegá otro, tchê.


SENHAS DO CHIMARRÃO
Antigamente haviam (hoje também pode haver), as SENHAS do chimarrão, que desenvolviam-se silenciosamente entre o hospedeiro e o visitante, dizendo - principalmente, entre o querendão abancado numa cabeceira da mesa e a percanta¸ na outra; os pais dela num lado e os avós no outro, tendo ainda o Chiquinho na volta de fora, enchendo o saco e a Mariazinha azedando uma coisa por demais.

Beijar? Nem pensar - e dê-le chimarrão até empanzinar ... os chimarristas iam parando, parando até que a cuia ia para o samburá (porta-cuia).

Ao cabo de algum tempo, a percanta que ansiava dizer alguma coisa ao querendão e não podia, diante daquele enorme chá-de-pera, dava de mão na cuia ... ia para a cozinha e de lá trazia um chimarrão especial para o cortejador ou, rejeitado se fosse o caso; ele deveria degustar sem manifestar desconforto e interpretar aquela SENHA, conforme segue:

01 – Chimarrão-com-canela - só penso em ti.

02 – Chimarrão-com-leite - estimo-te muito.

03 – Chimarrão-com-café - perdoei a tua ofensa.

04 – Chimarrão-com-mel - quero casar contigo.

05 – Chimarrão-com-laranjada - espero-te hoje, vem roubar-me.

06 – Chimarrão-frio - desprezo-te.

07 – Chimarrão-tíbio - assim estou por ti, meu amor.

08 – Chimarrão-com-rapadura - somente amizade.

09 – Chimarrão-com-melado - tua tristeza me comove.

10 – Chimarrão-com-açúcar-queimado - te acho simpático.

11 – Chimarrão-com-sal - namoro contrariado.

12 – Chimarrão-muito-amargo - és-me indiferente; chegas-te tarde; tenho outro amor.

13 – Chimarrão-lavado - vá embora, não quero mais te ver.

14 – Chimarrão-fervendo - odeio-te para sempre.

15 – Chimarrão-com-folha-de-umbú - te manda rápido.



045 - CIÊNCIA

JC - 13 / 14-04-2002

O vocábulo CIÊNCIA é um substantivo feminino que designa > conhecimento, sabedoria, erudição.

A tecnologia é o conhecimento que domina o mundo moderno. A máquina marca o ritmo da vida. O progresso da ciência influencia nossa filosofia e a religião. Seria impossível, hoje, conceber a existência da ciência sem as contribuições científicas. No entanto, da magia primitiva à atual ciência, dos primeiros cálculos geométricos à fórmula de Einstein, um longo caminho tinha que ser percorrido. E, embora o cientista moderno orgulhe-se de suas realizações, pressente que está apenas no começo.

Cada ciência tem seu lugar no campo do conhecimento humano, que se amplia à medida que deixa de ser um privilégio para integrar-se no ensino popular. A ciência em geral busca o conhecimento puro, que a tecnologia transforma em prática.

CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
São muitas as ciências e cada uma se distingue de outra pela matéria que estuda e pelos métodos particulares de investigação que emprega. Assim, do ponto de vista do método científico, as ciências EXATAS: são a Matemática, a Química e a Física (porque utilizam métodos matemáticos e vêem a realidade de uma maneira quantificada); as demais ciências são INEXATAS (porque, não dão valores numéricos aos fenômenos) e dentre estas, apresentamos algumas:

Teologia - ciência de Deus e de seus atributos.

Geologia - que estuda a estrutura da Terra, a sua origem e natureza.

Geografia - que estuda a Terra nas suas diferentes formas.

Oceanologia - que estuda os Oceanos, a sua origem e natureza.

Oceanografia - que estuda os Oceanos nas suas diferentes formas.

Botanologia - que estuda as Plantas, a sua origem e natureza.

Botanografia - que estuda as descrição das Plantas.

Zoologia - que estuda os Animais, a sua origem e natureza.

Zootecnia - que estuda a descrição dos Animais.

Biologia - que estuda os Seres vivos.

Sociologia - estuda os fenômenos da vida Social das criaturas que podem ser dirigidas por uma das seguintes Formas de Governo e Sistemas de Governo, como segue:


Formas PURAS:

Monarquia (governo de um só);

Aristocracia (governo de alguns);

Democracia (governo de muitos).


Formas IMPURAS:

Tirania (degeneração da Monarquia);

Oligarquia (degeneração da Aristocracia);

Demagogia (degeneração da Democracia).


Sistema ABSOLUTO:
Quando o poder supremo do Estado é exercido pelo chefe da Nação, em regime de ditadura.


Sistema CONSTITUCIONAL:
Quando a autoridade é exercida pelo chefe do executivo, pelos corpos legislativos e pelos órgãos judiciários.


Sistema PROVISÓRIO:
Quando o poder é exercido a título interino e precário até um pronto restabelecimento do Sistema normal.


Sistema TOTALITÁRIO:
Quando o Estado absorve e enfeixa todos ou quase todos os poderes.


Sistema REPRESENTATIVO:
Quando o poder executivo e legislativo segue –

Regime Presidencialista aplicável somente em Repúblicas, com os três poderes clássicos (Executivo + Legislativo + Judiciário);

Regime Parlamentarista aplicável nas Monarquias e nas Repúblicas.

Filosofia - é o amor da sabedoria, ciência das verdades fundamentais do conhecimento humano > que, por sua vez, é a ciência da informação.



046 - CIUMEIRA

JC - 17 / 18-02-2001

Coisa triste é o ciúme, vocábulo que os dicionaristas definem como zelo amoroso e quando é em excesso, denomina-se CIUMEIRA (ou Ciumaria), tanto faz; o tal de zelo amoroso pode ser por pessoa, animal ou coisa - quero me referir ao ZELO AMOROSO por nossa querência de Cachoeira do Sul.

É dar no jeito e estamos cotejando vantagens ou desvantagens com nossa vizinha Santa Cruz do Sul, que por sinal, vai muito bem obrigado, não nos deve nada, pois não está nem aí, para a nossa ciumeira.

Não nos preocupamos com a nossa incompetência, nossa falta de iniciativa, nossa falta de definição e não encontramos a saída, não buscamos a sabedoria verdadeira - vivemos numa cegueira quase total, porque somos idólatras; idolatramos tudo, pessoas mortas (vide in Bíblia, no livro de Eclesiastes 9:5 e 10) e vivas (políticos, jogadores de futebol e artistas), coisas humanas, edificações onde (muitas vezes) imperou a abominação, a lascívia e o impropério. Constatem o que afirma a Bíblia, no livro de Êxodo 20:3-17, no livro de Deuteronômio 5:7-21, no evangelho de S. Mateus 5:18 e 19 e ainda 6:7 desse mesmo evangelho.

Não sabemos nem o que queremos - que coisa triste! ... Nossa vocação é estritamente agro-pastoril e estamos buscando ilustrar nossos filhos no campo da filosofia, ao invés de procurar desde técnico agrícola, zootecnia, veterinária, agronomia e botânica; nada contra as demais carreiras, mas devemos evitar a busca pelo mercado já saturado.

Abraham Lincoln (um dos grandes Presidentes que os EE. UU. já teve), dizia:

Se destruírem as cidades e conservarem os campos, o mundo viverá – porém, se destruírem os campos e conservarem as cidades, o mundo morrerá.

Se o campo vai mal, a cidade vai mal, porém, se o campo vai bem, a cidade vai bem, virão as indústrias e as oportunidades de emprego, como conseqüência.

Lembro-me de, quando eu era jovem estudante, muitos buscavam a profissão de Hipócrates, Galieno e Vesálio (médicos), outros a de Gamaliel mestre de Paulo de Tarso e Demóstenes (advogados), ainda outros a de Platão, Aristóteles e Sócrates (filósofos), mais outros a de Fídias e Péricles (arquitetos), e também outros a de Descartes e Cartesius (matemáticos), etc. etc. e os estudantes iam saindo da “Capital Nacional do Arroz”, porque aqui não haviam tais e tais cursos superiores, nos quais, seus pais extremamente endinheirados pela pecuária e pela agricultura, ambicionavam formar seus herdeiros, esquecendo-se de pesquisar sobre a nossa VOCAÇÃO rural, na qual, poderiam desenvolver e preservar com extrema maestria, as respectivas heranças.

O resultado vemos hoje. Fazendeiros que sucumbiram, que faliram ou venderam seus bens para honrar avais (como foi o caso de meu pai) e campos desertos que não geram pão, estando seus filhos e netos com a guaiaca vazia.

Temos de criar uma nova grei xirua! . . . não só apostando na informatização (coqueluche do momento) e não só lidando com o saudosismo e olhando para trás, mas, voltando-se para a terra que está debaixo de nossos pés - pois ela é generosa e fértil, aqui, em se criando tudo aumenta ... em se plantando tudo dá ... em se aplicando tudo prospera. Vamos educar nossos filhos voltados para as nossas origens AGRO-PASTORIS e não imitar aos outros só porque são prósperos naquilo que nós não sabemos ter e fazer; cachoeirenses! vos conclamo a buscar o caminho das nossas VOCAÇÕES rurais, nas quais, seremos vitoriosos um dia não muito distante, se seguirmos os ensinamentos de um velho Cacique guarany, como segue:

O VELHO CACIQUE
Certa feita, um letrado viajante em suas andanças de querência em querência, pelo nosso pago, encontrou um velho CACIQUE guarany (já com 104 anos de idade).
Enquanto chimarreavam juntos pela primeira vez, o viajante (muito curioso) perguntou ao guapo morubixaba
- O que ele fazia, já com aquela idade?
Ao que, de pronto, o nativo respondeu com aquela velha sabedoria dos experientes anciãos
- Ensino ao meu povo.
- Mas, ensina o que? (replicou o viajante).
E rapidamente a resposta
- Ensino 4 (quatro) coisas (mostrando com os 4 dedos retesados para cima e com a palma da mão voltada para a frente).
- E quais são essas 4 (quatro) coisas? (insistiu o andante).
- 1º ensino o meu povo a escutar;
- 2º ensino a enxergar;
- 3º ensino a transmitir aquilo que escutam e aquilo que enxergam;
- e
- 4º ensino que a terra não é nossa - nós é que somos dela (concluiu aquele sábio guarany).

Que sabedoria, amigos leitores! ... que coisa estupenda! ... que algo maravilhoso! ... aquele velho Cacique escutava aos seus ... enxergava as inclinações vocacionais dos seus ... transmitia aos seus, sábios conselhos e o que eles deveriam fazer e seguir ... e, finalmente, mostrava-lhes a maior dádiva do nosso planeta - a terra.

Amigos! vamos nos unir e buscar o meio para encontrar um fim (um finalmente).



047 - CIVISMO

JC - 22 / 23-12-2001

 De conformidade com a Lei Federal Nº 5700 - de 01 de setembro de 1971, lemos o seguinte:

Art. 19 - A Bandeira do Brasil, em todas as apresentações do território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:

I – Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras Bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

II – Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles;

III – À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.

Parágrafo único - Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo.

NORMAS SOBRE A APRESENTAÇÃO DE BANDEIRAS:
Entenda-se por Bandeiras Oficiais, a do Brasil, do seu Estado e a do seu Município; demais bandeiras são consideradas tradicionais ou distintivas.

Nas escolas públicas ou particulares, é obrigatório o hasteamento solene das Bandeiras Oficiais, pelo menos uma vez por semana durante o ano letivo, ficando à critério da Direção do Educandário, a escolha do dia.

As Bandeiras Oficiais podem ser hasteadas ou arriadas a qualquer hora do dia ou da noite, mas, normalmente, faz-se o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas.

Quando são hasteadas à noite, devem estar sempre bem iluminadas.

No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira do Brasil, o hasteamento é feito às 12 horas, com solenidade especial.

Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira do Brasil é a primeira a atingir o topo e a última a descer.

Quando as bandeiras não estiverem em uso, devem ser guardadas em local digno.

DISPOSITIVO de Bandeiras, visto pela platéia, no município de “Cachoeira do Sul”:


F   D   B   A   C   E   G

A - Bandeira do BRASIL.
B - Bandeira do RIO GRANDE DO SUL.
C - Bandeira de CACHOEIRA DO SUL.
D - Bandeira Regional (5ª RT - 5ª Região Tradicionalista).
E - Bandeira Local (ATC - Associação Tradicionalista Cachoeirense).
F - Bandeira visitante de outra região (se houver).
G - Bandeira visitante de outro local (se houver).



048 - CLASSIFICAÇÃO DAS DANÇAS

JC - 12 / 13-05-2001

Curt Sachs alemão nascido em Berlim, viveu em Paris e nos EE.UU., foi certamente o maior estudioso de DANÇAS no mundo inteiro, editou um livro em 1933 e que também foi publicado em espanhol - em Buenos Aires (1944), assim classifica as danças:

1 – COLETIVAS
De formação - quadrado, roda e fila;
De multidão - rua, salão e palco;
De cortejo - desfile, auto-festivas;
De religião-passagem - nascimento, iniciação, casamento, morte e pós-morte;
De religião-reza - batuque e umbanda;
De colheita - geralmente improvisadas.

2 – INDIVIDUAIS
De solo e ou de desafio - com ou sem implementos.

3 – PAR
Solto - independente e interdependente.

4 – TRIO
Podem ser de homens, mulheres ou crianças - um macho e duas fêmeas ou uma fêmea e dois machos.

FANDANGO
A palavra FANDANGO designa um barulho (ou rebuliço) de muitas águas; é daí que vem o vocábulo Fandango, empregado para designar o barulho do sapateio dos bailarinos.

O período dos Fandangos é compreendido entre 1839 / 1849 - divide-se em dois ciclos, como segue:
1 – Primeiro Ciclo - representava a resultante de uma canção, entremeada de sapateios.
2 – Segundo Ciclo - eram danças de várias pairagens e em vários estilos.
3 – Atualmente - como estamos na época de pares enlaçados ou abraçados, representa o BAILE GAÚCHO.

19 DANÇAS FOLCLÓRICAS SUL RIO-GRANDENSES (dentre outras):
Anú (popular), Balaio (popular do nordeste brasileiro), Cana-verde (portuguesa), Caranguejo (popular brasileira), Chacarera (argentina), Chamarrita (açoriana), Cordovez (argentina), Escondido (argentina), Feliz-amor (argentina), Maçanico (portuguesa), Meia-cana (argentina), Pericón (espanhola), Pézinho (portuguesa), Quero-mana (popular), Rilo (escocesa), Sarrabalho (popular), Tatú-de-volta-no-meio (popular gaúcha), Tatú-novo (popular gaúcha), Tirana-do-lenço (espanhola).

12 DANÇAS (ritmos) TRADICIONAIS SUL RIO-GRANDENSES:
Bugio (sul rio-grandense), Chamamé (corrientino), Chula (espanhola - solo de desafio masculino), Havaneira (cubana), Marcha (carioca, variante do dobrado, proveniente do passo-doble espanhol), Mazurka (polonesa), Milonga (platense), Polka (polonesa), Quadrilha (francesa), Rancheira (açoriana), Valsa (austríaca), Xote (ingles, o dançado aqui é a variante alemã);

5 DANÇAS (ritmos) TRADICIONAIS (exclusivamente) PLATENSES:
Cielito (uruguaio), Gato (argentino), Malambo (espanhola - solo de desafio masculino), Tango (porteño ou arrabalero - a mais tradicional dança argentina), Zamba (argentino).



049 - O COMER A CARNE DE JESUS
E BEBER O SEU SANGUE

Comecemos novamente a estudar a BÍBLIA e orar, mas desta vez comecemos a pesquisar as Escrituras com o propósito específico de familiarizar-nos com DEUS, aprendendo a conhecer a JESUS pelo estudo da Sua vida e ensinamentos nos Evangelhos e isto faz diferença.

Não podemos ser cristãos vivos a menos que o busquemos diariamente.

A fé é um dom de DEUS; portanto, todo o fundamento da vida cristã é conhecer a JESUS e ter com Ele um relacionamento pessoal e íntimo.

JESUS descreve a necessidade de um relacionamento com Ele, em S. João 6:33 e 48: Eu sou o pão da vida, o pão vivo que desceu do céu. Aquele que vem a Mim nunca terá fome e o que crê em Mim jamais terá sede. Se alguém comer a Minha carne e beber o Meu sangue, viverá para sempre, mas se não fizer, não terá em si nenhuma vida.

Isso parece um pouco confuso, não é? Indaga-se sobre o que pensariam os canibais antropófagos se seu único contato com o cristianismo fosse essa afirmação. Mas JESUS disse que Ele estava falando a respeito da vida espiritual do indivíduo: Minhas palavras são espírito e vida.

E se você continuar ponderando sobre Suas declarações nessa passagem bíblica, descobrirá que Ele falava sobre o relacionamento íntimo e pessoal com Ele. Estava descrevendo a vida devocional - em que nos demoramos nEle e Ele em nós. Devemos chegar a um relacionamento tão íntimo com Ele que nossa vontade seja absorvida na Sua. Ele estava nos dizendo que não podemos ser cristãos vivos a menos que O busquemos diariamente. Ninguém é um cristão vivo a menos que tenha uma experiência diária nas coisas de DEUS.

O que significa comer a carne e beber o sangue de CRISTO, espiritualmente falando? Isto se refere a uma experiência pessoal com Ele, tendo por base um contato diário com Ele. A recepção da Palavra, o Pão do Céu, é declarada ser a recepção do próprio CRISTO. Quando a Palavra de DEUS é recebida na alma, participamos da carne e do sangue do Filho de DEUS.

Como o sangue é formado no corpo pelo alimento ingerido, assim CRISTO é formado interiormente pela absorção da Palavra de DEUS, que é Sua carne e sangue. Aquele que se alimenta dessa Palavra tem CRISTO, a esperança da glória formada dentro de si.

A Palavra escrita introduz o pesquisador à carne e ao sangue do Filho de DEUS, e por meio da obediência a essa palavra, ele se torna participante da natureza divina. Como a necessidade do alimento temporal não pode ser suprida participando-se dele apenas uma vez por dia, assim a Palavra de DEUS deve ser “comida” diariamente mais de uma vez, para suprir as necessidades espirituais.

Como a vida do corpo se encontra no sangue, assim a vida espiritual é mantida pela fé no sangue de CRISTO.

Por causa do desgaste e das perdas, o corpo dever ser renovado com sangue, sendo suprido pelo alimento diário; assim, necessitamos alimentar-nos constantemente da Palavra, cujo conhecimento é vida eterna. Essa palavra deve ser nosso “mantimento” (carne) e “bebida” (sangue). Somente assim, nossa “alma” encontrará sua nutrição e vitalidade.

Portanto, manteremos nossa vida cristã passando determinado tempo a sós cada dia, para familiarizarmo-nos com DEUS, vivendo ele com fé em CRISTO, permanecendo nEle através de Sua Palavra e por intermédio da oração íntima.



050 - COMER E VIRAR O COCHO

JC - 28 / 29-09-2002

O vocábulo COCHO designa - vasilha onde se dá de comer aos animais irracionais. No geral, os animais irracionais (e muitos racionais) comem e viram o COCHO.

Essa expressão muito bem qualifica “aqueles” que, depois de algum tempo vivido em outras paragens, saem da sua querência, do seu pago e passam a falar “asneiras” (coisas próprias de asnos) ou a escreverem “besteiras” (coisas próprias de bestas), semelhante aos tais - comem e viram o cocho.

Esses tais, presumem que são mais sábios (ou mais não sei o que) e passam a atirar pedras nos seus conterrâneos, menos prezando aos pacatos e pacíficos gaúchos de sua terra natal; e eu pergunto: “Por que, não ficam quietos?” “Por que, preferem ofender e destruir ao invés de educar e construir?” - Sabe como é, boca fechada não entra moscas.

Saiba, “JS” que sua crônica é destituída de uma fundamentação básica; por ela percebe-se que sua sapiência em História e Tradição Gaúcha, é ínfima - chegando a causar náuseas e asco ao perscrutador da nossa vivência gaúcha.

Lhe sugiro que numa próxima oportunidade, escreva algo dignificador ... algo enaltecedor aos seus concidadãos, pelo que (antecipadamente) sou mui grato, porque - é feio comer e virar o cocho.

Sabemos que existem os incautos, aqueles de pouca cultura, julgam-se e por si julgam aos outros; ainda bem que é uma espécie em extinção. Os tais, mal deixam de usar fraldas, andando ainda de gatinho em cultura terrunha ... passam a usar uma “verborréia” que dá dó.

“Ser gaúcho” é ser ordeiro, respeitador, modesto, sábio, inteligente e não é ser arrogante. “Ser gaúcho” é saber diferenciar entre o certo e o errado, entre o tradicionalista e o tradicionário, entre o gaúcho e o gaudério, entre o taura e o maula, entre o que deve e o que não deve ser dito - porque, quem diz e escreve o que quer, ouve e lê o que não quer. Por fim, lhe digo: “Ser gaúcho” É SER GAÚCHO em qualquer chão.

Ao arrematar este chasque, digo: Me queira bem que não te custará nada. Queira bem aos gaúchos que não terás nada a perder. Queira bem a tua terra, que sempre encontrarás um paisano amigo, para charlar contigo. Fala bem dos teus semelhantes que sempre encontrarás um vivente disposto ouvir dos teus insucessos fora da querência.

E por fim, te digo:  “Aquilo que semeardes, daquilo também ceifarás.”



051 - COMO ENTREGAR TEUS PROBLEMAS PARA DEUS


Problemas familiares, financeiros ou de saúde abalam vez ou outra, a maior parte das pessoas; como então entregar estas questões a DEUS ? - O rei David aconselhou - Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nEle e Ele tudo fará. (Salmo 37:5 - versões protestantes; ou Salmo 36:5 versões católicas)

O apóstolo Pedro disse - Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. (I Pedro 5:7)

Escolha um lugar silencioso, no início de cada dia, escolha um horário, e comece um programa regular da busca de DEUS. Depois, durante o dia e em meio a tuas atividades, tu podes muitas vezes elevar o coração a DEUS através da oração. Mas é fundamental que tenha este momento formal, logo no início de tuas atividades, para encontrar-te com Ele. Estabeleça um tempo mínimo para ficar na presença dEle e, não te levante antes desse tempo acabar. Se faltar assunto, apenas fique em silêncio em Sua presença, meditando em passagens da Bíblia que falem sobre Ele. Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração - é a promessa. (Jeremias 29:13)

O discípulo Paulo explicou, como alcançar o Céu > Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de DEUS, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardará vossas mentes em CRISTO JESUS. (Filipenses 4:6e7)

Tu não precisa ficar ansioso! É só entregar teus problemas nas mãos do Senhor JESUS, pela oração com súplicas e ações de graça (jejuns, por exemplo). O resultado é a paz de DEUS, a tranqüila confiança de saber que Ele está no controle de tua vida, que Ele sabe o que está acontecendo. Ele sabe como tudo vai terminar e sabe o que fazer, para terminar bem. Entrega hoje, ajoelhado, tua ansiedade . . . teus problemas . . . ou preocupações, a DEUS. Ele é um DEUS vivo e amoroso.



052 - CONFIABILIDADE

JC - 29 / 30-01-2005

A palavra CONFIABILIDADE exprime - Qualidade daquilo que merece confiança.

O vocábulo CONFIANÇA designa - Intimidade, fé que se tem em alguém.

Na Bíblia, encontramos a triste história da desgraça de Job e seus três amigos, a lhe azucrinarem, assim: Disse-lhe Bildad, o suita: Até quando falarás tais coisas e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso? Porventura perverteria Deus o direito e perverteria o Todo-Poderoso?

Porventura sobe o junco, sem lodo? Ou cresce a espadana, sem água? Estando ainda na sua verdura e ainda não cortada, todavia antes de qualquer outra erva se seca.

Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; a esperança do hipócrita, perecerá. A sua esperança fica frustrada e a sua confiança será como a teia de aranha. (Jb. 8:1-3, 11-14 e 15)

Este ensino nos mostra que não adianta confiar a nossa salvação à outras pessoas, pois será o mesmo que querer encostar-se numa “teia de aranha” (que não fica firme e nem permanece de pé).

O grande rei David assim se expressou, com respeito à confiança em Deus: Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança e que não respeita os soberbos, nem os que se desviam para a mentira. (Sl. 40:4 – versão Almeida)

Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade. (Sl. 71:5 – versão Almeida)

O sábio rei Salomão assim foi inspirado: Não maquines o mal, contra o teu próximo, pois habita contigo confiadamente. (Pv. 3:29)

O inspirado profeta Isaías em suas profecias contra Judá, assim admoestou o seu povo, sobre a confiança em Deus: Porque assim diz o Senhor JEOVAH, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quiseste. (Is. 3:15)

O privilegiado apóstolo João nos escreveu sobre a confiança em Deus: E agora filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele (Jesus) se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele, na sua vinda. (I Jo. 2:28)

Nisto é perfeita a caridade para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é somos nós também, neste mundo. (I Jo. 4:17)

O iluminado discípulo Paulo nos seus discursos aos efésios, assim clamava: - para que lhe fosse dada, no abrir da sua boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho. (Ef. 6:19

Paulo também conclamou aos hebreus - para que conservassem firme a confiança e a glória da esperança, até ao fim. (Hb. 3:6) - para chegar-se com confiança ao trono da graça. (Hb. 4:16) - E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, não temerei o que me possa fazer o homem. (Hb. 13:6)


Amigos!

Podemos CONFIAR cegamente em JEOVAH . . . em JESUS . . . no ESPÍRITO SANTO . . . nas criaturas celestiais (Anjos, Arcanjos, Serafins e Querubins) não caídos . . . mas, não devemos confiar nos homens (na carne humana), porque está escrito na Bíblia: Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor. (Jr. 17:5)



053 - CORPOS CELESTES E TERRESTRES

JC - 19 / 20-03-2005

Está escrito na Bíblia, que há dois tipos de CORPOS (celestes e terrestres); senão, vejamos: Há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. (I Co. 15:40)

Os corpos celestes são os anjos, os querubins e os serafins - estes, possuem a glória de desfrutar a presença, perante JEOVAH, de comparecerem perante o Trono de Deus (da Divina Graça); nós mortais não podemos ver tais criaturas, porque estamos em pecado. Assim foram criados acima de nós mortais, de glórias e de honras foram distinguidos. (Sl. 8:5 – versão Almeida; Hb. 2:7)

Não se casam nem se dão em casamento (Mt. 22:30); pela sua natureza, são chamados filhos de Deus (Jb. 1:6; 37:7); pelo seu caráter, são chamados santos (Jb. 5:1; Sl. 89:5 e 7 – versão Almeida); o seu ofício é determinado, específico, são mensageiros, são secretários executivos de Deus; uns tem dignidade superior, são os chamados arcanjos, há também os serafins e os querubins (criaturas celestes que possuem ofício exclusivo).

Algumas destas criaturas de Deus, nos são conhecidas pelos seus nomes, como Gabriel (Dn. 8:16; 19:21; Lc. 1:19 e 20) e Miguel (Dn. 10:13 e 21; Jd. 9; Ap. 12:7). Os livros apócrifos (pelos LXX judeus, considerados não inspirados), acrescentam os nomes de Rafael e Uriel.

A Bíblia também nos fala de pessoas (corpos terrestres), que foram glorificadas (transformadas) e levados para o céu - como foi o caso de Enoch que viveu na terra por 365 anos e Deus o tomou para si (Gn. 5:24); como foi o caso de Elias levado ao céu num carro puxado por cavalos de fogo (II Rs. 2:1-11); como foi o caso de Moisés (Dt. 34:6; e Jd. 9). Do que nos dão testemunho os evangelistas Mt. 17:1-13; Mc. 9:1-13; Lc. 9:28-36.

A fora os casos acima especificados, a Bíblia relata que no momento em que CRISTO morria na cruz > abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que dormiam (estavam mortos), foram ressuscitados; e saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa (Jerusalém) e apareceram a muitos. (Mt. 27:52 e 53). Ora, naquele momento todos os apóstolos bem como Maria (mãe de Jesus), viviam.

A Bíblia não relata nada mais sobre outras pessoas que viveram, já morreram e foram transfiguradas ou glorificadas, que estejam no céu intercedendo por nós os vivos, mesmo porque está escrito que os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, sua memória cessa (Ec. 9:5) e só há um mediador entre o céu e a terra - JESUS CRISTO. (I Tm 2:5)

Pela “Palavra de Deus” (a Bíblia), somos advertidos a - não confiar em príncipes, nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito (fôlego de vida) e eles tornam-se em terra; naquele mesmo dia (da morte), perecem os seus pensamentos. (Sl. 146:4 – versão Almeida); diz mais - os mortos não louvam ao Senhor. (Sl. 115:17 – versão Almeida).

Entretanto, um dia seremos ressuscitados, transfigurados e glorificados como Enoch, Elias, Moisés e aqueles que ressuscitaram por ocasião da morte de JESUS CRISTO; o grande discípulo Paulo nos escreveu sobre esse mistério, senão vejamos:

Eis aqui vos digo um mistério; na verdade, nem todos dormiremos (morreremos), mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que tudo que é mortal se revista de imortalidade; e, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita - Tragada foi a morte pela vitória. (I Co. 15:51-54)



054 - COZINHA GAÚCHA

JC - 12 / 13-05-2001

Indiscutivelmente, o CHURRASCO é a comida predileta do gaúcho, cujo assado preferido é o da costela, seguindo-se a picanha e o matambre.

1 – 22 Iguarias:
Arroz-de-carreteiro, arroz-de-china, Maria-Rita, cabeçada, cabo-de-relho, cardage, carijó, engasga-gato, ensopados, espinhaço-com-batata, espinhaço-com-mandioca, feijoada, fervido, fritadas, galinhada, mexido, mocotó, mondongo, puchero, quibebe, rabada, recheados, revirado - dentre outras.

2 – 16 Sobremesas:
Abóbora-em-calda, ambrozia, arroz-de-leite, canjica-com-leite, doce-de- leite, doce-de-batata-doce, figada, figo-açucarado, figo-em-calda, mogango-com-leite, pêssego-em-calda, trigo-com-leite - dentre outras.

3 – 10 Guloseimas:
Arigonas, bolos (diversos), café-engrossado, carrapinhada, milho-verde, passas-de-uvas, pé-de-moleque, pipoca, rapadura, rapadurinhas - dentre outras.

4 – 3 Tachadas:
Goiabada, marmelada, pessegada - dentre outras.

APELIDOS
Segundo o dicionarista Afonso Telles Álves - APELIDO significa cognome, alcunha é um designativo especial de alguém ou de alguma coisa, podendo ser:

1 – Íntimo (afetivo desde criança) - Chico, Dadá, Didi, Dudú, Joca, Juca, Lulú, Tatá, Táta, Tônho, Zé, Zeca - dentre outros.

2 – Humorísticos (geralmente pejorativos) - Antônio-barriga, Cara-larga, Dez-pras-duas, Juca-munheca, Manuel-nariz, Zé-pé-grande - dentre outros.

LENDAS
São estórias (causos), que encerram uma certa filosofia, dentro de uma narrativa popular, erradamente chamadas de mentiras - seguem-se alguns títulos:

Abutres, Arroz, Bugio-e-jacaré, Cêrro-do-Monge, Cervo-dourado, Compadre-foiarada, Corvo-e-graxaim, Fandango-dos-cachorros, Lagôa-da-música, Lobisomem, Macaco-branco, M’boi-tatá, M’bororé, Mula-sem-cabeça, Negrinho-do-pastoreio, Obiricí, Pedra-do-segrêdo, Salamanca-do-Jarau, Santa-Josefa, Teinaguá, Toca-da-tigra, Três-espíritos-do-alcool - dentre outras.

PARLENDAS
São cantos infantis, cantigas de ninar quase sempre rimadas formando verdadeiras lenga-lengas que, conforme a tonalidade da voz (ou melodia), a criança adormece sugestionada pela monotonia - heis alguns títulos:
Bicho-papão, Boi-da-cara-preta, Caixinha-do-tubico - dentre outras.

SUPERSTICÕES - Não presta
É o sentido de veneração religiosa que se fundamenta no temor ou na ignorância, levando ao cumprimento de falsos deveres ou obrigações, à quimeras com confiança em coisas fantásticas e ineficazes; também pode-se dizer, que são presságios infundados - heis apenas três:
1 – Não presta passar por baixo de escadas - dá azar.
2 – Não presta abrir guarda-chuva dentro de casa - quem assim faz, não casa.
3 – Não presta comer canto-de-pão - porque casa com primo-irmão.

CRENDICES
São fanatismos de credulidade infundada - apenas três:
1 – Crê-se que, para se ter sorte, basta pendurar uma ferradura na porta da frente.
2 – Crê-se que, para afastar o azar, basta pendurar uma caveira na porteira.
3 – Crê-se que, para tirar um quebranto, se usa um raminho de arruda atrás da orelha esquerda, por sete horas.



055 - CREDIBILIDADE

JC - 22 / 23-01-2005

A palavra CREDIBILIDADE exprime - Qualidade daquilo que merece fé, de alguém que se crê.

O vocábulo CRER designa - Ter fé, dar crédito.

Em primeiro lugar, ninguém merece maior credibilidade no Universo, que o CRIADOR de tudo o que é visível e invisível; é o Senhor JEOVAH, nosso Deus-Pai.

Em segundo lugar, quem mais nos merece credibilidade é o nosso Único MEDIADOR e SALVADOR JESUS CRISTO, nosso Deus-Filho.

Em terceiro lugar, e merece toda a nossa credibilidade é o ESPÍRITO SANTO, o nosso Consolador > enviado por JESUS como seu substituto, para nos consolar.

Em quarto lugar, quem mais nos merece credibilidade são as “criaturas celestiais” os ANJOS, ARCANJOS, SERAFINS e QUERUBINS (não caídos) - os verdadeiros “Mensageiros de Deus.”

Na Bíblia, encontramos muitas passagens que falam na credibilidade de alguém, em algo procedente do trono de JEOVAH ou, vindo da parte de JESUS.

A primeira citação bíblica sobre a credibilidade é aquela em que Abrão expressa sua fé, quando JEOVAH lhe promete um filho, apesar da avançada idade de Sarai, sua esposa. - E creu ele no Senhor e foi-lhe imputado isso por justiça. (Gn. 15:6).

Depois, por lhe ser aquele fato de credibilidade imputado por justiça - JEOVAH lhe mudou o nome, para Abraão e o de sua esposa, para Sara.

Todos os demais patriarcas descendentes e sucessores de Abraão, exerceram credibilidade em JEOVAH, bem como, todos os Profetas assim agiram; entretanto, nem todos os Juízes e nem todos os Reis, exerceram credibilidade em Deus-Pai. Porém, entre os Apóstolos e entre os Discípulos houveram crentes e descrentes.

O rei David se confessou fraco, sem a ajuda de JEOVAH, assim dizendo sobre a credibilidade: Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria os bens do Senhor, na terra dos viventes. (Sl. 27:13 - versão Almeida).

O profeta Isaías advertindo ao povo de Israel, assim vaticinou sobre a credibilidade: Entretanto, a cabeça de Efraim será Samaria, e o cabeça de Samaria o filho de Remalias; se o não crerdes, certamente não ficareis firmes. (Is. 7:9).

Os evangelistas Marcos e Lucas relatam uma passagem, na qual o Divino Mestre assim se manifestou sobre a credibilidade: E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente. (Mc. 5:36 e Lc. 8:50).

Do apóstolo João recebemos o seguinte ensinamento sobre a credibilidade: Aquele que crê no Filho, tem a vida eterna; mas, aquele que não crê no Filho, não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. (Jo. 3:36).

O apóstolo Thiago nos apresenta um magnífico ensinamento em sua carta, assim escrevendo sobre a credibilidade: Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma; mas dirá alguém: Tu tens a fé e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem e estremecem. (Tg. 2:17-19).

O apóstolo Pedro referindo-se à analogia apresentada por JESUS, assim escreveu sobre a credibilidade: Pelo que também na Escritura se contêm: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer, não será confundido. E assim para vós os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina. (I Pe. 2:6 e 7).

O discípulo Paulo na sua carta aos romanos, assim escreveu sobre a credibilidade: Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque, não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. (Rm. 3:22 e 23).



056 - CRENÇAS

JC - 02 / 03-06-2001

MANDINGAS
São práticas místicas, herdadas da cultura africana, adotadas no uso de protetores, simpatias e enviados, como segue:

1 – Patuás
São objetos (ferrão de quero-quero, olho de coruja, sebo de grilo, etc.) que se usa, para buscar uma certa proteção.

2 – Mandracos
São objetos que se deixam em locais específicos, juntamente com rezas, para afastar o mal.

3 – Amuletos
São objetos que simbolizam deuses protetores.

4 – Talismã
São objetos tidos como afastadores do mal.

5 – Despachos
São trabalhos feitos, executados, para mandar males embora e serem levados por quem tocar em tais objetos ali deixados com rezas especiais; portanto, não tem destino definido.

6 – Empachos
São trabalhos feitos, executados, para obstruir, prender pelos pés quem tocar nos objetos ali deixados com rezas especiais; portanto, tem destino definido.

BENZEDURA
É o ato de BENZER alguém, um animal ou alguma coisa. A figura central é o benzedor ou a benzedeira - pessoa séria, com ares sacerdotais, que suscita respeito e veneração, na redondeza e até fora dali.

Tal pessoa faz esta ou aquela oração, para curar este ou aquele mal, com este ou aquele acessório (rama verde ou seca, água fria ou quente, areia, cinza ou terra, etc.), de maneira silenciosa e respeitosa, invocando a bênção deste ou daquele divino, por uma ou mais vezes, conforme a necessidade.

Tal ato (benzedura), jamais pode ser cobrado, entretanto, ao benzedor ou benzedeira é facultado aceitar (ou não) uma oferta - que não pode ser tida como pagamento.

Geralmente é invocada a ajuda, cura ou proteção dos santos juninos (Antônio, João, Pedro ou Paulo).

FESTAS JUNINAS
A história da origem das FOGUEIRAS é muito discutida e nem mesmo a Igreja Católica Apostólica Romana, tem uma afirmativa concreta; tudo o que se sabe é folclórico, diverge de obra para obra e de autor para autor.

13 de Junho - Dia de Santo Antônio (Padroeiro dos Namorados).
Fogueira de base quadrada (chiqueiro), de altura baixa, pode ser pulada e é acesa na noite de 12 para 13.

24 de Junho - Dia de São João (Padroeiro das plantações e criações de animais).
Fogueira de base redonda com um mastro alto no centro, não pode ser pulada e é acesa na noite de 23 para 24.

29 de Junho - Dia de São Pedro  e  São Paulo (Padroeiros dos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo - respectivamente).
Fogueira de base triangular, altura média, não deve ser pulada e é acesa na noite de 28 para 29.

NOTA: Por ocasião das festividades, os procedimentos devem ser de respeito total, para com o(s) santo(s) homenageados, inicialmente com orações, depois com invocações e finalmente com recreações respeitosas (sem bebedeiras, glutonarias ou outros excessos ).

Não devemos confundir o tradicionalismo religioso gaúcho com o caipirismo paulista ou mineiro; no geral, ocorrem exageros pejorativos ao homem rural, como, usar vestimentas deterioradas, esfarrapadas, rasgadas ou decepadas, imitando uma pessoa de pouca cultura num verdadeiro deboche, coisa de líder sem conhecimento real e profundo, o que deve ser evitado e lamentado, bem como, falar comendo pipoca ... noiva barriguda ... bebedeiras ... comilanças ... etc. - o que, é ridículo.

ARREMATE
Por derradeiro, informe-se que, quando haviam namorados nas recreações juninas, estes recitavam quadrinhas e sextilhas, como segue:

1 – Vivo corrido da sorte,
Rebenqueado da saudade, 
Somente para te ver,
Qüe puxa, barbaridade.

2 – A fita do teu cabelo
É buçal, maneia e laço.
Descogotado e lunanco,
Inda por ti movo o passo.

3 – Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bixo.
Tem às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão,
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho.

4 – No potreiro dos teus olhos
O cupido me boleou.
Qu’esperança fugir-lhe,
Logo o buçal me passou.

5 – Não sejas arisca, minha bela,
Já basta pra meu castigo
Que seguro já me tenhas
Com maneia e pé de amigo.

6 – O retovo, são conselhos
E normas de proceder,
Que todos devem saber
E conhecer bem a fundo.
Todos vivem neste mundo,
Mas poucos sabem viver.


 
 
057 - CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO - I

JC - 04 / 05-01-2003

Filosoficamente falando - CRIAÇÃO é - o ato pelo qual Deus fez tudo o que existe, mediante sua simples vontade, sem o auxílio de matérias preexistente, isto é, tirando tudo do nada (ex nihilo sui et subjecti); é a filosofia teológica baseada na Bíblia, que nos foi legada desde os tempos patriarcais até JESUS CRISTO.

Nas Sagradas Escrituras, lemos: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus e todo o exército deles pelo espírito da Sua boca” + “Porque falou e tudo se fez; mandou e logo tudo apareceu” + “Lançou os fundamentos da Terra, para que não vacile em tempo algum”. (Salmos 33:6 e 9 + 104:5 na versão protestante ou, na versão católica Salmos 32:6 e 9 + 103:5).

Os Sagrados Escritos nos dizem que, DEUS criou tudo o que existe numa semana, conforme segue:

1º dia (domingo) - Criou a luz, separando as trevas.

2º dia (segunda) - Criou a expansão, separando as águas (nuvens e líquidas).

3º dia (terça) - Criou a porção seca da terra e nela, a vegetação.

4º dia (quarta) - Criou os luminares, para governar o tempo.

5º dia (quinta) - Criou os animais aquáticos, os répteis e as aves.

6º dia (sexta) - Criou as bestas, o 1º homem (Adão) e a 1ª mulher (Eva).

7º dia (sábado) - Descansou, santificou e abençoou o sétimo dia.

A doutrina do CRIACIONISMO explica que - o ser vivo tem como origem um ato criador de Deus; é a doutrina que alicerça o cristianismo e opõe-se a geração espontânea.


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Filosoficamente falando - EVOLUÇÃO é - o desenvolvimento gradual e progressivo de uma coisa (mudança lenta e sucessiva do estado de uma coisa). É a teoria biológica segundo a qual os seres vivos, que se agrupam em espécies, adquiriram os caracteres fisiológicos e morfológicos que os distinguem através da ação de diversos fatores, como: o ambiente, a seleção natural, o impulso universal e interno de melhoramento orgânico.

A doutrina do EVOLUCIONISMO afirmada principalmente por Herbert Spencer (entre 1854 e 1857) - é caracterizada por considerar a evolução, a lei fundamental e a chave para uma ampla explicação universal.

Essa doutrina spenceriana, por não haver logrado encontrar prova científica ou mesmo indícios aceitáveis, permanece no estrito terreno da opinião, de vez que o próprio Spencer declarou não se tratar ela de uma lei e sim, de uma HIPÓTESE.

Contam-nos os “evolucionistas” - que um dia bateu um vento numa nebulosa e caiu alguma coisa (talvez uma sementinha) na beira d’água ... o vento batia na água e fez-se uma espuma ... daquela espuma nasceu um girino ... este girino transformou-se num peixe ... este peixe transformou-se num batráquio ... este batráquio transformou-se

num macaco ... este macaco transformou-se no homem primitivo (homo animalis) ... e este homem primitivo transformou-se no homem atual (homo sápiens).

Isso é cômico! Que série de acontecimentos ocasional, não acha? Que interessante não ter nascido mais que dois olhos, no homem! Que interessante ter vindo espontaneamente e ao natural, a faculdade de raciocínio ao homem atual! Mas, quem criou esta lei das mutações?

Os “evolucionistas” não explicam quem criou aquela primeira sementinha ... também, não explicam quem criou aquele vento ... aquela nebulosa ... aquela água ... enfim - quem criou o PRIMUM MOVENS? . . . (o primeiro movimento).

E os demais animais, répteis e aves - como surgiram? Se todos os animais surgiram do mesmo princípio (a estória do vento na nebulosa até o homem atual), por que o sangue de macacos não serve para transfusão nos humanos e vice-versa?

Admitir que a terra é obra de uma explosão ao acaso, é o mesmo que admitir ser um dicionário obra da explosão de uma tipografia.



058 - CRISTIANISMO PEDAGÓGICO

(Segundo Theobaldo Miranda Santos)

A evolução histórica da educação abrange dos primeiros séculos de nossa era até a Idade Média - como segue:

A Educação apostólica

As novas condições sociais, políticas e econômicas de Roma imperial, resultantes de centralização do poder nas mãos dos imperadores, do acúmulo das riquezas conquistadas e da continuidade da paz - criaram um ambiente de tranqüilidade, de folgança e de prosperidade que suscitou, entre os romanos, novas necessidades de pensamento e de ação. Até então, o ideal de todo romano tinha sido o de ser um bom soldado ou, um bom cidadão. Mas, com a nova ordem política da época, os romanos desabituaram-se dos afazeres públicos e das atividades bélicas, perdendo as suas antigas virtude cívicas e militares.

A maioria entregou-se à vida mundana, às festas licenciosas, aos espetáculos, aos prazeres dos sentidos; entretanto, uma minoria se voltou para a vida interior, para o cultivo das virtudes morais.

A religião romana foi relegada a um ritual vazio e formalista; apesar da sua elevação moral, a filosofia estóica (resistência aos sofrimentos físicos) teve um âmbito de ação muito limitado, se dirigia à inteligência e não ao coração.

Naquela época - A virtude era uma sentença de morte; mas, uma luz viva e pura já cintilava no céu negro e convulso do Império Romano.

Um grupo de rústicos e humildes pescadores proveniente da longínqua Judéia, começava a ensinar aos romanos que a verdadeira virtude não brota da inteligência, nem da cultura, mas da pureza de coração e da simplicidade de espírito, e que essa virtude consiste no amor de DEUS, no amor ao próximo, no amor ao bem; era a doutrina de JESUS CRISTO > (mensageiro da verdade eterna), que apesar da humildade da sua origem, ia produzir a mais profunda transformação social de todos os tempos.

Os ensinamentos de JESUS contrastavam com os valores dominantes até então; Ele pregava a renúncia, o sacrifício, a humildade, a doçura, o perdão das ofensas, a igualdade, a fraternidade.

Os povos da antigüidade exaltavam o primado do poder e da riqueza, consideravam a felicidade como a satisfação do orgulho, a pobreza era o pior dos males, a vingança como o prazer dos deuses e defendiam o direito do vencedor de escravizar o vencido.

Os deuses pagão só protegiam a um povo (os romanos) ou, uma nação (o Império Romano); enquanto que JESUS era a religião da humanidade.

O Cristianismo foi, assim uma revolução espiritual completa, muito embora, ao contrário das revoluções de objetivos puramente humanos, viesse antes edificar do que destruir.

Exatamente, quando Roma (a senhora do mundo) atingia à culminância de suas glórias e o Império Romano se afigurava eterno aos orgulhosos patrícios, deslumbrados com oito séculos de triunfos e pelo grandioso espetáculo de uma autoridade cujos limites se confundiam com os do mundo conhecido - um pugilo de homens ignorantes, grosseiros pescadores, à voz do filho de um carpinteiro da Judéia, dispunha-se a efetuar a maior transformação social de que se ocupa a história.

JESUS CRISTO ensinou aos seus seguidores, que a LEI (os Dez Mandamentos) é eterna. (Vide in, S. Mateus 5:17 e 18; 19:17)

O apóstolo João escreveu: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque esta é a caridade de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.” (I João 5:2 e 3)

JESUS CRISTO foi, o Maior dos educadores, o Mestre dos mestres, o Pedagogo da Vida e do Amor; por isso ao longo de todo o Evangelho, palpitam ensinamentos educativos cheios de luminosa e incomparável sabedoria, ensinados pelo Cristianismo e exercendo uma profunda influência até aos dias de hoje . . .

1 - Proclamando a necessidade da fé, para a salvação;

2 - Afirmando o princípio fundamentalmente democrático da igualdade;

3 - Considerando a educação popular, como obra de misericórdia espiritual;

4 - Compara a cultura antiga como um privilégio aristocrático que ignora o popular.

Em seguida à descida do Espírito Santo (o Pentecostes), os Apóstolos obedecendo à ordem de CRISTO, de e ensinais a todas as nações - disseminaram-se pelo mundo todo, para propagar a Boa Nova.

A Educação patrística

Com a educação patrística, atingimos o limiar do transcendentalismo pedagógico da Idade Média.

Essa educação se estende desde a difusão do Cristianismo até a formação das nacionalidades modernas.

A denominação de patrística provém da influência exercida sobre a educação pelos primeiros padres da Igreja - homens ilustres, que dedicaram toda a sua vida ao magistério, ensinando apoiados na filosofia platônica.

As principais escolas da época patrística, foram: os catecumenatos, as escolas de gramática e de retórica, as escolas catequéticas, as escolas episcopais.

Os principais educadores patrísticos, foram: Clemente de Alexandria (150-217); Orígenes (185-254); São Basílio (329-379); São Jerônimo (331-420); São João Crisóstromo (347-407); Santo Agostinho (354-430).

A Educação monástica

A vida monástica teve início no oriente; no século IV, Sto. Atanásio tornou conhecido no ocidente, esse sistema de vida religiosa e em pouco tempo, os monastérios se disseminaram por toda a Europa, levando a instrução por aquelas plagas.

Entre as ordens monásticas que mais se destacaram na educação naquela época, figura a dos Beneditinos (fundada por S. Bento e disseminada na Itália, Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Alemanha).

Durante a primeira metade do século VIII, vários fatores vieram dificultar a ação educativa e civilizadora das ordens monásticas, entre as quais: as devastações dos sarracenos, as incursões dos gôdos, as ameaças dos saxões e sobretudo, a atitude condenável de Carlos Martel (apropriando-se dos bens da Igreja).

Felizmente, o imperador Carlos Magno restaurou a Escola Palatina dando um impulso às ciências e às artes.

Foram criadas três tipos fundamentais de escolas monásticas: as Escolas Paroquiais, as Escolas Abaciais e as Escolas Catedrais (todas elas auxiliadas pelas Escolas Palatinas e pelas Escolas Municipais).

Os principais educadores monásticos, foram: Boésio (470-524); São Bento (480-543); Cassiodoro (468-562); São Gregório Magno (540-604); Sto. Isidoro de Sevilha (570-636); Beda (673-753); São Bonifácio (675-735); Alcuíno (735-804).

A Educação escolástica

Na Idade Média, se chamava escolástico todo professor que ensinava em uma escola, ou todo aquele que possuía os conhecimentos ensinados pela escola.

Foi um movimento de expansão educativa e cultural que resultou na criação das universidades - oriundas da fusão de instituições escolares de vários tipos e graus, constituindo a mais poderosa e fecunda criação pedagógica da Idade Média.

Esse movimento intelectual se estendeu desde o século XII até o Renascimento e atingiu a sua plenitude no século XIII.

Estimulando a extraordinária florescência intelectual da escolástica, destaca-se:

1 - O desenvolvimento das Escolas Monásticas;

2 - A introdução no ocidente, das obras completas de Aristóteles;

3 - A criação das Universidades - seus alunos desfrutavam privilégios especiais, tais como:

a - Isenção do serviço militar;

b - Dispensa de taxas, impostos e contribuições;

c - Jurisdição sobre o próprio território;

d - Direito de conceder licença para ensinar.

4 - A fundação das ordens mendicantes dos franciscanos e dominicanos.

Os principais educadores escolásticos, foram:  Gerberto (935-1003); Sto. Anselmo (1033-1109); Abelardo (1079-1142); Sto. Alberto Magno (1193-1280); Rogério Bacon (1214-1294); Sto. Tomás de Aquino (1225-1274); Vicente de Beauvais (1264); Duns Scoto (1266-1308).



059 - CRÍTICA

JC - 29 / 30-12-2001

Não sou professor de português e nem tenho tal pretensão, todavia, gosto de saber a origem das coisas, para poder emitir uma razoável opinião aos meus leitores.

É natural do ser humano, desviar a atenção dos viventes, para o próximo (quando se trata de olhar defeitos), porém, atrair para si (quando se trata de olhar qualidades); confesso que, muitas vezes sou tentado e até incorro em tal erro, porque, é muito mais fácil ver os defeitos dos outros, do que analisar as qualidades, pois, é mais fácil criticar do que elogiar.

O vocábulo CRÍTICA - é um substantivo feminino que designa - arte ou faculdade de julgar criteriosamente pessoas, fatos, obras, costumes ou procedimentos; é um estudo criterioso, para esclarecer algo e confunde-se com comentário (ou, exegese crítica).

O vocábulo CRÍTICO - é um adjetivo designativo de pessoa que se auto institui (ou, é instituída) de juiz, julgador, quem emite opinião, um criticador.

O vocábulo CRITICAR - é um verbo transitivo que significa - apreciar, julgar - é o ato do criticador (julgador).

O vocábulo CRITICÁVEL - é um adjetivo e designa - algo que pode ser criticado, pelo “criticador”.

E como existe CRITICADOR em nossa querência, que coisa! heim?

Tem os bons críticos - aqueles que criticam com parcimônia ... com modéstia ... com sabedoria de causa ... que falam de cadeira; essa espécie, está em extinção na terra de João Gomes de Mello, José Borges do Canto, Antônio Vicente da Fontoura, José Gomes Portinho, Aurélio Porto, Ramiro Fortes de Barcelos, Honório Lemes, João Neves da Fontoura, Nero Moura, Liberato Salzano Vieira da Cunha, dentre outros que já passaram, para não citar vivos.

E tem os maus críticos - aqueles que contrariam o bom senso ... que se julgam bons e nunca tentaram fazer o ato criticado ... que pensam, saber mais e melhor que os outros, mas nunca experimentaram a realidade daquilo que estão criticando ... portanto, não falam de cadeira; essa espécie de humanos existe em abundância, sobretudo na “Capital Nacional do Arroz”.

O crítico contumaz prefere sempre ver, analisar e botar defeitos nos outros (por exemplo, nos administradores), mas nunca ofereceu-se numa candidatura de tal envergadura (porque, não tem competência), entretanto, julga-se “o tal” , o perfeito, o “Joãozinho do passo certo”; alguns, tem a petulância de criticar, não só o Prefeito, mas também o Governador do Estado e até o Presidente da República.

O crítico que já exerceu a mesma atividade do criticado, antes de fazer a sua crítica deve pensar se, em sua administração foi melhor ou pior sucedido. Se foi pior, não tem autoridade para criticar, porém terá se foi melhor; entretanto, ao invés de criticar, deverá sim, ajudar o atual, pois aí o seu semelhante usufruirá das benesses de sua boa experiência.

Como se vê, para ser crítico não basta ter formação adequada, é necessário ter experiência naquele ramo; podemos criticar alguém, sem nunca ter sido aquilo que o alguém é, mas, nossa crítica não terá o cimento da experiência e poderá não encontrar eco dentre os mais sensatos, recebendo aplausos somente dos néscios.

Todas as pessoas possuem qualidades boas e ruins ... virtudes e defeitos ... todo o vivente possui o baú dos tesouros e a lata do lixo; se nós escarafuncharmos as qualidades ruins ... os defeitos ... no lixo das pessoas ... encontraremos aquilo que não presta ... o detestável - porém, se lidarmos com os predicados bons ... as virtudes ... encontraremos os tesouros incomensuráveis de alguém ... o plausível.

Para encerrar - “quem mexe em esterco, sai bosteado” e “quem nunca comeu mel, quando comer, se lambuzará”.



060 - CRONOLOGIA DA HUMANIDADE - I

JC - 31-05 / 01-06 + 07 / 08 e 14 / 15-06-2003

OBSERVAÇÕES: a. M. = ano Mundi - a. C. = antes de Cristo - a. D. = ano Domini


a. M.                             FATOS                                       a. C.


I - Período PATRIARCAL - (durou 2253 anos)

0000 – Adão - viveu 930 anos (aos 130, com a esposa Eva gerou Seth)
....................................................................................... 4165

0130 – Seth - viveu 912 anos (aos 105, gerou Enos) ....... 4035

0235 – Enos - viveu 905 anos (aos 90, gerou Cainã) ....... 3930

0325 – Cainã - viveu 910 anos (aos 70, gerou Maalaleel)  3840

0395 – Maalaleel - viveu 895 anos (aos 65, gerou Jered)
....................................................................................... 3770

0460 – Jered - viveu 962 anos (aos 162, gerou Enoch)
....................................................................................... 3705

0622 – Enoch - viveu 365 anos e não morreu (aos 65, gerou Metusalém)
....................................................................................... 3543

0687 – Metusalém - quem mais viveu - 969 anos (aos 187, gerou Lamec)
....................................................................................... 3478

0874 – Lamec - viveu 777 anos (aos 182, gerou Noé) ... 3291

1056 – Noé - viveu 950 anos (aos 500, gerou Sem - depois: Cam e Jafeth)
...................................................................................... 3109

1556 – Sem - viveu 600 anos (aos 100, gerou Arfaxad) . 2609

1656 - DILÚVIO (1 ano) no monte ARARAT - Turquia / Irã / Rússia
...................................................................................... 2509

1656 – Arfaxad - viveu 438 anos (aos 35, gerou Salá) ... 2509

1691 – Salá - viveu 433 anos (aos 30, gerou Heber) ...... 2474

1721 – Heber - viveu 464 anos (aos 34, gerou Peleg) .... 2444

1755 – Peleg - viveu 239 anos (aos 30, gerou Reú) ....... 2410

1785 – Reú - viveu 239 anos (aos 32, gerou Serug) ....... 2380

1817 – Serug - viveu 230 anos (aos 30, gerou Naor) ..... 2348

1847 – Naor - viveu 148 anos (aos 29, gerou Therá) ..... 2318

1876 – Therá - viveu 205 anos (aos 70, gerou Abraão) . 2289

1946 – Abraão “Pai da Fé” - aos 86 anos, com Hagar - gerou Ismael; aos 100 anos, com Sara - gerou Isac e com Quetura - gerou: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisboque e Suá - viveu 175 anos
..................................................................................... 2219

- Ismael “Pai dos Árabes” - e geou os “12 Príncipes Ismaelitas”: Nebaiote, Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Duzmá, Massá, Hadade, Tema, Jetur, Nafis, Quedemá e a Hadar, viveu 137 anos
..................................................................................... 2133

2046 – Isac “Pai dos Hebreus” - viveu 180 anos aos 60 anos, gerou com Rebeca - os gêmeos Esaú e Jacó
..................................................................................... 2119

2106 – Jacó “Pai dos Israelitas” -
com Léia - gerou: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom e Diná;
com Bila - gerou: Dã e Naftali;
com Zilpa - gerou: Gade e Aser;
com Raquel - gerou: José e Benjamim; 
. . . chegou ao Egito, com 130 anos, patriarcando 70 pessoas e ainda viveu mais 30 anos
viveu 147 anos ............................................................. 2059

1657 - Início da civilização SEMITA (brancos) - herança = a Europa
..................................................................................... 2508

1657 - Início da civilização JAFETITA (amarelos) - herança = Ásia, Oceania e Américas
..................................................................................... 2508

1657 - Início da civilização CANANITA (pretos) - herança = Oriente Médio e África
..................................................................................... 2508

1750 - EGITO (1º Grande Império) ..............................2415

1785 - CHINA (2º Grande Império) ............................ 2380

1820 - SUMÉRIA (3º Grande Império) ........................ 2345

1900 - ASSÍRIA (4º Grande Império) .......................... 2265

1950 - FENÍCIA (5º Grande Império) ......................... 2215

2236 - Início da estada por 30 anos, de Israel no EGITO, protegidos por José
.................................................................................... 1929

2266 - Início da SERVIDÃO por 400 anos, de Israel no Egito
.................................................................................... 1899



II - Período TEOCRÁTICO - (durou 396 anos)

2666 - Início da PEREGRINAÇÃO de Israel (por 40 anos no deserto)
.................................................................................... 1499

2706 - Entrada de Israel na CANAÃ .......................... 1459

2750 - MACEDÔNIA > Tessália e Grécia (6º Grande Império)
................................................................................... 1415

2800 - ASTECAS - Toltecas 420-1519 e Maias 600-1541 (7º Grande Império)
................................................................................... 1376

2850 - INCAS > Chíbchas, Quíchuas, Tupys e Guaranys (8º Grande Império)
................................................................................... 1315



III - Período MONÁRQUICO Hebreu - (durou 517 anos)

3062 – Saul - 01- Rei de Israel (foi mau e reinou 40 anos)
................................................................................... 1103

3102 – David - 02- Rei de Israel (foi bom e reinou 40 anos)
................................................................................... 1063

3142 – Salomão - 03- Rei de Israel (foi bom e reinou 40 anos)
................................................................................... 1023

3182 – Roboão - 01- Rei de Judá (foi mau e reinou 17 anos)
................................................................................... 0983

3199 – Abias - 02- Rei de Judá (foi mau e reinou 3 anos)
................................................................................... 0966

3202 – Asa - 03- Rei de Judá (foi bom e reinou 41 anos)
................................................................................... 0963

3243 – Josafá - 04- Rei de Judá (foi bom e reinou 25 anos)
................................................................................... 0922

3268 – Jorão - 05- Rei de Judá (foi mau e reinou 8 anos)
................................................................................... 0897

3276 – Acazias - 06- Rei de Judá (foi mau e reinou 1 ano)
................................................................................... 0889

3277 – Atalia - 07- Rainha de Judá (usurpadora, foi má e reinou 7 anos)
................................................................................... 0888

3284 – Joás - 08- Rei de Judá (foi bom e reinou 40 anos)
................................................................................... 0881

3324 – Amazias - 09- Rei de Judá (foi bom e reinou 29 anos)
................................................................................... 0841

3353 – Ozias - 10- Rei de Judá (foi bom e reinou 55 anos)
................................................................................... 0812

3408 – Jotão - 11- Rei de Judá (foi bom e reinou 16 anos)
................................................................................... 0757

3424 – Acaz - 12- Rei de Judá (foi mau e reinou 16 anos)
................................................................................... 0741

3440 – Ezequias - 13- Rei de Judá (foi bom e reinou 29 anos)
................................................................................... 0725

3469 – Manassés - 14- Rei de Judá (foi mau e reinou 55 anos)
................................................................................... 0696

3524 – Amom - 15- Rei de Judá (foi mau e reinou 2 anos)
................................................................................... 0641

3526 – Josias - 16- Rei de Judá (foi bom e reinou 31 anos)
................................................................................... 0639

3557 – Jeoacaz - 17- Rei de Judá (reinou 3 meses, deposto pelo Faraó Neco)
................................................................................... 0608

3557 – Eliaquim (ou Jeoaquim) - 18- Rei de Judá (constituído pelo Faraó Neco e reinou 11 anos, sendo deposto pelo rei Nabucodonosor)
................................................................................... 0608

3568 – Joaquim - 19- Rei de Judá (reinou 3 meses, constituído e deposto por Nabucodonosor)
................................................................................... 0597

3568 – Zedequias - 20- Rei de Judá (reinou 11 anos, constituído e deposto por Nabucodonosor)
................................................................................... 0597



IV - Período COMUM - (até hoje)

3153 - Conclusão do TEMPLO de Salomão .............. 1012

3187 - Fundação de ATENAS - por Teseu ................ 0978

3297 - Início da colonização KOREA - JAPÃO ........ 0868

3387 - Fundação de CARTAGO - por Dido ............. 0778

3411 - Fundação de ROMA - por Rômulo e Remo ... 0754

3487 - Início da colonização ÍNDIA .......................... 0678

3557 - Fim da Monarquia Hebraica, por Nabucodonosor
.................................................................................. 0608

3578 - Queima do TEMPLO de Salomão ................. 0587

3627 - Queda da Babilônia, por Dario ....................... 0538

3650 - Conclusão do TEMPLO de Zorobabel ........... 0515

3834 - Queda da Medo-Pérsia, por Alexandre .......... 0331

3997 - Queda da Grécia ............................................ 0168

4102 - Tomada de JERUSALÉM e destruição do TEMPLO de Zorobabel - por Alexandre e Pompeu
................................................................................... 0063

4156 - Conclusão do TEMPLO de Herodes .............. 0009

4165 - Nascimento de JESUS CRISTO - o Filho amado de DEUS, o Messias prometido
................................................................................... 0004


a. M.                               ERA CRISTà                     a. D.

4198 - Morte e ressurreição de JESUS CRISTO - Início da IDADE ANTIGA
.................................................................................... 0029

4239 - Destruição de JERUSALÉM e do TEMPLO de Herodes - por Tito
.................................................................................... 0070

4490 - Decreto de Constantino - Mudança do “Dia do Descanso” (7 de março)
.................................................................................... 0321

4505 - Mudança do SÁBADO para o DOMINGO (do 7º para o 1º dia)
.................................................................................... 0336

4564 - Divisão do Sacro Império Romano) / Início da IDADE MÉDIA
.................................................................................... 0395

4645 - Queda do Império Romano do Ocidente ......... 0476

4791 - Início do Calendário Islâmico - (16 de julho assinala a Hégira)
.................................................................................... 0622

4813 - Expansão do Islã na África do Norte, Chipre e Armênia
.................................................................................... 0644

4830 - A capital do Islã muda de Medina (Arábia), para Damasco (Síria)
.................................................................................... 0661

4880 - Os árabes invadem a Espanha e implantam lá o Islã
.................................................................................... 0711

4931 - Fundação de Bagdá, para onde os abássidas mudam a capital do Islã
.................................................................................... 0762

5254 - Os cristãos iniciam a reconquista da Península Ibérica, perdida para o Islã
.................................................................................... 1085

5264 - Instituída a Primeira Cruzada Cristã .................. 1095

5316 - Instituída a Segunda Cruzada Cristã .................. 1147

5356 - Instituída a Terceira Cruzada Cristã .................. 1187

5601 - Descoberta dos AÇORES - Gonçalo Velho Cabral
.................................................................................... 1432

5622 - Queda do Império Bizantino / Início da IDADE MODERNA
.................................................................................... 1453

5661 - A Espanha é tomada do Islã, pelos reis católicos - Fernando e Isabel
.................................................................................... 1492

5661 - Descobrimento da AMÉRICA - por Cristóvão Colombo (12 de out.)
.................................................................................... 1492

5661 - Fundação de CUBA - por Cristóvão Colombo (13 de outubro)
.................................................................................... 1492

5666 - Fundação do CANADÁ - por John Cabot ...... 1497

5667 – Fundação da VENEZUELA - por Cristóvão Colombo
.................................................................................... 1498

5668 - Fundação da COLÔMBIA - por Afonso Ojeda e Américo Vespúcio
.................................................................................... 1499

5669 - Fundação do BRAZIL - por Pedro Álvares Cabral (27 de abril)
.................................................................................... 1500

5671 - Portugal toma Calicute (Índia) .......................... 1502

5685 - Fundação da ARGENTINA - por Juan Diaz de Solís
.................................................................................... 1516

5686 - Nasceu a REFORMA Protestante - por Martyn Luther (31 de out.)
.................................................................................... 1517

5694 - Fundação do PARAGUAI - por Aleixo Garcia  1525

5703 - Fundação do EQUADOR ............................... 1534

5710 - Fundação do CHILE - por Pedro de Valdívia .. 1541

5711 - Fundação do PERU - criado pela Espanha, o “Vice-reino do Peru”
.................................................................................... 1542

5753 - Fundação dos EUA ......................................... 1584

5945 - Independência dos EUA - (04 de julho) ........... 1776

5957 - Descoberta da AUSTRÁLIA - por James Cook
.................................................................................... 1788

5958 - Queda da Bastilha / Início da IDADE CONTEMPORÂNEA
.................................................................................... 1789

5958 - Napoleão ocupa o Egito ................................... 1789

5979 - Independência da COLÔMBIA - por Simón Bolívar
................................................................................... 1810

5979 - Independência da VENEZUELA - por Simón Bolívar
................................................................................... 1810

5979 - Independência do PARAGUAI ....................... 1810

5985 - Independência da ARGENTINA - por José de San Martín (09 de jul.)
................................................................................... 1816

5985 - Independência do MÉXICO ........................... 1816

5987 - Independência do CHILE - por José de San Martín
.................................................................................. 1818

5990 - Independência do PERU - por José de San Martín
.................................................................................. 1821

5990 - Independência do EQUADOR (em maio) ...... 1822

5991 - Independência do BRAZIL - pelo Imperador D. Pedro I (07 de set.)
.................................................................................. 1822

5993 - Independência da BOLÍVIA - por Antonio José de Sucre
.................................................................................. 1824

5994 - Independência do URUGUAI - por Juan Antonio Lavalleja (25 de ago.)
.................................................................................. 1825

6005 - Proc. da República do RIO-GRANDENSE - pelo Cel. Antônio de Souza Netto (11 de setembro)
.................................................................................. 1836

6013 - Início do REAVIVAMENTO Espiritual (24 de outubro)
.................................................................................. 1844

6026 - A Inglaterra tomam Delhi (Índia) .................... 1857

6036 - Independência do CANADÁ - por permissão britânica
.................................................................................. 1867

6058 - Proc. da Rep. no BRASIL - pelo Mal. Deodoro da Fonseca (15 de nov.)
.................................................................................. 1889

6070 - Os árabes tomam Riad (Arábia) e a França domina o Marrocos (África)
.................................................................................. 1901

6079 - Proc. da República de PORTUGAL (05 de outubro)
.................................................................................. 1910

6083 - Início da “I Guerra Mundial” (julho) ................ 1914

6086 - França e Inglaterra dividem a região do Oriente Médio
.................................................................................. 1917

6087 - Fim da “I Guerra Mundial” (novembro) .......... 1918

6092 - A TURQUIA transforma-se numa República . 1923

6099 - Independência do IRAQ ............................... 1930

6108 - Início da “II Guerra Mundial” (01 de setembro)
.................................................................................. 1939

6114 - Os EUA lançam sobre Hiroshima - a 1ª bomba atômica (06 de ago.)
.................................................................................. 1945

6114 – Os EUA lançam sobre Nagasaki - a 2ª bomba atômica (09 de ago.)
.................................................................................. 1945

6114 - Fim da “II Guerra Mundial” - Em 02 de setembro foi assinada a rendição japonesa em Tóquio (Japão)
.................................................................................. 1945

6115 - Independência da JORDÂNIA, SÍRIA e LÍBANO
.................................................................................. 1946

6116 - Islâmicos (muçulmanos) deixam a Índia e fundam o PAQUISTÃO
.................................................................................. 1947

6117 - A “ONU” funda o Estado de ISRAEL (14 de maio)
.................................................................................. 1948

6120 - Independência da LÍBIA ................................ 1951

6125 - Independência do MARROCOS, TUNÍSIA e SUDÃO
.................................................................................. 1956

6127 - BRASIL > Campeão mundial de futebol - na Suécia
.................................................................................. 1958

6131 - Independência da ARGÉLIA ......................... 1962

6131 - BRASIL - Bi-campeão mundial de futebol - no Chile
.................................................................................. 1962

6133 - Fundação da “OLP” ....................................... 1964

6136 - Guerra dos “Seis Dias” - Israel ocupa a Península do Sinai, Golã, Faixa de Gaza e Cisjordânia
.................................................................................. 1967

6138 - Os EUA realizam a “1ª Viagem do homem à Lua” - tocando-a, às 09:56’ do dia (20 de julho)
................................................................................. 1969

6139 - BRASIL - Tri-campeão mundial de futebol - no México
................................................................................. 1970

6142 - Guerra do “Yom Kippur” - Israel derrota Egito e Síria
................................................................................. 1973

6147 - Assinado o “Acordo de Camp David” - Israel devolve o Sinai ao Egito
................................................................................. 1978

6148 - Revolução Islâmica do aiatolá Khomeini, toma o poder no Irã; a URSS invade o Afeganistão; em Israel é desencadeada a “1ª Intifada” = (revolta palestina nos territórios ocupados por Israel)
................................................................................. 1979

6160 - Guerra do Golfo - EUA atacam o Iraq que é forçado a desocupar o Kuwait
.................................................................................. 1991

6162 - Assinado o “Acordo de Oslo” - no qual é previsto Israel devolver a Faixa de Gaza e Cisjordânia ao mesmo tempo que é reconhecido pelos palestinos
.................................................................................. 1993

6163 - BRASIL - Tetra-campeão mundial de futebol - nos EUA
.................................................................................. 1994

6165 - O Afeganistão fica sob o controle do Talebã ... 1996

6169 - Os Palestinos consideram provocação a visita de Ariel Sharon - à Esplanada da Mesquita de Omar, em Jerusalém e inicia a “2ª Intifada”
.................................................................................. 2000

6170 - O Terrorismo internacional derruba as duas torres (World Trade Center), em New York - (11 de setembro)
.................................................................................. 2001

6171 - BRASIL - Penta-campeão mundial de futebol - (Korea / Japão)
.................................................................................. 2002

6172 - Os EUA atacaram o IRAQ (lá era 20 e aqui ainda era 19 de março)
.................................................................................. 2003



061 - CULTO AO SOL - I

JC - 13 / 14-10-2001

De todos os CULTOS que o homem tem criado independente de Deus, o culto ao sol é o principal, por sua degradação.

Criam as antigas civilizações, que o sol era a maior força da natureza e causa de toda a fecundidade; a procriação, diziam, era a maior das virtudes manifestas pelo poder do sol - daí, a poligamia e a prostituição encheram a terra, em homenagem ao deus sol, inclusive com sacrifícios humanos.

Toda a terra estava impregnada do culto ao sol; personagens haviam com nomes, que os relacionavam com esta espécie de culto pagão:

RAMSÉS - filho do sol (no Egito).

SARGÃO - príncipe do sol (na Assíria).

MITRÍDATES - concedido ao sol (na Ásia Menor).

BELSHAZAR - príncipe “Bel” ou Sol (na Caldéia).

NABUCODONOSOR - Nebo “protege a minha coroa” era o nome do

“deus sol” (na Babilônia).

GUARACY - deus sol (em guarany, na América do Sul).

JACY - deusa lua (em guarany, na América do Sul).

TUPÃ - deus relâmpago - o trovão é a sua voz (em guarany,

na América do Sul).

No capítulo 10 (dez) de Gênesis (na Bíblia), lê-se uma história interessante acontecida após do Dilúvio, depois que a arca repousou no monte Ararat (divisa da Turquia com a Rússia e o Irã), quando NOÉ embriagou-se e ficou nu - seu filho Cam (mais moço) ria e nada fez pelo pai; seu filho Sem (mais velho) repreendeu ao caçula, chamou o outro irmão Jafé e, caminhando de costas, com uma capa cobriu as vergonhas do pai embriagado.

Após passar a bebedeira de NOÉ, sua esposa lhe cientificou daquele fiasco cometido, que chegou ao conhecimento das noras.

Logo chamou seu filho Jafé e deu-lhe a sua possessão: as terras do monte Ararat, para o oriente e as Ilhas das Nações (hoje, a Ásia, as 3 América e a Oceania).

Então chamou seu filho caçula Cam, passou-lhe uma descompostura, amaldiçoou-lhe, dizendo-lhe que seria servo de seus irmãos e deu-lhe por possessão: as terras do monte Ararat, para o sul (hoje, Oriente Médio e África).

Após, chamou seu filho Sem, abençoou-lhe sobre maneira, dizendo-lhe que sua descendência seria sábia e imensa, sua herança seria diminuta, dando-lhe por possessão: as terras do monte Ararat, para o norte e ocidente (hoje, Europa).

Pois bem! Da descendência de SEM, são os semitas (raça branca, povos monoteístas, donde procedem os europeus); da descendência de JAFÉ, são os jafetitas (raça amarela, povos politeístas, donde procedem os nativos oceânicos e americanos); da descendência de CAM, são os cananitas (raça preta, povos politeístas, donde procedem os árabes e africanos).

Do politeísmo vem a adoração a vários deuses, dentre os quais, sem dúvida o deus sol é o principal, seguido da lua, marte, mercúrio, júpiter, vênus e saturno, uma ordem visual decrescente (embora a ordem citada dos astros, não esteja na seqüência da grandeza real, mas sim, na grandeza visual).

O dia 25 de Dezembro era o ANIVERSÁRIO do deus sol - dogma pagão originado no Egito, que foi transmitido à Assíria > Ásia Menor > Caldéia > Babilônia > Medo-Persa > Grécia > Roma.

Foi o catolicismo-romano que adotou a data de 25 de Dezembro, como sendo a data do aniversário de JESUS CRISTO - hoje, sabe-se por recentes pesquisas, que o Salvador do Mundo nasceu em 07 de Abril do ano 0004 (quatro), da nossa Era; mais ou menos 4000 anos depois de Adão (o primeiro homem, criado por Deus).

O culto ao SOL penetrou desastrosamente na antiga nação israelita e Deus se desagradou deles, porque tinha adotado costumes e hábitos pagãos, falsos, idólatras, sanguinários, imorais e abomináveis - constate-se em: Êx. 32:1-10; Nm. 25:1-9; I Rs. 17:1-24 e 18:1-40; II Rs. 10:18-28; 19:18 e 35; Jr. 7:18; 11:17 e 44:15-27, afora outras passagens.

A infidelidade de Israel, no que respeita à LEI DE DEUS, é vista na desobediência ao 4º Mandamento, questão levantada pelo profeta Ezequiel, que escreveu o seguinte: Porque rejeitaram os meus juízos, não andaram nos meus estatutos e profanaram os meus sábados; porque o seu coração andava após os seus ídolos. (Ez. 8:13-16 e 20:6).



062 - CULTURA FOLCLÓRICA

JC - 05 / 06-05-2001

A CULTURA FOLCLÓRICA BRASILEIRA, no sentido antropológico sofre a influência dos Três Elementos Étnicos - por conseguinte, fornecendo TRÊS HERANÇAS, como segue:

1 – INDÍGENA
Alimentos - mandioca, milho, guaraná, palmito, etc.
Objetos - rede-de-dormir, jangada, canoa, arapucas, aratacas, boleadeiras, Sovéu, etc.
Vocabulário - jacaré, sabiá, tatú, jacuí, taquarí, piquirí, etc.
Técnicas - trabalhos em cerâmica, cestaria, preparo de farinha-de-Mandioca, etc.
Hábitos - chimarrão, churrasco, etc.

2 – PORTUGUESA
Festas - Divino, Navegantes, Terno-de-Reis, Danças, etc.

3 – AFRICANA
Alimentos - feijoada, cocada, vatapá, acarajé, pé-de-moleque, moqueca, beijú, cuscuz, etc.
Religião - umbanda, quimbanda, batuque, candomblé, etc.
Música - lundus, congadas, samba, maxixe, etc.
Instrumentos - reco-reco, ganzá, cuíca, agogô, etc.
Vocabulário - chuchu, cachaça, cachimbo, macumba, batuque, fubá, kinzomba, quitanda, etc.

NOTA: Sendo o FOLCLORE a manifestação da cultura espontânea de um povo, é imaginável a riqueza do Folclore Brasileiro, dada a miscigenação (amarela, branca e preta), que temos em nosso país.

I – CULTURA MATERIAL
São as coisas palpáveis (artefatos ou objetos), tais como:

1 – Utensílios caseiros - panelas-de-barro, de-pedra, de-ferro, pratos-de-lata, de-barro, de-madeira, cuias, colheres e conchas-de-pau, cestaria, cerâmicas, pilões, etc.

2 – Indumentária - pilchas e vestuário em geral.

3 – Comidas e bebidas - doces, salgados, licores, etc.

4 – Artesanato - algo feito ou confeccionado com sobras de material, que possui características domésticas e no geral, com elaboração de cunho pessoal.

5 – Arte - é a perfeita habilidade com técnicas tradicionais empregadas pelo povo.

II – CULTURA IMATERIAL
São as coisas não palpáveis (intelectuais e espirituais):
Música, dança, folguedos, jogos, linguagem, lendas, parlendas, crendices, superstições, medicina (caseira e campeira).



063 - CURIOSIDADES

JC - 06 / 07-10-2001

Já dissertamos sobre diversas revelações de fatos que reportam o número 7, agora abordaremos SETE curiosidades interessantes, como segue:

1ª - SETE são os dias da primeira semana, a semana da criação, pois foi em decorrência dela que esse período chegou até nós.

2ª - SETE são as cores do Arco-iris (vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e violeta) - sinal da aliança de Deus com os homens, de que não haverá mais outro Dilúvio.

3ª - SETE são as notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si).

4ª - SETE são as maneiras de morrer (velhice, enfermidade, desastre, homicídio, suicídio, fome e sede).

5ª - SETE são as petições da oração PAI NOSSO = Santificado seja o Teu nome + venha a nós o Teu reino + seja feita a Tua vontade + o pão nosso de cada dia, dai-nos hoje + perdoa-nos as nossas ofensas + não nos deixe cair em tentação + livra-nos do mal.

6ª - SETE são as últimas pragas a serem derramadas sobre a terra, quando findar o tempo da graça = chaga maligna + mar torna-se em sangue + rios e fontes tornam-se em sangue + o sol torna-se abrasador + trevas sobre o trono e reino da besta + seca-se o rio Eufrates + revolução da atmosfera e grandes terremotos + culminando com a saraivada.

7ª - SETE são as Bem-aventuranças do Apocalipse, que encontram-se assim distribuídas: Primeira 1:3 + Segunda 14:13 + Terceira 16:15 + Quarta 19:9 + Quinta 20:6 + Sexta 22:7 + Sétima 22:14.

OUTRAS CURIOSIDADES SOBRE NÚMERSOS
O homem foi criado no 6º dia e desde a sua criação, o homem deveria trabalhar 6 dias, porém, deve descansar no 7º dia, que é santo ao Criador.

O número 6 é mencionado 92 vezes na Bíblia; em todas elas se relaciona com o homem, sua natureza , suas obras, sua herança e seu destino.

O número 7 é mencionado 323 vezes na Bíblia; em todas elas refere-se a Deus e suas obras de misericórdia e de juízo.

Complementando, ainda sobre o número 7, informamos que existem SETE tipos de sono: o natural, o desmaio, o letárgico, o hipnótico, o anestésico, o coma, e o da morte.

Arrematando, afirmamos que o número 7 é o SÍMBOLO DE DEUS de Seu poder e de Seu governo.



064 - DESAGREGAÇÃO DO CRISTIANISMO

JC - 10 / 11-12-2005

Desde a ascensão de JESUS CRISTO ao céu, passando-se pelo dia de Pentecostes que foi a primeira reunião dos apóstolos, quando eles foram cheios do Espírito Santo, iniciou-se a disseminação do cristianismo pelos discípulos no mundo todo.

Naquela época, o mundo era governado pelo férreo Império Romano, cuja sede era em Roma e lá centralizavam-se as maiores e principais decisões; “por esta razão, o bispo de Roma passou a gozar de uma certa ascendência sobre os bispos das demais cidades do Império.”

Diz a tradição que o apóstolo Pedro fundou a Igreja de Roma, mas não, porque foi o discípulo Paulo de Tarso, quando apelou para César em sua defesa perante o rei Agripa, diante de Festo (procurador romano), viajando pra lá em 58 a. D. (At. 25:23-27)

O apóstolo Pedro cuidava da igreja na Galiléia e na Judéia; vindo depois à Roma e juntamente com Paulo (que doutrinava os romanos, a quem escreveu uma epístola), foram condenados à morte no ano de 67 ou 68 (de nossa Era).

Segundo a tradição, Pedro dirigiu a novel igreja romana à partir de sua chegada em Roma no ano 65 até a sua crucifixão (67 ou 68 a. D.). Depois, foi sucedido pelo bispo Lino e após, seguiram-se outros bispos que lá ministravam a Palavra de Deus, chegando-se ao ano de 306 a. D., quando Constantino I (o Grande) assumiu o Império; época em que o bispo Silvestre I (33º Papa), chefiava a igreja romana.

Até então, as Igrejas Cristãs eram uníssonas e seguiam ao pé da letra a Santa CONSTITUIÇÃO DIVINA, ou LEI DE DEUS dos “Dez Mandamentos” do Senhor JEOVAH.

Flavius Valerius Constantinus (Constantino I - o Grande) - imperador romano de 306 a 337 a. D., depois de vencer seus rivais na batalha de Andrinópolis, ficou senhor absoluto do Império Romano.

Adotando o cristianismo, deu uma relativa paz às Igrejas Cristãs depois do ano 313 a. D.; proclamou a liberdade religiosa, aboliu o suplício da cruz e os combates dos gladiadores.

Em 07 de março de 321, publicou o famoso Edito de Constantino (propondo a transferência da “Guarda e Santificação do 7º para o 1º dia da semana, como Dia de Descanso” - contrariando a Santa CONSTITUIÇÃO DIVINA, ou LEI DE DEUS dos “Dez Mandamentos” do Senhor JEOVAH.

Em 330 transferiu a sua residência imperial de Roma, para Bizâncio que passou a chamar-se CONSTANTINOPLA (cidade de Constantino), dividindo o Império em quatro prefeituras (Gália, Itália, Ilíria e Oriente), concluindo de maneira absolutista, a reforma dos serviços públicos iniciada por Diocleciano.

Em 332, lutou com êxito contra os godos e em 336 obrigou o clero a adotar o seu famoso Edito de Constantino.

Em 337, quando preparava uma grande campanha militar contra os persas, faleceu em Nicomédia; embora aparentemente cristão, foi só na hora da morte que pediu para ser batizado e como estava doente, não lhe foi possível entrar em muitas águas, para sua imersão batismal (sepultamento na água). Foi então, desde essa época que a igreja adotou o Batismo por Aspersão. Após a sua morte, passou a figurar entre os santos das igrejas da Anatólia, Armênia e Rússia (que lhe celebram a festa no dia 21 de maio).

Em 1453, a cidade de CONSTANTINOPLA caiu em poder dos turcos (acontecimento que assinala o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna), sendo o seu nome mudado para Istambul, permanecendo como sede do Império Turco até 1923, quando a capital foi transferida para Ankara e lá permanece até aos dias de hoje.

Como vimos, a DESAGREGAÇÃO DO CRISTIANISMO originou-se à partir da época em que Constantino I, dominou o Império Romano e Bizantino - violando, quebrando, alterando, revogando e mudando a Santa Constituição Divina, ou Lei de Deus dos “Dez Mandamentos” do Senhor JEOVAH.



065 - DEGRINGOLANDO A TRADIÇÃO

JC - 05 / 06-07-2003

O verbo DEGRINGOLAR significa > desfazer, decair, desmanchar. Pois, meus estimados companheiros de ideal, tenho andado trocando orelhas com o rumo que certos artistas ... líderes de conjunto ... animadores de programas de rádio ... apresentadores de programas de TV ... etc., tem seguido, prestando um verdadeiro desserviço ao Rio Grande do Sul e à sua tradição.

É de causar espanto, quando alguém enquadrado numa das qualificações acima, mete os pés pelas mãos; se for um procedimento de amador, a gente até entende, se bem que, não deveria ser assim, pois sempre é bom buscar um melhor conhecimento daquilo que se pretende apresentar, porém, se procede de um “pseudo tradicionalista” gabaritado pelas letras, a nossa tradição acaba indo pro brejo sem cachorro, lá se vai o burro com o sovéu e só a mutuca tira boi do mato.

Certos artistas e líderes de conjunto, pilcham-se como se fossem para a lida campeira (mango no pulso, boleadeiras à-tira-cola, laço à-meia-espaldra, etc.) - certamente, quando forem campeirear (se é que entendem do riscado), pilchar-se-ão com cordeona nos tentos, violão à-bate-cola, etc. e tal; isso é mambirismo, minha gente!.

Tenho visto músicos que mais pulam ao invés de tocar o seu instrumento ... mais gritam ao invés de cantar ... executam uma barulheira dos diabos ao invés de musicar ... desse jeito a nossa tradição está degringolando, meus amigos!

Senhores patrões! As entidades tradicionalistas são sociedades radicais. Quem paga o cachê pode exigir como quer que os músicos de pilchem e se apresentem dentro de sua entidade ... podem exigir, inclusive, lista de repertório antecipada, fazendo uma prévia censura ... também, podem exigir número mínimo de figurantes do conjunto contratado ... abram o olho! Amanhã ou depois, estarão tocando “a dança da garrafa” ou dançando o “varifunk” - bueno, deixa pra lá.

Companheiros! TRADIÇÃO é como era antigamente; pode até ser melhorada, porém, sem desvirtuar. INOVAÇÃO não é tradição; mas, é ao contrário.

Tenho visto animadores ... apresentadores ... usando a bombacha sobre o cano da bota - isso é manequice, amigos. O gaúcho sempre primou pela sociabilidade e não, pelo anti-social ... até o guapo mais rude, procura ser pachola se enquadrando dentro dos trâmites tradicionais ... muitas vezes até exagera, mas, quando se dá por conta ... ou quando lhe informam o correto, não hesita e apruma-se; entretanto, em casa anda-se à vontade.

O pior é que, uma parte da juventude tradicionalista procura seguir tais aberrações, isto é: Seguem aqueles maus exemplos. Que lástima!



066 - DEMOCRACIA

JC - 20 / 21-04 e 04 / 05-05-2002

O vocábulo DEMOCRACIA - vem do idioma grego, demokrateia - de demos que procede também do idioma grego, que significa, povo.

DEMOCRACIA - também vem do latim, democratia - e que também nos chega a povo.

Entretanto, a palavra DEMOS - procede do radical demo - que significa, DEMÔNIO (diabo, indivíduo turbulento, astucioso e de mau gênio).

Democracia - É o sistema político em que o governo é exercido e controlado pelo povo em conjunto.

Democracia Liberal - É aquela em que o desenvolvimento das empresas econômicas e financeiras não está sujeito a restrições e onde os indivíduos desfrutam de completa liberdade de contrato entre si.

Democracia Social - É aquela em que o desenvolvimento das empresas econômicas é subordinado aos interesses do povo em conjunto, e em que todos os contratos estão subordinados aos interesses coletivos.

Popularmente, costuma-se dizer que - a voz do povo, é a voz de Deus; se isso fosse verdade, não haveria erro algum, nas decisões tomadas democraticamente.

Até, podemos pensar que seja ao contrário - que a voz do povo NÃO seja a voz de Deus, porque - JESUS CRISTO foi condenado à crucifixão e morte, de maneira DEMOCRÁTICA > quando o povo decidiu, gritava e bradava: Crucifica-o, crucifica-o ... (S. Lucas 23:21).

TEOCRACIA
O vocábulo TEOCRACIA - designa, governo formado por sacerdotes. No “Rio Grande de São Pedro” já tivemos esse sistema de governo, quando os Padres “jesuítas inacianos” fundavam os “Aldeamentos” e governavam os nativos guaranys (1626-1801); erradamente, muitos historiadores afirmam que aquele governo era teológico - não, era sim teocrático.

Atualmente, ao que sabemos existe governo teocrático no Irã - onde os Aiatolás exercem um poder rígido, pleiteando uma inspiração divina de ALÁ (o Deus Altíssimo - segundo o islã), havendo, inclusive a “pena capital” (para crimes hediondos).

O sistema de governo teocrático vem desde os tempos em que - o povo de Israel era governado por Sacerdotes e Juízes, mais ou menos de 1.525 a 1129 a. C. - isso, durante 396 anos (I Reis 6:1 + II Crônicas 3:1 e 2 + II Samuel 5:4 + Atos 13:21) - começando por Moisés, passando por Josué, Débora, Sansão (dentre outros) e chegando a Samuel - quem reprovou a escolha de Saul (primeiro rei de Israel), e posteriormente tendo ungido a Davi (como verdadeiro e segundo rei de Israel), colocando um ponto final no governo teocrático israelense.

Os Sacerdotes e Juízes paramentavam-se com uma estola especial na qual havia um peitoral coberto com seis pedras sardônicas e seis pedras de engaste (totalizando 12 pedras), que representavam as 12 tribos de Israel, e mais as duas pedras de ônix, denominadas de URIM e TUMIM > que serviam para consultar ao “Altíssimo Deus Criador” - que respondia por uma convenção, de conformidade com mais ou menos brilho naquelas pedras. (Êxodo 25:7 + 28:30 + Levítico 8:8 + Números 27:21 + Deuteronômio 33:8 + I Samuel 28:6 + Esdras 2:63 + Neemias 7:65).

Essa consulta denominava-se SCHEQUINÁ.

Como se deduz, a decisão vinha do “Deus Altíssimo e Criador” via Sacerdote (Ministro religioso, pessoa revestida das funções ministeriais sagradas) - para os Juízes - que governavam o povo e aplicavam a justiça, naquela época.



067 - DETALHES FOLCLÓRICOS

JC - 26 / 27-05-2001

COMPARAÇÕES são filosofias que estabelecem confronto comparativo de se ter uma igualdade ou semelhança, para se estabelecer as diferenças de rivalidade - seguem-se, apenas sete:

1 – Grosso, como dedo destroncado.

2 – Perdido, como cusco em procissão.

3 – Atrapalhado, como cego em tiroteio.

4 – Intrometido como piolho em costura.

5 – Desconfiado, como cavalo torto.

6 – Folgado, como pente de careca.

7 – Sério, como miúdo bosteado atrás duma porta.

ADÁGIOS AVOENGOS
São filosofia que encerram uma certa sabedoria já tradicional, do viver gaúcho - seguem-se, apenas sete:

1 – Boi lerdo bebe água suja - Não devemos ser lerdos.

2 – Mato a cobra e mostro o porrete - Faço e comprovo.

3 – Escreveu e não leu, o pau comeu - Faça e assuma o feito.

4 – Não gasto pólvora em chimango - Não perco tempo.

5 – Não choro em catatumba errada - Não bato em porta errada.

6 – Depois de cuspir, não lambo - Não tenho duas palavras.

7 – Não me afogo em pouca água - Não me assusto de pouca coisa.

ADIVINHAÇÕES
O quadro gaúcho é imenso, seguem apenas sete:

1 – O que é que - cai de pé e corre deitado? A chuva.

2 – O que é que - caminha no sujo e no limpo pára? O fogo.

3 – O que é que - quanto maior, menos se vê? A escuridão.

4 – O que é que - quanto mais se tira, mas se tem? Fotografias.

5 – O que é que - quanto mais se tira, maior fica? O buraco.

6 – Até onde, o cachorro entra no mato? Até ao meio, depois ele já estará saindo.

7 – A mãe é verde e a filha é encarnada, a mãe é mansa e a filha é danada.

O que é? A pimenteira e a pimenta.

MEDICINA GAÚCHA
Antigamente, quando não haviam Farmácias, as receitas eram aviadas em Boticas - que eram chamadas de PHARMÁCEAS.

Havia a Medicina Caseira (para pessoas) e a Medicina Campeira (para animais), sendo que a diferença estava somente na posologia (dosagem); de sorte que, patologia (doença) que numa criança necessitasse de uma xícara de jujo (remédio), a mesma patologia (doença) num adulto necessitaria de uma caneca daquele mesmo jujo (remédio) e, se ocorresse aquela mesma enfermidade num cavalo a dosagem seria de um balde.

Outro fato é que, a Medicina Caseira era mais desenvolvida nos povoeiros e a Medicina Campeira era mais aplicada na zona rural; entretanto, tudo girava basicamente em torno de:

1 – Chá - Infusão da raiz, casca ou folhas de uma só planta.

2 – Chapoeirada - Infusão das raízes, cascas ou folhas de mais de uma planta.

3 – Xarope - Infusão das raízes, cascas ou folhas de um casal de plantas (como por exemplo: laranjeira e limoeiro), misturada com mel.

4 – Xaropada - Infusão das raízes, cascas ou folhas de mais de um casal de

plantas (como por exemplo: laranjeira e limoeiro com marcela e poejo), misturada com mel.

5 – Besunto - São pomadas para besuntar (untar) machucaduras, ferimentos,

pisaduras, hematomas, etc.



068 - DO SÁBADO PARA O DOMINGO

JC - 27 / 28-10-2001

No Catecismo do Adepto da Doutrina Católica, lemos: Observamos o domingo, em vez do sábado, porque a igreja católica, no Concílio de Nicéia (em 325 a. D.), transferiu a solenidade do sábado, para o domingo.

Em 539 a. D., o Sínodo de Narbone decretava decisivamente em favor do domingo, o seguinte: É proibido, tanto a livres como a servos, a godos, romanos, sírios, como a gregos e judeus, executar qualquer espécie de trabalho no dia do domingo. Se alguém ousar proceder em contrário, pagará, se for livre, seis solídeos (de sol - fração da moeda “soldo”, usada na época, pelos romanos), ao magistrado; se for escravo, receberá cem bastonadas (cacetadas). (Mansi, Tomo IX, pág. 214).

Daí em diante, a igreja católica continuou com seus decretos e os reis, em nome dela, pleiteavam em favor do domingo, até o seu estabelecimento definitivo, em substituição ao sábado do Deus vivo.

No “Doutrinal Catechism” (uma obra inglesa), pág. 101, lê-se:

PERGUNTA - Tendes um outro meio qualquer de provar que a igreja tem poder, para instituir dias de festa?
RESPOSTA - Se não tivesse, não poderia ter efetuado aquilo em que todos os religionistas convêm com ela, isto é, não poderia ter substituído a observância do domingo, primeiro dia da semana, à do sábado do sétimo dia, mudança para a qual não existe nenhuma autoridade escriturística.

O Dr. Eck, diz em sua obra ERIDION - pág. 78, o seguinte: As Escrituras Sagradas, doutrinam: Lembra-te do dia do sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus, etc.; a igreja, porém, transferiu a observância do sábado para o domingo, por sua própria autoridade, independente das Escrituras.

A IMPRENSA (órgão católico de “Sidney – Austrália, de 25-08-1900) escreveu: O domingo é uma instituição católica e seus direitos à observância, só se podem defender dentro dos princípios católicos. Do princípio ao fim das Escrituras, não se encontra uma única passagem que justifique a transferência do culto público semanal do último dia da semana, para o primeiro.

No ESPÊLHO CATÓLICO (órgão oficial do cardeal Gibbons, de 23-09-1893) lê-se: A igreja católica, mais de mil anos antes da existência de um só protestante, em virtude de sua divina missão, mudou o dia de repouso do sábado para o domingo. O mundo protestante ao nascer (na reforma do século XVI), encontrou o dia de sábado cristão (o domingo), demasiado enraizado para se opor à sua existência; viu-se, portanto, na necessidade de aquiescer com a mudança, o que implicava no reconhecimento do direito da igreja, de mudar o dia, mais de trezentos anos depois. O sábado cristão (o domingo), é pois até hoje, reconhecido rebento da igreja católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra de contestação do mundo protestante.

Na obra ATAQUES PROTESTANTE (do padre Júlio Maria, pág. 81) lê-se: Nós católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento.

Numa carta escrita em novembro de 1895, o Sr. H. F. Thomas, chanceler do cardeal Gibbons, respondendo a um inquérito feito a respeito da afirmação que a igreja faz, de ter mudado o sábado, disse: Naturalmente, a igreja católica afirma que a mudança do sábado, é um ato totalmente seu . . . e que este ato, é o sinal de sua autoridade nas coisas religiosas.

Continuar citando argumentos católicos comprobatórios, de que a igreja romana é a responsável pela mudança do repouso do sábado para o dia do sol (o domingo), seria ir ainda muito longe; o próprio protestantismo confessa que, o domingo procede do paganismo, através da igreja católica.



069 - EDUCAÇÃO

(Segundo Álvaro Magalhães)

Na vida atual, EDUCAÇÃO eqüivale a formar a personalidade, melhorando-a, corrigindo-lhe as deficiências e os defeitos, encerrando o sentido de urbanidade, de boas maneiras.

A EDUCAÇÃO (cientificamente considerada), é o conjunto das ações que dão forma e que conformam o educando.

São educadores, não apenas os mestres e professores (docentes), mas também a família, os amigos e conhecidos (e até mesmo desconhecidos), que atuam direta ou indiretamente sobre o educando.

A EDUCAÇÃO para ser completa, precisa ter caráter integral de modo que prepare a criança física, intelectual e moralmente; além do mais, cumpre fazê-la harmônica, embora possa ser também especializada. - Convém não confundir educação com instrução.

Educação artística

Pode ser desenvolvida em vários graus de ensino, tendo cada um deles sua finalidade própria e sua didática.

Educação científica

Pode ser, para fortalecimento da estrutura científica ou teórica dos alunos, escopo do ensino primário; pode ser por métodos científicos; e pode ser com o objetivo de aprofundar certas ciências.

Educação cívica

Tem por finalidade formar o bom cidadão, dando-lhe conhecimento de seus direitos e deveres para com a família e para com a pátria (patriotismo).

Educação da vontade

A vontade é, segundo a psicologia clássica, a faculdade apetitiva própria dos racionais - é a faculdade de querer.

Educação doméstica

É a que o lar ou a escola dão às meninas, para se prepararem na direção do lar, na criação e educação elementar dos filhos.

Educação dos sentidos

De vez que, por acordo das principais escolas psicológicas, todo o conhecimento começa pelos sentidos, é necessário que a educação seja feita - primeiro, tomando-os por intermediários e depois, procurando faze-los aguçados e perfeitos para que melhor desempenhem aquela função.
ducação dos sentimentos

A educação dos sentimentos é, propriamente, a educação moral e a educação estética, por isso que os sentimentos são divididos em estéticos e morais.

Educação econômica

As relações entre economia e educação mostram a necessidade de uma instrução ao povo em geral e da infância em particular.

Educação emendativa

É uma educação necessária à infância delinqüente e aos adultos em igual situação.

Educação eugênica

Tem por objetivo melhorar a raça. Como os caracteres raciais se transmitem por hereditariedade, a educação eugênica visa a santidade da família sob todos os pontos de vista.

Educação física

Fisicamente, o homem é educado com objetivos de “eugenia” (ciência que estuda as possibilidades da melhoria do tipo humano por meio de cruzamentos fecundos) e de higiene, isto é, para conservar íntegro seu corpo, melhorando-lhe ao mesmo tempo a anatomia e as funções fisiológicas.

Educação funcional

É a que se processa em função dos interesses do indivíduo e implica numa atividade que corresponde a uma necessidade, despertada por um desejo que tenha seu ponto de partida no próprio aprendiz.

Educação integral

Para ser harmônica e perfeita, a educação há de encarar a personalidade humana em todas as suas faces; essa educação terá de ser física, intelectual e moral.

Educação intelectual

Tem por objetivo desenvolver a capacidade de entendimento e de raciocínio, bem como todas as faculdades ligadas à inteligência.

Educação manual

Esta educação tem fundamento sociológico e psicológico. Pelo primeiro visa dar ao homem um treino que o habilite, senão profissionalmente, ao menos eventualmente, para a realização de algum ofício; o segundo é tido como uma necessidade de educar o sentido do tato para com o semelhante.

Educação moral

Destina-se a bem conformar os costumes do educando. Esta educação deve ser dada em conformidade com a concepção filosófica que se tem da finalidade humana; por essa razão cumpre fundamentar a moral em um conceito religioso, para que ela mesma tenha finalidades nobres.

Educação nacionalista

Orientar a educação embebendo-a de ensinamentos cívicos é o que se pode chamar ensino nacionalista, em oposição de um lado ao ensino internacionalista e, de outro ao ensino regionalista, pelo qual se superestima uma região do país em detrimento das outras.

Educação popular

É a educação das massas, decorrente do sentimento democrático da época e da orientação social da educação. Também se denomina assim a instrução primária, mas de fato, com a educação popular deseja-se alcançar algo mais - a elevação do nível cultural do povo.

Educação pré-escolar

Não há, propriamente, pré-educação, porque, desde o berço e mesmo antes de nascer, a criança recebe de certo modo, pelo menos educação física.

Educação preventiva

O problema de prevenir, não é apenas pedagógico mas, biológico e social. Prevenir vale mais que curar. Em essência, toda educação tem caráter preventivo, pois procura evitar para o educando males ulteriores.

Educação sexual

Para iniciar o educando no conhecimento dos fenômenos da reprodução humana e, por outro lado, para indicar-lhe meios de evitar a propagação de certas enfermidades, querem alguns que precocemente os pais ou os mestres o iniciem nesses conhecimentos, tirando-lhes o valor de mistério e o desejo de neles se instruir com professores de sua idade ou, maldosos.

Em princípio, a idéia seria aceitável, não fora o perigo de por antecipação despertar curiosidades malsãs; em qualquer caso deverá ser sempre feita com imensa discrição e extremo cuidado.

Educação superior

Último grau da instrução intelectual, que pode ter o remate final no doutorado ou, ficar no simples bacharelado.

Educação supletiva

É a que se precisa dar a quem nada recebeu na idade apropriada ou, incompleta. Instituições de educação supletiva multiplicam-se presentemente e entre elas as de difusão cultural.



070 - EDUCAÇÃO BRASILEIRA

(Segundo Theobaldo Miranda Santos)

A evolução histórica da educação brasileira, ocorreu em quatro períodos distintos - como segue:


I - Período Colonial

Os jesuítas foram os primeiros educadores do Brazil. Pioneiros da Contra-reforma na sua reação vigorosa contra a revolução protestante, eles colocaram a catequese dos nativos e a educação das novas gerações, como principais objetivos da sua Companhia de Jesus.

Estavam solidamente preparados para essa missão; possuíam uma fé religiosa viva e inquebrantável, aliada a uma cultura humanista ampla e profunda.

Quando os primeiros jesuítas chegaram ao Brazil-colônia, havia meio século que os portugueses o tinham descoberto e a situação em que se encontrava, era triste e desoladora.

Portugal só queria que o Brazil-colônia produzisse ouro, prata, brilhante e produtos naturais; embaraçava o comércio, não atendia à indústria, mandava destruir os teares da Capitania de Minas Gerais e proibia os ofícios de ourives, lapidários, fundidores, cizeladores e cunhadores - isso também, nas capitanias da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Não permitia que a educação se expandisse e a vida intelectual florescesse; proibia a circulação de impressos, não admitia que se instalassem tipografias, recusou-se a abrir escolas, sufocando toda e qualquer manifestação de atividade cultural.

Portugal só se importava em explorar avidamente as riquezas naturais do Brazil-colônia, sem se interessar pelo desenvolvimento da sua civilização e pela expansão da sua cultura; procurava obter vantagem em tudo, em troca do nada.

Tudo isso realça, de modo eloqüente, o valor inestimável da obra realizada pelos jesuítas em prol da educação brasileira.

Em 1549, chegaram ao Brazil-colônia, junto com Tomé de Souza (1º Governador Geral), os primeiros jesuítas - eram quatro padres portugueses: Manuel da Nóbrega, Aspilcueta Navarro, Leonardo Nunes e Antônio Pires, além dos irmãos Vicente Rodrigues e Diogo Jácome.

Assim que desembarcaram na Bahia, os jesuítas trataram logo de fundar escolas e pouco tempo depois vamos encontrar o irmão Vicente Rodrigues, em Salvador, ensinando a ler, escrever e contar (matemática) a 20 meninos - a este pioneiro cabe a honra de ter sido o primeiro professor do Brazil-colônia; entretanto, para alguns historiadores, antes dessa escola em Salvador, estaria funcionando uma outra em S. Vicente (SP), sob a direção de Leonardo Nunes.

Em 1550, chegaram a S. Vicente (SP), vindos de Portugal, mais quatro jesuítas: Manuel Paiva, Afonso Brás, Francisco Pires e Salvador Rodrigues - trazendo em sua companhia sete meninos órfãos, para ajudarem na catequese.

Em 1553, aportam no Brazil-colônia, mais uma leva de jesuítas, sendo três padres portugueses: Luís da Grã, Brás Lourenço e Ambrósio Pires, além dos quatro irmãos José de Anchieta (do Tenerife), Antônio Blasquez (espanhol), João Gonçalves e Gregório Serrão (português).

Em 25 de janeiro de 1554, Manuel da Nóbrega (então “Provincial da Ordem”) - transferiu a escola de S. Vicente, para Piratinga (SP) - e assim, no dia em que se festeja a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, fundaram o primeiro colégio dos jesuítas no Brazil-colônia - na hoje, cidade de São Paulo (SP).

No “Colégio de S. Paulo” - Anchieta dava aulas de leitura, escrita, contas (matemática) e música aos nativos, aos filhos de portugueses e aos próprios irmãos; por isso se diz, que: “A alma da educação brasileira no período colonial foi, José de Anchieta (1534-1597).”

A este religioso se deve a primeira gramática da língua tupi-guarani, intitulada: Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brazil e publicada em Coimbra (Portugal), em 1595.

José de Anchieta redigiu também o Dicionário ou Vocabulário da Língua Tupi, a epístola Quem plurimarum Rerum Naturalium (descrição da natureza e costumes da capitania de S. Vicente - SP) e o poema à Virgem Santíssima De Beata Virgine Dei Matre Maria (o qual teria sido escrito nas areias da praia de Iperoígue (SP).

Como os nativos fossem sensíveis à música e às dramatizações, Anchieta compôs vários cânticos religiosos e alguns autos, entre os quais se destacaram A Pregação Universal e O Lázaro Pobre escritos em versos, na língua portuguesa e tupi - representados em Recife (PE), em 1575.

Em 1556, os jesuítas instalaram o Colégio da Bahia, sob a direção do Pe. Antônio Blasquez; em 1567, é fundado o Colégio do Rio de Janeiro e em 1575, o Colégio de Olinda (PE), sob a direção de Luís da Grã.

Por isso, em fins do século XVI se nos deparam no Brazil-colônia (entre cidades e vilas), 20 núcleos de população com cerca de 100.000 nativos e mestiços, catequizados e 30.000 europeus (entre pessoas de bem relativo, criminosos, degredados, bandidos e ladrões).

No século XVII, com a chegada do invasor holandês Maurício de Nassau - houve em Pernambuco um grande surto de desenvolvimento cultural; entre os invasores estavam cientistas eminentes, como o naturalista Marcgrave, o patologista Piso e outros. Na cidade que fundou em Pernambuco, Nassau construiu um jardim público, instalou uma escola e um observatório astronômico.

Em 1669, Portugal criou na Bahia e no Maranhão, aulas de artilharia militar, para defesa da rica colônia invadida; em 1738, a metrópole cria no Rio de Janeiro, mais uma aula de artilharia e no ano seguinte, dois Seminários para órfãos - o de S. Pedro e o de S. José (este último, em 1837 passou a denominar-se: Colégio Pedro II).

No século XVII, apesar dos obstáculos insuportáveis devido a extensão do território da colônia > o sistema escolar dos jesuítas havia atingido a um alto grau de desenvolvimento e compreendia numerosas escolas, como segue: Todos os Santos, na Bahia (1556); S. Sebastião, transferido em 1557, para o Morro do Castelo, no Rio de Janeiro; Olinda, em Pernambuco (1568); Sto. Inácio, em S. Paulo (1631); S. Miguel, em Santos (1652); S. Tiago, no Espírito Santo (1654); N. Senhora da Luz e o de Sto. Alexandre, em S. Luís do Maranhão (1652 e elevados a colégios perfeitos em 1670); N. Senhora do Ó, no Recife (1678); o da Paraíba (1683); e o Seminário de Belém, da Cachoeira (1687).

No século seguinte, foram instalados os seminários na Paraíba, em Paranaguá (PR), na Bahia, no Pará e no Maranhão. Entre os colégios jesuítas que tiveram maior realce, figura o Colégio de Todos os Santos (na Bahia) e o de S. Sebastião (no Rio de Janeiro).

Em 1759, o corajoso Sebastião José de Carvalho e Melo (Marques de Pombal) - expulsou os jesuítas do Brazil-colônia e confiscou todos os seus bens, porque eles se intrometiam em demasia nos negócios seculares (coisa que não é da alçada de nenhuma igreja) - então, surgem no Brazil-colônia, escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os Beneditinos, os Carmelitas e os Franciscanos.

Nessa época, os jesuítas possuíam no Reino: 24 colégios e 17 residências; no Brazil-colônia eles possuíam: 17 colégios, 25 residências, 36 missões e seminários maiores.

Em 1774, são criadas duas aulas régias - uma de filosofia, no Rio de Janeiro (RJ) e outra de latim, em S. João del-Rei (MG).

Em 1782, o vice-rei D. Luís de Vasconcelos funda no Rio de Janeiro, a Escola de Retórica e Poética e a Casa dos Pássaros - da qual, mais tarde se originou o Museu Nacional.

Em 1789, é fundado o Seminário de Olinda, por iniciativa de Azevedo Coutinho - onde é nítida a influência dos princípios das reformas pombalinas, inspiradas nas idéias dos enciclopedistas.

Em 1799, são criadas ainda em Pernambuco, as cadeiras de aritmética, geometria e trigonometria.


II - Período Monárquico

Esse período se desenvolveu em duas fases: Reino e Império.

No reinado de D. João VI - primeiro, como Regente de D. Maria I (sua mãe) e depois, com “Rei de Portugal, Brazil e Algarve”.

Tendo ele notícias da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, embarca apressadamente para o Brazil-colônia onde chega em Salvador (BA), aos 22 de janeiro de 1808; nesse mesmo dia, por sugestão do Visconde de Cairú, DECRETA a abertura dos portos do Brazil, ao comércio estrangeiro.

A 1º de abril do mesmo ano, já no Rio de Janeiro - derroga o alvará de 5 de janeiro de 1785, que fechara todas as fábricas e a 13 de maio, funda a Imprensa Régia - o que possibilita a publicação (ainda em 1808), da Gazeta do Rio de Janeiro (marco inicial do jornalismo brasileiro).

Apesar das instituições culturais criadas nessa época, sente-se na obra educacional de D. João VI > um sentido utilitário e profissional.

Em 1808, foram criadas a Academia de Guardas-Marinhas e em 1810, a Academia Real Militar (que em 1858, passou a chamar-se Escola Central - em 1874, passou a Escola Politécnica - e atualmente Escola Nacional de Engenharia).

Para a preparação de médicos cirurgiões necessários à Marinha e ao Exército - foram criados em 1808, na Bahia o Curso de Cirurgia que se instalou no Hospital Militar e, no Rio de Janeiro, os Cursos de Anatomia e de Cirurgia, aos quais se acrescentaram em 1809, os de Medicina.

Havia ainda deficiência de técnicos em economia, agricultura e indústria; por isso, fundou-se na Bahia, a cadeira de Economia e o curso de Agricultura (em 1808); o curso de Química (em 1812); e o curso de Desenho Técnico (em 1818).

Em 1810, no Rio de Janeiro, são criados o Jardim Botânico e a Biblioteca Real (com 60 mil volumes); é fundado o laboratório de Química (em 1812) e o curso de Agricultura (em 1814).

Um balanço do ensino no tempo de D. João VI nos mostra que, apesar das numerosas escolas superiores e instituições culturais criadas - não houve progresso real em matéria de educação popular; o ensino primário e secundário, deficiente e fragmentário, não despertou o interesse do povo nem constituiu objeto de preocupação do Brazil-reino.

Proclamada a INDEPENDÊNCIA e fundado o Brazil-império aos 7 de setembro de 1822, a educação brasileira tornou-se um dos temas centrais da Constituinte. A única coisa conseguida nessa ocasião, foi inserir na CONSTITUIÇÃO de 11 de dezembro de 1823 (promulgada por D. Pedro I, depois de dissolvida a Constituinte) - foi o famoso artigo 179, assim redigido: “A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos.” - sendo o Brasil, um dos primeiros países do mundo a estabelecer em lei, o ensino elementar gratuito.

Em 1834, sob a influência dos Liberais, que dominaram a política da REGÊNCIA - foi decretado o Ato Adicional que transferiu às Províncias a alçada de legislar sobre a instrução pública (elementar e complementar).

A não ser a criação do Arquivo Público e do Instituto Histórico (ambos, no Rio de Janeiro, em 1838) e a reforma do ensino elementar e normal de S. Paulo, em 1846 - nada se registra de notável na educação brasileira, entre 1835 e 1850.

Em 1851, é decretada a reforma do ensino - de Luís Pereira Couto Ferraz que foi regulamentada em 1854.

Em 1870, é apresentado o projeto de Paulino de Sousa - que mostra a necessidade das leis educacionais serem cumpridas; e o projeto de João Alfredo - que estabelece a obrigatoriedade do ensino primário e secundário em cada município do Brazil.

Ainda em 1870, é decretada a reforma do ensino de Leôncio de Carvalho > a última, do Brazil-império - que foi substituída pela reforma republicana de Benjamim Constant (em 1890).

Todas as REFORMAS de ensino promulgadas no período monárquico, nos mostram a falta de uma base doutrinária equilibrada e de uma política educacional definida. Em suma, o balanço da obra educacional deste período, não apresenta resultados animadores, pois o ensino brasileiro sempre foi fragmentário, sem um plano nacional que lhe emprestasse uma estrutura orgânica.


III - Período Republicano

Com a República, a educação passa a ser considerada como problema fundamental da nacionalidade; reconhece-se a sua importância, não apenas como instrumento de preparação profissional, mas antes e sobretudo, como meio de aperfeiçoamento do indivíduo e da sociedade.

Há entre nos brasileiros uma dissociação entre o espírito e a terra, o divórcio entre a lei e o fato, o desequilíbrio entre o progresso cultural e o material; ao lado disso, o nosso sentimento prático, o nosso irreprimível individualismo político, a nossa instabilidade (carnal, espiritual e mental), a nossa inconstância ideológica, a nossa tendência para a superficialidade e para a improvisação - constituindo-se em sérios obstáculos, para o desenvolvimento educacional de nossa querida pátria.

Ao iniciar-se o período republicano, o Brasil atravessa uma fase de profundas transformações sociais, econômicas e políticas - deixando de existir as divisões de classes entre a nobreza parasitária e sugadora da pátria - e os desafortunados súditos plebeus, desta.

A mentalidade que domina a educação brasileira até a “Primeira Grande Guerra” (1914-1918) é a mesma que se plasmou no Brazil-colônia e no Brazil-monárquico - até à reforma de Benjamim Constant Botelho de Magalhães (em 1890), introduzindo as idéias positivistas do francês Augusto de Comte.

Ocorre a descentralização do ensino, instaurada pelo Ato Adicional Republicano que tomou a forma federativa, com os Estados sendo fiscalizados pelo Governo Federal - facilitou em muito a reestruturação da educação brasileira.

Em 1901, surge o Código dos Institutos Oficiais de Ensino Secundário e Superior - de autoria de Epitácio Pessoa.

Em 1911, é decretada a reforma educacional de Rivadávia Corrêa baseada nos ideais do ensino livre, sofrendo uma experiência desastrosa.

Em 1915, ocorre a reforma educacional de Carlos Maximiliano criando o sistema de vestibulares.

Em 1925, ocorre a reforma educacional de Rocha Vaz - quando, foi criado o “Departamento Nacional de Ensino” - sendo considerada um grande avanço.

Essas sucessivas reformas geraram uma rotina de desequilíbrio educacional em nosso país e nesta área começaram a aparecer as DOUTRINAS ESTRANGEIRAS (que por sua vez geravam novas reformas e novas tentativas de reconstrução > uma verdadeira confusão educacional).

Essas “doutrinas pedagógicas” determinaram um clima de insatisfação nacional e um estado de ânsia por novas formas de pensamento e de ação - surgindo as REVOLTAS de 1922, 1924, 1927 e 1928.

A inquietação ideológica e política que vinha agitando o país, desde a “Primeira Grande Guerra” (1914-1918), num ritmo cada vez mais intenso, culmina com a “Revolução de 1930” tendo à frente o grande estadista Dr. Getúlio Dorneles Vargas (gaúcho lúcido, enérgico e honesto) > de início, não apresentou um PLANO político-social orgânico e definido; entretanto, o espírito de sadio patriotismo que animou os revoltosos e o sentido de renovação resultante, criou uma atmosfera propícia ao aparecimento de novos homens e de novas idéias.

Em 1930, um dos primeiros atos do governo revolucionário, foi a criação do MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e SAÚDE, cuja pasta foi entregue a Francisco Campos (de espírito esclarecido e empreendedor), realizou uma reforma no ensino primário, secundário e superior > pondo fim àquela bagunça educacional brasileira.

À partir de 1930, nota-se o aparecimento de numerosos livros sobre educação, exprimindo o poderoso movimento de renovação pedagógica que empolgava os círculos educacionais do país; surgem duas correntes antagônicas - uma espiritualista (cristã) e outra agnóstica (naturalista).

Surgiram diversos movimentos: Departamento de Educação de São Paulo (1931); Manifesto Educacional (1932); Universidade de São Paulo (1934); Universidade do Distrito Federal (1935; Universidade do Brasil (1939); Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto de Santa Úrsula (1940).

Em 10 de novembro de 1937, ocorre no Brasil um “Golpe de Estado” que impôs um regime unitário, orgânico e autoritário (porém, sem interromper o ritmo ascendente do progresso educacional brasileiro), gerando uma Nova Constituição estabelecendo pelo art. 128, que “a arte e a ciência e o seu ensino são livres à iniciativa individual e à de associações ou pessoas coletivas, públicas ou particulares” e em seu art. 129 reza que “às classes menos favorecidas e é, em matéria de educação, o primeiro dever do Estado”.

O “Ministério da Educação e Saúde” - entregue a Gustavo Capanema (homem de largo descortino intelectual, entra em grande atividade, promovendo uma série de iniciativas de amplo alcance educativo; sob esse ministério ocorrem as seguintes fundações: Faculdade Nacional de Filosofia, Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos.

Em 1941, é decretada a lei orgânica do ensino industrial que encerra um sistema completo de educação técnico-profissional - SENAI, SESC, SESI, etc.

Em 1942, é decretada a reforma do ensino secundário em dois ciclos: o primeiro compreendendo um só curso - Ginasial; o segundo, compreendendo dois cursos paralelos - o Clássico e o curso Científico.

Em 1944, realiza-se a reforma do ensino pré-primário e primário, normal, supletivo e técnico.


IV - Período atual

A República não trouxe grandes modificações para o sistema educacional brasileiro; mantinha-se a obrigatoriedade do ensino primário, já estabelecida pela Constituição de 1824, mas continuava a existir uma tremenda distância entre a teoria e a realidade nacional.

Efetivamente, quase metade da população do país continuava mergulhada no analfabetismo; houve várias reformas na estrutura do ensino primário e secundário (em 1890, 1901, 1911, 1925 . . . . ).

Nenhuma delas, porém, alterou substancialmente o sistema educacional brasileiro; foi somente com a ascensão ao poder do Dr. Getúlio Dorneles Vargas com a criação do Ministério de Educação e Saúde (em 1930), que os problemas educacionais do Brasil começaram a receber um novo tratamento.

Ao mesmo tempo, surgiram as primeiras universidades brasileiras, agrupando várias escolas superiores: a primeira foi a Universidade de São Paulo (em 1934), logo seguida pela Universidade do Brasil e pela Universidade Católica, ambas do Rio de Janeiro.

Pouco depois (em 1941), foi criado o ensino técnico (comercial, industrial e agrícola), destinado a formar elementos especializados de nível médio.

Em 1942, o ensino secundário foi dividido em dois ciclos (ginasial e colegial), prevalecendo o sistema até o governo Médici.

Em 1971, o ministro da Educação e Cultura Jarbas Passarinho, introduziu uma importante modificação (o curso ginasial foi incorporado ao primário, formando um ensino de 1º grau, obrigatório e gratuito, com duração de oito anos.

O curso colegial, passou a ser denominado ensino de 2º grau, com duração de três anos (ou quatro, em casos especiais).

A finalidade dessa reforma foi dar ao educando uma formação profissional que o capacite a exercer uma atividade bem remunerada, independentemente de possuir ou não, um curso superior.

Quanto ao problema do analfabetismo, o ministro Jarbas Passarinho propôs a criação do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), visando eliminar essa gravíssima falha de nossa cultura.

Instalado oficialmente em setembro de 1970, o MOBRAL alcançou razoável êxito, apesar das dificuldades de penetração nas regiões mais isoladas do país.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - os índices de analfabetismo no Brasil, são os seguintes:

1960 - 39,5%

1970 - 29,2%

1976 - 21,1%

1993 - 11,3%

2003 - 3,0%

Outro fator desfavorável foi de somente 5% da população escolar que inicia o curso primário consegue chegar às universidades; ora, a expansão do ensino universitário, mormente nos ramos técnicos, é uma necessidade inadiável, pois o Brasil não pode ficar à margem do progresso tecnológico mundial.

Todavia, não se deve pensar que a criação indiscriminada de escolas superiores virá solucionar o problema; devemos cuidar que não é o fator quantitativo, mas acima de tudo o qualitativo que deverá prevalecer.

Sem docentes de alto nível, os cursos superiores brasileiros não atingirão o grau de excelência já alcançado por algumas universidades do Brasil.

Em 2004, o ministro da Educação e Cultura Tarso Genro - propôs um programa de reserva de vagas nas universidades (públicas e privadas), por origem racial e por posses econômicas > o que gerou muita polêmica e discussão, pois aconteceu que, um universitário de origem preta ou amarela, com um baixo aproveitamento (digamos) de 20%, ganha a vaga de um universitário branco de alto aproveitamento (digamos) de 90% - o que não é justo, segundo disseram os próprios universitários favorecidos que sentiram envergonhados e abdicaram desse direito - até mesmo acontecendo declinações de tais favores oficiais.

Enquanto isso . . . sabemos que, é com o andar da carroça que as melancias se ajeitam!



071 - EDUCAÇÃO DOS FILHOS

JC - 05 / 06-03-2005

Houve em Israel (lá pelos idos de 1140 até 1063 a. C.), um Sumo Sacerdote chamado Hely e que também foi Juiz do povo de Deus.

Hely sabia da instrução que JEOVAH havia dado a Abraão, conforme o seguinte: “Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo.” (Gn. 18:19)

Este homem, que soube educar muito bem ao profeta Samuel (último Juiz de Israel), não soube educar os seus próprios filhos Hofny e Finéias, que mesmo desviados do verdadeiro caminho, foram ordenados Sacerdotes do Altíssimo, por seu pai; o sacerdócio era desprezado, prevalecendo entre eles a impiedade, mesmo a idolatria e Hely não repreendia seus negligentes filhos.

Foi então, que veio um homem de Deus a Hely e disse-lhe: Por que honras a teus filhos, mais do que a Mim? Deus acusou Hely de honrar seus filhos mais do que ao Senhor; Hely permitia que o ofício sacerdotal designado por Deus como uma bênção a Israel, se tornasse coisa desprezível e isto em vez de reduzir seus filhos ao opróbrio pelas práticas ímpias e abomináveis, cometidas por eles.

Amigos! Assim acontece hoje. Aqueles que seguem suas próprias inclinações, com uma afeição cega para com seus filhos, condescendendo com eles na satisfação de seus desejos egoístas e não fazem uso da autoridade de Deus, para repreendê-los e corrigi-los do mal que praticam, tornam manifesto que estão honrando seus ímpios filhos, mais do que a Deus. Estão mais ansiosos por defender a reputação deles do que glorificar a Deus; mais desejosos de agradar a seus filhos do que comprazer ao Senhor JEOVAH e guardar o Seu serviço de toda a aparência do mal.

Aqueles pais que tem muito pouca coragem para reprovar o mal que os filhos cometem, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um esforço ardoroso, para purificar a família, são responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência ao dever de cidadão; somos precisamente tão responsáveis pelos males que poderíamos ter obstado nos outros, pelo exercício da autoridade paterna, como se esses atos tivessem sido nossos.

Muitos pais, procuram se auto sugerir, assim dizendo: São muito novos para serem castigados; esperemos que fiquem mais adultos e possamos entender-nos com eles. Assim, os maus hábitos são deixados a se fortalecerem até que se tornam uma segunda natureza, a dos filhos mandarem nos pais. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de caráter que são uma verdadeira maldição para a humanidade, por toda a vida, podendo influenciar os outros do bairro, instalando-se alí naqueles adolescentes > futuros delinqüentes.

Não há maior desgraça para os lares, do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho, sem uma boa orientação que proceda dos altos céus; falo de cadeira e graças a Deus, não me envergonho dos meus cinco filhos. As ações deles falam por eles; seus atos, suas profissões estão influenciando a muitos. Outro dia, dois deles visitaram sua antiga Escola João Neves e uma professora os convidou a proferirem palestra (em data oportuna), aos discípulos de hoje, como ex-alunos vencedores. E tudo isso, por que? Porque Deus sempre esteve em primeiro lugar.

Eis aqui alguns provérbios que estão escritos na Bíblia: “Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.” (Pv. 3:11 e 12)

“O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria e a ciência do Santo a prudência.” (Pv. 9:10)

“O que retém a sua vara aborrece a seu filho; mas, o que o ama, a seu tempo o castiga.” (Pv. 13:24)

“Instrui a criança no caminho em que deve andar e até quando envelhecer, não se desviará dele.” (Pv. 22:6)



072 - ENCANTAMENTO

JC - 10-12-2002

A palavra ENCANTAMENTO deriva de “encantação” que designa - influência sobrenatural que transforma e seduz as pessoas.

01 – Existia essa doutrina nos tempos antigos?
SIM - vejamos o que está escrito na Bíblia: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis contaminando-vos com eles, porque EU sou o Senhor vosso Deus.” (Levítico 19:31).

02 – Como Deus, considera os feiticeiros?
“E chegar-Me-ei a vós para juízo e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros.” (Malaquias 3:5).

03 – Que diz Deus, dos ensinos dos agoureiros e encantadores?
“E não deis ouvidos aos ... vossos agoureiros e aos vossos encantadores, ... porque mentiras vos profetizam, para vos mandarem ...” (Jeremias 27:9 e 10).

04 – Antes da entrada dos israelitas em Canaã, que instruções deu Moisés no tocante a essas coisas?
“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme às abominações daquela gente. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dEle. Perfeito serás como o Senhor teu Deus.” (Deuteronômio 18:9-13).

05 –No regime teocrático de Israel, que lei havia, relativa aos feiticeiros e aos que tinham espírito adivinho?
“A feitiçaria não deixarás viver.” (Êxodo 22:18).
“Quando pois algum homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho, ou for encantador, certamente morrerão.” (Levítico 20:27).

06 – O que deverá fazer alguém se for convidado a consultar os mortos?
“Quando vos disserem: Consultai os que tem espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes - não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?” (Isaías 8:19).

07 – Quanto sabem os mortos do que acontece aos vivos?
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma.” (Eclesiastes 9:5).

08 – Que texto da Bíblia exclui a idéia de que os mortos voltam à terra para comunicarem-se com os vivos?
“Até o seu amor, o seu ódio, a sua inveja já pereceram e já não tem parte alguma neste mundo em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:6).

09 – Então, a quem atribuir os milagres realizados por espíritos que se dizem ser de algum santo, santa ou doutor morto em outra época?
“Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios.” (Apocalípse 16:14).

10 – Como encanta Satanás?
“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” (II Coríntios 11:14).
Se Satanás se transfigura em anjo de luz é muito mais fácil dizer que é tal santo, santa ou aquele doutor já morto.

11 – Que parte desempenham os agentes do Diabo?
“Não é muito que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça.” (II Coríntios 11:15).
Fazem curas naqueles doentes que alcançam milagres supondo que procede do bem, granjeando louvor para este ou aquele beato morto.

12 – Que advertência nos foi dada pelo apóstolo Pedro?
“Sede sóbrios; vigiai, porque o Diabo (vosso adversário), anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa enganar.” (I Pedro 5:8).



073 - ENGANO

JC - 22 / 23-06-02 e 11 / 12-01-03

A palavra ENGANO é um substantivo masculino e designa - logro, erro, ilusão.

Sem dúvida nenhuma, o primeiro ENGANO ocorrido na Terra, foi quando o diabo (disfarçado de serpente), ENGANOU Eva (a primeira mulher), dizendo que ela poderia comer daquele fruto proibido, pois - Certamente não morreria. (Gênesis 3:4 + II Coríntios 11:3 + I Timóteo 2:14).

À seguir, apresentaremos diversas passagens bíblicas que nos falam sobre o ENGANO:

01 - O rei Davi, dentre tantas recomendações, fez esta: “Guarda a tua língua do mal e os teus lábios de falarem ENGANOSAMENTE.” (Salmos 34:13).

02 - “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos ENGANE; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e ENGANARÃO a muitos.” (Mateus 24:4 e 5 + Marcos 13:5 + Efésios 5:6).

03 - “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, ENGANARIAM até os escolhidos.” (Mateus 24:24).

04 - O apóstolo Paulo escreveu - “Não vos ENGANEIS: as más conversações corrompem os bons costumes.” (I Coríntios 15:33).

05 - Outra grande admoestação do apóstolo Paulo - “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo ENGANO dos homens que com astúcia ENGANAM fraudulosamente.” (Efésios 4:14).

06 - Mais um ensino do apóstolo Paulo - “E digo isto, para que ninguém vos ENGANE com palavras persuasivas.” (Colossenses 2:4).

07 - O apóstolo Paulo nos diz que, quem fala engano é o ENGANADOR - “Mas o Espírito Santo expressamente diz que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos ENGANADORES e a doutrinas de demônios.” (I Timóteo 4:1).

08 - Paulo escreveu ao seu amigo Timóteo - “Mas os homens maus e ENGANADORES irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” (II Timóteo 3:13).

09 - O apóstolo Pedro também nos ensina - “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal e os seus lábios não falem ENGANO.” (I Pedro 3:10).

No mundo de hoje, há um “cem número” de religiões que dizem seguir os mandamentos da “Lei de Deus” ... que afirmam seguir aos ensinamentos de Jesus ... que se arrogam fazer curas e milagres em nome de Jesus ... em fim, que se dizem cristãs num verdadeiro “Aleluia - Senhor! Senhor!”; por certo, o ENGANO está neste meio e só a Bíblia poderá dirimir tamanho embaraço.

Vamos consultar o que “está escrito” a esse respeito, no evangelho de São João, passagem na qual JESUS declarava-se Filho de Deus e igual ao Pai, quando Ele disse: “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39).

Pois bem! Então, vamos Examinar as Escrituras, para saber quem é quem, nessa verdadeira BABILÔLIA de religiões, consultando aos escritos do profeta Isaías:

“À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” (Isaías 8:20 - versão protestante).

“Antes à lei e ao testemunho é que se deve recorrer. Porém se eles não falarem na conformidade desta palavra, não raiará para eles a luz da manhã.” (Isaías 8:20 - versão ‘vulgata’ católica).

Portanto, concluímos que - devemos guardar a LEI de DEUS (Êxodo 20:3-17 + Deuteronômio 5:7-21) e observar o testemunho dado por JESUS, quando Ele diz - “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.” (João 14:15 - versão protestante) - e mais - “Aquele que diz que o conhece, e não guarda os seus mandamentos, é um mentiroso, e não há nele a verdade.” (I João 2:4 - versão ‘vulgata’ católica) - e ainda - “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos.” (I João 5:2 e 3 - versão ‘beneditinos’ católica).



074 - ENTREPELAGENS DOS EGUARIÇOS

JC - 23 / 24-08-2003 + 30 / 31-08-2003

O cavalo crioulo é de porte médio, forte, vigoroso, com tronco musculoso, amplo e profundo; a altura desses eguariços adultos varia de 1,40m a 1,50m e o perímetro torácico oscila de 1,75m a 1,85m.

A relação “altura / perímetro torácico” permite ao mesmo tempo, suportar peso superior a 8 (oito) arrobas (120Kg) sobre seu dorso.

A PELAGEM é variada, embora a predominância recaia em gateados, mouros, rosilhos, alazões, zainos, pretos e tordilhos (ocorrendo nessa ordem decrescente), com 309 entrepelagens, conforme segue:

01 - ALAZÃO - Diz-se do eguariço de pêlo arruivado (cor-de-canela); crina, manto superior, cola um pouco mais clara e olhos escuros.
Possui 13 (treze) entrepêlos: claro, doradilho, escuro, gateado, lavado, overo, overo-combinado, overo-negro, pinhão, rabicano, rosilho, ruivo e tostado.

02 - AZULEGO - Diz-se do eguariço de pêlo escuro com pintinhas brancas e pretas, que formam um conjunto assemelhado ao azul; crina, cola, manto composto por cerdas (cabelos curtos na parte posterior das patas) pretas-e-brancas e olhos escuros.
Possui 6 (seis) entrepêlos: branco, claro, escuro, morado, nevado e overo.

03 - BAIO - Diz-se do eguariço de pêlo amarelado; crina, cola, manto superior e cerdas negras; remos e sabugo negros (cabos negros) e olhos escuros.
Possui 20 (vinte) entrepêlos: azafranado (zarcão bem escuro), azeitonado, azulego, barroso, branco, doradilho, encerado, gateado, gemada, lobuno, malhado, overo, overo-azulego, overo-combinado, palomino, patito, rabicano, rosilho, sebruno e tostado.

04 - BARROSO - Diz-se do eguariço de pêlo amarelo-claro (da cor de barro); crina, cola, cerdas negras, manto de diversas tonalidades e olhos escuros.
Possui 14 (quatorze) entrepêlos: baio, claro, doradilho, escuro, gateado, lobuno, overo, overo-combinado, overo-negro, rabicano, rosilho, sebruno, tostado e zaino.

05 - BRANCO - Diz-se do eguariço de pêlo extremamente branco; crina, cola, cerdas brancas, manto branco e olhos escuros.
Possui 3 (três) entrepêlos: overo, porcelano e prateado.

06 - DORADILHO - Diz-se do eguariço de pêlo dourado; crina, cola, sobrancelhas negras e olhos negros.
Possui 16 (dezesseis) entrepêlos: alazão, baio, barroso, claro, escuro, gateado, lobuno, overo, pangaré, pinhão, rabicano, rosilho, sebruno, tostado, vermelho e zaino.

07 - ENTREPELADO - Diz-se do eguariço de pêlo mesclado com todas as pelagens; crina, cola, cerdas e manto também mesclados.
Possui 9 (nove) entrepêlos: azulego, branco, claro, escuro, overo, overo-azulego, overo-combinado, pinhão e vermelho.

08 - GATEADO - Diz-se do eguariço de pêlo apizarrado com uma raia negra pelo filão do lombo; crina, cola e manto negros; olhos escuros.
Possui 17 (dezessete) entrepêlos: alazão, baio, barroso, bragado, branco, ceniza, claro, doradilho, escuro, lobuno, overo, pinhão, rabicano, rosilho, sebruno, tostado e zaino.

09 - LOBUNO (Lubuno) - Diz-se do eguariço de pêlo gris-escuro, assemelhado ao pêlo de lobo; crina, cola, cerdas e olhos negros.
Possui 14 (quatorze) entrepêlos: baio, barroso, claro, doradilho, escuro, gateado, negro, overo, overo-combinado, rabicano, rosilho, sebruno, tostado e zaino.

10 - MALHADO (Tobiano) - Diz-se do eguariço de pêlo bicolor, de fundo claro, manchado em qualquer região por placas orladas de pelagens diversas, em especial, escuras.
Possui 18 (dezoito) entrepêlos: alazão, azulego, baio, barroso, entrepelado, gateado, lobuno, moro, negro, pangaré, overo, pinhão, rosado, ruano, sebruno, tordilho, tostado e zaino.

11 - MORO - Diz-se do eguariço de pêlo salpicado de preto e branco; crina, cola, cerdas, manto e olhos negros.
Possui 7 (sete) entrepêlos: claro, escuro, lobuno, negro, overo, rabicano e rosilho.

12 - OVERO (Chita) - Diz-se do eguariço de pêlo basicamente branco, manchado por outras pelagens de bordas irregulares, sem apresentar orlas de contorno acentuadas.
Possui 20 (vinte) entrepêlos: alazão, azulego, baio, barroso, combinado, doradilho, entrepelado, gateado, lobuno, moro, negro, pangaré, pinhão, rosilho, sabino, sebruno, tordilho, tostado, vermelho e zaino.

13 - PALOMO (Melado) - Diz-se do eguariço de pêlo albino-creme; crina, cola, cerdas e manto totalmente albino-creme; olhos zargo-avermelhados e lacrimosos (enxerga pouco durante o dia e melhor que todos os outros, à noite).
Possui 4 (quatro) entrepêlos: albino, ovo-de-pato, overo e zarco.

14 - PANGARÉ - Diz-se do eguariço de pêlo pardo e de intensidade variável, mostrando-se mais claro no focinho, no baixo-ventre, na garganta, nas virilhas, no sovaco e bem claro na barriga (pança) com o lombo e os olhos escuros.
Possui 15 (quinze) entrepêlos: alazão, barroso, claro, doradilho, escuro, gateado, lobuno, overo, pinhão, rabicano, rosilho, sebruno, tostado, vermelho e zaino.

15 - PINHÃO (Castanho) - Diz-se do eguariço de pêlo da cor do pinhão maduro; crina e cola negras, cerdas castanhas, manto colorado-dourado e olhos escuros.
Possui 9 (nove) entrepêlos: alazão, claro, doradilho, escuro, gateado, overo, rabicano, rosilho e vermelho.

16 - PINTADO - Diz-se do eguariço de pêlo claro (tordilho) e cheio de pintas de outras pelagens; crina, cola e cerdas rosilhas-brancas ou brancas-totais.
Possui 7 (sete) entrepêlos: alazão, negro, overo, sebruno, tostado, vermelho e zaino.

17 - PRETO - Diz-se do eguariço de pêlo negro; crina, cola, manto, cerdas e olhos negros.
Possui 6 (seis) entrepêlos: arratonado, morcego, overo, rabicano, retinto (tapado) e rosilho-escuro.

18 - ROSILHO - Diz-se do eguariço de pêlo mesclado de colorado e branco; crina, cola, cerdas rabicanas e olhos castanhos.
Possui 6 (seis) entrepêlos: branco, claro, morado, nevado, overo e preto.

19 - RUANO - Diz-se do eguariço de pêlo acanelado; crina, cola e cerdas loiras (marfim-cremoso) e olhos escuros.
Possui 18 (dezoito) entrepêlos: alazão, baio, barroso, doradilho, entrepelado, gateado, ovo-de-pato, lobuno, moro, negro, pangaré, pinhão, sabino, sebruno, tordilho, tostado, vermelho e zaino.

20 - SABINO (Salino ou Salpicado) - Diz-se do eguariço de pêlo claro (tordilho) e salpicado com pequenas pintinhas de várias pelagens.
Possui 6 (seis) entrepêlos: azulego, morado, overo, overo-azulego, overo-combinado e petit-pois.

21 - SEBRUNO - Diz-se do eguariço de pêlo escuro, manto, remos, cara, crina, cola, cerdas e olhos negros.
Possui 18 (dezoito) entrepêlos: baio, barroso, claro, doradilho, escuro, gateado, lobuno, negro, overo, overo-combinado, overo-negro, pangaré, pinhão, rabicano, rosilho, tostado, vermelho e zaino.

22 - TORDILHO - Diz-se do eguariço de pêlo tordo (branco e preto), com focinho escuro; crina, cola e cerdas tordas; olhos escuros.
Possui 18 (dezoito) entrepêlos: azafranado, bataraz, baio, barroso, branco, claro, escuro, lunarejo, moro, negro, overo, overo-azulego, overo-combinado, pedrez, prateado, sabino, sebruno e tostado.

23 - TOSTADO - Diz-se do eguariço de pêlo pinhão-claro; crina, cola e cerdas um pouco mais escuras que o seu próprio pêlo e olhos escuros.
Possui 16 (dezesseis) entrepêlos: alazão, barroso, claro, doradilho, escuro, lobuno, overo, overo-combinado, overo-negro, pálido, pinhão, rabicano, requeimado, rosilho, tostado-pinhão e zaino.

24 - VERMELHO (Colorado) - Diz-se do eguariço de pêlo azafranado; crina, cola e olhos negros.
Possui 12 (doze) entrepêlos: claro, doradilho, gateado, lavado, overo, pangaré, pinhão, queimado, rabicano, rosilho, sangüíneo e tostado.

25 - ZAINO - Diz-se do eguariço de pêlo pinhão-escuro; crina, cola,, cerdas e olhos negros.
Possui 17 (dezessete) entrepêlos: baio, barroso, claro, doradilho, escuro, gateado, lobuno, negro, overo, overo-combinado, overo-negro, pangaré, pinhão, rosilho, sebruno tostado e vermelho.



075 - ERVA-MATE

JC - 17 / 18-03-2001

erta feita, um velho cacique guarany impedido pela idade, de ir à guerra e à caça, se consolava apenas com a companhia de sua jovem filha YARY; mas isso lhe trazia tristezas e aflições, sabendo que a sua YARY ficava privada das alegrias da juventude, para estar ao seu lado.

Numa ocasião, quando sua tribo partira em busca de sobrevivência e ficando só com sua filha, apareceu-lhe um estranho guerreiro, pedindo abrigo em sua jornada, dizendo ter vindo de muito longe ... Então, o velho cacique e a YARY o acolheram com respeito nobre, dando-lhe sua amizade nativa, da hospitalidade pampeana ...

Na manhã seguinte, o estranho andante, agora mais amigo do que forasteiro, ao manifestar a sua partida, falou dizendo ser um enviado do deus Tupã ; dirigiu-se ao velho cacique e indagou: O que te falta, meu bom amigo? - ao que, respondeu o cacique:

Assim, como desta afeição que nasceu entre nós, ao partires ficarei com a recordação saudosa da tua lembrança; tudo, nesta vida passa e ao passar nos deixa uma saudade preenchendo o vazio das ausências ... e, cada vez vamos ficando mais sós! - Dependentes da gratidão ou da pena de alguém que priva sua liberdade, para suavizar nossa solidão! - Gostaria de ter um COMPANHEIRO compreensivo, no meu silêncio de recordações, cheio de paciência, sem críticas e que juntos pudéssemos distrair os momentos de espera na velhice! - Que sempre me desse a força do calor que tem a amizade das mão amigas! - Só assim, eu poderia descompromissar a liberdade de minha filha YARY.

O enviado de Tupã, ouviu com atenção as justas razões do velho cacique e depois, disse-lhe: Vou te dar duas graças (alcançando-lhe um ramo de folhas).

1ª - Esta planta chama-se CAÁ (Erva-mate); nela encontrarás uma seiva digna dos nobres de coração, servirá para te dar alento, trará vigor ao teu povo e será o “amigo” silencioso e sem críticas em todos os momentos que necessitardes de um companheiro.

2ª - Será que, de hoje em diante, tua filha YARY será chamada de CAÁ-YARY, a “deusa dos ervais e dos ervateiros”.

Segundo contam os guaranys, CAÁ-YARY se revolta diante da infidelidade dos homens, fazendo com que os fardos de caá (erva), carregados em raídos pelos tarefeiros, se tornem pesados no transporte e leves na pesagem (quando os tarefeiros forem ruins), porém, leves no transporte e pesados na pesagem (quando os tarefeiros forem bons).

Um pé de ERVA-MATE adulta possui a aparência de uma laranjeira; seu tronco de casca lisa e esbranquiçada, tem em média 30 centímetros de espessura, possuindo folhas perenes (não caem no inverno), sua estatura varia de 6 a 8 metros de altura, o tronco é reto, com muitos ramos alternados - sendo que, um pé de ERVA-MATE com mais de 6 anos, produz em média 100 Kg de matéria-prima por safra.

Na América do Sul, existem mais de 280 espécies de ERVA-MATE e quase todas do gênero ILEX, classificadas pelo naturalista francês Auguste de Saint Hilaire (1819 / 1820), em cinco grandes famílias, como segue:

ILEX GIGANTEA - a erva-mate mais alta
ILEX ÂMARA - a mais amarga
ILEX REALIS - a mais suave
ILEX GUARANY - a mais verde
ILEX PARAGUARIENSIS - a mais aromática

No RGS, a Ilex Paraguariensis é a mais usada e até foi escolhida a Árvore Símbolo do Rio Grande do Sul - pela Lei Estadual Nº 7.439 (08-12-1980); no fabrico da erva (pela ervateira), ela passa por três operações bem definidas, como segue:

1º - Sapeco – Consiste em, logo após o corte dos ramos, eles passarem rápido por labaredas , para que os vasos de seiva das folhas, abram-se e a sudação seja facilitada - é a desidratação sem perder a cor verde.

2º - Secagem – Consiste na torrefação das folhas, por um dos métodos:
CARIJO – método artesanal e primitivo de calor direto;
BARBAQUÁ – método industrial e moderno de calor indireto.

3º - Cancheamento – Consiste na trituração das folhas, por um dos métodos:
PILONEADO no Pilão;
MOÍDO no Monjolo.

Como resultante das três operações acima mencionadas, sai o produto:

ERVA-MATE:
Pura-folha (tipo Argentina);
Barbaquá (tipo Missioneira – usado no RGS).



076 - ESCRÚPULO

JC - 17 / 18-09-2005

A palavra ESCRÚPULO é um substantivo masculino que designa - Obstáculo de consciência; ESCRUPULOSIDADE significa - Delicadeza de consciência; e o adjetivo ESCRUPULOSO qualifica > quem tem escrúpulos.

Depois de definirmos esse sugestivo “título” - vale comentá-lo. Hoje em dia, na educação dos filhos, os pais quase não explicam a maioria dos adjetivos qualificativos que se toma depois do uso da razão.

Grande maioria dos genitores, preocupados com a vida-dura hodierna, saem na procura e cata de uma melhor sobrevivência, para sua família; o pai segue para o seu trabalho e o mesmo faz a mãe, enquanto a criança fica à mercê dos cuidados dos bondosos avós ou algum outro parente generoso, uma creche ou mesmo uma doméstica sem boa formação de caráter, achando graça de toda traquinice do “miúdo” que se cria totalmente desenfreado, desobediente e irreverente, tornando-se depois - um tremendo inescrupuloso (sem a sã consciência, dado ao defeito de mexer no alheio).

Não resta nenhuma dúvida que, quando esse “anjinho” (para não classificá-lo de “diabinho”) crescer, será um candidato potencial à marginalidade; e toda a sociedade sabe que o lugar de marginal é em lugares destinados à reeducação, que deixou de receber no lar. Sim, porque nos colégios se adquire conhecimento e não educação.

Toda a criança criada sem lei, sem o conhecimento dos limites do sim e do não, sem uma verdadeira educação de procedimentos no comportamento de respeito para com o seu semelhante, quando mais tarde envergonhará os seus; por isso apresentamos os seguintes provérbios da Bíblia (a palavra de DEUS):

Instrui a criança no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv. 22:6)

A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o jovem entregue a si mesmo, envergonha seus pais. (Pv. 29:15)

O que retém a vara, aborrece a seu filho; mas o que o ama, a seu tempo o castiga. (Pv. 13:24)

Castiga a teu filho e te fará descansar e dará delícias à tua alma. (Pv. 29:17)

A educação de uma criança, começa pela noção do respeito ao CRIADOR, para que se torne um adulto temente ao nosso Deus.

O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa. (Pv. 8:13)

Filho meu: Não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. (Pv. 11 e 12)

Filhos, ouçam a correção dos pais e estejais atentos ao conhecimento da prudência. (Pv. 4:1)

O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e a ciência do Criador é a prudência. (Pv. 9:11)

Diante das inúmeras ocupações no mundo de hoje . . . das diferentes oportunidades de encantamentos mundanos . . . das várias oportunidades de burlar o escrúpulo . . . o ser humano ignora a escrupulosidade . . . e torna-se um inescrupuloso.

Já dizia Ruy Barbosa: De tanto ver crescer as injustiças; de tanto ver triunfar as nulidades e de tanto agigantar-se o poder nas mãos dos maus . . .

O homem chega a desanimar-se das virtudes, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.



077 - ESPERANÇA CRISTÃ

JC - 08 / 09-03-2003

Meditemos no texto bíblico de, I Pedro 1:3-7 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.

O tema central do texto acima é a esperança cristã, como a herança maravilhosa que Deus entrega a seus filhos nesta terra. Este texto foi escrito pelo apóstolo Pedro, no primeiro século de nossa era, para um grupo de pessoas que eram novas na fé. Mas as lições são valiosas para os cristãos de todos os tempos indistintamente de quão novos ou velhos sejam na experiência cristã.

Esse texto nos fala de esperança, mas entenda bem, esperança cristã não significa apenas um tipo de expectativa com relação ao futuro. Ela é o ingrediente que dá sentido a nossa vida presente. É ela que tira, de nossos dias rotineiros, as sombras da incerteza e deixa brilhar o sol da alegria. Fazer da esperança apenas uma possibilidade futura é torná-la simplesmente um desejo, anseio ou expectativa, mas não, a certeza de algo real. Perceba-se! a esperança cristã é muito mais que isso; é a certeza de que Deus tem um lugar preparado para nós, quando a história deste mundo chegar ao seu final. Isto nos leva à conclusão de que a esperança está intimamente relacionada com a fé. É isso que Pedro afirma: . . . sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé. (I Pedro 1:5).

É impossível para uma pessoa que não tem fé, poder ter esperança. A fé é o que gera a esperança - e fé, meu amigo, é confiança em Deus. Mas, para poder confiar em alguém, você precisa conhecer esse alguém. Para conhecer é necessário conviver com essa pessoa. Você não poderá nunca exercitar a fé se não for a Jesus do jeito que estiver, levando a Ele suas dúvidas e incredulidade. Ele é o autor da fé. Você precisa ir a Ele e cair aos Seus pés, depondo seu racionalismo, seu agnosticismo, seu humanismo ou secularismo.

Não é capaz de crer? Vá a Ele. Você sabe que precisa de Jesus, mas sente que tem o coração de pedra? Vá a Ele, como o pai daquele menino endemoninhado que um dia foi a Jesus e clamou: . . . ajuda-me na minha falta de fé. (Marcos 9:24).

Sabem o que ele estava querendo dizer? Senhor, meu jeito de crer é imperfeito, sou duro, tenho perdido a fé em tudo, mas preciso de Ti porque está tudo confuso na minha vida. Meu coração está vazio, meu lar está caindo aos pedaços, meus negócios estão indo à falência, não posso relacionar-me bem com as pessoas, estou sozinho, preciso de Ti, ajuda-me na minha incredulidade.

Ah, meu amigo, só a fé nos ajudará a manter viva a chama da esperança quando tudo parece escuro em nossa vida; e olhe para sua volta ... assista os noticiários na TV ou leia os jornais. Não está tudo saturado de miséria, tristeza, desonestidade e violência? Às vezes, você não sente-se inseguro e pergunta-se: Para onde vai este mundo? Não sente-se revoltado quando a injustiça vence a justiça? Bom, aqui é onde aparece o valor da esperança porque ela cria em você a certeza de que, apesar do mundo estar sendo consumido pelas chamas da loucura humana, você está seguro nos braços de Jesus. Não importa o que suceda hoje ou amanhã, Deus está cuidando de você. Isto é a esperança cristã.

Isto combina com o que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma, quando estavam sendo perseguidos: Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 8:38 e 39).

Outro aspecto do texto inicial, tem a ver com a esperança, como herança de Deus, para seus filhos, conforme está escrito: . . . para uma HERANÇA incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros . . . (I Pedro 1:4). Esta herança, obviamente, é a salvação.



078 - ESSÊNIOS - SADUCEUS - FARISEUS

JC - 18 / 19-01-2003

No tempo de JESUS CRISTO haviam três religiões entre os judeus, as quais vamos fazer um breve estudo, conforme segue:


ESSÊNIOS
Nome de uma ordem religiosa, existente no tempo de Cristo, composta de cerca de 4.000 homens que se dedicavam a uma vida ascética (ciência mística). Com o intuito de observar religiosamente a “lei cerimonial” (lei dos holocaustos e sacrifícios), formaram colônias em várias cidades da Judéia e no deserto de Engadi.

Cada uma dessa colônias possuía a sua própria sinagoga, consistindo em um largo salão que servia igualmente para as refeições e para as assembléias, bem como, para guardar os objetos indispensáveis aos banhos diários em águas correntes.

Qualquer pessoa que desejasse fazer parte da ordem, obrigava-se a abrir mão de tudo que possuía em favor dela. Liam aquela “lei de ordenanças” e esforçavam-se para seguí-la religiosamente, adotando hábitos simples no vestuário e na alimentação.


SADUCEUS
Nome de uma ordem religiosa, oposta à seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social.

A julgar pela sua ortografia, a palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk, entretanto, os rabinos diziam que deriva do nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano de 300 a. C.

1 - Estes, negavam a ressurreição e o juízo futuro, afirmavam que a alma morre com o corpo.

2 – Negavam a existência dos anjos e dos demônios.

3 – Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio.

4 – Renderam-se à influência da filosofia grega, adotando os princípios aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não pudesse ser provada pela pura razão.



FARISEUS
O vocábulo fariseu significa separado - nome de uma das três principais ordens religiosas judaicas.

Era a seita mais segura da religião judaica (Atos 26:5); com certeza, a seita dos fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus, com o objetivo de oferecer resistência aos helênicos (gregos eruditos), que se havia manifestado entre os judeus, tendente a adotar os costumes da Grécia.

Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio dos saduceus, crendo na imortalidade e na ressurreição do corpo. (Atos 23:8).

Os doutores fariseus cresciam em importância para explicar a “Lei dos Dez Mandamentos” e suas decisões extremas eram irrevogáveis (Mateus 15:2, 3 e 6); entretanto, constituíam a parte melhor da nação judaica, porém, com o decorrer do tempo desenvolveram-se a tal ponto que, de um modo geral, passaram a ser objeto de reprovação.

João Batista chamou fariseus e saduceus - de raça de víboras, diante da hipocrisia e orgulho deles, porque formavam uma corporação de intrigantes, dando atenção à minúcias das práticas externas (Mateus 5:20 + 16:6, 11, 12 e 23 + 23:1-39).

Tomaram parte saliente na conspiração contra JESUS CRISTO (Marcos 3:6 + João 11:46-57), apesar de haver entre eles, homens de alto valor, sinceros e retos como foram - Nicodemos (João 3:1-21) > Paulo de Tarso (Atos 23:6 + 26:5-7 + Filipenses 3:5) - Gamaliel (Atos 5:34-39 + 22:3).


HOJE - conheço só uma religião que guarda os Dez Mandamentos como os fariseus - entretanto, fazem como os fariseus, coam um mosquito e engolem camelos (Mateus 23:24) - procedem como os fariseus, julgam o viver dos irmãos (João 12:19) - agem como os fariseus expulsam da igreja, os faltosos (João 12:42) - esquecendo-se que os sãos não necessitam de médico e sim os doentes (Mateus 9:12) - e que, a separação do joio do trigo não é agora (Mateus 13:29 e 30) - será tarefa no final dos tempos, para os anjos do céu (Mateus 13:36-43).



079 - ETNIA

JC - 06 / 07-03-2004

Antropológicamente falando, a palavra ETNIA - é uma expressão proposta pelo congresso de antropologia de Amsterdã (1927), para designar os grupos de indivíduos com caracteres noológicos ou culturais semelhantes; esta palavra emprega-se somente quando em um mesmo grupo humano coincidem os caracteres somáticos e os culturais.

ETNIA - vem do grego ETNOS - que aportuguesando forma ETNO - que significa RAÇA; entra na composição de etnologia, etnografia, etnogenia.


ETNIA GAÚCHA
E fez-se a Pampa ... e Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, colocou sobre esse sonho-verde ... um ser forte que, de peito aberto, fé e coragem ... desbravou a terra e a transformou no País de sua gente; a esse ser imponente ... Deus deu o nome de Gaúcho.

O povo GAÚCHO foi formado das raízes nativas guarany’s . com a energia castellana ... a alma luso-brasileira ... o sacrifício africano ... e o sentimento açoriano; depois, recebeu um banho com o espírito laborioso alemão ... e mais tarde do italiano. Como se não bastasse, engrossou o caldo étnico e eclético-cultural com poloneses ... hebreus ... japoneses ... sírios ... libaneses ... afora, em menor quantidade de algum outro sangue.

Os guarany’s são da raça amarela, sendo jafetitas - que procedem de JAFETH (um dos três filhos de Noé), que recebeu como herança a Ásia e as Ilhas das Nações (Japão, Oceania e Américas); dos amarelos procedem as religiões > Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo, etc. > crenças politeístas como as dos nativos americanos, entre os quais > os guarany’s, que sentem um imenso orgulho em afirmar:

1 - CO IVI OGUERECO YARA (em guarany) ...

2 - TIENE DUEÑO ESTA TIERRA (em espanhol) ...

3 - ESTA TERRA TEM DONO (em português) ...

Os guarany’s não conhecem o som da letra “L” - por isso, dizem: muié (mulher), taié (talher), cuié (colher), canar (canal), oveia (ovelha), oreia (orelha), etc.; aprenderam a gostar de rinha de galo (que não deveria ser novo e nem velho - mas sim - um galo médio - um GALUCHO - que desta palavra, retirando-se a letra “L” fica formada GA_ÚCHO - ou GAÚCHO) e fica entendido o étimo da palavra GAÚCHO.


Somente para lembrar que dos demais filhos de Noé, procedem as seguintes religiões:

De SEHM, herdeiro da Europa e pai da raça branca, procedem as religiões - Judaismo, Cristianismo e Islamismo.
De CAN, herdeiro da África e pai da raça preta, procedem as religiões - Primais, Tribais e Tradicionais.
Consulte o desenho seguinte, para saber melhor as origens das raças e os seus cruzamentos, observando a legenda:

Brancos (filhos de SEHM);
Pretos (filhos de CAN);
Amarelos (filhos de JAFETH);

Branco + Preto = Mulatos;
Branco + Amarelo = Mamelucos (nossos gaúchos mais puros);
Preto + Anarelo = Cafuzos;

Mulato + Mameluco = Mestiços;
Mulato + Cafuzo = Pardos;
Mameluco + Cafuzo = Caboclos;

Mestiço + Pardo  (com)  Mestiço + Caboclo  (com)  Pardo + Caboclo = JUÇARA ( que é o tipo étnico resultante dos últimos cruzamentos raciais, ou os nossos gaúchos menos puros).



080 - EUTANÁSIA

JC - 26 / 27-10-2002

A palavra EUTANÁSIA vem de: EU + THÁNATOS (morte) = EUTANÁSIA - significa direito de morrer.

O debate sobre o assunto toma conta do mundo inteiro; afinal, temos o direito de escolher o jeito e o momento de morrer, ou não?

Um terço dos americanos leva a família à falência, no processo de morrer. Uma pesquisa mostra que nos Estados Unidos 57 % são à favor da eutanásia; no Canadá 76 %; na Austrália 81 % e no Brasil 49,6 %.

O Parlamento Holandês aprovou em 10 de abril de 2001, a legalização da eutanásia já adotada por 3,5 % dos holandeses.

O Dr.Jack Kevorkian - apelidado de “Doutor Morte”, passou dez anos desafiando a justiça, quando ainda fazia residência em patologia na Faculdade de Medicina, em Michigan (USA). Já naquele tempo, sua fixação por assuntos mórbidos assustava os colegas - ele passava horas fotografando as retinas dos moribundos, na tentativa de descobrir o momento exato em que a morte se torna irreversível. Era um aluno brilhante, mas, com idéias bem heterodoxas (escreveu Denis Russo Burgierman); propôs que os corpos dos condenados à morte fossem usados em experiências médicas e fez testes com transfusões de sangue de mortos para vivos.

Militantes temem que a eutanásia legalizada, leve ao holocausto; alguns não amam a vida, entretanto, a maioria gosta de viver e busca a eternidade.

Mas, o que dizem as principais religiões? ...


CATOLICISMO
Em 1980, o Vaticano divulgou uma “Declaração Sobre a Eutanásia”, na qual reitera que - nada nem ninguém pode de qualquer forma permitir que um ser humano inocente, seja morto, seja ele um feto ou um embrião, uma criança ou um adulto, um velho ou alguém sofrendo de uma doença incurável, ou uma pessoa que está morrendo.

Alguns católicos defendem o sofrimento na hora da morte como uma oportunidade para que se identifiquem com a agonia de Cristo.


JUDAISMO
Na Bíblia (Velho Testamento) é falado na sacralidade da vida humana; a posição da maioria dos religiosos é a de que a eutanásia e o suicídio assistido são uma ofensa a Deus. Alguns líderes judeus, entretanto, acreditam que manter uma vida por aparelhos pode impedir que a alma entre no paraíso.


ISLAMISMO
O Alcorão (a bíblia islã) diz: Não tire a vida que Alá (Deus) fez sagrada a não ser no exercício da Justiça. Os muçulmanos vêem a morte piedosa como um crime e um pecado.


HINDUISMO
Os hindus tem a obrigação de respeitar os velhos e de cuidar deles até a morte. Não se cogita tirar a vida de um moribundo.


BUDISMO
É a única das grandes religiões a aceitar a morte piedosa, quando o sofrimento de se manter vivo é pior que a morte. A decisão deve ser tomada caso a caso.


Nas minhas sete décadas de vida, já presenciei diversos moribundos sofrerem e até já torci para que o sofrimento deles acabasse logo, com a morte.

Mas, afinal tchê! - De que lado tu estás? ... és a favor ou contra a eutanásia? ... a legalização da “morte piedosa” faz o mundo inteiro pensar e se perguntar: Temos ou não, o direito de escolher como e quando nossa vida vai acabar? - E a minha resposta é - NÃO.

Seja qual for a tua resposta, vivente, busca a vida eterna.



081 - EVIDÊNCIAS DO NÚMERO SETE

JC - 29 / 30-9-2001

O número SETE é um número sagrado na cronologia Divina; nos atos diretos de Deus, na relação de sua Onipotência, na sua inspiração, no Culto Divino por ele ensinado aos homens e nas relações mútuas dos filhos de Deus, o número 7 aparece como sagrado; nisso, encaramos o número 7, como de Deus e número da perfeição.

Evidencia-se o número 7 bem no começo da história desse atual período da criação; esse número foi fundamentado, colocado por Deus como comprovante de que o mundo é uma obra Sua e é Sua propriedade.

O Gênesis revela, que a criação do mundo ocorreu num período de 7 dias e que esses, determinaram a semana original comprobatória da perfeição das obras de Deus; foi, também, nessa primitiva ocasião, que Deus salientou ainda de maneira evidente e especial, a importância do número 7 abençoando e santificando o 7º dia da semana (Gn. 2:1-3).

Depois da criação, Deus salientou ainda, a importância do número 7, no caso de Caim, em que ele declara que, aquele que matasse Caim, 7 vezes seria castigado (Gn. 4:15).

Na revelação de Deus ao homem, encontramos o número 7 como revelador duma seqüência perfeita; vejamos os sonhos do Faraó (das 7 vacas magras e as 7 vacas gordas - das 7 espigas miúdas e das 7 espigas graúdas) Gn.41:1-37.

Também, o número 7 aparece no caso da humilhação do rei Nabucodonosor, por um período determinado, manifesto a ele num sonho; o número 7 surge, para expressar o tempo de sua humilhação até que se submetesse a Deus (Dn. 4:1-37).

As revelações contidas no Apocalipse, estão repletas do número 7, indicando inteireza em suas cadeias proféticas: note-se, 7 castiçais, 7 igrejas, 7 selos, 7 estrelas, 7 trombetas, 7 cabeças do dragão, 7 cabeças da besta, 7 pragas, 7 lâmpadas de fogo, 7 pontas, 7 olhos, 7 trovões, 7 espíritos de Deus.

O antigo santuário (o Tabernáculo) de Israel, centro do culto Divino e do plano da salvação, estava repleto do número 7, senão vejamos: Na construção, foram empregadas 48 tábuas e 15 varais de madeira, num total de 63 (que é divisível por 7); continha 7 jogos de cortinas como coberta e véus; as cortinas que formavam a cerca do pátio, eram sustidas por 56 colunas (número que é divisível por 7); o seu mobiliário constava de 7 móveis (altar das ofertas, pia, mesa dos pães, castiçal com 7 lâmpadas, altar do incenso, arca e o incensário).

Era notável a evidência do número 7, na sagração dos sacerdotes oficiantes do santuário; a sagração durava 7 dias e nesses 7 dias, eram oferecidos 7 novilhos e 7 cordeiros (um cada manhã) e mais outros 7 cordeiros (um, cada tarde). Êx. 29:35-37.

7 eram as vestes do Sumo-sacerdote (Lv.8:6-9); Nm. 23:1); doze pedras havia no peito e duas nos ombros, perfazendo um total de 14 (que é divisível por 7).

No ritual do santuário, estava igualmente impregnado do número 7; na consagração do santuário, cada um dos príncipes das doze tribos, trouxeram 21 animais (para sacrifício), número que é divisível por 7 (Nm. 7:1-89; I Cr. 10:1-14); os sacrifícios de cada uma das festas anuais, eram divisíveis por 7 (28:11-31; 29:1-34); cada festa era celebrada por 7 dias; por 7 dias deveriam comer pães asmos (Êx. 12:15 e 9); e o sangue dos sacrifícios pelo pecado, era espargido 7 vezes perante o Senhor, diante do véu (Lv. 4:6); diante da evidência do número 7 no Culto Divino do santuário de Deus, constatamos sobejamente, que este número é verdadeiramente o número sagrado de Deus, em todo o seu trato para com seus filhos.

Mais algumas evidências, sobre o número 7. Nas leis sobre saúde, ditadas por Deus a Moisés, o número 7 tem constante referência (Lv. 12:1-8; 13:1-59; 14:1-57; 15:1-33; Nm. 12:1-16; 19:1-22); Naamam, 7 vezes deveria mergulhar no rio Jordão, para curar-se da lepra (II Rs. 5:10-14); 7 mulheres lançariam mão dum só homem, ou sejam, as 7 igrejas cristãs que lançariam mão do nome de Cristo (Is. 4:1); as palavras de Deus, são como que refinadas 7 vezes (Sl. 12:6); 7 são as colunas da sabedoria (Pv. 9:1); na Nova Terra, o sol e a lua brilharão 7 vezes mais (Is. 30:26); o cativeiro babilônico durou 70 anos e 70 semanas proféticas foram dadas aos judeus, como último prazo de graça (Dn. 9:13 e 24); um irmão deve perdoar o outro irmão, 70 vezes 7 (Mt. 18:22); Jericó foi rodeada 7 vezes, sendo 7 vezes no 7º dia (Js. 6:1-4); passados 7 dias de idade, o primogênito devia ser consagrado ao Senhor (Êx. 22:29-30); o 7º ano, era o ano da remissão (Dt. 15:1-9).

Os antigos servos de Deus, criam na santidade do número 7; a Noé, ordenou Deus, entrar na arca e só depois de 7 dias, vieram as chuvas do Dilúvio (Gn. 7:4); 7 casais de animais limpos devia Noé recolher na arca e ele mesmo enviou a pomba fora da arca, depois de passados 7 dias de tê-la enviado pela primeira vez (Gn. 8:10); Abraão, tomou 7 cordeiros como testemunho entre ele e Abimelek (Gn. 21:29-30); Jacó serviu a Labão dois períodos de 7 anos, por suas duas filhas (Gn. 29:18, 20 e 27); Elias ordena a seu moço, olhar 7 vezes aos lados do mar, até avistar vestígios de chuva (I Rs. 18:43); Balaão ordena a Balac, edificar 7 altares e preparar 7 bezerros e 7 carneiros (Nm. 23:1).



082 - EXPULSE A DÚVIDA SOBRE A BÍBLIA

JC - 12 / 13-06-2004

Este artigo foi extraído da revista DECISÃO - com a devida AUTORIZAÇÃO da Casa Publicadora Brasileira, graças ao seu editor o cachoeirense Rubem Scheffel - publicado em quatro partes.

Muitos há, especialmente entre os que são novos na vida cristã, que às vezes são perturbados por dúvidas. A Bíblia apresenta muitas coisas que não podem ser explicadas, nem mesmo serem compreendidas e Satanás se serve delas para abalar a fé dessas pessoas nas Sagradas Escrituras, como revelação de Deus. Elas perguntam: Como saber qual é o caminho verdadeiro? Se a Bíblia é, na verdade, a Palavra de Deus, como poderei libertar-me dessas dúvidas e incertezas?

O Senhor nunca pede que creiamos em alguma coisa sem nos dar suficientes provas sobre as quais possamos fundamentar a nossa fé. Sua existência, Seu caráter e a veracidade de Sua Palavra se baseiam em testemunhos que falam à nossa razão. E são muitos esses testemunhos. Deus, entretanto, não afasta a possibilidade da dúvida. Nossa fé deve se basear em evidências e não em demonstrações. Os que quiserem duvidar, encontrarão oportunidade, mas os que desejam realmente conhecer a verdade, poderão achar grande quantidade de provas onde poderão apoiar sua fé.

É impossível à mente mortal compreender o caráter e as obras do Infinito em toda a sua grandeza. Ao mais esclarecido entendimento, à mente mais educada, esse santo SER terá de permanecer sempre envolto em mistério. Você pensa que pode descobrir os segredos de Deus e conhecer completamente o Todo-Poderoso? O Céu não é o limite para Deus, mas você não pode chegar até lá; Deus conhece o mundo dos mortos, mas você não o conhece. (Jó 11:7 e 8)

O discípulo Paulo exclama: Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos os Seus conhecimentos e Sua sabedoria! Quem pode explicar as Suas decisões? Quem pode entender os Seus planos? (Rm. 11:33-35) - Embora nuvens e escuridão estejam ao redor dEle, justiça e juízo são a base do Seu trono. (Sal. 97:2 - versão Almeida).

Ao compreendermos Sua conduta para conosco e os motivos que O levaram a agir, podemos ser levados a reconhecer amor e misericórdia sem limites, unidos a um infinito poder. Dentre todos os Seus propósitos, podemos compreender aquilo que é necessário ao nosso bem. Quanto ao mais, devemos confiar ainda nAquele cuja mão é onipotente e cujo coração está repleto de amor.

A Palavra de Deus, como o caráter de seu divino Autor, apresenta mistérios que não poderão jamais ser perfeitamente compreendidos por criaturas finitas. A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição, e muitos outros assuntos apresentados na Bíblia são mistérios demasiado profundos para serem explicados, ou mesmo entendidos inteiramente pela mente humana. Não temos, porém, motivos para duvidar da Palavra de Deus pelo fato de não podermos compreender todos os Seus mistérios.

No mundo natural que nos cerca, convivemos continuamente com mistérios que não podemos penetrar. Mesmo as mais simples formas de vida apresentam problemas que o mais sábio dos filósofos é impotente para explicar. Por toda parte há maravilhas que escapam à nossa percepção. Deveríamos, então, nos surpreender ao verificar que no mundo espiritual também existem mistérios que não podemos entender? Toda a dificuldade está na debilidade e pequenez do espírito humano.

Deus nos deu, na Bíblia, provas suficientes de Seu caráter divino, e não devemos duvidar de Sua Palavra pelo fato de não podermos penetrar todos os Seus mistérios.


Parte 2 - EXPULSE A DÚVIDA SOBRE A BÍBLIA - (19 / 20 de junho de 2004)


Diz o apóstolo Pedro que há nas Escrituras coisas difíceis de entender, que os ignorantes e os fracos na fé explicam de maneira errada ... e assim eles causam a sua própria destruição. (II Pe. 3:16) - As dificuldades das Escrituras tem sido insistentemente apresentadas pelos descrentes como um argumento contra elas. Ao contrário disso, porém, essas dificuldades constituem evidência poderosa de sua inspiração divina. Se elas apenas apresentassem a respeito do Senhor o que podemos facilmente compreender; se Sua grandeza e majestade pudessem ser entendidas por seres limitados, então a Bíblia não apresentaria as indiscutíveis credenciais de autoridade divina. A própria grandeza e mistério dos temas expostos, deveriam eles mesmos inspirar fé, como sendo a Palavra de Deus.

A Bíblia revela a verdade de maneira tão simples e com tão perfeita adaptação às necessidades e desejos do ser humano, que tem inspirado admiração e encanto às pessoas mais cultas, ao mesmo tempo que habilita o humilde e ignorante a compreender o caminho da salvação.

As verdades da Bíblia, singelamente declaradas, se prendem a assuntos tão elevados, de alcance tão vasto, tão infinitamente além da capacidade de compreensão humana, que não as podemos aceitar senão pelo fato de haverem sido apresentadas por Deus. É assim que nos é exposto o plano da salvação, de modo que todas as pessoas possam ver os passos que devem dar em arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de salvar-se pela maneira indicada por Deus.

Sob essas verdades, tão facilmente compreendidas, encontram-se mistérios que são o esconderijo de Sua glória - mistérios que estão além do alcance de nossa capacidade de investigação. Eles inspiram, no entanto, reverência e fé ao sincero pesquisador da verdade. Quanto mais ele investiga a Bíblia, tanto mais profunda se torna sua convicção de que ela é a Palavra do Deus vivo, e a razão humana se dobra diante da majestade da revelação divina.

Reconhecer que não podemos compreender inteiramente as grande verdades da Bíblia, é simplesmente admitir que a mente finita é incapaz de entender o infinito; que o homem, com seu limitado conhecimento, não pode compreender os desígnios do Onipotente.

Não podendo conhecer todos os mistérios de Deus, o incrédulo e o infiel rejeitam a Palavra de Deus. Nem todos os que dizem crer na Bíblia estão livres de perigo a esse respeito. Diz o discípulo Paulo: Meus irmãos, cuidado para que nenhum de vocês tenha um coração incrédulo, que os leve a se afastar do Deus vivo. (Hb. 3:12)

É correto examinar com profundidade os ensinos da Bíblia e investigar as profundezas de Deus (I Co. 2:10) até onde nos são reveladas nas Sagradas Escrituras. Enquanto as coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus, as reveladas são para nós. (Dt. 29:29) - O objetivo de Satanás, entretanto, é perverter a capacidade investigadora das pessoas.

Um certo orgulho é misturado ao estudo da verdade bíblica, de maneira que o homem fica impaciente e sente-se vencido quando não pode explicar, como gostaria, todas as partes da Escritura. Ele imagina ser muito humilhante ter de reconhecer que não compreende a Palavra Inspirada. Não está disposto a esperar pacientemente até que o Senhor ache conveniente revelar-lhe a verdade. Acredita que sua sabedoria humana, sem necessidade de ajuda, é suficiente para capacitá-lo a entender a Bíblia. Quando não consegue, nega-lhe virtualmente a autoridade.

É verdade que muitas teorias e doutrinas que o povo julga derivadas da Bíblia, não se baseiam em seus ensinos, sendo em realidade contrárias ao conceito geral da inspiração. Essas coisas tem sido causa de dúvida e perplexidade para muitos. No entanto, tal responsabilidade não cabe à Palavra de Deus, mas ao fato de ter sido pervertida pelo homem.


Parte 3 - EXPULSE A DÚVIDA SOBRE A BÍBLIA - (26 / 27 de junho de 2004)


Caso fosse possível aos seres criados atingirem plena compreensão de Deus e Suas obras, então, havendo chegado a esse ponto, não haveria para eles nada mais a descobrir quanto à verdade, nenhum progresso no conhecimento, nenhum desenvolvimento de mente e Deus deixaria de ser supremo. O homem, tendo atingido ao limite do conhecimento e das suas realizações, deixaria de progredir. Graças a Deus que não é assim. Ele é infinito, nEle se concentram todos os tesouros da sabedoria e da ciência. (Cl. 2:3)

Por toda a eternidade os homens podem continuar sempre a investigar, a aprender, sem que jamais se esgotem os tesouros de Sua sabedoria, bondade e poder.

Deus deseja que, mesmo nesta vida, as verdades de Sua Palavra continuem sempre se desdobrando perante Seu povo. Existe apenas um meio de obter esse conhecimento. Só é possível compreender a Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual ela foi dada. Ninguém sabe as coisas de Deus senão o Espírito de Deus; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. (I Co. 2:11 e 12) - E a promessa do Salvador a Seus seguidores foi: Quando o Espírito de verdade vier, Ele os guiará em toda a verdade ... pois vai receber o que Eu tenho para dizer e dirá a vocês. (Jo. 16:13 e 14)

Deus deseja que o homem exercite suas habilidade de raciocínio. O estudo da Bíblia fortalecerá e elevará a capacidade mental como nenhum outro. Convém, entretanto, tomar cuidado para não dar valor excessivo à razão, a qual está sujeita à fraqueza e enfermidade humana. Se não quisermos que as Escrituras se fechem ao nosso entendimento, de modo que as mais claras verdades deixem de ser compreendidas, devemos ter a simplicidade e a fé de uma criancinha, estando dispostos a aprender com o auxílio do Espírito Santo.

A consciência do poder da sabedoria de Deus e de nossa incapacidade para compreender Sua grandeza, deve nos tornar humildes. Devemos abrir Sua Palavra com reverência e santo respeito, como se estivéssemos em Sua presença. Ao lermos a Bíblia, a razão deve reconhecer uma autoridade superior a si própria, o coração e a inteligência devem-se curvar perante o grande EU SOU.

Muitas coisas, aparentemente difíceis ou obscuras, Deus vai tornar claras e simples aos que desse modo procuram compreendê-las. Sem a direção do Espírito Santo, porém, estamos continuamente sujeitos a torcer as Sagradas Escrituras ou interpretá-las mal. Muitas vezes a leitura da Bíblia fica sem proveito, e em muitos casos é mesmo nociva. Quando ela é aberta sem reverência e oração, quando os pensamentos e as afeições não se concentram em Deus ou não se acham em harmonia com Sua vontade, a mente fica obscurecida por dúvidas. A descrença se fortalece com o próprio estudo da Bíblia. O inimigo se apodera das idéias e sugere interpretações incorretas.

Sempre que os homens não buscam, por palavras e atos, estar em harmonia com Deus, por mais preparados que sejam, estão sujeitos a errar na compreensão das Escrituras. Não é seguro confiar em suas explicações. Os que pesquisam as Sagradas Escrituras para encontrar incoerências, não tem conhecimento espiritual. Com visão distorcida, encontrarão muitos motivos de dúvida e incredulidade em coisas que são, na verdade, claras e simples.

Por mais que o disfarcem, a verdadeira causa da incredulidade é, em muitos casos, o pecado acariciado. Os ensinos e restrições da Palavra de Deus não agradam ao coração orgulhoso, amante do pecado. Os que não se sentem dispostos a obedecer-Lhe aos preceitos, estão prontos a duvidar de sua autoridade. A fim de chegar à verdade é necessário que tenhamos um sincero desejo de conhecê-la, e um coração disposto a obedecer-Lhe. E todos os que, com esse espírito, se propõe a estudar a Bíblia, encontrarão incontáveis provas de que ela é a Palavra de Deus. Poderão obter, através de suas verdades, a compreensão que os tornará sábios para a salvação.


Parte 4 - EXPULSE A DÚVIDA SOBRE A BÍBLIA - (03 / 04 de julho de 2004)


Cristo disse: Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. (Jo. 7:17) - Em vez de discutir e especular acerca daquilo que não entende, use a luz que você já possui, e haverá de receber ainda mais. Cumpra, pela graça de Cristo, todo dever que já conhece e será habilitado a compreender e cumprir aqueles sobre os quais ainda tem dúvidas.

Há uma prova que está ao alcance de todos, tanto do mais alto como do mais iletrado: a da experiência. Deus nos convida a verificar por nós mesmos a veracidade de Sua Palavra, a fidelidade de Suas promessas. Ele nos fala: Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle confia. (Sal. 34:8 - versão Almeida) - Em lugar de confiar nas palavras dos outros, devemos provar por nós mesmos. Ele garante: . . . pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra. (Jo. 16:24) - Suas promessas serão cumpridas, nunca falharam e isso jamais acontecerá. À medida que nos aproximamos mais de Jesus e nos alegramos na plenitude de Seu amor, nossas dúvidas e obscuridade irão desaparecer com a luz de Sua presença.

Diz o discípulo Paulo, que Deus nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o reino do Seu Filho amado. (Cl. 1:13) - E todo aquele que aceitou o seu testemunho, esse confirma que Deus é verdadeiro. (Jo. 3:33) - Portanto, pode dar seu testemunho: Eu precisava de auxílio e o encontrei em Jesus. Toda necessidade foi suprida, a minha fome espiritual foi satisfeita. Agora a Bíblia é para mim a revelação de Jesus Cristo. Você pode perguntar: Por que creio em Jesus? E a resposta: Porque é para mim o divino Salvador. Por que creio na Bíblia? Porque achei que ela é a voz de Deus falando comigo.

Podemos ter em nós mesmos o testemunho de que a Bíblia é verdadeira, de que Cristo é o Filho de Deus. Sabemos que não temos seguido fábulas artificialmente inventadas.

O apóstolo Pedro recomendava aos irmãos, crescerem na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (II Pe. 3:18) - Quando o povo de Deus está crescendo na graça, vai constantemente obtendo uma compreensão mais clara de Sua Palavra. Descobrirá nova luz e beleza em suas sagradas verdades. Isto se tem comprovado na história em todos os séculos e assim será até o fim. A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. (Pv. 4:18)

Pela fé, podemos olhar em direção ao futuro, confirmando na promessa de Deus quanto ao desenvolvimento intelectual, unindo as faculdades humanas às divinas, e pondo toda a nossa capacidade em contato direto com a Fonte da luz. Podemos nos alegrar porque tudo o que nos tem causado dificuldades em compreender as providências de Deus, vai ficar claro para nós. As coisas difíceis de entender serão explicadas. Onde nossa mente finita só descobria confusão e propósitos desconhecidos, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Porque agora vemos como que por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conhecemos em parte, mas então conheceremos como também somos conhecidos”. (I Co. 13:12)



083 - FAMÍLIA

JC - 10 / 11-07-2004

O vocábulo FAMÍLIA designa - Pessoas vinculadas por casamento, oriundas da mesma gente, que vivem juntamente, sob o mesmo teto.

Hoje, esta palavra é também aplicada a grupos de pessoas que convivem numa mesma sociedade. Por exemplo: Família militar, etc.

Em ciência, compreende o conjunto do gênero e espécies de animais, plantas e de outras cousas que apresentam em comum, qualquer característico.

Para ressaltar a importância da FAMÍLIA - A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias publicou uma proclamação sobre a família - que me foi facultado solicitar pelo telefone 0800 7720191 e receber gratuitamente um livreto. Já li, apreciei muito e recomendo a quem interessar possa; é formidável, pois apresenta 3 Maneiras Simples de Tornar Sua Família Mais Feliz - que passo a transcrever, com a devida autorização do cristão Jorge Martins (Presidente do Distrito da Igreja de Cachoeira do Sul), graças à mediação de Sílvio Mendes da Silveira (meu estimado parente).


COMO VAI A SUA FAMÍLIA?
Este livreto visa ajudar você e sua família a identificarem as áreas em que já estão se saindo bem e também, aquelas em que podem melhorar. Estes métodos comprovados pelo tempo, estão sendo usado diariamente com sucesso por muitas famílias.

Talvez a coisa mais importante na qual sua família deva concentrar-se, seja reservar tempo uns para os outros. Isso pode ser difícil em nosso mundo apressado, mas, quando passamos algum tempo juntos podemos fortalecer laços, expressar sentimentos, ensinar princípios e aprender a respeitar e a gostar uns dos outros.

Se a sua família for como a maioria, provavelmente já houve desentendimentos entre os familiares. Mas se você se esforçar, para melhorar a comunicação em sua família, perceberá uma grande melhora, menos brigas e mais união.

Além de ajudar os membros da família a terem um bom convívio mútuo, os pais tem o dever de ressaltar valores, para ajudar os filhos a serem mais responsáveis. Os valores são o alicerce de uma vida bem sucedida e baseada em princípios morais.

Portanto, leia as sugestões seguintes, para ajudar a sua própria família a tornar-se mais forte e feliz em seu convívio mútuo. Este, é um processo para a vida inteira, mas vale a pena o esforço; pois, até as pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença.


I - MANEIRA - Reservar Tempo uns para os Outros


A - Valorizem cada minuto

Vocês podem fortalecer seus laços familiares passando juntos o máximo de tempo possível. Podem começar a procurar esse tempo estabelecendo prioridades:

• Determinem o que é mais importante em sua vida.

• Analisem como estão utilizando seu tempo atualmente.

• Reservem tempo suficiente para as coisas que são mais importantes.

Para muitas pessoas é comum achar que não há tempo suficiente para ficar com a família. Por esse motivo, a família recebe apenas a sobra de tempo, depois de todas as outras coisas. Com um pouco de esforço, podemos fazer da nossa família uma prioridade e encontrar tempo para estarmos com ela.


B - Reservem uma noite por semana

As caóticas exigências do dia-a-dia podem prejudicar as metas de longo prazo da família. Como cada pessoa da família vai para um lado diferente, é fácil perdermos o senso de unidade da família.

Muitas famílias descobriram que programar uma noite para estarem juntos a cada semana, pode fortalecer os laços familiares e aumentar a união. Utilizem esse tempo para divertirem-se com seus filhos e instruírem-nos:

• Ensinem valores que sejam importantes para sua família.

• Discutam assuntos de interesse geral.

• Façam planos para ocasiões importantes.

• Compartilhem histórias inspiradoras.

A princípio, talvez seja difícil reunir todas as pessoas da família. Mas, se vocês se esforçarem com dedicação, para que esse momento em família ocorra todas as semanas, os membros da família descobrirão maneiras de liberar um tempo em sua programação diária para estarem alí.


Parte 2 - A FAMÍLIA - (JC - 17 / 18 de julho de 2004)


C - Façam coisas juntos

As famílias fortes sabem que um dos pontos-chave mais importantes é realmente fazer coisas juntos. Pode parecer óbvio, mas muito freqüentemente isso é negligenciado.

Quer seja uma atividade simples ou uma grande viagem de férias, o importante é que vocês estejam juntos. Eis algumas sugestões de atividades que sua família pode considerar agradáveis:

• Música - Assistir às apresentações musicais de seus filhos ou concertos de música.

• Natureza - Fazer um passeio, acampar, observar os pássaros, trabalhar com a família no jardim ou na horta.

• Serviço - Levar um jantar para um vizinho, participar de atividades comunitárias de serviço ao próximo ou ajudar em campanhas de levantamento de fundos.

• Espiritual - Ir à Igreja, ler as Sagradas Escrituras (a Bíblia) e orar juntos regularmente.

• Social - Sair para tomar sorvete, fazer um piquenique, realizar uma festa com a família e amigos.

• Esportes - Assistir a um evento esportivo, jogar bola no quintal, patinar, cavalgar, andar de bicicleta, pescar, passear de barco ou dançar.

• Trabalho - Limpar e cuidar da casa e do jardim, preparar refeições, pintar um quadro, plantar uma árvore.

• Aprendizado - Visitar locais históricos, museu, zoológico ou biblioteca.


D - Façam as refeições juntos

Esforcem-se como família, para estarem todos juntos pelo menos numa refeição por dia. Se isso não for possível, tentem fazê-lo algumas vezes por semana. Vocês verão que a hora da refeição é um excelente momento para a família conversar e ficar sabendo o que acontece na vida de cada um.

• Ajudem seus filhos a planejar e preparar algumas refeições.

• Troquem idéias sobre planos e eventos da família.

• Contem histórias favoritas ou experiências da família.

• Convidem os avós, amigos ou outros familiares.

• Perguntem qual foi o momento mais divertido que cada um teve no dia.

• Conversem sobre as coisas que eles aprenderam e que os surpreenderam.


E - Desenvolvam um relacionamento individual

Se você desenvolver um forte relacionamento individual com cada um de seus filhos, eles se sentirão valorizados, amados e terão autoconfiança. Passar um tempo individualmente com cada filho é o ponto-chave para se desenvolver esse tipo de relacionamento. Se você e seu filho estiverem juntos sozinhos, você poderá ouvir, compartilhar sentimentos e fazer perguntas, sem medo do que as outras pessoas da família irão pensar.

• Participe de entretenimentos, passatempos e atividades que ambos gostem de realizar.

• Conte histórias ou cante uma canção na hora de dormir.

• Programe-se para passar um tempo com cada um dos filhos, individualmente.

• Leia a Bíblia, juntamente com seu filho.

• Pergunte a seus filhos o que eles gostariam de fazer.


F - Envolvam-se nas atividades de seus filhos

Se a sua família for como a maioria, seus filhos provavelmente terão uma programação diária quase tão atarefada, quanto a sua: Aulas, esportes, lição de casa, atividades escolares e outras coisas.

Vocês podem passar mais tempo com seus filhos ajudando-os nas diversas atividades de que participam. Como resultado, seus filhos saberão que vocês se importam com eles e com o que eles estão fazendo.

• Ofereçam-se para ajudar nas atividades escolares, esportivas ou do clube de seus filhos.

• Assistam a eventos esportivos, recitais e outras atividades de seus filhos.

• Ajudem-nos a praticarem e a prepararem-se para suas atividades.


Parte 3 - A FAMÍLIA - (JC - 24 / 25 de julho de 2004)


G - Desliguem a televisão

Eis um fato lamentável: Há estudos mostrando que os pais passam cerca de três horas por dia assistindo a televisão com os filhos, mas passam menos de trinta minutos com eles em outras atividades.

Não deixem que a televisão lhes roube um tempo precioso que vocês podem passar juntos ou que impeça a família de comunicar-se eficazmente entre si. A televisão pode ser uma boa ou má escola que entra em sua casa.

• Estabeleçam regras domésticas que eliminem os programas impróprios e os excessos no uso da televisão.

• Saiam juntos para uma caminhada.

• Conheçam-se melhor!


H - Ajudem os filhos a desenvolverem seus talentos

Toda pessoa tem uma combinação própria de talentos e interesses. Grande parte de nossa felicidade e produtividade na vida depende da identificação, ampliação e utilização desses talentos de modo equilibrado.

Eis algumas coisas que os pais podem fazer para ajudar os filhos a desenvolverem esses talentos:

• Ajudem seus filhos a identificarem seus talentos.

• Apoiem e incentivem seus interesses, inclinações e habilidades.

• Ensinem seus filhos a apreciarem os talentos das outras pessoas.

• Ajudem-nos a aprender como usar suas habilidades e talentos para ajudar as pessoas.

• Mostrem-lhes a importância de serem gratos por seus próprios talentos.


I - Tornem as tarefas divertidas

Em vez de designar tarefas domésticas individuais para os membros da família, experimentem trabalhar juntos no cumprimento das tarefas.

Compartilhar as tarefas, proporciona aos membros da família um sentimento maior de dever e união. Isso também ajuda a fazer com que as tarefas sejam concluídas mais rapidamente!

• Depois das refeições, convidem todos a ajudarem na limpeza.

• Enquanto estiverem trabalhando, conversem com seus filhos sobre como foi o dia.

• Ensinem a seus filhos o valor do trabalho por meio do exemplo.

• Peçam a seus filhos que trabalhem juntos para resolver problemas relacionados às tarefas.

• Ajudem seus filhos a descobrirem tarefas que gostem de realizar.

• Ajudem-nos a ter sucesso, oferecendo-lhes tarefas condizentes com suas habilidades.


II - MANEIRA - Melhorar a Comunicação


A - Vocês estão realmente ouvindo?

Ouvir é mais do que apenas escutar. Uma forma importante de expressar seu sincero interesse pelos membros de sua família é ouvi-los atentamente. Ouvir o que as pessoas estão sentindo e dizendo, exige concentração e esforço. Mas os resultados compensam todo esse esforço. Os membros de sua família se sentirão mais inclinados a se abrir e a dizer o que pensam e como se sentem.

Os seguintes passos podem ajudá-los a ouvir de modo mais eficaz:

• Mostrem que desejam ouvir olhando para a outra pessoa, quando ela estiver falando.

• Evitem interromper com suas próprias experiências e opiniões. Se a pessoa fizer uma pausa, não se apressem em expressar suas próprias idéias.

• Observem sinais não verbais, como expressões faciais, o tom da voz e a postura.

• Aceitem o modo como seus familiares descrevem seus sentimentos, motivações e objetivos, sem dar sermão ou dizer como eles deveriam pensar ou sentir-se.

• Demonstrem sua compreensão dizendo-lhes o que vocês acham que eles estão sentindo: Parece-me que você está sentindo ( . . . )

• Compartilhem seu ponto de vista oferecendo sugestões e opções. No entanto, a não ser que a questão envolva coisas muito sérias como saúde, segurança ou problemas morais, os pais sensatos freqüentemente permitem que os filhos tomem suas próprias decisões e aprendam por experiência própria, desde que isso seja adequado à sua idade e nível de maturidade.


Parte 4 - A FAMÍLIA - (JC - 31 de julho; 01, 7 e 8 de agosto de 2004)


B - Certifiquem-se de estarem sendo compreendidos

Para comunicar-nos bem com os outros é importante que desenvolvamos uma boa e eficaz capacidade de expressar-nos. Se o fizermos com clareza, eficácia e amor, manteremos o canal de comunicação aberto e reduziremos as chances de haver discussões, ressentimentos e mal-entendidos.

• Sejam sinceros - Estejam dispostos a dizer o que realmente pensam e sentem e, não aquilo que vocês acham que os outros querem ouvir.

• Sejam gentis - Aprendam a expressar seus sentimentos sem colocar a culpa nas outras pessoas.

• Evitem generalizações - Comentários como: “Você sempre” ou “Você nunca” são simplistas e exagerados.


C - Estabeleçam o clima adequado

Quando demonstramos preocupação, apoio e uma mente aberta, nossos filhos se tornam mais receptivos ao nosso auxílio e orientação. Há maneiras simples de se estabelecer um bom clima, para uma comunicação eficaz.

• Observem as coisas boas que eles estão fazendo.

• Compartilhem suas preocupações e estejam abertos a novas idéias, para solucioná-las.

• Embora precisemos estabelecer limites, procurem maneiras de ajudá-los a ter suas necessidades atendidas.


D - Expressem seus sentimentos

Os filhos acreditam no que os pais dizem. Até os comentários aparentemente insignificantes dos pais, podem ter um grande impacto na vida do filho, tanto de forma positiva, quanto negativa.

Os comentários dos pais ajudam a moldar a imagem que um filho tem de si mesmo. O filho que é rotulado como inteligente por seus pais, por exemplo, tem maior probabilidade de ir melhor na escola do que o filho que é rotulado como preguiçoso.

• Usem palavras que expressem aceitação e amor.

• Deixem que seus filhos sejam eles mesmos.

• Demonstrem a seus filhos, que vocês confiam neles.

• Incentivem-nos a fazer o melhor que podem.

• Expressem seu apreço pelo esforço que fazem.


E - Resolvam os problemas sem atacar

Quando os filhos cometerem erros, os pais devem ter o cuidado de abordar o erro sem condenar o filho. Vocês podem conversar com seus filhos sobre um comportamento inaceitável que eles tiveram, sem fazer com que eles se sintam mal. É melhor dizer a um filho que ele se comportou de modo inaceitável, do que dizer que ele é mau. Ao disciplinarem seus filhos, pensem nas palavras que irão dizer.

• Vocês estão condenando seus filhos ou as ações deles?

• O que vocês podem dizer para ajudar seus filhos a compreender a diferença entre uma coisa e outra?

• Se vocês estivessem diante de um espelho, mudariam a forma como falam com seus filhos?


F - Desenvolvam um relacionamento de confiança

Os filhos desenvolvem maior respeito por pais que são sinceros com eles e desconfiam daqueles que não o são. Vocês podem ajudar seus filhos a desenvolver um caráter forte, ensinando-lhes princípios de honestidade e vivendo de modo condizente com esses princípios.

• Estejam dispostos a pedir desculpas. Os filhos apreciam, quando os pais admitem que cometeram erros. Seus filhos aprenderão com seu exemplo de honestidade, quando vocês admitirem que todos cometem erros e aprenderão também, que todos podemos mudar.

• Compartilhem suas metas. Conversem com seus filhos sobre suas metas, sonhos e os motivos pelos quais vocês agem da maneira que o fazem. Se vocês compartilharem abertamente seus pensamentos, seus filhos se sentirão mais à vontade apara confiar em vocês.


Parte 5 - A FAMÍLIA - (JC - 14 / 15 de agosto de 2004)


G - Pensem antes de falar

É normal haver desentendimentos na família. No entanto, as emoções de um momento de tensão podem fazer com que algumas pessoas da família digam coisas das quais se arrependerão mais tarde. Pensar numa questão antes de reagir é algo que pode ajudar as pessoas a se acalmarem e a encontrarem outras maneiras de expressar seus sentimentos.

• Dêem um tempo. Se estiverem numa situação acalorada, dêem um tempo para acalmarem-se. Façam uma caminhada, contem até dez ou qualquer outra coisa que os ajude a controlar seus sentimentos.

• Coloquem-se no lugar da outra pessoa. Se tiverem algum desentendimento com alguém da família, imaginem que são essa pessoa. Que influência suas palavras terão sobre a outra pessoa? Lembrem-se de que os filhos geralmente ouvem mais o tom da voz do que as palavras que dizemos.


H - Façam de sua casa um lar

Numa pesquisa de âmbito nacional, os homens disseram que a coisa que mais desejavam em seu lar, era a tranqüilidade. Mais do que móveis caros, uma garagem bem equipada ou um estúdio particular, eles queriam paz e felicidade no lar.

O lar deve ser um refúgio para todas as pessoas da família, longe dos problemas e conflitos do mundo lá fora. Deve ser um local de aceitação e fortalecimento.

• Criem um clima de tranqüilidade em seu lar.

• Resolvam as divergências rapidamente e em particular.

• Evitem brigas e hostilidades.

• Mostrem aos filhos como resolver conflitos, dando-lhes seu exemplo carinhoso.

• Procurem oportunidades de demonstrar apreço e gratidão para as pessoas da família.

• Mostrem que vocês os amam e digam isso para eles.

• Deixem bilhetinhos ou presentinhos em lugares onde outras pessoas da família possam encontrá-los.

• Peçam aos filhos que os ajudem em projetos divertidos, como fazer biscoitos ou escrever cartas.

• Proporcionem algo pelo qual as pessoas da família esperem ansiosamente ao voltarem para casa, da escola ou do trabalho.


I - Fortaleçam seu casamento

Os pais são o ponto-chave do sucesso da família. A boa comunicação no casamento pode ser uma forte influência positiva na comunicação da família. Manter um casamento forte é algo que exige esforço contínuo, paciência e sabedoria.

Aprendendo a comunicar-se um com o outro, os pais podem resolver conflitos tranqüilamente e contribuir para um ambiente familiar sadio.

• Lembrem-se de seus melhores momentos.

• Vejam as coisas do ponto de vista de seu cônjuge.

• Aprendam com seu cônjuge.

• Reconheçam que é normal haver diferenças.

• Procurem as qualidades positivas em seu cônjuge.

• Passem um tempo agradável juntos, regularmente.

• Demonstrem amor de modo significativo para seu cônjuge.


Parte 6 - A FAMÍLIA - (JC - 21 / 22 de agosto de 2004)


III - MANEIRA - Ressaltar Valores


A - Dêem responsabilidades a seus filhos

Ao ensinarem valores corretos a seus filhos, vocês estarão ajudando-os a construir um firme alicerce sobre o qual poderão edificar seu caráter. Se vocês ensinarem e viverem esses valores, estarão contribuindo não apenas para o bem-estar de sua família, mas também, para a sociedade em que vivemos. A Bíblia diz: Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv. 22:6)

Dêem responsabilidades a seus filhos pequenos, para ajudá-los a formar um conjunto de valores morais e para orientá-los a fazerem o que é certo.

Se os filhos participarem das responsabilidades do lar, aprenderão disciplina, responsabilidade e respeito pelo trabalho. Designem tarefas pequenas e simples a seus filhos pequenos. Depois, aumentem suas responsabilidades à medida que forem crescendo.


B - Sejam um bom exemplo

O melhor mestre é o seu bom exemplo. As ações sempre falam mais alto do que as palavras, especialmente em seu relacionamento com os filhos. Quer vocês percebam ou não, suas ações influenciarão vigorosamente o comportamento de seus filhos por toda a vida.

Os filhos aprendem como comportar-se como adultos, observando vocês. Vivendo como vocês desejam que seus filhos vivam, vocês terão mais influência sobre eles do que pregando sermões sobre o que deveriam fazer. Observem seu comportamento e reflitam sobre como poderiam ser mestres ainda melhores: Ensinem bondade, consideração e gratidão a seus filhos, pela maneira com que vocês tratam as pessoas.

Demonstrem amor e serviço por seu cônjuge, de serviço ao próximo. Ensinem seus filhos a terem respeito pelas leis, esforçando-se por obedecer a elas.

Demonstrem a seus filhos a satisfação pelo trabalho, por meio de seu próprio trabalho árduo.

Sejam um exemplo de crescimento admitindo seus erros, pedindo desculpas e esforçando-se por melhorar.


C - Ajudem seus filhos a estabelecer metas

Seus filhos devem ajudar a determinar seu próprio rumo na vida. É importante ensinar aos filhos, que as decisões que eles tomam quando jovens, influenciarão muito seu futuro. As decisões tomadas a respeito de coisas como saúde, moralidade e educação irão moldar seu futuro.

• Conversem com seus filhos a respeito de seus planos para o futuro.

• Perguntem quais são seus interesses e ambições.

• Demonstrem confiança na capacidade que eles tem de tomar decisões.

• Conversem com seus filhos sobre os valores que aprenderam no lar.

• Identifiquem como esses valores influenciarão suas decisões futuras.

• Ajudem seus filhos a estabelecer metas de curto e de longo prazo.


D - Tornem a história da família importante

Toda a família tem uma história. Às vezes ela está facilmente disponível, outras vezes é preciso pesquisá-la. Ensinar seus filhos sobre a história de sua família e manter laços com os parentes mais distantes, faz com que os membros da família tenham o sentimento de pertencerem a um grupo e terem melhor entendimento de quem realmente são.

• Contem a história de seus antepassados, para seus filhos.

• Convidem parentes mais afastados a acrescentarem seu ponto de vista da história da família.

• Participem de reuniões da família e visitem seus parentes, regularmente.

• Entreguem aos filhos uma cópia das histórias de seus antepassados, fotografias e registros.


Parte 7 - A FAMÍLIA - (JC - 28 / 29 de agosto de 2004)


E - Prestem serviço ao próximo juntos

Quando uma família usa seu tempo e esforço para servir as pessoas, os filhos tem maior probabilidade de aprender lições valiosas sobre bondade, sacrifício, compaixão e altruísmo. Uma imensa variedade de oportunidades de serviço estão à disposição em toda comunidade, como ajudar a cuidar de albergues ou locais de distribuição de alimentos, participar de campanhas de donativos, preparar uma refeição para um vizinho enfermo, ajudar os mais idosos nas tarefas domésticas, etc.

• Entrem em contato com organizações de serviço humanitário ou organizações beneficentes.

• Perguntem como sua família poderia envolver-se.

• Estejam atentos a oportunidades de serviço, por meio de sua igreja ou vizinhança.


F - Valorizem as tradições de família

As tradições familiares são atividades ou eventos regulares que os membros da família passam de uma geração, para outra. Estão freqüentemente associadas a datas festivas e tem um significado especial para a família, porque formam um elo entre filhos e pais numa herança comum.

Ao dar continuidade ou iniciar suas próprias tradições familiares, vocês estarão promovendo o orgulho, a união e um senso de estabilidade em sua família. As tradições podem ajudá-los a transmitir importantes valores a seus filhos. Por exemplo: Na véspera de Natal, muitas famílias cristãs lêem a história do nascimento de JESUS CRISTO. Essa tradição aproxima os membros da família e reforça seus valores e crenças religiosas.

• Quais são suas tradições familiares preferidas?

• O que torna essas tradições significativas e agradáveis?

• Que tradições vocês desejam transmitir a seus filhos?

• Que valores são reforçados por essas tradições?


G - Tomem cuidado com o que entra em sua casa

As opções oferecidas pelos meios de comunicação e que temos instantaneamente à nossa disposição, são impressionantes. Mas as fitas de vídeo, a televisão, a Internet, os jogos de computador e outros meios de comunicação também diminuíram o tempo que as pessoas da família interagem uns com os outros. Os meios de comunicação não devem tomar o lugar dos pais na formação do comportamento e atitude dos filhos, da imagem que tem de si mesmos e de sua percepção do mundo.

• Estejam atentos aos meios de comunicação usados por seus filhos.

• Conversem com seus filhos a respeito daquilo que eles ouvem, assistem e lêem.

• Ajudem seus filhos a compreender que muitos atos mostrados nos meios de comunicação como inócuos, do sarcasmo à violência, são maneiras impróprias de tratarmos as pessoas.

• Avaliem cuidadosamente com seus filhos a qualidade e o conteúdo de suas opções de mídia.

• Ajudem-nos a descobrir alternativas satisfatórias, como a leitura, os esportes e amizades sadias.

• Proporcionem entretenimentos alternativos para seus filhos.


Parte 8 - A FAMÍLIA - (JC - 04 / 05 de setembro de 2004)


H - Procurem momentos de ensino

Ser bons pais é algo que exige cuidadosa observação. Vocês precisam ser sensíveis às preocupações e desejos de seus filhos; procurar oportunidades de ensinar aos filhos como conduzir a vida deles.

Essas oportunidades de ensino freqüentemente consistem de experiências do dia-a-dia. Por exemplo: Enquanto trabalham juntos no jardim, vocês podem ensinar várias lições simples, como cuidar adequadamente das coisas e separar o bom do mau.

• Usem frases conhecidas ou métodos de memorização, para ajudar seus filhos a lembrarem o que vocês lhes ensinarem.

• Ensinem seus filhos a diferenciar o certo do errado.

• Conversem sobre as conseqüências das escolhas certas e erradas.

• Quando seus filhos fizerem uma escolha errada, aja prontamente para administrar as conseqüências ou permitir que elas ocorram.


I - Envolvam os filhos nas decisões da família

Isto é um fato: Quando os filhos participam das decisões da família, é mais provável que tenham disposição de cumprir as regras da família.

Permitam que seus filhos participem de decisões adequadas à idade e ao nível de responsabilidade deles. Eles apreciarão muito ver que vocês ouvem suas sugestões e opiniões. Juntos, vocês chegarão a um melhor consenso, sem sacrificar os valores familiares.

Eis algumas decisões de família, que vocês podem tomar em conjunto:

• Estabelecer um horário de voltar para casa.

• Estabelecer regras sobre quando e como convidar amigos.

• Planejar atividades e as férias da família.

• Dividir e designar as tarefas domésticas.


J - Ensinem os valores da família

Uma de suas responsabilidades fundamentais como pais é ensinar valores. Os valores básicos para uma vida feliz incluem a bondade, a honestidade, a gratidão, a integridade, o trabalho, a paciência, a moralidade e o amor.

Ensinem a seus filhos que esses valores precisam ser honrados. Eles são essenciais para que não haja problemas no relacionamento familiar e para que tenham sucesso no trato com as pessoas de fora.

Os valores devem ser ensinados por seu próprio exemplo. Vocês também podem ser ajudados no ensino dos valores, da seguinte forma:

• Ir juntos à Igreja.

• Orar juntos, em família.

• Reservar um tempo para ensinar valores no lar, de modo regular.


K - A família faz parte do plano de Deus

O marido e a mulher tem a solene responsabilidade de amar-se mutuamente, amar os filhos, de cuidar um do outro e dos seus filhos.

Os pais tem o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender a suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os Mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde que morem.

A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada, quando fundamentada nos ensinos do Senhor JESUS CRISTO.

O casamento e a família bem sucedidos, são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares.

Todo aquele casal que assim proceder, estará fortalecendo sua família.



084 - FÉ

JC - 08 / 09-02-2003

A palavra FÉ designa - crença, convicção religiosa, confiança em alguém.

No sentido profano, é o assentimento intelectual a uma afirmação, cuja veracidade parece estar garantida, não por uma evidência imediata, mas, pelos motivos de credibilidade em favor daquele que afirma e daquilo que é afirmado, como por exemplo - FÉ PÚBLICA: É a confiança ou crédito geral merecido por um documento - crédito particular conferido por força de lei, aos atos dos oficiais públicos.

No sentido religioso e cristão, é a FÉ:
1º - A virtude teologal e os atos subseqüentes;
2º - O objeto ou o conteúdo da revelação cristã.


Existe diferença entre crença e fé.

CRENÇA é o assentimento ao testemunho;

FË é o mesmo assentimento ao testemunho acompanhado de confiança.

A fé é um princípio ativo; é um ato da inteligência e da vontade. A distinção entre crença e fé avalia-se pela diferença entre as frases crede-me e confiai em mim. O verbo crer convém a ambos os vocábulos, fé e crença. Na bíblia, fé ou crença quer dizer confiança absoluta em tudo que Deus tem revelado (Gênesis 15:6 + Deuteronômio 32:20 + Marcos 11:22 + Romanos 4:3-5). Por ela, agiram os líderes e heróis das “Escrituras Sagradas” (Hebreus 11).

No sentido especial, a fé consiste na confiança que se tem no testemunho que Deus dá de si mesmo, referente à missão de Nosso Senhor JESUS CRISTO (João 5:24) e no testemunho de JESUS a respeito de si mesmo (João 3:18 + Atos 3:16, 20 e 21).

A fé no Redentor pela qual o pecador confia nEle só, é essencial à salvação (João 3:15, 16 e 18). A crença em sua existência histórica e na verdade de suas doutrinas, pode ser produzida pela evidência, mas a fé em CRISTO e a confiança nEle para a salvação, não se pode conseguir do mesmo modo. É dom de Deus (Efésios 2:8).

O Espírito Santo aplica a verdade à pessoa. Os meios humanos entram como elemento de cooperação com o Espírito Santo, para produzir a fé (Romanos 10:17).

A fé pode existir em diversos graus de intensidade (Romanos 4:19 e 20 + 14:1). Os apóstolos, quando sentiam a fraqueza da sua fé, pediram a JESUS que ela lhes fosse aumentada (Lucas 17:5).

A fé opera pelo amor (Gálatas 5:6) e vence o mundo (I João 5:4). Apesar de sua grande importância, não é a maior das graças cristãs - porque a maior de todas as graças é o amor. (I Coríntios 13:13).

O sistema de doutrina revelada por Deus, para a salvação - chama-se FÉ (Atos 6:7 + 24:24 + Romanos 1:5).


EXEMPLOS DE FÉ (Hebreus 11):
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.

Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela Palavra de Deus; de maneira que, aquilo que se vê foi feito do nada.
Pela fé ABEL ofereceu a Deus, maior e melhor sacrifício do que Caim ...
Pela fé ENOC não morreu, mas foi trasladado para o céu ...
Pela fé NOÉ construiu a Arca e passou o Dilúvio ...
Pela fé ABRAÃO obedeceu ao chamado de Deus e saiu dentre sua gente ...
Pela fé SARA (mulher de Abraão) engravidou e concebeu com 75 anos ...
Pela fé ABRAÃO ofereceu a Isaac, quando foi provado ...
Pela fé ISAAC abençoou Jacó > no tocante à coisas futuras ...
Pela fé JACÓ (próximo da morte) abençoou os filhos de José ...
Pela fé JOSÉ (próximo da morte) falou da futura libertação de seu povo ...
Pela fé MOISÉS sobreviveu e guiou o seu povo no deserto ...
Pela fé JOSUÉ cercou Jericó e derrubou seus muros, sem forcejar ...


Amigos!

Pela fé os onze apóstolos seguiram a JESUS - e mais - Estêvão, Paulo, Timóteo seguiram os apóstolos - e nós estamos tentando fazer a nossa parte, para que tu sejas salvo, amigo!



085 - FIASCO

JP - 11-10-2002

Estou acostumado a assistir FIASCO nos atos solenes de CTGs, porém, como o que assisti em 19 de setembro passado na nossa Câmara Municipal - foi lamentável!

Cabe esclarecer que Sessão Solene deve ser um “ato majestoso, cerimonioso, pomposo” (do latim solemnis”); sendo assim, os dirigentes da referida e a corporação anfitriã devem estar trajados a rigor (a “lo menos” com paletó).

Sabemos que numa corporação (por mais unida que seja) é difícil haver a unanimidade - agora, se for inferior a 50% (cinqüenta por cento), então, não deve ser efetivada tal programação.


VAMOS AOS FATOS

1º - O dirigente estava de manga de camisa.

2º - Havia somente 42% de presença dos edis.

3º - Dos presentes, somente 33% estavam trajados a rigor.

4º - Para a formação da mesa, esqueceram o representante da Brigada, que estava alí fardado; humilhado, retirou-se cabisbaixo. Agiu corretamente, porque foi ignorado.

5º - A “fala oficial” que deveria ser cívica e patriótica (demostrando amor ao chão gaúcho), o orador fez uma exagerada, longa e monótona alocução lendária, quase me levando ao sono, além de estar ocupando a tribuna inadequadamente trajado.

6º - Ao encerrar a mal fadada sessão solene, o dirigente convidou aos presentes para a “2ª parte” quando se desenvolveria uma tertúlia alí no recinto.
Foi então que eu “caí do cavalo” e ao ser convidado para a minha participação, manifestei a intenção de abandonar o recinto; sim, porque tertúlia eram as reuniões sodomitas que o pederasta imperador Tertuliano efetivava nos porões de seu palácio, onde os convidados (somente homens jovens) divertiam-se comemorando e bebemorando em homenagem ao “deus baco” (daí, bacanais) - e todo o mundo sabe que bêbado não manda no seu corpo, muito menos no traseiro.
Nisso, o animador encarregado pelo dirigente, retificou - dizendo que seria alí desenvolvida uma penha crioula. Então, fiquei.

7º - Onde está escrito no Estatuto e nos Regulamentos éticos do MTG, que se declama de chapéu (ou outra cobertura qualquer) num ambiente coberto e em presença do “belo sexo”. (ESTATUTO do MTG - Art. 2º, Parágrafo único - Carta de Princípios).

8º- Pasmem os leitores, lhes conto que - um edil promoveu o seu candidato, para tal, usando uma criança. Coisa errada, quando feita em momento inoportuno.
Após a minha participação, me mandei a “la cria” para não presenciar mais fiascos; sei lá, se aconteceram outros. E fico a pensar: Como estamos mal representados! Como falta conhecimento ao nosso povo! Como falta “polis ética” aos nossos . . .



086 - FIDELIDADE

JC - 08-02 / 09-05-2004

A palavra FIDELIDADE designa - Qualidade daquele(a) que é fiel, lealdade; manutenção e exatidão nos compromissos, honestidade no cumprimento dos deveres e obrigações contraídas, observância das leis e dos contratos, probidade.

Como se vê, a FIDELIDADE não é uma virtude, mas sim - uma obrigação entre os humanos, digna de ser imitada; entretanto, entre os animais é uma qualidade digna de ser observada.

Conheço várias histórias de FIDELIDADE entre os cachorros, principalmente.

01 - Quando minha esposa era bebe, minha sogra a colocava num bacião por perto, havendo uma cadela de nome boneca, que não permitia a aproximação de pessoas estranhas àquela criança.

02 - Quando o meu sogro carneava uma ovelha e pendurava na sombra as partes da carneada, havia um cachorro de nome capané na sua fazenda, que só permitia a aproximação dos seus donos.

03 - Quando o meu filho Daniel era aluno da Escola Cândida Fortes Brandão (1978), ele ia à escola acompanhado de seu fiel cãozinho dog que, permanecia ao seu lado na fila de entrada e, se a professora deixasse, entrava na sala de aula amoitando-se debaixo da classe, o que roubava a atenção dos demais alunos; por essa razão, a mestra trancava a porta e então ele retornava pra casa. Mataram o dog e isso causou grande tristeza ao meu filho.

04 - Conheço uma senhora dona duma linda história de cão. Ela teve um filhinho que levava junto quando ia lavar roupa numa sanga, colocava o miúdo numa gamela no alto do barranco e o seu cão não permitia a aproximação de estranhos ou de outros animais e, mesmo de moscas que sobrevoassem o pequerrucho.

05 - Num lindo “sermão” - ouvi o pregador narrar o fato de um velho maquinista que morreu e, seu cão de estimação dormia sobre o seu túmulo até que morreu de inanição.

06 - Outra linda história que lembra a FIDELIDADE dos cães aconteceu, quando num acidente morreram duas crianças, foram sepultadas e alí junto à sepultura fez morada o cãozinho daqueles infantes.

Bueno! Chega de histórias (e não estórias), de fatos acontecidos que apresentam belos exemplos de FIDELIDADE ou de lealdade, como queiram.

Nas definições dadas no início desta coluna, o dicionarista escreve também, sobre o cumprimento dos deveres e obrigações contraídas; sem dúvida ele refere-se às relações humanas, porque os animais não raciocinam.

Hoje, nota-se que na “classe política” a fidelidade partidária não existe (salvo raras exceções); muitos não levam em conta que, o cargo para o qual ele foi eleito é do partido e não dele (que só considera seus interesses). Ele que experimente se candidatar sem filiar-se a um partido.

Certa feita, um sacerdote novo e recém chegado na paróquia, nervoso pregava seu primeiro “sermão” advertindo as paroquianas que tivessem mais cuidado com a FIDELIDADE ... não olhassem em demasia para os homens, porque a cidade não estava lá muito limpa, as damas resvalavam constantemente nos passeios públicos. O prefeito que estava na primeira classe, enrubesceu e sorriu para disfarçar a cábula. Acontece, que o sacerdote antigo havia educado as beatas, que no confessarem-se dissessem que tinham resvalado - ao invés de dizer que tinham sido infiéis, adulterado ou “costurado pra fora”. O pregador vendo que o prefeito continuava a sorrir, já quase irado “lascou” > e o senhor prefeito não precisa rir, porque só ontem a sua senhora resvalou duas vezes.

No passado a FIDELIDADE conjugal era mais levada a sério, porém, no mundo de hoje a coisa está degringolando e a família cada vez mais se desagregando, por falta dela; desentende-se o casal, separam-se e os filhos sofrem com aquela separação, ficando com a mãe ou com o pai ou então com os avós e, crianças criadas por avós geralmente são indisciplinadas, de rédeas soltas, tendo como conseqüência adolescentes sem educação (educação vem de berço, na escola se adquire conhecimento) e adultos alheios com a FIDELIDADE.



087 - FIM DA DIVINA GRAÇA

JC - 07 / 08-07-2001

No livro de APOCALIPSE - capítulo 15 e versículo 8, lemos: E o templo encheu-se com a nuvem da glória de Deus e do Seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas, dos sete anjos.


01 – O que podemos deduzir desta profecia?
Que, antes do derramamento das sete taças da ira de Deus (no último ano antes do fim do mundo), a misericordiosa PORTA DA DIVINA GRAÇA aberta por quase seis mil anos, para o pecador arrependido, terá que ser fechada e ninguém mais poderá entrar por ela, até se consumarem as sete últimas pragas, sobre esse mundo.


02 – Como aproveitar a graça de Deus, hoje?
Este assunto surge como encerramento deste capítulo, em virtude de que, não poucas pessoas desconhecem o que seja a GRAÇA, embora creiam que serão salvas, por ela.

A – Com freqüência e para esquivar-se a certas responsabilidades impostas pela vida cristã, asseveram que agora estão na dispensação da GRAÇA, como se não houvesse GRAÇA nos tempos do Velho Testamento, quando tais responsabilidades eram exigidas, como indispensáveis.

B - Se, na verdade não houvesse GRAÇA antes da crucificação de Cristo, os que viveram antes do sacrifício do Cordeiro de Deus, não poderão ser salvos, pois todos pecaram e o salário do pecado é a morte (Romanos 3:23 e 6:23).

C - Que somos salvos pela GRAÇA, não há dúvida alguma; e que a GRAÇA não nos escusa (desculpa) de todas as responsabilidades da vida cristã, também não há dúvidas (Atos 15:11).


03 – Mas, o que é GRAÇA?
Muitos dos que dizem ser salvos pela GRAÇA, não sabem explicá-la; o apóstolo Paulo define GRAÇA, de maneira maravilhosa, dizendo: Porque a GRAÇA de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tito 2:ll).

A - Entendo que a GRAÇA de Deus, é o grande plano Divino centralizado em Cristo, para salvação de todo pecador.

B - Esta GRAÇA, este grandioso plano da infinita misericórdia, é em outras palavras, o evangelho eterno de Jesus, contido na Bíblia, sendo GRAÇA e Evangelho, sinônimos da redenção que há em Jesus Cristo (Atos 20:24 e 32).


04 – Como podemos nos apoderar da GRAÇA?
O apóstolo Paulo, nos elucida: Pelo qual (Cristo) também temos entrada pela fé, a esta GRAÇA, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus (Romanos 5:2).

A - Paulo ainda explica melhor, dizendo: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados pela GRAÇA, pela redenção que há em Cristo Jesus (Romanos 3:23 e 24).


05 – Quem poderá ser justificado pela GRAÇA, através de Jesus?
O apóstolo Paulo responde: Mas os que praticam a Lei (de Deus), hão de ser justificados (Romanos 2:13).

A - Ora, uma vez que é indispensável a Fé, para nos apossarmos da GRAÇA, e da observância da Lei de Deus, para sermos justificados por ela, concluímos que a Fé e a Lei estão unidas na salvação, pela GRAÇA, ou que é indispensável harmonizarmos a Fé com a Lei e esta com aquela, para somente assim nos assenhorearmos da GRAÇA e da justificação.

B – Somos salvos pela GRAÇA, através da Fé que aceita e observa a Lei de Deus; diz o apóstolo Paulo: Porque, pela GRAÇA sois salvos, por meio da Fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus (Efésios 2:8).


06 – Anulamos, pois, a Lei pela Fé?
O apóstolo Paulo, responde: De maneira nenhuma, antes, estabelecemos a Lei (Romanos 3:31).

A – Posso resumir, dizendo que, a pessoa que possui uma Fé em harmonia com a Lei de Deus, é sem contradição alguma, a pessoa capacitada para tomar posse da GRAÇA, ser por ela justificada, salvar-se por ela (é o que pede Jesus – nosso Salvador), para a vida eterna.

B – O pecador é perdoado e justificado pela GRAÇA do Salvador, não para continuar pecando e a violar os Dez Mandamentos, mas, para viver em harmonia com eles.

C – O apóstolo Paulo, diz: Pecaremos porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da GRAÇA? De modo nenhum (Romanos 6:14 e 15).

D – O apóstolo Paulo apela, para que todos se acheguem com confiança ao trono da GRAÇA (Hebreus 4:l6); disso, compreendo, que a existência de um trono implica na existência de um reino; e a existência de um reino implica na existência de uma Lei (do mesmo reino), não podendo existir o reino da GRAÇA sem nele existir Lei básica da sua justiça.



088 - FOGO DE CHÃO

JC - 13 / 14-09-2003

O homem faz o uso do FOGO como implemento desde os tempos da pré-história - mesmo porque, é o produto da combustão de certos corpos com desenvolvimento de calor, luz e chama (lume, labareda), produzindo um clarão que dá sabedoria intensa aos deuses.

O FOGO é uma das divindades sub-olímpicas gregas, tais como o Sol, a Lua, os Astros, os Ventos, a Aurora e as Tempestades, dentre outras.


FOGO de CHÃO remonta os tempos primitivos do gaúcho, quando este precisou improvisar uma fogueira pelas necessidades, para aquecer-se do frio, para assar o seu churrasco, para esquentar a pava com água para o seu chimarrão, etc.

Nas andanças, nas tropeadas, nas campeireadas e nos galpões das estâncias e das fazendas, o fogo de chão ocupa um lugar de destaque servindo de aconchego para reunião da peonada.

Esse fogo de chão é tradicionalmente acolhedor, possui também a conotação de símbolo de hospitalidade, visto que qualquer forasteiro, mesmo desconhecido, é admitido ao convívio dos que se reúnem em torno dele.


“Fogo de chão que não se apaga nunca,
és rito que nos une e nos congraça
no culto desse amor que não se trunca,
que à querência natal nossa alma enlaça.

Não pôde o progresso a garra adunca,
que os costumes crioulos despedaça
e de gado estrangeiro os campos junca,
apagar teu fulgor que à história passa!

Bendito seja aquele que te atiça,
Porque, ao teu clarão de luz mortiça,
Reviverão as glórias do rincão.

Hoje estás mais aceso do que outrora,
transformando em fanal, em clara aurora:
num símbolo de luz da tradição.”

                 (Rui Cardoso Nunes - Fogo de Chão)


Houve uma época em nosso Pago, na qual, quase ninguém mais pensava em tradições sul-riograndenses!

No geral, o modernismo procurava destruir o que era guasca da mais pura cepa; o anglicismo norte-americano tomava o espaço do galicismo europeu e o gaúcho ficava à mercê desta evolução, perdendo a sua identidade cultural, como hoje está acontecendo novamente.

Por isso, devemos saber que - todo povo é cioso de seus usos e costumes e que, aquele que muda caprichosamente só por imitar o estrangeiro, já perdeu o sentimento de sua independência e caminha para a sua decadência!

Contudo, era preciso guardar as tradições sul-riograndenses; foi quando um grupo de oito abnegados estudantes do Colégio Júlio de Castilhos (o Julinho) de Porto Alegre (RS), liderados por Paixão Côrtes, resolveram dar um GRITO contra o estrangeirismo que já andava saturando a sociedade gaúcha, naqueles tempos.

Assim, depois de muitas peripécias, reuniram-se aqueles oito gaúchos pilchados à preceito, montados em pingos-de-lei e bem aperados, à 05 de setembro de 1947, formaram o Piquete da Tradição que até hoje se congrega em torno de um fogo de chão, no “Trinta e Cinco - Centro de Tradições Gaúchas” - na capital dos Pampas brasileiros.



089 - FOI PEDRO O PRIMEIRO PAPA?

(Folheto da coleção - VERDADES BÍBLICAS - CPB)

EXISTIA, entre os amigos gauleses, o raro costume de celebrar o solstício de verão no hemisfério norte (21 de junho), encerrando nas vésperas, a um homem, dentro de grande cesto de vime a que ateavam fogo, queimando assim o infeliz. Esta prática pagã continuou entre os povos cristãos, nas fogueiras com que festejam as vésperas de Stº Antônio (13 de junho), S. João (24 de junho), S. Pedro e S. Paulo (29 de junho). Vemos, desta maneira, que um costume da tradição foi introduzido na cristandade e, se bem que seja uma prática inofensiva, quem negará sua falta de base evangélica e a possibilidade de que, com igual carência de apoio bíblico, também se tenham insinuado no mundo cristão outras práticas de influência bem diferente?

Há, com efeito, outro ensino igualmente arraigado no catolicismo, de natureza exclusivamente tradicional, mas de grande importância, porque se prende ao fundamento da igreja verdadeira; referimo-nos ao pontificado de S. Pedro, exercido, segundo a tradição, em Roma, durante os últimos 25 anos de sua vida.


Uma Passagem Bíblica de Exegese Errônea


Pretende-se defender o pontificado do apóstolo S. Pedro, citando uma passagem bíblica que, como todo inciso bíblico que por si só não é concludente, para ser compreendida é necessário o estudo do contexto e de outras passagens relacionadas com o tema.

Para o cristão, a base de sua doutrina e crença religiosa é Escritura Sagrada que, mediante a evidência de sua inspiração divina, põe termo a toda discussão doutrinária.

Alguém dirá que as Escrituras exigem, como guia espiritual, a interpretação correta de quem esteja autorizado a faze-lo. A melhor resposta a esta objeção é que foi dada por um dos padres da igreja católica, Stº Irineu (106-202), que ensinava - O sentido das Escrituras é facilmente compreensível a todo espírito reto e humilde. Se existem passagens obscuras, estas se explicam pela que são mais claras, de tal sorte que a Escritura se explica pela própria Escritura e não há necessidade, para sua interpretação, de qualquer auxílio estranho. E acrescenta - Acerca das grandes questões da fé e da salvação, não é possível haver incerteza: a Bíblia é clara.

Com este critério em vista, explicando as Escrituras pelas mesmas Escrituras, procederemos a um breve estudo do assunto em apreço.

O principal texto sobre que pretende apoiar-se o pontificado de S. Pedro e seu direito a ele conferido por Jesus Cristo mesmo, encontra-se no capítulo 16 do evangelho de S. Mateus. Esta passagem é inspirada e tem um significado que nos cumpre conhecer. Mas também são inspiradas as demais passagens do Novo Testamento, as quais nos indicam a posição de S. Pedro entre os outros apóstolos.

Certa ocasião, JESUS fez aos apóstolos a seguinte pergunta - Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Eles responderam - Uns dizem João Batista, outros Elias e outros Jeremias ou um dos profetas. JESUS ausculta, então, o sentimento dos apóstolos, fazendo-lhes a pergunta - E vós, quem dizeis que Eu sou? E Simão Pedro, respondendo disse - Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo. (S. Mateus 16:13-16)

E JESUS, respondendo, disse-lhes - Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas Meu Pai, que está nos Céus. Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e Eu te darei as chaves do reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus; e tudo o que desligardes na Terra será desligado nos Céus. (S. Mateus 16:17-19)

Devem ser consideradas várias importantes declarações nas palavras que JESUS disse a S. Pedro - Primeira: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja. Para a compreensão de uma passagem, o idioma original deve ser de importância capital, e precisa ser consultado quando o assunto é pouco claro ou debatido. O Evangelho de S. Mateus foi escrito originalmente em aramaico, mas chegou até nós em grego, e é desta língua que nos iremos valer. Neste caso, duas palavras tem sentido especial > Tu és Pedro (em grego Petros), e sobre esta pedra (em grego petra) edificarei a Minha Igreja.

De fato petros (é um seixo, pequena pedra, um pedaço de pedra), e petra (uma rocha). Então. S. Pedro (petros) não era o fundamento, mas sim CRISTO (petra) que é a Rocha. Dissemos que a Bíblia se explica a si mesma, e este ponto desejamos demonstrar. S. Paulo, falando sobre os crentes como igreja, disse - Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo do SENHOR. (Efésios 2:20 e 21)

Foram os apóstolos, todos de igual maneira, os primeiros que concorreram para a edificação da Igreja Cristã, mas firmados na pedra angular JESUS, o Filho de DEUS.

Outras passagens confirmam a interpretação - JESUS CRISTO . . . é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do Céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:10-12)

O mesmo apóstolo S Pedro chama JESUS CRISTO a pedra principal da esquina, eleita e preciosa . . . a pedra que os edificadores reprovaram, que foi a principal da esquina; e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo. E quem nela crer não será confundido (I S. Pedro 2:4-8). E discípulo S. Paulo, por sua vez, também disse - Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está, o qual é JESUS CRISTO (I Corintios 3:11). Esta interpretação, correta e positiva, exposta com clareza pelas Escrituras, é a mesma que foi dada pelos cristãos dos primeiros séculos, o que é outra prova que se apresenta em seu favor.


A Opinião de Pais da Igreja


Possivelmente o mais acatado dentre os padres da Igreja Católica é Stº Agostinho (354-430 a. D.), e é ele quem diz, comentando a passagem que estamos estudando - Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, deve entender-se - sobre Aquele a quem Pedro confessara, dizendo Tu és CRISTO, o Filho do DEUS vivo. E que Pedro, apelidado de pedra, representava a pessoa da Igreja, que está edificada sobre a rocha e recebeu as chaves do Reino dos Céus. Pois não diz - Tu és a rocha (petra), mas - Tu és Pedro (petros). - Retractaciones, 1:21.

O próprio Stº Agostinho declara - Sobre esta rocha que tu confessaste, edificarei a Minha Igreja. CRISTO mesmo era a rocha. - Opúsculo 124, sobre S. João.

Outros padres também não entenderam que S. Pedro houvesse recebido supremacia, pois dizem - Mas Eu também te digo, que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja, isto é, sobre a fee da confissão. - São João Crisóstomo (348-407), patriarca de Constantinopla no século IV. Homilia 54.

Sobre a rocha da confissão está edificada a Igreja. A fé é o fundamento da Igreja. Mediante esta fé as portas do Inferno são impotentes contra ela. Esta fé tem a posse das chaves do reino dos Céus. - De Stº Hilário (315-367), bispo de Poitiers, do século IV, Sobre a Trindade.


As Chaves do Reino dos Céus


Vejamos nos Evangelhos as palavras - E Eu te darei as chaves do reino dos Céus (S. Mateus 16:19). Se lermos também as palavras de S. Mateus 23:13 e S. Lucas 11:52, dirigidas pelo Senhor Jesus aos escribas e fariseus, dos quais se diz que tinham a chave da ciência e fechavam aos homens o reino dos Céus, torna-se evidente que as chaves nos prepara para a salvação. Tanto a porta, pois, como as chaves, são alegóricas, como também alegoricamente entendemos o dito do SENHOR - Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á. (S. João 10:9)

E acrescentamos agora a mensagem de JESUS a Sua Igreja, na qual Ele Se denomina a Si mesmo o santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de David; o que abre e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre. (Apocalipse 3:7)


A Igreja Tem Autoridade


O SENHOR disse mais - E tudo o que ligares na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus. Esta não é uma prerrogativa de S. Pedro somente, pois logo JESUS, falando ao grupo dos apóstolos, pluralizou a expressão, dizendo - Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu., (S. Mateus 18:18)

A Igreja, pela autoridade das Escrituras e sob a direção do Espírito Santo, tem o direito de disciplinar os membros e unificar as doutrinas, não requerendo, para isso, um chefe como árbitro, nem como mandatário.


Apascenta Minhas Ovelhas


O pontificado também quer basear-se, quanto à supremacia de S. Pedro, nas palavras que JESUS lhe dirigiu junto ao mar de Tiberíades, depois da ressurreição. Havendo-lhe perguntado três vezes - Amas-me? disse uma vez - Apascenta os meus cordeiros. E duas vezes JESUS ainda lhe falou - Apascenta as Minhas ovelhas. (S. João 21:15-17)

O apóstolo havia triste e vergonhosamente negado a seu SENHOR, depois de Lhe haver assegurado sua lealdade a todo custo. Mas o carinhoso e benévolo olhar do Salvador lhe inspirou sincera contrição, induzindo-o a clamar a DEUS até triunfar sobre si mesmo. Pedro se convertera, mas se sentia indigno de ser apóstolo de CRISTO. Por isso a anjo mencionou especialmente o nome dele, ao enviar a mensagem, depois da ressurreição de CRISTO > Mas ide, dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia. (S. Marcos 16:7). E quando os viu na Galiléia, JESUS mesmo quis reabilitar o apóstolo diante de seus companheiros, e lhe dirigiu a palavra de modo positivo, mostrando-lhe que a condição para o apostolado é o amor e não o impulso ou a arrogante profissão de lealdade. Falou a ele, porquanto era ele o que mais necessitava e porque, graças a sua genuína e recente conversão, estava em condições de desempenhar uma importante função entre os irmãos, tanto naqueles dias como nos anos subseqüentes.

É evidente a importância da missão do apóstolo S. Pedro entre os gentios. Teve entre os judeus a mesma responsabilidade que S. Paulo teve entre os gentios. E, fora deste, é ele, com S. João, o apóstolo de maior influência. Mas nenhuma palavra de CRISTO, especialmente dirigida a ele, por quaisquer razões pessoais, se aplicaria mais tarde a qualquer bispo ou série de bispos. Assim, não entendem os padres da Igreja.


Não Existem Provas Ulteriores da Supremacia do Apóstolo S. Pedro


Esclarecidas as passagens com que se pretende manter a idéia da supremacia de S. Pedro, e não havendo nenhuma razão que justifique a crença de haver sido ele nomeado papa, sigamos agora a vida do apóstolo desde as palavras o SENHOR, anteriormente comentadas.

Pouco a pouco depois da suposta investidura de S. Pedro, JESUS teve que repreende-lo severamente > Para trás de Mim, Satanás, que Me serves de escândalo - disse-lhe o SENHOR (S. Mateus 16:23). O grande apóstolo havia servido de instrumento do tentador. Precisava corrigir seu caráter e submeter-se à direção divina. Só assim poderia chegar a ser o convincente pregador que contribuiria para a conversão de milhares de pessoas.

Quando os apóstolos perguntaram a JESUS - Quem é o maior no reino dos Céus (S. Mateus 18:1), o SENHOR não Se aproveitou da ocasião para estabelecer a superioridade de S. Pedro, mas antes disso disse que deviam ser todos como meninos humildes, sem pretensão a títulos de grandeza.

Então JESUS, chamando-os para junto de Si, disse - Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós (S. Mateus 20:25 e 26). Entre os apóstolos não haveria grandes nem potentados.

O grande encargo de JESUS a Seus discípulos, antes da ascensão, foi - Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (S. Mateus 28:19 e 20). O encargo é uniforme; o poder dado ó mesmo para todos, e com todos estaria Ele, de igual maneira, para dirigi-los, e não por intermédio de um chefe visível.

No livro de Atos, em que se relata a atuação dos apóstolos na igreja organizada, é onde se devia manifestar, necessariamente, a exaltada posição de S. Pedro como papa, se tal fosse sua autoridade. Nesse livro, porém, só se observa o fato de ser a hierarquia igual, a mesma entre os apóstolos. Já no primeiro capítulo se vê que não foi S. Pedro quem nomeia o que devia tomar o lugar vago com a morte do traidor Judas, mas a Igreja, a coletividade dos fiéis.

Outra passagem concludente do livro de Atos reza assim - Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de DEUS, enviaram para lá Pedro e João (Atos 8:14). - O mundo emudeceria de assombro se hoje, de repente, o rádio nos anunciasse que o papa havia sido enviado pela Igreja de Roma, para pregar em determinada cidade. Mas S. Pedro foi enviado por seus irmãos, porque então se ignorava totalmente a hierarquia que hoje se exerce em seu nome.

Não comentaremos o concílio realizado em Jerusalém, no ano 48 a. D., em que os apóstolos e outros crentes se reuniram, sem que S. Pedro tivesse preeminência entre eles. Do relato se depreende que era, de preferência, S. Tiago quem presidia e orientava o dito concílio.

Nas epístolas de S. Paulo notamos que o apóstolo aos gentios ignorava, por completo, a autoridade pontifícia de S. Pedro. Disse ele aos corintios > Visto que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos; ainda que nada sou (II Corintios 12:11). O discípulo que escreveu estas palavras era a amais alta expressão do genuíno cristianismo e nunca se haveria igualado a S. Pedro, houvesse este sido exaltado por JESUS CRISTO ao posto que agora se lhe atribui.

Ainda encontramos o seguinte - E conhecendo Tiago, Cefas (Pedro) e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé . . . (Gálatas 2:9) - Esta expressão denota igualdade entre os apóstolos. O relato se torna grave no versículo onze - E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara porque era repreensível. - S. Pedro não era uma rocha inabalável; estava sujeito a errar. Nunca foi papa, mas foi um homem de DEUS, usado pelo Espírito Santo no sentido de consolidar a igreja primitiva.


CRISTO é o fundamento e a cabeça da Igreja. Sua firmeza e direção, mediante Seu único e legítimo representante, o Espírito Santo, garantem a vitória de Seu povo contra as potestades das trevas, e podem assegurar a vitória e exaltação de todo crente que, como os apóstolos, depositar nEle a fé, servindo-O com amor. Seja esta a atitude do leitor amigo, e desfrutará a eternidade, com os santos apóstolos e profetas.



090 - FOLCLORE GAÚCHO

JC - 28 / 29-04-2001

A palavra FOLCLORE foi composta de dois vocábulos no idioma inglês - FOLK (que quer dizer: POVO) e LORE (que quer dizer: SABER); aos poucos foi sendo aceito no mundo inteiro.

Até 1846, o recolhimento de cantos e contos, de lendas e parlendas, de crendices e superstições, de provérbios e adágios, de usos e costumes de um povo - era classificado com ANTIGÜIDADE POPULAR. Nesse ano, o arqueólogo inglês William John Thoms escreveu uma carta ao jornal londrino The Atheneum, lembrando que os fatos arrolados como Antigüidades Populares, constituem na verdade, um SABER POPULAR e propôs que fossem chamados de FOLCLORE.

Essa tal carta foi publicada em 22-08-1846; por essa razão, o dia 22 de agosto é o DIA INTERNACIONAL DO FOLCLORE.

O FOLCLORE hoje, é uma ciência que estuda a maneira de ser, sentir e agir das camadas sociais das sociedades civilizadas.


I – DINÂMICA DO FOLCLORE
Há estudiosos que limitam o FOLCLORE ao antigo, ao arcaico e ao tradicional, porém, está provado que é dinâmico.

1 – O objetivo do FOLCLORE nada tem de morto, parado ou imutável.

2 – Devemos encarar o Fato Folclórico em constante transformação.

3 – O FOLCLORE é também uma reivindicação social, pois ele se projeta no futuro como expressão das aspirações e expectativas populares e de sede de justiça do povo.


II – CLASSIFICAÇÃO DO FOLCLORE
O FOLCLORE abarca toda a vida popular e se estende a todas as atividades, em todos os grupos de idade; é todo um sistema de vida. A despeito dessa amplitude, podemos classificar sumariamente os Fatos Folclóricos, nas seguintes ordens:

1 – Literatura oral.
2 – Crenças e superstições.
3 – Lúdica.


III – FATO FOLCLÓRICO
É uma parcela do conhecimento humano que se transmite do Tempo e no Espaço, por contigüidade, de geração em geração, de camada cultural a camada cultural, sem que seja ensinada nas escolas ou livros, porque:

1 – Tudo o que o homem sabe, constitui a cultura humana e o Fato Folclórico por mais simples que seja, faz parte dessa cultura.

2 – O Fato Folclórico passa de pessoa a pessoa, de boca a ouvido, de pai para filho - é a transmissão no Tempo.

3 – É transmitido de uma pessoa de um lugar, para outra pessoa de um outro lugar - é a transmissão no Espaço.


IV – CARACTERÍSTICAS DO FATO FOLCLÓRICO
São de aceitação coletiva, intemporalidade, espontaneidade, tradicionalidade, funcionalidade, oralidade e do anonimato, porque:

1 – É temporal se obedece à moda.

2 – É erudito se criado e regido por ciência e artes eruditas.

3 – É dinâmico porque é funcional (de grande mobilidade e elasticidade); pode cumprir estágios culturais, transformando-se por adição e subtração de elementos, adaptando-se e adquirindo novas funções.

4 – Culturalmente, o homem só conserva o que é útil e até quando é útil; quando o fato de ter sentido é jogado fora ou substituído por outro.


V – CRONOLOGIA DO FATO FOLCLÓRICO

1 – NASCENTE - quando tem aceitação popular com menos 25 anos.
2 – VIGENTE - quando tem aceitação popular com mais de 25 anos.
3 – HISTÓRICO - quando é desaparecido, morto ou perdeu a função.

. . . continua . . .


FIM


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